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Decreto 8061/13: Governo publica decreto que antecipa migração da TV digital

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Já está valendo a mudança na transição da TV analógica para o padrão digital no Brasil. O Decreto 8061/13, publicado nesta terça-feira, 30/7, no Diário Oficial da União, passa a prever que a implantação se dará entre 1o de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2018.

A norma, que modifica o Decreto 5820/06, aproveita para fazer outras alterações no Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, em especial como mecanismos para superar a falta de espectro disponível no modelo até aqui vigente.

Por exemplo, um novo parágrafo no artigo 7o diz que “quando não houver canal de radiofrequência disponível para a consignação de que trata o caput, o Ministério das Comunicações poderá autorizar:

I – a transmissão do sinal digital no mesmo canal analógico já outorgado; ou

II – a execução do Serviço de Retransmissão de Televisão (RTV) em tecnologia digital por concessionária do serviço de radiodifusão de sons e imagens”.

A forma como será feita a gradativa migração para a tecnologia digital será definida em cronograma do Minicom, que já indicou que o sistema chegará primeiro em Brasília em março de 2015.

A seguir virá São Paulo, em abril, e o Rio de Janeiro, em maio do mesmo ano. Em seguida deverá ser a vez de Belo Horizonte – e a partir o sinal analógico será desligado em mais de uma capital a cada mês.

Segundo o secretário de Comunicação Eletrônica do Minicom, Genildo Lins, a migração, com o desligamento do sinal analógico e transmissão somente pelo sistema digital estará concluído em todas as capitais até o fim de 2015.

Também fica definida a data de 31 de agosto de 2013 como limite para a concessão de outorgas em tecnologia analógica – no caso das retransmissoras, até três anos antes do desligamento do sinal na respectiva localidade.

Veja a íntegra do Decreto:

DECRETO No 8.061, DE 29 DE JULHO DE 2013

Altera o Decreto no 5.820, de 29 de junho de 2006, o Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto no 52.795, de 31 de outubro de 1963, e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, combinado com o art. 223 da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962, e na Lei no 9.472, de 16 de julho de 1997,

DECRETA:

Art. 1o O Decreto no 5.820, de 29 de junho de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 7o ……………………

§ 3o Quando não houver canal de radiofrequência disponível para a consignação de que trata o caput, o Ministério das Comunicações poderá autorizar:

I – a transmissão do sinal digital no mesmo canal analógico já outorgado; ou

II – a execução do Serviço de Retransmissão de Televisão (RTV) em tecnologia digital por concessionária do serviço de radiodifusão de sons e imagens.

§ 4o A autorização de que trata o inciso II do § 3o fica condicionada à desistência voluntária da respectiva concessão do serviço de radiodifusão de sons e imagens.” (NR)

“Art. 10. O Ministério das Comunicações estabelecerá cronograma de transição da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão para o SBTVD-T, com início em 1o de janeiro de 2015 e encerramento até 31 de dezembro de 2018. ………………………

§ 2o Os canais utilizados para transmissão analógica serão devolvidos à União após o prazo fixado no cronograma previsto no caput.” (NR)

“Art. 11. A concessão de outorgas para a exploração dos serviços em tecnologia analógica ocorrerá, em relação:

I – aos serviços de radiodifusão de sons e imagens, até 31 de agosto de 2013; e

II – aos serviços de retransmissão de televisão, até a data correspondente a três anos antes do desligamento do sinal na respectiva localidade, conforme previsto no cronograma de que trata o art. 10.” (NR)

Art. 2o O Anexo ao Decreto no 5.371, de 17 de fevereiro de 2005, que aprova o Regulamento do Serviço de Retransmissão de Televisão e do Serviço de Repetição de Televisão passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 19. A autorização de uso de radiofrequência para a execução do Serviço de RTV ou de RpTV será outorgada a título oneroso, cabendo à Anatel promover a cobrança do respectivo preço público.” (NR)

Art. 3o O Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto no 52.795, de 31 de outubro de 1963, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 28. ………………………………………

12 – ……………………………………………

m) irradiar informações meteorológicas, em conformidade com a regulamentação; ……………………………….” (NR)

“Art. 45. A licença será substituída quando sobrevierem alterações em quaisquer dos seus dizeres.” (NR)

“Art. 47. Toda emissora é obrigada a irradiar indicativo de chamada, o nome da entidade detentora da outorga ou o seu nome fantasia, na forma do regulamento.

§ 2o …………………………….” (NR)

“Art. 55. Sempre que os serviços de radiodifusão forem interrompidos por período superior a setenta e duas horas, as concessionárias e permissionárias de tais serviços deverão, no prazo de até quarenta e oito horas, comunicar ao Ministério das Comunicações o tempo e a causa de interrupção. ……………………………..” (NR)

Art. 4o Ficam revogados os seguintes dispositivos:

I – do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto no 52.795, de 31 de outubro de 1963:

a) as alíneas “i” e “j” do item 12 do art. 28;

b) o § 6o do art. 31-A;

c) o § 1o do art. 47;

d) e o art. 130;

II – do Decreto no 5.820, de 29 de junho de 2006:

a) o art. 8o; e

b) o § 1o do art. 9o;

III – o parágrafo único do art. 19 do Regulamento do Serviço de Retransmissão de Televisão e do Serviço de Repetição de Televisão, aprovado pelo Decreto no 5.371, de 17 de fevereiro de 2005; e

IV – os incisos XXIII e XXVII do caput do art. 40 do Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto no 2.615, de 3 de junho 1998.

Art. 5o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de julho de 2013; 192o da Independência e 125o da República.

DILMA ROUSSEFF

Paulo Bernardo Silva

Fonte: Convergência Digital

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ago 01

Faixa 700MHz: Prioridade são grandes centros para desocupar faixa de 700 MHz

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A mudança do sistema de transmissão analógico para digital vai afetar mais gente em 2015 porque a prioridade do Ministério das Comunicações são as cidades maiores, visto que a principal meta para o primeiro ano de desligamento é a desocupação da faixa de 700 MHz, a ser leiloada, provavelmente ainda em 2014, para as operadoras móveis.

“Os radiodifusores já sabem que o governo tem a intenção de liberar a faixa de 700 MHz. Para nós isso está tão pacificado que estamos perguntado às emissoras qual a ordem [de desligamento]. O edital só não saiu ainda por conta da previsão dos custos de refarming”, diz Genildo Lins.

Ele afirma que esses custos serão cobertos pelas teles que vencerem a licitação. O refarming é a mudança da operação em uma faixa de frequência para outra, o que implica na troca de equipamentos e, ocasionalmente, no local de uma antena. Além disso, as teles terão que pagar pelas medidas para mitigar interferências.

“A gente acha que não tem interferência significativa”, diz o secretário executivo. Ele também descarta o temor das emissoras de que as interferências não causem apenas “ruídos”, mas resultem em “tela preta”. “Nossos estudos dizem que isso é um grande exagero”, completa.

Grandes centros, com destaque para São Paulo, são “prioridade” porque ali só é possível a desocupação da faixa de frequência – e sua “transferência” às operadoras móveis – se houver desligamento. “Em quase 5 mil municípios do país a faixa de 700 MHz está desocupada.”

Como resultado, diz ele, “teremos uma grande concentração em 2015. Serão as cidades onde tanto a transmissão como recepção já estão maduras. O restante do país vamos distribuir entre 2016, 2017 e 2017, levando em conta o melhor cenário de transmissão e recepção”.

“Já temos 90% dos canais resolvidos. Os 10% não foram consignados porque faltava canal. Em dois ou três meses vamos resolver os que faltam. Mas nossa maior preocupação é a recepção. Por isso é importante frisar que o governo não vai tomar nenhuma medida que deixe o brasileiro sem televisão”, completa Lins.

Fonte: Convergência Digital

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jul 23

TV digital: Minicom corrige lista dos beneficiados pelo Ginga.BR.Labs

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O Ministério das Comunicações retificou o resultado da seleção paga o Ginga BR.Labs, programa que via instalar laboratórios para testes de conteúdos e aplicações interativas, além de formar pessoal qualificado no middleware em emissoras públicas do país.

Segundo o Minicom, uma das 11 emissoras listadas originalmente como pré-selecionadas não se adequar ao universo possível de entidades participantes: ou seja, no caso da Fundação Candido Garcia, do Paraná, não estar vinculadas à administração públicas ou a instituição pública de ensino superior que detém outorga para executar o serviço de radiodifusão.

Assim, foi republicada a lista de pré-classificadas a receberem os laboratórios:

1) Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – IRDEB (BA)

2) Fundação Televisão Rádio e Cultura do Amazonas – Funtec (AM)

3) Fundação Universidade do Tocantins – Unitins (TO)

4) Fundação Cultural Piratini – Rádio e Televisão (RS)

5) Fundação Rádio e Televisão Educativa de Uberlândia – RTU (MG)

6) Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural – Fundação RTVE (GO)

7) TV Assembleia (MG)

8) Fundação Padre Anchieta (SP)

9) Televisão Universitária Unesp (SP)

10) Fundação Educativa de Rádio e Televisão Ouro Preto (MG)

Fonte: Convêrcia Digital

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jul 23

UHDTV: 8K é evolução natural da radiodifusão

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Após realizar testes de captação e reprodução de conteúdo em UHDTV (Ultra High Definition Television), tecnologia conhecida como 8K, no carnaval e na Copa das Confederações em parceria com a NHK, TV pública do Japão, a rede Globo acredita que a tecnologia representa a evolução natural da radiodifusão, tendo como base o planejamento da emissora asiática. A NHK prevê realizar as primeiras transmissões via satélite em UHD em 2016. A meta é que as transmissões sejam feitas por via terrestre no país de forma universal, aberta e gratuita em 2020.

O UHD entrega resolução 16 vezes maior que o Full HD e trabalha com 22.2 canais de áudio, oferecendo maior sensação de imersão para o telespectador. Além disso, permite que o usuário fique mais próximo do televisor. Em uma televisão HD, é recomendado que o telespectador fique a uma distância equivalente a três vezes o tamanho do televisor, enquanto na tecnologia UHD essa distância pode ser reduzida para 0,75 vezes o tamanho do aparelho.

De acordo com o diretor de engenharia de entretenimento da TV Globo, Raymundo Barros, a tecnologia 8K seria a evolução natural da radiodifusão, com o 4K servindo como um estágio intermediário no processo. “Para a radiodifusão, pelo que vemos da experiência japonesa, o esforço é pela implementação do 8K. Não me parece que o 4K seja uma meta para a radiodifusão. Lá no Japão a meta é 8K para todas as residências em 2020”.

A sensação de imersão oferecida pelo 8K poderia substituir o 3D nas residências. De acordo com Barros, a necessidade de usar óculos causa desconforto ao telespectador. “O que se vê no Japão é que a sensação de imersão é tão grande, e é possível estar tão perto da televisão, que pode não ser necessário usar o 3D. Mas pode ser que tenhamos 8K 3D um dia, no fim tudo se resume à questão dos óculos. No cinema, foi uma experiência bem sucedida porque o consumidor vai lá disposto a usar os óculos, mas nas casas isso parece causar desconforto no usuário”.

A emissora já usa arquivos 8K para compor efeitos visuais nas suas produções. No caso da novela “Amor à Vida”, por exemplo, o hospital cinematográfico localizado no Rio de Janeiro é inserido no ambiente da cidade de São Paulo com uso de computação gráfica e painéis de chroma key. As imagens de fundo usadas nessa composição foram captadas em 8K.

“São muitos desafios para a implementação do 8K. O volume de dados gerados por esses efeitos, por exemplo, é de 30 terabytes. Em relação à infraestrutura, temos centenas quilômetros de cabos coaxiais de cobre que usamos para transmissão de dados no Projac. Com o 8K, nada disso vai servir, será necessário usar fibra”, diz Raymundo.

Espectro

De acordo com Barros, a disputa entre emissoras de TV e operadoras de telefonia por faixas de espectro é o principal obstáculo para apresentar um cronograma preciso para a implementação da tecnologia no Brasil. “Com a tecnologia que temos hoje, para evoluir o serviço de TV aberta e gratuita para além do HD é preciso mais espectro. Essa é uma discussão que está em debate na sociedade civil”, diz. “Todo mundo precisa de espectro. E outros setores estão demandando o espaço da TV. Acontece que a TV tem suas próprias demandas para poder evoluir”, conclui.

Fonte: Tela Viva

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jul 23

Mobile: Começa hoje a campanha para estimular acesso a rádio e TV pelo celular

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Iniciativa da Abert mira a Jornada Mundial da Juventude e deve ser repetida por ocasião dos grandes eventos

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) lança nesta segunda-feira, 22, uma campanha para estimular as pessoas a usarem o celular para acessar a programação do rádio e da televisão aberta. Com o slogan “Rádio e TV ao alcance da sua mão”, a iniciativa aposta no Facebook para alcançar o público que participa nesta semana da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), estimado em 2 milhões de pessoas.

“Em grandes eventos, as redes de telefonia não suportam a sobrecarga de dados. O rádio e a TV tornam-se os maiores aliados de quem precisa de informação instantânea”, explica o presidente da Abert, Daniel Slaviero. Com peças criadas para o Facebook, a campanha orienta como acessar a programação de rádio e televisão aberta pelo celular – e sem custo – e informa sobre modelos e marcas de aparelhos habilitados para o serviço.

De acordo com dados da Anatel, existem no país 265,7 milhões de celulares, 134,35 aparelhos para cada 100 habitantes. Estima-se que 60% desse total possuem rádio FM e mais de 5% TV digital. A campanha é a primeira de uma série que a entidade promoverá aproveitando grandes eventos como Copa do Mundo, eleições e Olimpíadas, como forma de incentivar as pessoas a usarem o celular para acessar rádio e TV. “Assim, soma-se a mobilidade à informação rápida e de qualidade, sem pagar nada por isso”, resume Slaviero.(Da redação, com assessoria de imprensa)

Fonte: FNDC

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jul 18

TV digital: GingaBr.Labs começa a sair do papel

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O Ministério das Comunicações divulgou nesta terça-feira, 16/7, o resultado preliminar da seleção de emissoras públicas que receberão laboratórios de testes de conteúdos e aplicações interativas de TV Digital, utilizando o middleware brasileiro Ginga.

Parte das ações do programa Ginga Brasil, o Ginga Br.Labs pretende capacitar mão de obra especializada no fomento do Ginga. Para isso, foram escolhidas até aqui 11 emissoras públicas com base no edital aberto em maio deste ano. As emissoras escolhidas são:

1) Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – IRDEB (BA)

2) Fundação Televisão Rádio e Cultura do Amazonas – Funtec (AM)

3) Fundação Universidade do Tocantins – Unitins (TO)

4) Fundação Cultural Piratini – Rádio e Televisão (RS)

5) Fundação Rádio e Televisão Educativa de Uberlândia – RTU (MG)

6) Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural – Fundação RTVE (GO)

7) TV Assembleia (MG)

8) Fundação Padre Anchieta (SP)

9) Televisão Universitária Unesp (SP)

10) Fundação Educativa de Rádio e Televisão Ouro Preto (MG)

11) Fundação Cândido Garcia (PR)

Ainda de acordo com o resultado publicado no Diário Oficial da União, a Universidade Federal de Minas Gerais foi desclassificada com base no item do edital que exigia outorga, na modalidade educativa, pedido ao Minicom de consignação para a prestação do serviço de radiodifusão digital.

O resultado divulgado nesta terça também prevê prazo até 22/7 para envio de recursos relativos à avaliação das propostas.

Fonte: Convergência Digital

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jul 09

Faixa 700 MHz: Anatel tem pressa, TVs pedem calma

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No caminho do remanejamento da faixa de 700 MHz, que será repassada às operadoras móveis, a negociação agora é sobre o ritmo dessa mudança. O próprio governo e a Anatel não escondem que a intenção é licitar essa fatia do espectro o quanto antes, de preferência ainda na primeira metade de 2014. As emissoras de televisão alegam que o prazo é muito curto.  A questão é eminentemente financeira: quanto vai custar e quem vai pagar.
Nesta terça-feira, 9/7, diante de senadores da comissão de Ciência e Tecnologia, as teles fizeram a defesa de praxe da importância da banda larga móvel e do desejo das empresas no Brasil se aproximarem do modelo norte-americano, efetivamente o país que utiliza os 700 MHz para a oferta do 4G.
As emissoras de TV, porém, insistem nos problemas de interferência já verificados em testes, como os realizados na Europa e, principalmente, no Japão. “A situação é grave e ainda não tem solução, que precisa ser técnica. Por isso é fundamental que não se tome providências sobre os 700 MHz antes dos estudos”, sustentou o diretor de planejamento e uso do espectro da Abert, Paulo Balduino.
E é aí que parece residir a principal diferença atual. Existe uma aparente prerrogativa de que as teles móveis, ao adquirirem pedaços da faixa, custeiem a “limpeza” do espectro e, ainda, as medidas necessárias para mitigar os problemas de interferência. Mas as operadoras já demonstraram clara resistência a essa ideia. As TVs querem que isso fique claro já no edital.
E com detalhes. Para que não haja margem à discussões depois do leilão, o pleito é de que o edital dos 700 MHz já descreva quais as soluções a serem adotadas para enfrentar as interferências, quanto elas vão custar, como será o procedimento de pagamento pelas teles e o prazo para a implementação das medidas. “Senão, depois será alegado que não estava na conta”, resume Balduino.
As emissoras de TV têm na memória a audiência pública que a Anatel realizou há três meses para discutir a destinação da faixa de 700 MHz. “Não é adequado considerar que os custos de transição sejam financiados direta ou indiretamente pelas operadoras”, sustentou, então, o gerente de processos normativos da Oi, Luiz Catarcione. Praticamente as mesmas palavras foram repetidas pelas demais.
A agência garante que o custeio da migração é ponto pacífico. “Já foi decidido que os novos entrantes, quem vencer o leilão, vão custear a migração dos que hoje ocupam os canais 52 a 69. Questões de interferência e filtro terão que ser calculadas também para serem financiadas por quem está entrando na faixa”, afirmou o presidente da Anatel, João Rezende.
Diferentemente do que defendem os radiodifusores, no entanto, Rezende acredita que uma citação genérica sobre essa questão no edital será suficiente para atender o objetivo. “O edital vai dizer que a operação da radiodifusão deve ser preservada e os problemas de interferência solucionados”, explicou o presidente da Anatel.
Outra diferença é que as TVs não acreditam ser possível concluir estudos aprofundados sobre a interferência do 4G na radiodifusão no cronograma aventado pelo Minicom e pela agência: a Anatel espera ter o edital pronto até o fim deste ano. Também diante dos senadores, João Rezende defendeu uma destinação rápida às teles móveis.
“As metas da banda larga rural são de 30% dos municípios até meados de 2014, 60% em dezembro e todas até junho de 2015. Mas a cobertura rural pode ser antecipada se tivermos os 700 MHz, assim como as obrigações de cobertura 3G em todo o Brasil, por enquanto previstas para irem até 2018”, afirmou.

Fonte: Convergência Digital

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jul 08

Implantação TVDigital: Proposta do site ABFDigital para a implantação da TV Digital no Brasil

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Em virtude da grande oportunidade percebida pelo setor de equipamentos de infraestrutura, transmissão e recepção, é notório o grande interesse de empresas de porte e que tem se reunido para discutir a viabilidade de criarem consórcios que possam fazer frente a demanda gerada pelo switch-off da TV analógica no País.
( início de 2015 com 883 cidades e final até 2018 )

Diante disto, e em virtude de não termos percebido movimentação no Governo federal no sentido de viabilizar o Operador de Rede Público, as empresas mencionadas tem nos procurado para conhecer detalhes do projeto que desenvolvemos na EBC. O resultado destas conversações passo agora a relatar até para que, possamos, como instituição de aconselhamento do Conselho de Desenvolvimento da TV Digital brasileira, refletir sobre os caminhos a serem escolhidos pelo e mercado frente ao cronograma já estabelecido pelo Ministério das Comunicações e, assim dar andamento a estes procedimentos.

A ideia é que se criem Empresas de Propósito Especifico (SPE) para participarem de um LEILÃO por áreas, (nos moldes do que foi realizado para os serviços de telefonia fixa e celular, onde vencedores teriam a responsabilidade de oferecer a empresas privadas, públicas e a instituições, a infraestrutura de transmissão e produção (no caso das prefeituras) e manutenção deste serviço de radiodifusão digital.

Os prazos seriam divididos de acordo com dois grandes movimentos: A construção de torres únicas e a manutenção do serviço de transmissão de sinais digitais.

Sugerimos, como ideia que o vencedor do leilão de áreas com maior retorno econômico sejam obrigado a aceitar outras áreas de menor relevância pecuniária. Deste modo, garantiríamos um processo de universalização da TV Digital num tempo mais curto

O edital deveria prever um prazo de 4 anos para a construção de torres únicas nas principais cidades brasileiras onde houvesse interesse de radiodifusores e do poder público em participar, garantidas as fontes de receitas para os consórcios vencedores em cada área, com a devida preferência e canais de financiamento, trazidos para este processo pelos próprios consórcios ou negociados com as fontes públicas de fomento.

Outros 04 anos seriam necessários para a cobertura de outras áreas do País, completando a universalização digital quanto a oferta de sinal digital em 08 anos.

Os principais clientes destes consórcios seriam as prefeituras, em atendimento, inclusive , ao que determina o decreto 5820/06 estabelecendo as regras do canal da Cidadania, cuja responsabilidade legal seria do Ministério das Comunicações em combinação com as entidades interessadas do poder municipal e financiadas e atendidas durante o processo de operação pelo consórcio vencedor.

Este edital em sua construção, merecera um larga discussão com autoridades competentes, o Fórum da TV Digital, as empresas constituintes dos consórcios interessados em explorar este serviço de oferta de infraestrutura, operação de um sistema integrado de super-stations e canais locais, onde se contemplaria as questões especificas das obrigações entre as partes com o intuito de acelerar a disseminação na TV Digital no Brasil.

Com relação as prefeituras, cujos recursos para projetos são escassos, oferecemos a proposta de possível estudo pelo MC, Casa Civil e Secretaria de Relações Institucionais de incluir este projeto de disseminação da TV Digital como politica pública de Estado e, assim adicioná-la aos projetos pertinentes ao Fundo de Participação dos Municípios.

Teríamos garantias federais ao pagamento das prestações pelos municípios do recebimentos dos exigíveis pelas empresas prestadoras do serviços de construção e manutenção de torres e da transmissão de sinais digitais. O prazo de contrato com os vencedores dos editais por área relativo a manutenção dos serviços de transmissão seria de 20 anos.

Os estudos poderiam compreender ainda o uso das torres únicas para oferta de serviços convergentes como aluguel para colocação de antenas de telecomunicações e permitir integração com o programa PNBL para sua utilização como base para redes locais de WI-MAX ou congêneres.

Idéias, que podem vir a ser, acreditamos, realidade e soluções para o grande desafio da implantação da TV Digital no Brasil e sua integração aos serviços de telecomunicação.

Fonte: ABFDigital

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jul 08

Switch-off TV Digital: Abratel pede adiamento do switch-off em Brasília

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A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) encaminhou na última terça, 2, um documento ao Ministério das Comunicações (Minicom) solicitando o adiamento do switch-off da TV analógica nos grandes centros urbanos e, em especial, no Distrito Federal.

A entidade destacou a importância de um diálogo entre autoridades e radiodifusores a respeito da antecipação do apagão do sinal analógico para 2015. Recentemente o Minicom anunciou a antecipação da mudança, que estava prevista anteriormente para 2016.

A associação argumenta que o Distrito Federal se encontra em uma situação atípica. O início da transmissão digital, com cobertura em toda a unidade da federação pelas principais redes, foi postergado diversas vezes devido a atrasos na construção do monumento “Flor do Cerrado”, que é a torre construída pelo Governo do Distrito Federal onde se alocaria a transmissão principal das seis maiores emissoras atuantes no DF.

Neste local, mesmo com a inauguração para visitação pública, não houve o início da transmissão dos sinais digitais e a previsão é de que o sistema adquirido pelas emissoras seja entregue entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014. Até que as emissoras terminem de instalar seus equipamentos, estima-se que o sinal digital seja irradiado até março de 2014. Assim haveria apenas um ano entre a instalação do sistema definitivo e o apagão do sinal analógico. O período, para a Abratel, é insuficiente para que as emissoras façam os testes de campo para identificar as áreas de sombra.

A Abratel afirma que, diferentemente de outras cidades que já possuem sinal digital há algum tempo, no DF não existe uma cultura de televisão digital, dado que a transmissão desse sinal não cobre nem a totalidade da região central de Brasília. Por isso, a maioria da população desconhece as vantagens do sinal digital em detrimento do analógico. Com apenas um ano entre a cobertura completa da cidade com o sinal digital e o switch-off do analógico, o governo e as empresas teriam pouco tempo para fazerem um amplo trabalho de divulgação, avalia a Abratel.

Noticia relacionada https://www.gingadf.com.br/blogGinga/?p=2501

Fonte: Tela Viva

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jul 04

TV Digital: Você já digitalizou a SUA televisão?

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A proposta da coluna #DigitalTV aqui no blog #SerMídia é pontuar um espaço importante para o meu principal objeto de estudo: a TV Digital Brasileira. Assunto que venho me dedicando deste 2008, quando ingressei no mestrado em televisão digital da UNESP, em Bauru, São Paulo. Não vou me deter aqui a experiência do mestrado, quem sabe num outro post =], mas quero chamar a sua atenção leitor para um tema que está sendo pouquíssimo discutido na mídia, e que aos poucos vem alterando um dos nossos veículos de comunicação de massa mais observados, consumidos, utilizados: a TV.

Muitas pessoas por aí afirmam que a televisão digital no Brasil não vingou, não está dando certo, não está acontecendo, enfim…! Entretanto, afirmo seguramente que quem tem essas opiniões, infelizmente, vive na ignorância e desconhece a profusão de acontecimentos que vem norteando a digitalização da televisão brasileira já desde a década de 90 no Brasil.

Para você ter uma noção, listo abaixo alguns aspectos que foram gerados pelo longo processo de digitalização da televisão brasileira:

· Questões políticas, econômicas e sociais que levaram a escolha do padrão japonês ISDB-T para transmissão digital no Brasil;

· Pesquisas científicas realizadas para a criação de um sistema próprio de transmissão do sinal digital, o SBTVD-T – Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre.

· Decreto 5820 / 2006 – assinado pelo então Presidente Lula – dispositivo que instituiu o SBTVD-T; TODAS as emissoras e retransmissoras de TV do Brasil passaram a ser obrigadas a realizar a mudança de modelos de transmissão e por um período transmitir simultaneamente os sinais analógicos de TV (esse que vc já está acostumado através da antena VHF) e realizar as adequações necessárias para a transmissão do sinal digital, com base no sistema brasileiro;

· Inclusão do conversor digital nos aparelhos de tv, assim como a inclusão do middleware Ginga para interatividade, o que vem dando muito trabalho à indústria de aparelhos eletrônicos;

· Desenvolvimento de conteúdos interativos em nível acadêmico para testes de conteúdos e recepção, assim como trabalhos de pesquisa e desenvolvimento por parte das emissoras de TV, no sentido de observar as novas tecnologias e pensar em modelos de negócios que possam agregar esses serviços comercialmente à televisão;

· Estudos teóricos e práticas de atividades relacionadas ao planejamento, roteirização, captação e edição com foco nas potencialidades geradas pela tecnologia digital de transmissão de tv;

· Etc , etc , etc… é bem looongaaa esta lista!

A TV digital brasileira está em processo de implantação desde dezembro de 2007, quando foi lançada oficialmente no país, a partir de São Paulo. Atualmente, mais de 500 cidades brasileiras possuem emissoras que investiram em equipamentos adequados à digitalização e estão disponibilizando simultaneamente aos telespectadores os sinais analógicos e digitais. O prazo inicial para a mudança determinado pelo Ministério das Comunicações era 2016, quando os antigos canais seriam devolvidos ao órgão. Porém este ano, o governo anunciou que irá iniciar o processo de ‘desligamento’ do sinal analógico já em 2015, tudo será gradativo, outro dia publiquei post sobre essa notícia aqui.

Para VOCÊ, na prática, essa devolução do sinal analógico significa o seguinte: se você mora numa cidade em que as emissoras já estão transmitindo TV digital (verifique!), você terá que se adequar, ou seja, ter um aparelho de TV com o conversor digital e instalar uma antena UHF para receber o sinal digital no seu receptor. Caso contrário, já que o sinal antigo será devolvido, você ficará sem acesso à televisão aberta, isso mesmo, você vai ligar a sua TV e a telinha permanecerá escura, sem qualquer visualização das programações transmitidas pelas emissoras!!!
Num país com mais de 190 milhões de pessoas, em que a televisão está presente em 95% dos domicílios, segundo o censo 2010 do IBGE, fica evidente que pensar a digitalização da TV é também uma questão política e econômica, que vai render ainda muitos embates! Resta saber até quando as discussões acerca da televisão brasileira, sua transmissão digital, assim como sua qualidade (ou falta de) ficarão restritas aos fóruns fechados em entidades políticas ou nos meios virtuais? A partir de quando a imprensa especializada em comunicação e tecnologia digital vai voltar seu foco para este assunto que certamente deverá pegar muita gente de surpresa? Veremos!

Fonte: Nominuto

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