TV digitalComentários desativados em TV Digital: Governo estende para TVs de plasma obrigatoriedade do uso do Ginga
Cronograma é igual ao estabelecido para aparelhos de LCD: 75% até dezembro de 2013 e 90% a partir de janeiro de 2014.
O governo incluiu a obrigatoriedade de implantação do Ginga na produção de televisores de plasma produzidos na Zona Franca de Manaus, já estabelecida no Processo Produtivo Básico (PPB) das TVs de LCD. Pela norma, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (25), as fabricantes terão que entregar 75% dos aparelhos até dezembro de 2013 e em 90%, a partir de janeiro de 2014, com o middleware brasileiro da interatividade da TV digital.
Além disso, o novo PPB dispensa, temporariamente, a montagem no país do subconjunto tela de plasma com placas de circuito impresso montadas e integradas, bem como sua respectiva estrutura de fixação. A justificativa é de que a produção desses aparelhos com telas de plasma é pequena e que, além do mais, esse ajuste já foi feito no PPB das TVs com telas de LCD.
O PPB das TVs de LCD com o Ginga foi publicado em fevereiro deste ano. Já a publicação do PPB dos aparelhos de plasma, publicado hoje, demorou em função de entraves burocráticos, informa o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
TV digitalComentários desativados em TV DIgital: A cauda longa e a segunda tela, tudo a ver
Second secreen ou segunda tela foi uma das buzzwords do Digital Age 2012. Foi também uma das buzzwords do Congresso da SET (Sociedade Brasieleira de Engenharia de Televisão). Tenho visto muita gente falar a respeito, quase sempre apoiadas nas pesquisas dos institutos de mercado que revelam o hábito crescente de consumo simultâneo de conteúdo entre dispositivos como televisores, tablets e smartphones _ as famosas múltiplas telas. Segundo as pesquisas, os aplicativos de segunda tela fazem com que o telespectador se envolva e preste mais atenção ainda ao conteúdo exibido na TV. OK.
O que temos visto pouco, de fato, é uma discussão mais profunda sobre a grande oportunidade que a segunda tela proporcionar aos produtores de conteúdo audiovisual de unir as duas pontas da famosa cauda longa, conceito criado pelo editor chefe da revista ‘Wired’, Chris Anderson, no livro The Long Tail, em discute novos posicionamentos para as empresas em relação aos mercados de consumo de massa e de nicho a partir da internet.
Na SET, Roberto Franco, diretor de Rede do SBT e presidente do Fórum Brasileiro de TV Digital, abordou o tema. Na sua opinião, no mercado audiovisual _ especialmente no broadcast _ não faz mais sentido tratar as duas pontas da cauda como mercados concorrentes.
Na sua opinião é um erro acreditar que o mercado deixou de ser de massa, e passou a ser o da ponta da curva da cauda longa, que atende apenas as demandas um-a-um.
“O que o Chris Anderson quis dizer é que os mercados de massa manterão sua relevância e a perderão ao longo do tempo , enquanto os mercados de consumo individual passarão a ter uma relevância maior pela possibilidade de distribuição de equipamentos eletrônicos para usos individuais”, argumenta Franco.
Na cabeça da curva da cauda longa Roberto Franco vê a famosa mídia de massa, a televisa. Na outra ponta, o mercado um a um, do gosto individual, que só a internet tem a capacidade de atender. “O que ninguém tem discutido é por quanto tempo vamos continuar enxergando as duas pontas da curva. Será que vamos conseguir entender o consumo das duas pontas da curva e perceber que elas podem não competir, mas cooperar, agregando mais valor para os negócios? Que a internet não vai substituir as mídias de massa e as mídias de massa nunca terão como competir com a internet, mas juntas elas poderão atender melhor o consumidor, integrando as duas pontas da curva e permitindo que os conteúdos de massa andem na direção do consumo individual e que o consumo individual possa se deslocar aos conteúdos de massa, combinado com eles?”
De fato, o grande desafio hoje é enxergar como criar essa integração e fazer com que os dois mercados fiquem ainda mais valiosos tirando proveito de toda diversidade de plataformas, serviços, aplicações e ofertas.
No Brasil, especialmente, a TV digital, junto com a internet, pode tornar a experiência das TVs conectadas e de uso da segunda tela ainda mais ricas. Um mercado totalmente novo e com potencial muito grande de ser explorado. O grande sonho de estar em qualquer lugar, a qualquer tempo. Mas, para isso é preciso colocar o consumidor no centro da discussão.
“A importância está no usuário. É ele que definirá quem será o líder, onde vai buscar a informação que precisa, qual é essa informação e como pretende compartilhá-la”, lembra Gustavo Mills, cofundador e diretor de marketing da Klug.Tv, primeira agência a desenvolver ações de segunda tela no Brasil, justamente para o SBT. Gustavo está convicto de que a TV tem obrigação de dar mais informações sobre aquilo que ela começou. “Não basta para o anunciante simplesmente colocar um produto a mostra na TV. Precisa apoiar isso com mais informações na Internet”, prega.
Larry Allen, vice-presidente de negócios da RealMedia, disse o mesmo durante o Digital Age 2.0. Confira, no fim deste vídeo.
Como Larry Allen e outros especialistas, Gustavo acredita que o principal atrativo da segunda tela é matar a curiosidade do telespectador. Ao assistir a uma novela ou série na TV, as pessoas sempre tiveram a curiosidade de saber mais sobre os atores, a trama, trilha sonora e até onde onde comprar as roupas utilizadas pelos protagonistas (o t-commerce aliás sempre foi umas das possibilidades que mais chamaram a atenção na interatividade da TV Digital). Ao assistir a um jogo,muitos torcedores gostaria de saber mais sobre o time, a performance de cada atleta, os scouts em cada fundamento, as estatísticas do jogo do seu time em tempo real, etc.
Em pesquisa recente do Ibope, 43% dos entrevistados declararam ter o hábito de ver TV e navegar na internet ao mesmo tempo. O índice nos Estados Unidos é muito semelhante: 45%, segundo pesquisa da CBS. A diferença é que no Brasil 59% desses usuários que fazem uso simultâneo, o fazem todos os dias. Nos Estados Unidos esse número não chega a 40%. Tem mais: no Brasil, 70% do público que faz uso simultâneo de Internet e TV navega na Internet influenciados pela TV e 80% assistem na TV conteúdos que descobriram ou foram comentados na Internet. Existe uma relação muito forte entre esse dois mundos. E as pesquisa comprovam que a segunda tela influencia o telespectador a assistir mais TV ao vivo.
Tem mais: o hábito de uso uso simultâneo da TV e internet está diretamente relacionado ao de uso simultâneo de TV e tablets. Em estudo recente da Forrester 85% das pessoas afirmaram que usam o tablet enquanto assistem TV, sendo que 30% do tempo de uso total do tablet é gasto em frente à televisão.
Outra pesquisa do Ibope, o Target Group Index, revela que no Brasil a TV aberta tem 97% de penetração, enquanto a internet tem 53%, e a TV por assinatura 35% .
Portanto, a TV continua a ter um poder de penetração muito grande para dar os inputs que a internet, pode aprofundar. E como já disse o Tiago Dória, certa vez, ao tratar do assunto, além de servir como “backchannel”, a segunda tela evita que as pessoas se percam na web na procura dessa informação mais profunda, do conteúdo extra.
Pense na novela “Cheia de Charme”, tida como a primeira novela transmídia da TV brasileira. Tudo porque, a certa altura, as empregadas Cida (Isabelle Drummond), Rosário (Leandra Leal) e Penha (Taís Araújo) aproveitaram uma saída da patroa, a estrela do tecnobrega Chayene (Claudia Abreu), para gravar em sua casa um videoclipe caseiro da música com a qual sonhavam fazer sucesso, a baladinha brega “Vida de Empreguete”, divulgado pelo videomaker na Internet. Ao mesmo tempo em que o vídeo “vazava” na rede na história contada na novela, ele também entrava no ar na Internet e, horas depois, no site oficial da novela. Não deu outra: “viralizou”, tanto na vida real quanto na ficção.
Mas a segunda tentativa de fazer o mesmo, desta vez com o vídeo “Vida de Patroete, resposta de Chayene ao sucesso das Empreguetes, foi mais complicado. Ao ser citado na novela, já existiam dezenas de paródias com o título de “Vida de Patroete” publicadas no YouTube. Custou para o vídeo entrar no site da novela e, a “viralização” não aconteceu. Estivesse a Rede Globo já usando bem o conceito de segunda tela, suas chances de evitar que os telespectadores se perdessem na Internet buscando o vídeo “Vida de Patroete” seriam infinitamente maiores. Ainda mais se o vídeo pudesse ser transmitido pelo ar, para televisores com o Ginga e conexão internet, como propõe a experiência de segunda tele concebida pela Totvs/TQTVD.
Contexto complexo
Há 20 anos, cada tipo de serviço e produto tinha uma mídia dominante. Hoje não é mais assim. “Para saber o que oferecer é preciso fazer uma análise de contexto que considere o broadcast, o broadband e as múltiplas telas”, afirma Roberto Franco. E para definir o contexto, segundo ele, é preciso fazer três perguntas básicas: quem está consumindo, quando está consumindo e onde está consumindo. “Hoje, uma mesma pessoa consome audiovisual de maneira diferente, dependendo da hora e do local”, explica.
E essa realidade leva à derrubada de algumas verdades absolutas. Será que hábito de consumo audiovisual coletivo para TV persiste? Os modelos do consumo compartilhado (coletivo) e o inclinado para trás (relaxado no sofá), continuam sendo hábitos ou passaram a ser opções, possibilidades de consumo?
É consenso que os celulares e as mídias digitais expandiram o hábito do consumo compartilhado de audiovisual. Fenômeno batizado de Social TV, outra buzzword do Digital Age 2.0. “Você pode estar assistindo determinado conteúdo sozinho, na sua casa e estar interagindo com os amigos, remotamente, via redes sociais. Por outro lado o famoso modelo inclinado para a frente do consumo individual também não mudou? Quando você pega um tablet para ver um conteúdo audiovisual você pode estar relaxado no sofá e na cama?” _ questiona Franco.
É inegável que o contexto de consumo de conteúdo audiovisual é cada vez mais complexo. “É hoje uma combinação dos hábitos de consumo compartilhado, pessoal e móvel”, afirma Franco. Temos também três diferentes tipos de serviço: os tradicionais lineares (TV aberta, que alguém faz a programação para você), os não lineares (VOD, vídeo IP) e os multimídias (com interatividade , como os diferentes modelos de social TV). “Isso dá uma matriz que orá balizar o trabalho de todos que produzem e distribuem conteúdo audiovisual”, afirma o executivo.
Defesa de território
No SBT a fica já caiu. Para continuar sendo competitiva, a broadband precisa vencer em outros territórios. “Mas ninguém consegue vencer em outros territórios sem antes vencer no seu próprio território. E como se consegue isso? Melhorando, aumentando a qualidade do serviço. Primeiro, a radiodifusão está aumentando a qualidade dos serviços. Inicialmente, do ponto de vista de engenharia de transmissão, investindo em HDTV, 3D, UHDTV e o 3DUHDTV, para conservarmos o seu modelo de negócio e aí sim, poder expandi-lo”, explica Roberto Franco.
E quais são as possibilidades claras de expansão de território para o radiodifusor? Inicialmente, o próprio padrão digital oferece a possibilidade da mobilidade, através do padrão 1-seg. E, por fim, a interatividade, através do Ginga, com conteúdos mais personalizados, inclusive na segunda tela.
Essas possibilidades esbarram em algumas dificuldades. Tudo o que é móvel, esbarra nos interessas das operadoras de telefonia. É preciso aumentar o dialogo com elas para encontrar novos modelos de negócio. A interatividade, por sua vez, esbarra nas TVs conectadas. Do ponto de vista do radiodifusor, os dois deveriam trabalhar juntos para aumentar as possibilidades de ofertas de conteúdos personalizados casados com os conteúdos lineares.
Afinal de contas, o Brasil tem hoje entre 16 milhões a 20 milhões de televisores já com conversores digitais em uso. Até o fim deste ano, nas contas da Totvs, 5 milhões desses televisores serão DTVi, ou seja, possuem o Ginga embarcado. Projeções do Fórum SBTVD apontam para 70 milhões Televisores DTV em uso até o fim de 2015. E projeções da TQTVD falam em uma base instalada de 54 milhões de receptores com Ginga em 2016. “Não dá para desprezar isso. A interatividade, principalmente através da segunda tela, deve ser aproveitada de alguma maneira para que novos modelos de negócio sejam experimentados”, argumenta David Britto, Diretor Técnico da TQTVD.
A título de comparação, a projeção de vendas de TVs conectadas (as chamadas Smart TVs) no mercado brasileiro, segundo a Sony, é de 15 a 20 milhões em 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil.
“É muito difícil para os fabricantes explicarem as vantagens da TV conectada para os consumidores”, afirma Marcelo Varon, da Sony. Da mesma forma, é muito difícil explicar como usar o Ginga. A maioria das aplicações interativas veiculadas hoje pelos radiodifusores peca no quesito usabilidade, como bem mostra este vídeo abaixo, da primeira aplicação interativa para um telejornal nacional, criada pela HDX para o Jornal da Band.
Ele revela também a dificuldade do radiodifusor em gerar conteúdo complementar à sua programação. Note que as notícias da aplicação interativa tinham mais de 12 horas de atraso. Talvez por isso, as aplicações de segunda tela mais conhecidas sejam as de eventos esportivos, onde é mais simples automatizar o processo de geração de scouts e estatísticas.
Não dá para deixar de pontuar que todo avanço tecnológico obtido até aqui, para possibilitar o sonho dos produtores e distribuidores de de conteúdo de ter os seus produtos disponíveis em qualquer dispositivo a qualquer tempo, de nada valerá se esse conteúdo não for de qualidade.
“Se a gente não tiver conteúdo de qualidade não teremos o interesse de ninguém em usar qualquer nenhuma dessas tecnologias”, argumenta Gustavo Mills, com razão. “As pessoas estão ali para encontrar o que elas buscam. O que a gente já pode fazer hoje certamente será modelo para o futuro.”, completa.
TV digitalComentários desativados em Canal Digital: UFRN recebe canal digital de televisão do Ministério das Comunicações
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) comemora mais uma importante conquista: a Instituição é a primeira universidade do país a ter um canal digital de televisão. A consignação foi dada pelo Ministério das Comunicações, conforme portaria publicada na edição desta quarta-feira, 19, do Diário Oficial da União (DOU). A portaria assegura à UFRN o canal 48, correspondente à faixa de frequência de 674MHz a 680MHz, para transmissão digital do serviço de radiodifusão de sons e imagens.
Para o superintendente de Comunicação da UFRN, professor José Zilmar Alves da Costa, a consignação do canal digital à UFRN representa “uma conquista maiúscula, não só por consagrar à UFRN o tão aguardado canal digital, mas também por lhe ratificar o pertencimento do canal 5 (analógico), depois de um período de ceticismo”. Ainda de acordo com o professor José Zilmar, a obtenção do canal digital cumpre uma etapa fundamental do planejamento da Instituição para produzir, operar e transmitir serviços de radiodifusão e imagens em tecnologia digital, com algumas etapas já alcançadas. “Antes, a UFRN já tinha dado dois passos importantes no processo de migração digital: um foi a construção da nova torre de transmissão, em dezembro de 2011, e o outro a aquisição do transmissor digital, em julho de 2012”, destacou.
O superintendente disse ainda que, até o início efetivo das transmissões em tecnologia digital, outras etapas do planejamento terão que ser superadas, como a construção de um abrigo para o transmissor, a aquisição de equipamentos para a produção e a capacitação de recursos humanos.
TV digitalComentários desativados em Mobile TV: Novo serviço de mobile TV no Japão alcança 150 mil assinantes em cinco meses
O Japão ganhou um novo serviço móvel de TV por assinatura: o NOTTV, da empresa mmbi, Inc, cuja principal acionista é a operadora japonesa NTT DoCoMo. Para operar, a mmbi adquiriu frequências da faixa de VHF após o switch off da TV analógica naquele país e desenvolveu uma nova versão do padrão de TV digital Japonês, o ISDB-Tmm, que tem broadcast multimídia para dispositivos móveis em 13 segmentos (13-seg).
De acordo com o VP sênior de tecnologia e soluções da empresa, Tomoyuki Ohya, a nova segmentação se fez necessária para realizar o broadcast simultâneo de três canais de TV por assinatura e também porque o 1-seg do ISDB-T já transmite o sinal gratuito das emissoras de radiodifusão do Japão, assim como acontece aqui no Brasil.
Lançado apenas em abril deste ano, o NOTTV alcançou a marca de 150 mil usuários no último dia 5 de setembro, mesmo tendo começado com apenas dois smartphones compatíveis com o ISDB-Tmm. “Agora já são nove modelos compatíveis e a nossa expectativa é chegar até o final do ano com 1 milhão de assinantes em um universo de 3 milhões de smartphones com ISDB-Tmm no mercado”, estima Ohya.
O NOTTV faz o broadcast simultâneo de três canais lineares, cujas grades de programação ficam a cargo da própria mmbi, mais um canal de conteúdos complementares como jogos, aplicativos e conteúdos digitais, que utilizará as redes 3G e LTE disponíveis. Atualmente, temos 15 retransmissoras nas principais cidades do país para fazer o broadcast do canal, mas estamos planejando uma cobertura com 126 retransmissoras para cobrir todo o território japonês, revela Ohya.
notícia, TV digitalComentários desativados em TV Digital: Recepção digital deve passar a analógica em 2016 na América Latina
Em 2016, o número de telespectadores com recepção digital aberta na América Latina terá passado o volume de pessoas assistindo TV analógica, de acordo com estudo da Dataxis Reports. O DTT in Latin America 2012-2017 também projeta que até o final de 2012, 12,3 milhões de lares nos sete maiores mercados da região (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Perú e Venezuela) estarão assistindo aos sinais digitais da TV aberta. Até o final de 2017, o número deve chegar a 31 milhões de lares (aproximadamente 22% da população terá um receptor digital).
O Brasil deve ser o país com o maior número de lares equipados com receptores digitais, representando cerca de 65% dos lares com TV digital na região em 2017.
O estudo, contudo, não especifica se as projeções incluem, por exemplo, os sinais retransmitidos pelas operadoras de TV por assinatura. Também não detalha qual seria a penetração atual da Tv digital. O governo brasileiro já estima em pelo menos 30 milhões o total de receptores capazes de receber os sinais em alta definição no Brasil.
notícia, TV digital, videosComentários desativados em TV Digital: Teles vão financiar migração para a TV digital
O governo federal estuda a possibilidade de usar o leilão da faixa de 700 MHz como forma de financiamento de parte da migração dos sistemas analógicos para a TV Digital: ou seja, que as teles, grandes interessadas na oferta dessa frequência para serviços móveis, contribuam com os investimentos necessários à radiodifusão.
Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, alguma engenharia será necessária para superar dificuldades já identificadas na transição. Em especial, superar uma questão nascida na ilegalidade, mas que hoje é um fato concreto: a instalação de retransmissores por muitas prefeituras, mesmo sem autorização do Minicom, como forma de garantir sinais de televisão nas cidades.
“Queremos tomar uma decisão sobre os 700MHz e evidente que a decisão é se vamos ceder para fazer banda larga ou não. O processo de digitalização da TV está indo bem na parte de transmissão, tem pouquíssima pendência. Mas na área de retransmissão a coisa não anda com a mesma velocidade. Há um certo corpo mole, porque os mercados não são tão atraentes. Mas, além disso, tem um número enorme de retransmissores que são de prefeituras, entre 2 mil e 3 mil”, explica.
“Se as redes [de radiodifusão] não terão o mesmo interesse e a mesma velocidade, e as retransmissoras são das prefeituras, vamos precisar de uma política para isso, uma forma de financiar isso. Vamos formular soluções e não descartamos que uma delas seja, inclusive, colocar na conta dos 700 MHz. Isso foi feito nos Estados Unidos.”
Segundo Paulo Bernardo, o Minicom identificou que a instalação de retransmissores por prefeitos foi uma forma de garantir o serviço aos moradores. “É assim, vai ter uma Copa do Mundo, a cidade não pega televisão, o prefeito corre, põe uma antena e nem comunicou a alguém. Simplesmente fez. E alguns casos, sequer comunicaram ao Ministério das Comunicações.”
A pasta teve uma boa noção do problema há menos de um mês, quando fiscalizações da Anatel resultaram no corte de sinais de televisão em oito municípios de Minas Gerais, inclusive Sete Lagoas, cidade com 240 mil habitantes. “Não estava autorizada e desligaram. Sete Lagoas é uma cidade grande, importante. Foram lá e desligaram, deixaram sem televisão. Uma confusão”, conta Bernardo.
Imbróglios como esse tem efeito sobre a digitalização da TV. “Não sei se os prefeitos vão querer pegar empréstimo [para fazer a migração]. Por que ele vai querer fazer isso? Muitos vão dizer que quem tem que digitalizar as redes não vem, então deixa o analógico. Aí gera um outro problema que não queremos que é atrasar o fim do processo. A questão é como financiar um negócio que é de interesse comercial, mas também é de interesse social e cultural. Não ter televisão digital em alguns lugares será um pepino.”
“Estamos dizendo o seguinte: não vamos atrasar. Vai chegar em 2016, porque não fez a migração total? Porque não tem interesse comercial, não tem retorno, não tinha dinheiro, o retransmissor era da prefeitura, a prefeitura vai dizer que não pode por dinheiro porque vai dar confusão. Então o governo vai equacionar a maneira de fazer isso. Uma das coisas que estamos pensando é colocar isso na conta dos 700 MHz.”
notícia, TV digital, videosComentários desativados em TV Digital: Governo culpa resistência de fabricantes ao Ginga pelo atraso
Apesar das difíceis negociações – e da relutância de boa parte dos fabricantes de aparelhos de TV de incorporarem o Ginga como software de interatividade no sistema digital – o Ministério das Comunicações acredita que a partir do próximo ano o mercado começa a recuperar o tempo perdido.
“Tomamos uma decisão de tornar obrigatória a instalação do hardware com o software nos aparelhos receptores. Isso vai ajudar a deslanchar. E estamos começando a discutir com as produtoras de conteúdo, as emissoras. Vai acabar pegando”, lembra o ministro.
“Os fabricantes não queriam colocar. Discutimos com eles praticamente um ano. No fim, não teve acordo. Então, fizemos. Tinha uma briga porque o pessoal queria ter outras soluções, não queria por o Ginga, queria ter software fechado embarcado.”
Sem acordo, o governo baixou novas normas de Processos Produtivos Básicos relacionadas à fabricação de aparelhos de TV, determinando que a partir de 2013 os equipamentos tragam o Ginga (de início, 75% deles; percentual que passa a 90% em 2014.
A dúvida é se o tempo será suficiente para que os brasileiros troquem os televisores até 2016. E ainda há aqueles que adquiriram televisores supostamente compatíveis com o sistema digital, mas que – por conta da disputa lembrada pelo ministro – não contemplam a interatividade.
“Quem já trocou de televisão, não vai fazer igual celular. Quem compra uma televisão vai querer ficar com ela seis, sete anos. Então quem já tem, acho que foi um espaço que perdemos, vai demorar mais. Por outro lado, começando no ano que vem, as pessoas já vão começar a comprar com tecnologia embarcada. Acaba ficando mais atraente para a própria televisão adotar as tecnologias.”
notícia, TV digitalComentários desativados em TV Digital: Coitada da TV Digital interativa. Mais maltratada, impossível
Sim, a interatividade na TV Digital existe. Mas…
Dia desses, acompanhando um dos capítulos da novela “Avenida Brasil”e a troca de comentários no Twitter, vi o jovem René Silva, 18 anos, criador do jornal/portal “Voz das comunidades”, que circula no Complexo do Alemão, perguntar ao Luiz Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação, o que era aquele “i”que havia surgido do nada no canto superior da tela da TV. Como Erlanger já havia se despedido e saído do microblog naquela hora, respondi.
Dias depois, quis saber do René o que foi que ele havia visto, e se havia gostado. Ele disse havia visto o aplicativo da novela e que havia gostado. Perguntei qual era o modelo da TV que estava usando. Ele me disse que era uma Sony, que sabia que era DTVi porque havia lido no manual, depois que o orientei a apertar a tecla vermelha da área de interatividade.
Na hora, não pude deixar de lembrar do projeto de lei que a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática havia acabado de aprovar. De autoria do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), o PL 2622/07 torna obrigatória a divulgação, pelos fabricantes de aparelhos de televisão, de informações sobre a compatibilidade ou não desses produtos com o padrão de TV digital.
A TV da Sony comprada pela família do René não tinha o logo DTVi colado no gabinete. “Ele só aparece quando a gente liga a TV”, me disse.
Me lembrei também que a TV digital já está presente em todas as capitais do país, mas a programação interativa só está disponível no Rio e em São Paulo. E que nem todos os televisores compatíveis com o sinal de TV Digital são DTVi.
“A população precisa ser informada acerca de todas essas alternativas, para realizar escolhas compatíveis com seu perfil de uso e seu poder aquisitivo”, disse o relator do projeto na Câmara. Está corretíssimo.
Enquanto a população descobre por conta própria o que pode fazer com o padrão DTVi, fabricantes e emissoras perdem tempo discutindo pela opção ou não do Java no padrão Ginga. Uma discussão que, a meu ver, já deveria ter sido deixada para trás. Ganharíamos, todos, se testes em campo, com grupos de telespectadores de diferentes extratos sociais, estivessem em curso.
Televisores DTVi estão chegando aos lares e a população não tem noção do que são capazes de fazer, especialmente no que diz respeito à interatividade (ver infográfico abaixo). Em quantos lares do Complexo do Alemão o sinal digital chega com perfeição? Em quantos as aplicações interativas carregam sem problemas? Aqui em casa, em Moema, próximo ao aeroporto de Congonhas, tenho problemas. Imagina próximo ao Galeão?
Discutir essas questões é mais importante e urgente que discutir o uso do Java no padrão. Afinal de contas, com o incentivo do governo através do PPB, a indústria de software acredita que teremos 30 Milhões de TVs com Ginga no mercado em 2014.
O novo regulamento que rege a TV por assinatura publicado pela Anatel este ano já indica um incentivo à adoção do Ginga pelas operadoras de TV paga. O que leva a indústria de software a crer que as operadoras de TV paga tenham suas implementações Ginga nos próximos 2 anos. A possibilidade de uso do Ginga para uso de dispositivos como smartphones e tablets como segundo tela, diante da possibilidade de sincronização de conteúdo e interatividade, pode ser um atrativo. A Globo e o SBT já não escondem o desejo de usar o Ginga para prover interatividade na segunda tela e serviços de VDO (Video on demand).
O mesmo vale para o padrão 1-seg. Semana passada o Rafael Rigues, editor da PCWorld, começou a fazer testes com um novo modelo de celular da Motorola (o XT682) padrão DTVi. na redação, ali na Vila Olímpia, zona sul da capital paulista, só conseguimos carregar o aplicativo interativo da TV Cultura. Apenas em casa consegui ter acesso a outros aplicativos da TV Brasil e da Record (fotos abaixo). E, no fim de semana, durante os jogos do Brasileirão, ao aplicativo da Globo. Todas levaram muito tempo para carregar (mais de 4 minutos, sem exceção).
É hora de virar a página. Dos defensores do Ginga deixarem as discussões de lado e voltarem a desenvolver uma agenda positiva. Das emissoras usarem e testarem efetivamente a interatividade Ginga. Dos desenvolvedores entenderem o imenso potencial da plataforma.
notícia, TV digitalComentários desativados em TV Digital: Brasil dá continuidade ao planejamento para o desligamento da TV analógica
Dando continuidade às ações de planejamento para o desligamento da TV analógica no Brasil, o Ministérios das Comunicações discutiu resultados de um estudo conduzido pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).
De acordo com o assessor da Secretaria de Telecomunicações do MiniCom, Flávio Lenz, o estudo teve o objetivo de identificar áreas onde o Japão possa cooperar com o Brasil para o sucesso do apagão analógico.
“Essa assistência está sendo muito importante porque estamos aprendendo com quem já passou por uma experiência parecida com êxito”, destacou.
As áreas onde deverá haver cooperação entre os dois países são o planejamento do espectro, o monitoramento da cobertura digital e as ações de divulgação do desligamento analógico voltadas à população brasileira.
Segundo Lenz, o MiniCom deverá enviar, até o final de junho, uma proposta de atuação para a Agência Brasileira de Cooperação, que enviará o documento ao governo do Japão.
Você acredita que o Brasil esteja preparado para este apagão? Leia aqui uma matéria sobre o assunto. Conversamos com pequenas emissoras do interior do norte e nordeste e descobrimos que muitas delas ainda estão despreparadas para o digital.
notícia, TV digitalComentários desativados em Minicom conclui primeira versão do plano de transição para a TV digital
O Ministério das Comunicações conclui, nesta semana, uma primeira versão do plano de transição da TV analógica para a digital. O pré-projeto elaborado pela Secretaria de Servições de Comunicação Eletrônica será finalizado ainda nesta sexta-feira, 18, e depois, encaminhado para discussões mais amplas com a Secretaria de Telecomunicações e também com a Anatel. O ministério tem até o fim deste ano para apresentar a versão final do plano de transição. De acordo com nota do ministério, o desligamento completo do sistema analógico no Brasil está marcado para 2016 e não será adiado.
Buscando subsidiar a elaboração do plano, representantes do Minicom estiveram nos Estados Unidos, em abril, para ver de perto como foi a transição para o sistema digital naquele país. A viagem incluiu conversas com todos os setores envolvidos no processo, como radiodifusores, fabricantes de equipamentos, órgãos governamentais e a Câmara de Comércio Americana.
Entre os pontos que mais chamaram atenção na experiência americana está o fato de uma cidade ter sido escolhida para testar a transição antes do restante do país. A eleita foi Wilmington, na Carolina do Norte. “Eles desligaram lá com antecedência, para verificar quais foram os impactos, o que iam precisar mudar. Fizeram a transição no microcosmo para aplicar todas as medidas corretivas antes de aplicar no macrocosmo”, diz em nota Genildo Lins, secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Minicom.
A escolha de uma cidade-piloto para antecipar os testes deve ser incluída no plano brasileiro de transição. O local ainda não foi definido, mas precisa reunir algumas características específicas, como o fato de todos os canais disponíveis para a população serem da própria cidade e não haver muita interferência do sinal. Outro aspecto importante para os testes é uma quantidade significativa de lares com receptor digital.