dez 10

Faixa 700MHz: Começam os testes de convivência da TV digital com o LTE em Pirenópolis (GO)

notícia, TV digital Comentários desativados em Faixa 700MHz: Começam os testes de convivência da TV digital com o LTE em Pirenópolis (GO)

Foram instalados na semana passada os equipamentos para os testes de convivência da radiodifusão com as transmissões em LTE em Pirenópolis (GO). O transmissor de TV, que será instalado na antena da TV Anhanguera, filiada da Rede Globo no Estado, foi fornecido pela companhia italiana Screen Service. Já na parte das telecomunicações, a Huawei forneceu as estações radiobase (ERBs) LTE que foram instalados em um site da Oi. A Qualcomm forneceu terminais, assim como a própria Huawei.

Os testes serão realizados nos canais 38, 48 e 51 – este é tido como o mais crítico porque é o canal mais próximo da faixa que será usada pelas teles. A fase atual é chamada de pré-teste, que é período em que os equipamentos estão sendo configurados. As medições propriamente ditas devem começar a ocorrer dia 13 de janeiro, com previsão para se encerrarem em 31 de janeiro.

Estão previstos também testes em campo e laboratório na cidade mineira de Santa Rita do Sapucaí, com previsão de término dia 21 de fevereiro. Esses testes são importantes porque é a partir deles que a Anatel irá produzir um regulamento que vai disciplinar como deverá ser a mitigação das interferências prejudiciais, conforme prevê a resolução que destinou a faixa de 700 MHz para a banda larga móvel.

Fonte: TELA VIVA

Tagged with:
nov 15

Faixa 700MHz: TVs públicas pedem operador de rede como compensação por 700MHz

TV digital Comentários desativados em Faixa 700MHz: TVs públicas pedem operador de rede como compensação por 700MHz

Apontadas como as maiores prejudicadas com as mudanças na faixa de 700 MHz, as emissoras públicas admitem a “derrota”, mas insistem que o edital que entregará a frequência às operadoras móveis deve prever uma compensação essencial: a implantação do operador nacional de rede.

“Já estamos ‘desapropriados’. É um fato consumado. Para compensar esses anos todos que vamos ficar fora do espectro em locais importantes, que o setor privado construa nosso operador nacional da rede. É o mínimo para compensar”, defende o presidente da Empresa Brasil de Comunicação, EBC, Nelson Breve.

Esse ‘operador único’ representa, na prática, a implantação de uma infraestrutura comum em todo o país que atenda as emissoras públicas – a própria EBC, os canais do Legislativo e do Judiciário, etc. Significa o grande compartilhamento de uma rede nacional.

A tarefa já foi calculada desde os projetos iniciais desse operador único – coisa que já passa de cinco anos. É algo próximo de R$ 2,8 bilhões, o que inclui os equipamentos em si – cerca de R$ 500 milhões – e 20 anos de operação desse sistema. O plano, que já teve idas e vindas no governo, segue à espera.

A Anatel, no entanto, não se mostrou muito animada com o pedido. Segundo frisou o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação, Marconi Maya, durante a mesma audiência pública em que foi feito o apelo, “o operador único não é uma política prevista para a Anatel”.

“A gente debateu muito. Fomos vencidos. Achávamos que o espectro deveria ser preservado, até porque ainda não sabemos o papel que a TV digital pode vir a ter. E temos que pensar que se não tiver politica para o set top box chegar às pessoas, elas não vão ter dinheiro para ter acesso à TV digital”, ressaltou Breve.

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
nov 07

TV digital: Anatel coloca canalização da TV digital em consulta pública

TV digital Comentários desativados em TV digital: Anatel coloca canalização da TV digital em consulta pública

A Anatel publicou nesta quarta, 6, dez consultas públicas com proposta de canalização da TV digital. As consultas abarcam os estados do Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo e Paraná.  Há também consultas específicas para o interior paulista: Região de Ribeirão Preto, Região do Vale do Paraíba, Região de São José do Rio Preto, Região de Bauru, Região de Presidente Prudente e Região de Santos.

A Região Metropolitana da cidade de São Paulo e as regiões de Campinas e Sorocaba já foram objeto de consulta encerrada em setembro.

As propostas de alteração dos Planos Básicos de Distribuição de Canais de Televisão em VHF e UHF (PBTV), de Retransmissão de Televisão em VHF e UHF (PBRTV) e de Televisão Digital (PBTVD) têm por objetivo principal, segundo a agência reguladora, o atendimento ao disposto em portaria do Ministério das Comunicações que estabelece diretrizes para a aceleração do acesso ao Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre  (SBTVD-T) e para a ampliação da disponibilidade de espectro de radiofrequência para atendimento dos objetivos do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

A efetivação das alterações propostas seguirão cronograma a ser definido posteriormente pelo Ministério das Comunicações, conforme estabelecido no Decreto nº 8.061/2013.

As contribuições podem ser feitas até o dia 6 de dezembro através do Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública disponível no portal da Agência. As manifestações encaminhadas por carta devem ser dirigidas à Anatel até o dia 29 de novembro.

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
nov 05

TV digital: governo promete isonomia para TVs públicas e comerciais

TV digital Comentários desativados em TV digital: governo promete isonomia para TVs públicas e comerciais

O governo dará tratamento isonômico às emissoras públicas e comerciais de televisão na transição do sinal analógico para o digital. A garantia foi dada nesta segunda-feira, 04/11, pela secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Patrícia Ávila, durante reunião do Conselho de Comunicação do Congresso Nacional. Perguntada pelos conselheiros sobre o lugar das TVs públicas na digitalização do sinal televisivo, Patrícia disse que as emissoras serão alocadas na faixa de UHF, entre os canais 14 e 51, onde ficarão também os canais comerciais.

“Nesse período de transição do analógico para o digital, temos hoje mais canais comerciais outorgados do que públicos. E existe uma demanda de novos canais públicos. Com a transição, o que o ministério está fazendo é pegar todos os canais existentes hoje e garantindo que eles vão funcionar na tecnologia digital. Uma vez que conseguimos fazer esse retrato e dar um para para cada canal funcionar, depois disso, teremos como olhar a demanda existente”, explicou.

A digitalização do sinal de TV será necessária para desocupação da faixa de 700MHz, que terá destinação à telefonia móvel de quarta geração (4G). “Vamos encontrar um lugar ao sol para a TV pública, sim”, disse o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Marconi Maya. Na semana passada, a Anatel aprovou a proposta de destinação desse espectro para a 4G. Com isso, a Anatel pode começar a elaborar o edital do leilão, previsto para o ano que vem.

Na reunião, também foram apresentados os testes que estão sendo feitos para evitar interferências da tecnologia 4G no sinal de TV digital. Maya disse que a Anatel está montando dois sítios de testes para testar a convivência entre os serviços de telefonia móvel e radiodifusão. “Ali, vamos conhecer as possibilidades de interferência que teremos que atacar e como, se são filtros, distanciamentos entre retransmissores, qual a distância que os aparelhos precisam ter para que não haja interferências. E também os custos disso”, explicou. Os testes serão feitos durante dois meses.

O presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão, Olímpio José Franco, criticou os testes da Anatel, que, segundo ele, serão feitos em cinco dias.“Se a Anatel quer fazer os testes, deveria ser com tempo adequado para que ela possa ter confiança para fazer o edital e criar normas e regulamentos”, disse. Segundo ele, a entidade está fazendo testes há seis meses, em parceria com a Universidade Mackenzie. 

O desligamento do sinal analógico começa em 2015 e termina em 2018. O governo ainda não publicou o cronograma de desligamento e, segundo Patrícia, a ideia é publicar quando tiver um cenário mais definido. O Conselho de Comunicação Social é composto por 13 titulares e 13 suplentes e atua como órgão auxiliar do Congresso Nacional. Sua atribuição é elaborar estudos, pareceres e recomendações sobre temas relacionados à comunicação e liberdade de expressão.

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
nov 05

TV digital celular: Consumo de TV no celular tem destaque em dias de futebol, diz Ibope Media

celulares, TV digital Comentários desativados em TV digital celular: Consumo de TV no celular tem destaque em dias de futebol, diz Ibope Media

Os primeiros resultados do painel-teste de monitoramento de TV digital no celular realizado pelo Ibope Media Lab, revelam que terças e quartas-feiras são os dias da semana em que mais participantes do painel optaram em consumir o meio. Os picos de acesso à TV digital no celular ocorreram exatamente às quartas-feiras, dias de transmissão de jogos.

O painel-teste também constatou que as pessoas que consomem TV digital via celular permanecem, em média, 60 minutos por dia ligadas à programação.

Para seguir com a análise destas e outras métricas de consumo de TV digital no celular, a expectativa, nesta primeira fase, é estabelecer um painel teste formado por adesão de usuários da região metropolitana de São Paulo.

Os convites para participar desta iniciativa estão sendo enviados, por meio de banners informativos, aos portadores de celulares com TV digital. Além destes, demais interessados também podem participar, desde que morem na Grande São Paulo e tenham aparelho de celular com sistema operacional Android com acesso à TV digital. Para tanto, basta fazer o download do aplicativo TV Móvel no Google Play.

A tecnologia para o teste vem de uma parceria do Ibope Media com a Video Research, empresa japonesa que desenvolveu a ferramenta. Informações em tvmovel.ibope.com.br

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
out 22

TV Digital: Transição para a TV digital será segura, reitera Secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Patricia Ávila

notícia, TV analógica, TV digital Comentários desativados em TV Digital: Transição para a TV digital será segura, reitera Secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Patricia Ávila

Em audiência pública realizada nesta tarde na Câmara dos Deputados, a secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Patricia Ávila, reiterou que o governo está trabalhando para promover uma transição tranquila e segura da TV analógica para a digital. Ela também destacou que a meta do Governo Federal é garantir que ninguém fique sem ter acesso ao sinal digital depois do apagão, que começa em janeiro de 2015 e termina no final de 2018.

Segundo a secretária, o Ministério das Comunicações e a Anatel estão trabalhando em conjunto para que o impacto da migração para a TV digital seja o menor possível: “Estamos fazendo isso por meio de discussões e diálogos com todos os segmentos envolvidos”, afirmou.

Baixe pelo Ginga-DF [wpdm_file id=5]

 

Baixe pelo site do Ministério da Comunicações

Veja aqui a apresentação da secretária Patricia Ávila.

Fonte: Conexão MiniCom

Tagged with:
out 07

TV Digital: TV digital se espalha pelo mundo, mas faltam conversores

notícia, TV digital Comentários desativados em TV Digital: TV digital se espalha pelo mundo, mas faltam conversores

Entre os números divulgados nesta segunda-feira, 7/10, pela União Internacional das Telecomunicações, é fácil perceber o avanço da tecnologia digital nas transmissões de televisão. O sinal está em 55% dos lares do planeta. Mas a conta valoriza os modelos de TV paga – a cabo ou satélite. Entre países, como o Brasil, onde TV aberta é a regra, o quadro é diferente.

Para a UIT, a transição é óbvia – eram 30% das residências com sinal digital em 2008. E, de fato, mesmo entre os países em desenvolvimento o crescimento é forte. Em quatro anos, o número de lares com sinal digital passou de 138 milhões para 380 milhões.

Mas o universo digital mencionado pela UIT considera 1,4 bilhão de lares com perfis distintos. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase todos assistem TV Digital, mas o modelo do país é fortemente concentrado no sistema de transmissão a cabo, com pagamento de assinatura mensal.

De forma semelhante, a cobertura digital é ampla nos países árabes. Mas lá, pelas próprias condições geográficas, prevalece o sistema de transmissão via satélite, digital, na tecnologia DTH. Daí que entre essas nações a TV digital esteja presente também em mais da metade dos lares.

De acordo com a UIT, a China tem 20% das TVs digitais do planeta, seguida pelos Estados Unidos, com 15%, pela Índia, com 7%, e o Japão, com 5%. A Alemanha e o Brasil, têm 4% cada um, enquanto os lares do Reino Unido com sinal digital representam 3% do total.

Nesse quadro geral, 34% das casas do mundo recebem TV a cabo, enquanto outros 22% assistem pela transmissão via satélite DTH. A chamada transmissão ‘terrestre’, que melhor traduz, em países como o Brasil, o modelo de TV aberta, responde ainda pela maior fatia, ou 39% dos lares. Outros 5% acessam IPTV.

Segundo o estudo da UIT – Medindo a Sociedade da Informação, com dados relativos ao ano de 2012 – 23 daqueles 39% que acessam a transmissão terrestre se referem a lares que apenas assistem televisão analógica. Grosso modo, portanto, a TV digital ‘gratuita’ estaria em cerca de 16% dos lares. Ou 10%, se consideradas as casas onde, de acordo com o relatório, apenas a TV digital terrestre é recebida.

“A cobertura digital não equivale à real penetração, por conta de outras barreiras que persistem, como o alto custo ou a falta de set top boxes, limitado suprimento de energia, ausência de conteúdo relevante em línguas locais ou os altos preços dos televisores”, destaca a UIT.

O Brasil, naturalmente, está entre as maiores concentrações de telespectadores analógicos. Metade dos 400 milhões de lares com apenas esse tipo de recepção está na China (125 milhões), Indonésia (35 milhões), Brasil (28 milhões) e a Rússia (19 milhões).

Fonte: Convergência Digital

Tagged with:
out 07

TV Digital: Torre de TV Digital pode ficar fechada até o início de 2014, diz Terracap

notícia, TV digital Comentários desativados em TV Digital: Torre de TV Digital pode ficar fechada até o início de 2014, diz Terracap

Será que dessa vez sai??!??!?!!??!

Instalação de antenas digitais é um dos motivos da paralisação das visitas. Período chuvoso pode acarretar eventuais atrasos nas obras, diz Terracap.

A Torre de TV Digital de Brasília ficará fechada a partir desta sexta-feira (4) para a instalação das antenas digitais das emissoras de TV aberta. Não há data para a reabertura. Também serão feitas obras de impermeabilização no local.

“A Torre de TV será reaberta somente quando as instalações e demais obras estiverem concluídas. Vamos respeitar esse prazo, que pode ser até o final do ano, podendo se estender para o início do próximo ano”, afirmou o presidente da Terracap, Abdon Henrique de Araújo.

Segundo Araújo, as obras poderão sofrer atrasos por conta do período chuvoso, mas o presidente disse que o trabalho não será interrompido.

A Torre de TV Digital funciona para visitação aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h, e por dia eram distribuídas aproximadamente mil senhas para acesso ao mirante do monumento.

Fonte: G1

Tagged with:
set 04

Switch-off: Cronograma do switch-off pode ser esticado para até 2020, admite Minicom

TV analógica, TV digital Comentários desativados em Switch-off: Cronograma do switch-off pode ser esticado para até 2020, admite Minicom

Para que o leilão da banda de 700 MHz para uso na banda larga móvel aconteça, primeiro é preciso fazer uma limpeza da faixa, atualmente ocupada com a TV analógica. O cronograma do switch-off está sendo redesenhado pelo Ministério das Comunicações no decreto 8061/13 para ser mais flexível, observando as novas realidades do mercado, levando em consideração o uso da frequência para LTE e colocando de maneira escalonada o desligamento do sinal. Mas o órgão reconhece que o plano pode ter o prazo esticado para até 2020, contrário ao deadline de 2018.

Um dos desafios é lidar com a transição de 12 mil canais oficiais, além de mais 8 mil “não-burocratizados” por toda a extensão territorial do País. “É um trabalho hercúleo, não encontrei nenhuma referência fora do Brasil que trate dessa quantidade de canais”, declarou o coordenador geral de engenharia de outorgas do Minicom, João Paulo Saraiva de Andrade, durante Conferência Latino-americana de Espectro 2013 em São Paulo nesta terça, 3.

A partir de 2016, o cronograma prevê o desligamento das cidades maiores, de acordo com as possibilidades técnicas, até 2018, podendo expandir esse prazo para 2020. “O decreto atual prevê isso (a data de 2018), mas estimamos que possa alongar um pouco mais sem prejuízo a ninguém”. Atualmente, o Ministério das Comunicações define 724 cidades com desligamento obrigatório, mas, no estudo teórico, prevê redução para 630 municípios.

Nesta semana, o ministério estuda o caso do Norte, Nordeste, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que juntos somam cerca de 800 canais. Na próxima semana, será a vez de Minas Gerais; e na seguinte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De acordo com Andrade, o estudo será finalizado ainda em setembro e os resultados serão entregues em outubro.

Ele explica que há a possibilidade de realizar já em 2015 o switch-off em cerca de 3.500 cidades (possivelmente 4 mil, segundo estimativa dele) que não possuem problema de espectro somente com a reorganização de canais, confirmando a ideia proposta de começar o desligamento “de baixo para cima”, conforme explicou na semana passada o presidente da Anatel, João Rezende. A ideia é deslocar canais que estão acima da faixa de 700 MHz para baixo. “Este é o segundo cronograma, no qual estou trabalhando há quatro meses; e a decisão de levar adiante foi há cerca de 20 dias”, disse Andrade. O ministério pretende fazer “no mínimo” dois pilotos em 2015, em regiões opostas no País.

Capitais específicas

Dentro desse universo de cidades sem problemas de ocupação da faixa, destacam-se todas as capitais do Norte e Nordeste, exceto Fortaleza, Recife e Salvador. Nessas, é preciso aprofundar mais os estudos para estabelecer o switch-off, puxando então o deadline para 2018 entre as capitais, justamente as maiores na região. “É por causa do espectro: as redes buscam a implantação da TV onde houver maior possibilidade de audiência”, explica o coordenador do Minicom. Ou seja: como há maior demanda, há maior consumo de canais no espectro, impossibilitando uma simples reorganização.

Já em Palmas, o problema é da característica de terreno local. “Acho que dá para resolver lá porque nosso sistema ISDB-T é mais forte do que imaginávamos”, declara. Na capital do Tocatins há problema de localização de torres de transmissão fora do raio de 2 km, fora de colocalização, mas que pode ser resolvido com solução técnica. “Em São Paulo funciona, temos transmissores com mais de 2 km de distância e funcionam muito bem.”

Por parte das emissoras, a TV Globo afirma já ter cobertura digital entre 50% da população brasileira. “A extensão da TV analógica levou 50 anos para chegar a 98% da população. A TV digital está muito mais rápida, mas não consegue fazer em um tempo tão reduzido assim (a tempo do cronograma do switch-off para 2016)”, declara a diretora de engenharia da TV Globo, Liliane Nakonechnyj. “A dinâmica do mercado de TV é diferente das telecomunicações, que têm investimento e receitas intensivos”, diz ela. A executiva compara ainda que a mudança de tecnologia (que permite o ajuste a novas infraestruturas) para o consumidor avança de forma diferente: enquanto um celular tem vida útil curta (cerca de dois anos), a de um televisor é de cerca de dez anos.

Incentivo

Terminando o replanejamento de canais, o Minicom discutirá com o Fórum de TV Digital a definição do cronograma de trabalho “para desenrolar” o switch-off. O governo também começa a considerar campanhas para educação sobre o serviço de TV digital (benefícios, maneiras de conseguir acesso), bem como possibilidade de utilizar o CadÚnico ou o Bolsa Família para estimular crédito na compra de novos televisores equipados com o receptor digital. “Estamos estudando a segmentação do CadÚnico para aqueles que sequer teriam condições de adquirir (o aparelho) mesmo parcelado. A esses, o governo atenderia com set-top boxes”, define João Paulo de Andrade.

Carro na frente dos bois

Argumentando pendências técnicas, o diretor de planejamento e uso de espectro da Abert, Paulo Ricardo Balduíno, diz que pode não haver tempo suficiente para que o edital do LTE nessa faixa saia entre abril e maio, como deseja o governo. Não que seja por falta de aviso, segundo ele afirma. “A gente tem colocado insistentemente para a Anatel e o Minicom que o cronograma político é incompatível com o cronograma físico para resolver os problemas de interferência e para o próprio switch-off”, declarou. “Esse descasamento é arriscado e entendemos que não há razão alguma para essa pressa para a licitação da faixa de 700 MHz.” O diretor de relações governamentais da Qualcomm, Francisco Giacomini, discorda. “Não vejo problema, pode ser a qualquer momento. As obrigações é que precisam estar compatíveis”, condiciona.

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
ago 22

Faixa 700 MHz: Radiodifusão quer manter a faixa de 700 MHz

notícia, TV analógica, TV digital Comentários desativados em Faixa 700 MHz: Radiodifusão quer manter a faixa de 700 MHz

Em painel realizado nesta quarta-feira, 21, no Congresso SET 2013, o diretor de engenharia e tecnologia da Globo, Fernando Bittencourt, voltou a defender a manutenção da faixa de 700 MHz para uso das empresas de radiodifusão. De acordo com ele, a discussão sobre a destinação da faixa está sendo realizada de forma parcial, sem considerar as necessidades de evolução tecnológica dos radiodifusores. “Sabemos que a banda larga precisa de espaço para evoluir para o 4G agora e atender a demanda, mas nós estamos desenvolvendo a mesma tecnologia há dez anos, também precisamos evoluir para não estagnar”, disse.

Para Bittencourt, o debate tem sido influenciado pelo “mito” de que a transmissão de conteúdo por banda larga seria capaz de substituir a função do broadcast. O executivo afirma que a capacidade de massificar informação é muito maior na radiodifusão, enquanto a Internet teria um caráter individual, de conteúdo sob demanda. “Não existe espectro no mundo para fazer pela Internet o que o broadcast faz. Você não verá uma final de copa do mundo transmitida abertamente para um país todo pela Internet”, argumentou.

Durante o painel, mediado pelo jornalista Alvaro Pereira Junior, também da Globo, Bittencourt contou com o apoio de Gordon Smith, presidente e CEO da NAB (associação de Broadcasters dos Estado Unidos) e ex-senador dos Estados Unidos. Smith incentivou as empresas de radiodifusão a se unirem e pressionar o governo, usando a força da sua audiência no País. “Espectro tem muito valor, e quando se perde não há como recuperar”, disse.

De acordo com o norte-americano, quando se percebeu que seria tarde demais para evitar a desocupação de partes do espectro usado pelos radiodifusores dos Estados Unidos, adotou-se uma estratégia para reduzir os danos causados pelo processo. O resultado foi um projeto que determinava que nenhum canal seria obrigado a vender seu espaço nem seria prejudicado caso canais vizinhos tomassem essa decisão.

Smith recomendou que os radiodifusores se organizem em torno do argumento da gratuidade do conteúdo da TV aberta, pois isso, segundo ele, teve bons resultados no debate realizado nos Estados Unidos. “O conteúdo da Internet é pago. Perguntem a seus governantes se eles farão a massa pagar por informação”. Ele também defendeu a tese de Bittencourt de que as discussões são feitas de forma parcial. “Falam como se a Internet fosse a novidade, inovadora, e a radiodifusão ultrapassada, algo velho”, disse.

Bittencourt também aproveitou o painel para criticar o prazo dado para o switch-off analógico, que classificou como impossível de ser comprido. “Pelas discussões que estamos tendo aqui no evento, percebemos que não apenas afetará as empresas por causa dos custos, como também é impossível de ser realizado. O governo precisará rever isso”. Smith apoiou Bittencourt, e disse que nos EUA o processo de switch-off do sinal analógico foi realizado com os radiodifusores, e não às custas dos mesmos. “Não esperem que as autoridades entendam do seu negócio, porque eles não entendem. É preciso se organizar”, concluiu.

Fonte: Tela Viva

Tagged with:
preload preload preload