O desligamento dos sinais analógicos de televisão será adiado em Goiânia e outras 28 cidades da região metropolitana. A decisão prorrogar o prazo, agora para 21/6, se deu em reunião nesta terça, 30/5, do grupo de implementação da digitalização, que reúne emissoras, operadoras móveis, Anatel e governo. Segundo a mais recente pesquisa do Ibope, apenas 88% dos domicílios na região estão prontos para os sinais digitais.
“Como a pesquisa não chegou nos 90%, decidiu-se que inicia o desligamento amanhã [31/5] e vai ficar em aberto para que cada radiodifusor tenha o prazo limite de 21/6 para o desligamento. E vamos fazer uma nova pesquisa”, explicou o presidente da Anatel, e do Gired, Juarez Quadros.
O mesmo aconteceu em Brasília, que tinha desligamento analógico previsto para 26/10 do ano passado, mas também chegou ao dia previsto com apenas 88% dos lares aptos a receber os sinais digitais. A regra prevê que o ‘apagão’ analógico exige 93% dos domicílios preparados – e como a margem de erro é de três pontos, o Gired considera 90% como a marca a ser batida.
A pesquisa foi realizada na semana de 20/5 e segundo a Seja Digital, empresa que atua como braço operacional da transição, as projeções indicam que 90% devem ser atingidos no prazo. Ainda assim, o Gired preferiu adiar. Na prática, também deve se repetir o que foi visto em Brasília, com algumas emissoras fazendo o desligamento analógico já, como as TVs legislativas, enquanto as TVs comerciais só terão transmissão exclusivamente digital a partir da nova data.
Para o presidente da Seja Digital, Antonio Marteletto, embora o ritmo de preparação de Goiânia e região esteja acelerado, o “atraso” estaria relacionado a uma maior proporção da população de baixa renda no total. “A representatividade da classe C2DE, de baixa renda, é 50% da população nos 1,3 milhão de domicílios de Goiânia e região. Em Brasília eram apenas 42%. Em São Paulo, 37%”, avaliou.
Lá, já foram entregues mais kits de conversor e antena do que o previsto – 330 mil, contra 278 mil inicialmente estimados. “Entregamos mais kits do que beneficiários de programas sociais, porque tem população carente que não está listada. Estamos distribuindo 30 mil kits por semana e vamos continuar até 45 dias depois da nova data de desligamento”, completou Marteletto.
Fonte: Convergência Digital