O interessante nessa reportagem é em dizer que a interatividade não foi citada, mas tem que se levar em consideração que menos de 10% dos entrevistados possuíam um equipamento com GINGA, já que foram entrevistados 805 pessoas e somente 63 eram do bolsa família…. a interatividade só vai aparecer nessas pesquisas quando as pessoas tiverem equipamentos com Ginga e quando as emissoras produzirem conteúdos interativos em suas programações, não adianta só ter conteúdo interativo embarcado nos equipamentos que serão entregues minimamente as pessoas do bolsa família, fica ai um ponto para reflexão sobre esse assunto!!!!
A última pesquisa realizada pelo Ibope (pesquisaTVdigital2) a pedido da EAD (Entidade Administradora da Digitalização) em Rio Verde/DF, já após o processo de desligamento da TV analógica, incluiu algumas perguntas importantes sobre a percepção dos consumidores acerca da nova tecnologia de recepção digital. O ganho de qualidade na imagem e no sim foram aspectos positivos destacados pelos entrevistados, mas os atributos interativos da TV digital e a mobilidade tiveram pouca relevância, segundo a pesquisa. O Ibope fez um total de 805 entrevistas, realizadas entre os dias 2 e 5 de abril.
Quando perguntados sobre os aspectos positivos do desligamento, 82% dos entrevistados apontaram que a imagem é bem melhor. Outros 10% destacaram que a população terá um serviço melhor; 6% apontaram como fato positivo um maior número de canais e programação local; 5% destacaram a qualidade do som, 4% destacaram a importância para o desenvolvimento da cidade; 2% destacaram a gratuidade; 2% destacaram o pioneirismo de Rio Verde no desligamento; 1% destacou a possibilidade de uma Internet mais rápida e 4% dos entrevistados não souberam dizer. Não houve referências elogiosas aos recursos de interatividade (0%), segundo a pesquisa. Ao todo, 63% dos entrevistados consideraram positivo o desligamento da TV analógica.
Outros 13% dos entrevistados acharam o desligamento ruim, e criticaram sobretudo a perda de sinal ou de algum canal (33%); a necessidade de fazer investimento para continuar assistindo (42%, agregando-se respostas semelhantes) e a instabilidade do sinal digital (22%, agregando-se as respostas semelhantes).
Quando questionadas sobre qual o principal atributo percebido da TV digital, 42% destacaram a melhora na imagem, 8% disseram que o sinal ficou pior, 7% destacaram que o som é melhor, 5% disseram que a TV deixou de pegar, 2% destacaram um maior número de canais, 2% disseram haver menos canais e 1% destacou haver recursos interativos.
A pesquisa também constatou que 33% dos entrevistados afirmaram ter feito mudanças para receber o sinal digital. Destes, 43% compraram uma nova antena, 40% compraram um conversor, 14% instalaram um conversor, 12% instalaram o kit recebido do Bolsa família ou CadÚnico, 10% trocaram o aparelho de TV, 7% instalaram uma antena, 3% fizeram a sintonia dos canais, 2% contrataram um serviço de TV paga e 2% instalaram uma parabólica. Em geral essas iniciativas foram tomadas antes do desligamento, mas em cerca de 30% dos casos as providências vieram depois. O motivo alegado para a demora foi a falta de dinheiro (21%) e a descrença no processo de desligamento (19%).
Interatividade no Bolsa Família
A pesquisa do Ibope mostra que, em geral, o percentual de conhecimento e uso dos recursos interativos foi muito baixo até o momento. Mesmo assim, a pesquisa questionou os beneficiários do Bolsa Família sobre este tema. Do total de beneficiários entrevistados (63), 68% não tinha ouvido falar dos recursos de interatividade e 32% tinham ouvido falar. Aos que responderam ter ouvido falar, foram feitas perguntas sobre os conteúdos. Nesses casos, a quantidade de respostas é pequena, o que inviabiliza uma análise percentual, por isso os resultados estão em números absolutos de resposta. Cinco pessoas entrevistadas disseram ter assistido ao Portal Bolsa família. Duas pessoas entrevistadas mencionaram a Agência do trabalhador, uma pessoa falou do menu trabalho/emprego, uma mencionou o conteúdo de saúde da mulher, duas mencionaram o menu da mulher e 10 nunca utilizaram.
Dos cadastrados no Bolsa Família que receberam o kit, 38% dos entrevistados responderam que certamente acessariam informações sobre programas sociais e outros serviços públicos, e 10% possivelmente acessariam. Outros 29% têm dúvidas ou possivelmente não acessariam e 10% disseram que certamente não acessariam esse tipo de serviço. Quando a pergunta era se os beneficiários responderiam a questionários por meio do controle remoto sobre serviços do governo, 45% responderam que sim, positivamente; 18% disseram que possivelmente sim; 9% disseram que possivelmente não e 17% disseram que certamente não.
Fonte: Tela Viva