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A adoção da TV digital no Chile acontece em alta velocidade. Desde a introdução do ISDB-Tb, padrão nipo-brasileiro de TV digital, no país, mais de 821 mil unidades de televisores com conversor integrado foram vendidas.

Roberto Plass Gertsmann, consultor de TV digital da Subsecretaria de Telecomunicações do Chile, que participou de um painel no Congresso da SET nesta terça-feira, 23, contou que das mais de 1,111 milhão de unidades de TV comercializadas em 2010, 47% contavam com sintonizadores ISDB-Tb. “A transição no Chile acontece muito rápido”, enfatizou.

Entre os motivos para a rápida adoção, estão os preços dos televisores. Uma TV de LCD de 32 polegadas, por exemplo, tem preço médio de US$ 480.

Apesar disso, ele conta que a TV aberta enfrenta uma crise no Chile, com queda no share de publicidade e na audiência. A TV paga teve crescimento de 71% de audiência nos últimos dois anos, e a penetração atualmente é de 43% dos lares (mais de dois milhões de assinantes).

No Brasil, onde as transmissões de TV digital aberta tiveram início em dezembro de 2007, há 103 emissoras no ar, em 523 cidades. Segundo o assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações do Brasil, Flávio Lenz César, esses números representam 46% da população, ou 87,7 milhões de habitantes.

Diferenças regionais

As ações implantadas nos países para incentivar a adoção do sistema é diferente entre os países. Enquanto no Brasil, descarta-se a distribuição de set-top boxes à população, no Equador, por exemplo, onde o sistema ISDB-Tb foi adotado em março de 2010, existe uma proposta em andamento para a distribuição de 20 mil set-top boxes, sendo 12 mil apenas em bairros populares de Quito, segundo Vladmir Vacas, engenheiro do Ministério das Telecomunicações e da Sociedade de Informação do Equador.

Expansão

O sistema ISDB-Tb foi adotado até o momento por 12 países, e o presidente do Conselho Deliberativo do Fórum de TV Digital, Roberto Franco, conta que há mais de 13 países analisando a adoção do sistema nipo-brasileiro de TV digital. Entre eles, estão Cuba e Angola, onde os testes ficaram prontos, e há expectativa de que a adoção aconteça já em setembro.

A Colômbia, onde a opção foi pelo padrão europeu de TV digital, o DVB, ainda não saiu dos planos brasileiros. “É provável que a Colômbia fique isolada com esse sistema. Eles têm falado em adotar o DVB-T2, que não é compatível com o DVB”, diz André Barbosa. “Mas ainda não desistimos da Colômbia”.

Fonte: Tela Viva

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