jul 11

Interativdade: Ginga será obrigatório nos conversores de TV Digital para Bolsa Família

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O Ministério das Comunicações publicou nesta quinta-feira, 10/7, uma portaria que estabelece as premissas para o desligamento das transmissões analógicas de televisão e fixa a cobertura digital em 93% dos lares para que o switch off seja autorizado. E ainda determina que os conversores que serão distribuídos, inicialmente aos mais pobres, deverão trazer o Ginga “obrigatoriamente”.

Basicamente, o governo orienta a Anatel a prever no edital de 700 MHz que será distribuído “um set-top-box com os requisitos constantes do Anexo I, para recepção da televisão digital terrestre, às famílias cadastradas no Programa Bolsa Família do governo federal”. O anexo determina que o conversor incorpore obrigatoriamente capacidade interativa e que ela seja via o brasileiro Ginga.

Um parênteses: a transição para a TV Digital se misturou com o leilão da faixa de 700 MHz porque é a frequência usada atualmente pela televisão analógica. As emissoras de TV vão mudar de frequência e o espaço liberado será vendido às operadoras de telefonia móvel. As teles terão que arcar com esse custo e, ainda, com a distribuição dos set-top-boxes.

A proposta de edital já indicava a distribuição aos inscritos no Bolsa Família – 14 milhões de famílias. Mas embora a Anatel já acenasse com essa possibilidade, não há menção expressa ao Ginga na minuta em consulta pública. A portaria obriga que isso aconteça. A distribuição pode ser ainda maior, no entanto, se houver sobra de recursos – das teles vencedoras do leilão – para a transição.

A norma baixada pelo Minicom detalha o cronograma de desligamento, que começa com um “piloto” em Rio Verde, Goiás, em 29 de novembro de 2015. Depois desse teste, o switch off terá início em Brasília, em abril de 2016 e só se encerra em novembro de 2018. O detalhamento inclui as datas para os demais municípios além das capitais dos estados.

O governo fixou a cobertura digital um pouco abaixo do que pediam as emissoras. É condição para o desligamento da transmissão analógica que, pelo menos, 93% por cento dos domicílios do município que acessem o serviço livre, aberto e gratuito por transmissão terrestre, “estejam aptos à recepção da televisão digital terrestre”. As TVs queriam entre 95% e 98%.

Veja a íntegra da Portaria:

PORTARIA No 481, DE 9 DE JULHO DE 2014 

O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES,

CONSIDERANDO o disposto no Decreto no 5.820, de 29 de junho de 2006, alterado pelo Decreto no 8.061, de 29 de julho de 2013, segundo o qual o Ministério das Comunicações estabelecerá cronograma de transição da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital – SBTVD, com início em 1o de janeiro de 2015 e encerramento até 31 de dezembro de 2018;

CONSIDERANDO o cronograma de desligamento do sinal analógico de televisão, estabelecido pela Portaria no 477, de 22 de junho de 2014;

CONSIDERANDO o disposto no art. 4o da Portaria no 477, de 2014, segundo o qual o Ministério das Comunicações estabelecerá, em ato próprio, as premissas e condições necessárias para o desligamento, bem como os municípios afetados pelas localidades a serem desligadas;

CONSIDERANDO a prática internacional de as entidades executoras de serviços de radiodifusão inserirem em suas respectivas programações avisos, tarjas e campanhas indicando a data do desligamento do sinal analógico;

CONSIDERANDO as atribuições conferidas pelo art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, resolve:

Art. 1o É condição para o desligamento da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão, respeitado o prazo final estabelecido no Decreto no 5.820, de 2006, alterado pelo Decreto no 8.061, de 2013, que, pelo menos, noventa e três por cento dos domicílios do município que acessem o serviço livre, aberto e gratuito por transmissão terrestre, estejam aptos à recepção da televisão digital terrestre.

Parágrafo único. As entidades outorgadas para execução dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão informarão em sua programação a data de desligamento do sinal analógico e o canal de veiculação de sua programação digital, na forma e nos prazos estabelecidos em ato do Ministério das Comunicações, que será publicado até 30 de novembro de 2014, ouvido o Fórum Brasileiro de Televisão Digital.

Art. 2o  Caberá à Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, dentre outras obrigações previstas no edital de licitação para a faixa de 700 MHz:

I – distribuir, na forma do edital a que se refere o caput, um set-top-box com os requisitos constantes do Anexo I, para recepção da televisão digital terrestre, às famílias cadastradas no Programa Bolsa Família do governo federal;

II – promover, na forma do edital a que se refere o caput, campanha publicitária, inclusive em TV aberta, para informar toda a população sobre o processo de desligamento do sinal analógico de TV, pelo menos trezentos e sessenta dias antes da data prevista para o evento;

III – estabelecer os requisitos técnicos necessários do receptor de que trata o inciso I, para mitigação das eventuais interferências prejudiciais ao serviço de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão do SBTVD; e

IV – aferir, na forma do edital a que se refere o caput, o percentual a que se refere o art. 1o, por meio de entidade especializada que utilizará metodologia estatística baseada na Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar – PNAD.

Art. 3o O Ministério das Comunicações e a Anatel tomarão providências para permitir que a população do município tenha acesso, em tecnologia digital, aos mesmos sinais a que tinha acesso em tecnologia analógica.

Art. 4o Os municípios afetados pelo desligamento do sinal analógico em cada localidade prevista no Anexo da Portaria no 477, de 2014, são os constantes do Anexo II desta Portaria e deverão ser desligados na mesma data.

Art. 5o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

PAULO BERNARDO SILVA

ANEXO I 

REQUISITOS MÍNIMOS PARA RECEPÇÃO DO SINAL DIGITAL
I – Atender às normas técnicas contidas nos documentos ABNT NBR 15604:2007 – Televisão digital terrestre – Receptores, e suas atualizações, dispondo obrigatoriamente de controle remoto, interface USB, saídas de áudio e vídeo via RF e saída de vídeo composto, nos termos da norma.
II – Incorporar obrigatoriamente a capacidade de executar aplicações interativas, de acordo com as Normas ABNT NBR 15606-1, 15606-2, 15606-3, 15606-4 e 15606-6.
III – Permitir a utilização dos recursos de acessibilidade previstos na Norma Complementar MC no 01, de 2006, aprovada pela Portaria no 310, de 27 de junho de 2006.

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Fonte: Convergência DIgital

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jul 10

4G: Anatel aprova regulamento sobre interferência entre 4G e TV Digital

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A Anatel aprovou nesta quinta-feira, 10/7, o regulamento sobre mitigações de interferências entre o 4G e a TV Digital. Sem surpresas, a agência manteve a fé nos filtros – a serem instalados preferencialmente na saída de Estações Radio Base, mas também nas antenas receptoras dos sinais de televisão. O regulador não descarta, porém, que os celulares precisem ficar longe dos aparelhos de TV.

“Temos as bases para dar garantias aos dois setores. A interferência é uma possibilidade e diante dessa possibilidade, vemos qual o cardápio de soluções que a Anatel tem para manter a convivência dos serviços”, resumiu o relator, Marcelo Bechara. Eis o menu:

1) utilização de filtro na saída da ERB;

2) filtro na entrada do receptor de TV ou do amplificador de sinal da antena;

3) troca de posição da antena de TV;

4) troca de posição da ERB;

5) redução da potência na ERB; e

6) aumento na distância entre o terminal e o receptor de TV.

Trata-se basicamente da proposta que foi enviada à Consulta Pública e já voltou. A Anatel não aceitou, por exemplo, que a comunicação, orientação e disponibilização de filtros aos usuários fosse incluída no rol, sob o argumento de que essa será uma missão da Entidade Administradora da Digitalização da TV.

Como que para tranquilizar os radiodifusores, Bechara resgatou o que já é previsto no Regulamento de Uso do Espectro, que entre diferentes critérios estabelece a antiguidade, ou seja, a garantia de proteção a sistemas já instalados sobre novas instalações.

“Um processo de confiança deve ser estabelecido. E acredito que esse é um modelo ganha-ganha. Ganha a radiodifusão para efetivar digitalização, até com recursos previstos, ganham as operadoras, que terão faixa nobre para a prestação do serviço de 4G”, avaliou o relator.

Tratado como regulamento técnico, ele não traz nenhum sinal de qual será o tamanho do cheque que as operadoras móveis terão que fazer à EAD para que as interferências sejam resolvidas. A promessa é de que tudo virá no edital da faixa de 700 MHz, previsto para ser votado pela Anatel na próxima semana.

“Fizemos um trabalho de suma importância e estamos votando um processo para dar segurança técnica a todos os envolvidos. O edital dará a segurança jurídica”, pontuou o presidente da agência, João Rezende. O portal Convergência Digital apresenta a íntegra do voto do conselheiro Marcelo Bechara.

Fonte: Convergência Digital

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jun 12

Interatividade: Projeto Brasil 4D vence Prêmio Frida 2014

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Logo Brasil 4D

Brasil 4D, projeto de interatividade por meio da televisão digital criado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conta mais uma vez com o reconhecimento internacional. Trata-se do Prêmio Frida 2014, cujos vencedores foram anunciados nesta quarta-feira (11), rendendo à iniciativa da EBC a vitória na categoria “Criação e desenvolvimento de capacidades e conteúdos para o Desenvolvimento Humano Sustentável”.

A premiação é promovida pelo Fundo Regional para a Inovação Digital na América Latina e no Caribe, e tem por objetivo incentivar projetos de inovação em Tecnologias da Comunicação e Informação.

Para o coordenador do projeto na EBC, André Barbosa, este é um prêmio de grande importância pelo reconhecimento que possui no mercado, no meio acadêmico e no âmbito governamental. “Estou muito contente pelo trabalho de toda a equipe que viabilizou o Brasil 4D. Fizemos um piloto inédito no mundo, que possibilitou a utilização de conteúdos interativos na TV por meio da convergência entre telecomunicação e radiodifusão”, ressalta.

O Brasil 4D oferece serviços públicos pela TV para a população de baixa renda sem nenhum tipo de gasto ao cidadão. O projeto já foi agraciado pelo Troféu SET 2013, concedido pela Sociedade de Engenharia de Televisão (SET), e recebeu menção especial em Criatividad Innovación en Televisión da LA Cumbre TV Abierta 2013, fórum anual que debate a indústria e o mercado de TV aberta.

“Isso mostra que a EBC, além de produzir conteúdos de qualidade, que contribuem para a formação crítica do seu público, também investe em criação e produção de inovação tecnológica em prol da sociedade, especialmente para a população de baixa renda que é o foco do Brasil 4D”, avalia Barbosa.

Já testado na Paraíba e no Distrito Federal, a iniciativa pioneira permite que a população tenha acesso a informações sobre emprego, seguro-desemprego e direitos da mulher, serviços de saúde, benefícios sociais, seguridade social e bancários.

Sobre o Brasil 4D

O Brasil 4D reúne, com a utilização da tecnologia Ginga, as principais diretrizes de políticas públicas de governos para as esferas federal, estaduais e municipais, convertendo-as em conteúdos audiovisuais e aplicativos que permitem o acesso do cidadão às informações acerca dos serviços disponibilizados.

As quatro letras “D”, contidas na nomenclatura Brasil 4D, resumem e representam a missão do projeto:

  • Digital – universalização da televisão digital e de suas potencialidades, de acordo com o decreto nº 5.820/2006, que estabeleceu as regras para implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre. A televisão digital permite o acesso da população,  em canal aberto e gratuito, não apenas ao conteúdo das emissoras, mas também à internet (músicas, jogos, programas de software, jornais e filmes) e a seus múltiplos usos, de forma interativa, com a oferta de múltiplos canais;
  • Desenvolvimento com novas tecnologias de informação, promovendo a pesquisa, que gera mudança de realidade e impulsiona a sociedade do conhecimento;
  • Diversidade, uma vez que, com a televisão digital em todo o país, será possível ver e estimular a diversidade brasileira, com seus diferentes sotaques e culturas;
  • Democracia, com a participação maior dos cidadãos nos conteúdos e serviços oferecidos pelo poder público, por meio da interatividade da TV Digital.

Fonte: EBC

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jun 09

TV digital: TOTVS e Oracle pedem Ginga nos conversores distribuídos pela Anatel

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Principal empresa a investir em um sistema operacional baseado no Ginga, a TOTVS, por meio de sua unidade de softwares para TV Digital, pediu à Anatel que inclua no edital da faixa de 700 MHz a exigência do middleware desenvolvido no Brasil nos conversores que serão distribuídos pelas operadoras móveis.

O edital já prevê que, dentre os custos da “limpeza” da faixa de 700 MHz – ou seja, o remanejamento de emissoras de televisão para outra parte do espectro – serão distribuídos conversores para recepção dos sinais digitais por aparelhos analógicos.

A própria Anatel, em recorrentes manifestações públicas, vem defendendo que esses conversores contemplem o Ginga, que foi desenvolvido no Brasil para servir como sistema básico da interatividade no modelo de TV Digital adotado pelo país – por sinal, um dos argumentos pela escolha do padrão japonês.

Em essência, o Ginga funciona como um programa intermediário neutro ou “poliglota”, de forma que tanto as emissoras como os fabricantes de aparelhos de televisão podem prever recursos de interatividade de forma que todos conversem entre si.

Apesar de aparentemente defender a adoção do sistema, ao descrever a obrigação de distribuição dos conversores, preliminarmente às famílias cadastradas no Bolsa Família, a Anatel não fez referência expressa ao Ginga ou mesmo à interatividade.

O diretor-geral da TQTVD, a divisão da TOTVS para TV Digital, David de Britto, sustenta que “a maioria das companhias fabricantes de aparelhos de TV, em acordos comerciais com a indústria brasileira de software, já colocaram no mercado vários modelos de TVs dotados dos recursos de interatividade”.

Visto a mencionada adoção e o fato de que “o Ginga teve amplo reconhecimento internacional, ele defende “não haver restrições tecnológicas, nem de circuitos eletrônicos, nem de softwares, para a adoção da interatividade.” Para Britto, trata-se da garantia de que a exigência do middleware é viável.

Da mesma maneira, a Oracle do Brasil – subsidiária da detentora do Java, usado também pelo Ginga – lembra que “a interatividade sempre foi vendida pelo governo como um dos grandes diferenciais competitivos do Sistema Brasileiro de TV Digital e não pode ser deixada de lado”.

Para a Oracle, o middleware representa “imenso potencial que pode ser muito explorado pelas empresas de software utilizando o padrão Ginga para gerar novos aplicativos, modelos de negócios inovadores e integração de serviços com potencial de fortalecer este segmento empresarial no Brasil”.

Fonte: Convergência Digital

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maio 22

Interatividade: Sob pressão, governo aposta em celular sem Ginga para empurrar TV Digital

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Quase dez anos depois de o país ter escolhido o padrão japonês de TV Digital, o governo ainda tateia o melhor caminho para fazer essa novidade deslanchar. Nos televisores domésticos, a aposta atual é na distribuição de equipamentos aos mais pobres. Nos celulares, a política pública vai tentar um novo caminho: sai a utilização do sistema de interatividade desenvolvido no país em troca de uma meta mais agressiva de aparelhos com recepção de TV.

A nova política começou a se materializar na semana passada, quando foi aberta uma consulta pública sobre o sistema de incentivos fiscais aos celulares na qual fica removida a obrigatoriedade de implantação do brasileiro Ginga, o sistema operacional de interatividade do padrão nacional de TV Digital.

A obrigatoriedade envolve não mais de 5% dos aparelhos fabricados – quer dizer, montados – no país e que recebem isenções fiscais. Ouvidos ministérios, Anatel, operadoras, fabricantes e tevês, a avaliação comum é de que a regra de inclusão do Ginga atrapalha a disseminação da TV Digital.

A resistência maior seria das operadoras, que fazem grandes encomendas e são elas mesmas vendedoras de celulares. “Os fabricantes se queixam que as operadoras querem pagar o mesmo, ainda que os aparelhos recebam TV Digital”, diz o diretor de indústria e C&T do Ministério das Comunicações, José Gontijo.

“As empresas de telecom não querem pagar qualquer valor a mais, nada. E os fabricantes têm margens apertadas, até porque é uma plataforma de fabricação global”, faz coro o diretor do departamento de indústria de base tecnológica do Ministério do Desenvolvimento, Alexandre Cabral.

Foi a partir do GT-PPB, coordenado por Cabral, que se construiu a mudança de abordagem. A briga pelos custos seria apenas um aspecto – até porque, nas contas do MDIC, a inclusão do Ginga nos celulares tem impacto relativo, entre R$ 5 a R$ 10. Também teria pesado a curta vida útil dos aparelhos.

“Na televisão, a política faz sentido pela resiliência. Um televisor no Brasil dura 15, 20 anos. Da sala vai para o quarto, depois para a cozinha, para a churrasqueira. Celular dura um ano e vai para a gaveta ou para o lixo. Depois, celular já tem interatividade. E o Ginga nunca foi uma unanimidade”, pontua Cabral.

O resultado é que o governo topou sumir com o Ginga dos celulares, mas vai impor uma nova exigência que, na prática, aumenta o número de equipamentos capazes de receber sinais de TV Digital para quatro em cada dez aparelhos a partir de 2016 (em 2015 o percentual será 10%).

O que melhor explica a mudança na política é uma confluência de interesses, ainda que não tenham sido combinados. Mais do que o preço do Ginga em si, pelo menos parte da indústria tem interesse em adotar suas próprias plataformas de interatividade – e, portanto, específicos modelos de negócio.

Por outro lado, os radiodifusores passaram a pressionar pela multiplicação de aparelhos capazes de receber a TV Digital “pelo ar”. Cabral, do MDIC, resume o movimento ao dizer que “o broadcast acordou tarde”. Para quem lembra como a turma ‘embarreirou’ a interatividade na TV Digital, faz sentido.

Há mais do que isso. Com a tendência natural de que os portáteis tenham gradativamente cada vez bandas mais largas, a TV aberta, ainda que de qualidade digital, enxerga o risco de ser atropelada por netflixes, serviços de vídeo das próprias operadoras ou tudo o que uma Internet rápida à mão pode oferecer.

Fonte: Convergência Digital

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maio 21

TV Digital: interatividade pode deixar de ser obrigatória nos celulares

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As manifestações deverão ser encaminhadas no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da data de publicação desta Consulta no Diário Oficial da União, a todos os seguintes e-mails: cgel.ppb@mdic.gov.br, mcti.ppb@mct.gov.br e cgapi@suframa.gov.br.

O recurso de interatividade continua, ainda hoje, o patinho feio da TV Digital, de futuro indefinido.

Neste exato momento, enquanto alguns técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estudam tornar o Ginga-NCL opcional na cota obrigatória de celulares fabricados no país com recepção de TV Digital, o pessoal da Anatel e do Ministério das Comunicações tenta garantir um espaço no espectro de frequências para a interatividade, principalmente no chamado Canal da Cidadania, para atendimento aos programas sociais do governo.

Parece um contrassenso… Mas é fato.

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A proposta de alteração do processo produtivo básico dos celulares, colocada em consulta pública pelo MDIC no último dia 15 de maio com o objetivo de aumentar a quantidade modelos de celulares com recepção de TV digital no país, altera o parágrafo 1º do artigo 4º das portarias interministeriais 306 e 307, do MDIC/MCTI, retirando a citação ao Ginga entre as características técnicas obrigatórias.

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O temor da indústria de software que ainda investe na interatividade da TV Digital aberta é o de que a não obrigatoriedade do Ginga nos celulares acabe abrindo um precedente para que grandes fabricantes de TV, como Samsung e LG, possam pleitear também a retirada da obrigatoriedade da interatividade nos recpetores produzidos no país.

Um dos motivos pelos quais elas mal conseguiram comemorar, nesta segunda-feira, a possibilidade de que a massificação da interatividade acabe acontecendo em função do investimento em conversores digitais que o governo terá que fazer no processo de desligamento da TV analógica.

Embora o edital do leilão da frequência de 700MHz para operadoras de telefonia móvel não cite explicitamente a inclusão do Ginga entre os planos para mitigação da interferência do celular 4G no televisor – que incluem a distribuição de conversores com filtro para famílias listadas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal, especialmente para aquelas cadastradas no Programa Bolsa Família, e a transformação do aparelho de televisão digital em plataforma multimídia – Jarbas Valente, conselheiro da Anatel, chegou a afirmar que esses aparelhos deverão possibilitar o uso das aplicações interativas em testes hoje pela EBC no projeto Brasil 4D.

Para quem nunca ouviu falar, o projeto Brasil 4D – indicado este ano ao prêmio Frida – é uma iniciativa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em parceria com o Banco Mundial, 10 empresas e 3 universidades (UFPB, UFSC, UCB), que promove experiências de interatividade no canal da TV pública brasileira dirigidas ao público de baixa renda.

Em outras palavras, a EBC usa a TV Digital interativa e o controle remoto para oferecer conteúdos audiovisuais e serviços públicos sobre direitos da mulher, saúde, emprego, cursos em tempo real e até aplicações financeiras.

Em sua primeira versão, o Brasil 4D levou os benefícios da TV digital para 100 famílias de João Pessoa. Agora atende 300 famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família no Distrito Federal. Elas têm acesso a 12 aplicações que permitem, entre outras coisas, consultar vagas de emprego e oportunidades de capacitação profissional, além de acessar o calendário de vacinação e serviços bancários e de aposentadoria.

Acontece que as aplicações que permitiram aos telespectadores interagirem com o Canal de Serviços da EBC foram desenvolvidas usando os perfis B+ e C do Ginga, desenvolvidos pela Totvs, que ainda não são normas da ABNT, mas que são de interesse de algumas das empresas participantes do projeto Brasil 4D.

A ideia é a de que o conversor a ser distribuído pela EAD (Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV, que cuidará de diversos aspectos relacionados ao desligamento da TV analógica) tenha as mesmas características dos 10 mil produzidos pela D-Link para o Brasil 4D. A pedido do governo, devem ser incluídos no conversor o filtro para mitigação da interferência entre os sinais da TV e do celular 4G e também uma porta USB a mais, para conexão de uma Smart TV.

Também a pedido do governo, André Barbosa, coordenador-geral do projeto Brasil 4D e superintendente de suporte da EBC, já começou a conversar com diversos fornecedores e fabricantes para verificar a viabilidade de produção desses conversores interativos em larga escala, ao custo aproximado de R$ 100. Hoje, cada conversor comprado pela EBC para o projeto custou R$ 148. Incluindo antena e canal de retorno (modem ou chip 3G) o desembolso é de carca de R$ 180. “Valor que cai fácil para R$ 100 se considerarmos larga escala”, afirma André Barbosa.

“Para a experiência em Brasília fizemos algumas mudanças no firmware do conversor, que agora nos permite não só atualizar o HTML pelo ar, como também os conteúdo em vídeo”, comenta André Barbosa. “Fizemos uma interface gráfica para que todos os conteúdos tenham o mesmo template, que pode ser memorizado pelo usuário. E incluímos criptografia, para garantir a segurança de aplicações do Bolsa Família que envolvam transações bancárias, como pagamentos de conta, ou a marcação de consultas no INSS”.

A EBC está trabalhando também na ampliação da quantidade de aplicativos disponíveis. A intenção, segundo André Barbosa, é chegar a 30. A eles deverão se somar as aplicações de banda larga 0800 oferecidas pelas operadoras de telefonia móvel.

A migração da TV Digital, portanto, é uma bela oportunidade de levar a interatividade 14 milhões de lares – um em cada cinco domicílios do país. O custo do conversor será pago pelo leilão de 700MHz _ parte do preço mínimo será retirado para custear iniciativas como esta.

E esse número pode crescer ainda mais se os tais televisores multimídia tiverem obrigação de incluir também o perfil C do Ginga. Atualmente, os modelos de Smart TV com Ginga disponíveis no mercado usam o perfil A, que não atende ao Projeto Brasil 4D.

Portanto, tirar a obrigatoriedade da interatividade dos televisores parece um contrassenso tão grande quanto retirar o Ginga-NCL dos celulares.

Vale lembrar que a interatividade sempre foi vendida pelo governo como um dos grandes diferenciais competitivos do Sistema Brasileiro de TV Digital.

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Fonte: IDG Now
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maio 15

TV DIgital: Acesso à TV digital deve chegar a 65% dos brasileiros ainda neste ano

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De acordo com uma matéria publicada no jornal “O Estado de São Paulo”, o governo pretende disponibilizar o acesso à TV digital para 65% da população até o final deste ano. O investimento necessário para a conclusão do projeto é estimado em R$ 3,5 bilhões.

O objetivo inicial do Ministério das Comunicações é levar o sinal às cidades com mais de 100 mil habitantes. Além disso, todas as capitais ou regiões metropolitanas devem ter no mínimo quatro emissoras atuando com a tecnologia digital.

O desligamento da TV analógica será feito de maneira gradativa, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ainda deve definir o canal digital destinado às estações de baixa potência. O prazo dado pelo Ministério das Comunicações vai até 2017 e as emissoras de televisão terão até 2018 para entrar no ar.

A transição é indispensável para o leilão 4G na faixa de 700 MHz, hoje, ocupada pelos canais de televisão analógicos.

Fonte: FNDC

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maio 07

TV Digital: Globo promove eventos públicos para divulgar a TV digital

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A partir do dia 7 de maio, a Globo percorrerá cinco capitais – Brasília, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo – com a “Caravana Digital”, com o intuito de divulgar a TV digital. A ação será realizada durante três dias em pontos de grande circulação de cada uma das cidades, com distribuição de brindes, atividades lúdicas e informações sobre qualidade da imagem, instalação de antenas, vantagens da TV digital, tipos de conversores, aparelhos portáteis, entre outras.

Veja o calendário dos eventos:

Brasília

  • Dia 07/05: Rodoviária do Plano Piloto
  • Dia 08/05:Praça do Relógio de Taguatinga
  • Dia 09/05: Rodoviária do Plano Piloto

Recife

  • Dia 16/05: Prazeres – Jaboatão dos Guararapes e Praça do Derby
  • Dia 17/05: Mercado São José e Alto da Sé (Olinda)
  • Dia 18/05: Casa Amarela e Parque Dona Lidu

Belo Horizonte

  • Dia 23/05: Pça. Sete, Pça. Da Estação e Rodoviária
  • Dia 24/05: Savassi e Parque Municipal
  • Dia 25/05: Feira de artesanato Afonso Pena e Pampulha

Rio de Janeiro

  • Dia 30/05: Largo da Carioca e Praça Saes Peña.
  • Dia 31/05: Parque Madureira e Praça do Ó
  • Dia 01/06: Praça Tiradentes e Quinta da Boa Vista.

São Paulo

  • Dia 06/06: Praça da Sé e Largo do Anhangabaú
  • Dia 07/06: Praça Charles Miller e Parque Villa Lobos
  • Dia 08/06: Parque da Juventude e Brás (Festa de São Vito)

Fonte: Tela Viva

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maio 07

TV Digital: Transmissor digital para a faixa de VHF está disponível no Brasil

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Já está disponível no Brasil um transmissor digital para a faixa de VHF alto, ao contrário do que afirmou este noticiário. Trata-se do equipamento da Screen Service que até o momento é o único homologado pela Anatel.

De acordo com o engenheiro responsável da Screen Service, Paulo Damasceno, já foram vendidos quatro equipamentos, sendo um deles para a Globo em Minas Gerais. Alguns radiodifusores concordaram em ocupar a faixa de VHF alto – que vai dos canais de 7 a 13 – embora a transmissão para dispositivos móveis ainda não seja possível.

O engenheiro da Screen Service explica que a impossibilidade está nos dispositivos móveis cujas antenas não captam o sinal digital na faixa de VHF. Isso acontece porque os aparelhos deveriam ser muito grandes para suportarem uma antena capaz de captar o sinal de faixas mais baixas.

Em relação a outras funcionalidades da TV Digital, como a multiprogramação e a interatividade, Damasceno garante que o equipamento está preparado. O recurso da interatividade é fornecido por outro equipamento e o transmissor da Screen Service está preparado para ser integrado a ele. “Todos os features que existem no UHF continuam tendo no VHF”, garante ele.

Preço

Segundo Paulo Damasceno, o preço do produto ainda é um pouco mais caro que o transmissor em UHF. Isso porque, como a demanda está apenas no começo, a empresa não produz nacionalmente. “Está um pouquinho mais caro porque a demanda é muito pequena e não fabricamos no Brasil. Na Itália já existe essa linha pronta, mas com a demanda a gente começa a fabricar no Brasil”, afirma ele.

Fonte: Tela Viva

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abr 09

TV Digital: Governo define PPB para transmissores de sinal de TV Digital

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Por meio de duas portarias publicada nesta quinta-feira, 03/04, no Diário Oficial da União, os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; e do desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, definiram o processo produtivo básico (PPB) para equipamentos de transmissão de sinal de TV Digital.
O PPB para os fabricantes fora do Polo Industrial de Manaus será o seguinte:
I – montagem e soldagem de todos os componentes nas placas de circuito impresso;
II – montagem das partes elétricas e mecânicas, totalmente desagregadas, em nível básico de componentes; e
III – integração das placas de circuito impresso e das demais partes elétricas e mecânicas na formação do produto final, montadas de acordo com os incisos I e II acima.
Apenas o inciso terceiro (integração de placas de circuito impresso) fica proíbida a terceirização da produção. E no inciso primeiro fica dispensada na produção local, para um percentual máximo de 15%, a montagem dos componentes e circuitos impressos, de todas as placas utilizadas nos equipamentos de transmissão de sinais de TV Digital produzidos no ano calendário.
A portaria também dispensa temporariamente a produção local ( montagem) dos seguintes módulos ou subconjuntos:
1. Fonte de alimentação chaveada com “hot swap” / redundância N+1, saída de 48 VDC, potência superior a 1.000 W e controle de monitoramento;
2. Placa utilizada como módulo de conversão de corrente contínua/contínua (CC/CC)
As mesmas regras se aplicam à indústria instalada no Polo industrial de Manaus.

Fonte: Convergência Digital

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