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Em uma transmissão de cargo concorrida no Ministério das Comunicações, o novo titular, André Figueiredo, agradou o público ao listar as prioridades no posto: a migração das rádios AM para FM, a ampliação do acesso à internet e a migração para a TV Digital. Neste caso, porém, a intervenção do ministro parece ser no sentido de adiar o cronograma de desligamento dos sinais analógicos.

“Na TV Digital existe uma demanda de que seja postergada, um apelo do setor, da própria radiodifusão, para que a gente não prejudique, para que os brasileiros sem acesso a equipamentos não acabem ficando sem TV aberta”, afirmou André Figueiredo, logo depois da cerimônia. “Sabemos que temos dificuldades e queremos diálogos para encontrar soluções para que alguns não fiquem sem sinal”, completou.

Pelo cronograma, a primeira cidade a ter os sinais desligados é Rio Verde, em Goiás. Em princípio, a partir de 29 de novembro próximo só vai continuar assistindo televisão nessa cidade de 200 mil habitantes quem tiver um televisor capaz de receber os sinais digitais, ou pelo menos um conversor que dê essa capacidade mesmo para aparelhos mais antigos, inclusive os de tubo.

Mas levantamentos feitos na cidade indicam que um quarto dos domicílios não estará pronto na data, ou porque vai buscar uma solução só depois do desligamento analógico, ou porque não tem intenção de migrar nem depois disso. Como insistiu Figueiredo neste seu primeiro dia como ministro das Comunicações, é preciso lembrar dos 93% de domicílios preparados como exige a normatização da transição digital.

Mídia

Em outro ponto, o novo ministro indicou que, a exemplo de seus antecessores, não se verá muito avanço no campo de um marco regulatório da comunicação eletrônica. “Nada de regular a mídia. Vamos procurar aperfeiçoar a legislação, mas sempre com muito diálogo”, afirmou André Figueiredo – que inclui até a Lei Geral de Telecomunicações como exemplo de leis que devem ser visitadas.

Figueiredo destacou, ainda, a migração das rádios AM para FM, ponto em que foi aplaudido no lotado auditório do Ministério das Comunicações. Com grande presença de políticos ligados ao PDT, partido do ministro, o novo ministro foi especialmente saudado quando defendeu que isso aconteça “com um sistema de tarifa justa para a mudança de sinal”. Mais de 1,3 mil rádios AM fizeram o pedido de migrar para FM, mas ainda não está definido preço dessa mudança.

Fonte: Convergência Digital

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