A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) encaminhou na última terça, 2, um documento ao Ministério das Comunicações (Minicom) solicitando o adiamento do switch-off da TV analógica nos grandes centros urbanos e, em especial, no Distrito Federal.
A entidade destacou a importância de um diálogo entre autoridades e radiodifusores a respeito da antecipação do apagão do sinal analógico para 2015. Recentemente o Minicom anunciou a antecipação da mudança, que estava prevista anteriormente para 2016.
A associação argumenta que o Distrito Federal se encontra em uma situação atípica. O início da transmissão digital, com cobertura em toda a unidade da federação pelas principais redes, foi postergado diversas vezes devido a atrasos na construção do monumento “Flor do Cerrado”, que é a torre construída pelo Governo do Distrito Federal onde se alocaria a transmissão principal das seis maiores emissoras atuantes no DF.
Neste local, mesmo com a inauguração para visitação pública, não houve o início da transmissão dos sinais digitais e a previsão é de que o sistema adquirido pelas emissoras seja entregue entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014. Até que as emissoras terminem de instalar seus equipamentos, estima-se que o sinal digital seja irradiado até março de 2014. Assim haveria apenas um ano entre a instalação do sistema definitivo e o apagão do sinal analógico. O período, para a Abratel, é insuficiente para que as emissoras façam os testes de campo para identificar as áreas de sombra.
A Abratel afirma que, diferentemente de outras cidades que já possuem sinal digital há algum tempo, no DF não existe uma cultura de televisão digital, dado que a transmissão desse sinal não cobre nem a totalidade da região central de Brasília. Por isso, a maioria da população desconhece as vantagens do sinal digital em detrimento do analógico. Com apenas um ano entre a cobertura completa da cidade com o sinal digital e o switch-off do analógico, o governo e as empresas teriam pouco tempo para fazerem um amplo trabalho de divulgação, avalia a Abratel.
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Fonte: Tela Viva