abr 09

TV digital: Abert reage e diz que TV paga não garante acesso à TV aberta

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Bateu mal entre as emissoras de televisão a decisão da Anatel de cortar pela metade o universo de domicílios brasileiros que terão “garantida” a recepção da TV Digital. Segundo a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV, Abert, a ideia de retirar os assinantes de TV paga e os lares com antenas parabólicas da conta vai deixar gente sem sinal digital – ou seja, sem televisão.

“Temos uma divergência aí. Entendemos que não pode abater as parabólicas e a TV por assinatura da base porque a regra só permite excluir o que está fora da cobertura, ou seja as zonas rurais, áreas de sombra. TV paga não garante TV aberta. E boa parte das parabólicas também é usada em áreas urbanas, onde a televisão também chega”, diz o presidente da Abert, Daniel Slaviero.

Ele lembra que a maioria dos assinantes de TV paga no país (60%) usam a tecnologia via satélite (DTH). “Para muita gente isso significa não ter canal local, o que tem impacto na programação, na publicidade local. Não dá para considerar isso como parte dos 93% de domicílios que devem ter garantida a recepção do sinal digital de TV”, insiste Slaviero.

A própria Anatel se debruça neste mesmo momento sobre como viabilizar a inserção de canais locais no DTH, o que vai exigir a substituição de equipamentos na casa dos assinantes ao longo dos próximos anos, mas nem o prazo tem consenso entre operadoras de TV paga e a radiodifusão comercial. A Abert acredita, no entanto, que “as divergências serão superadas no Gired.

Nas contas da Abert, cerca de 22 milhões de lares – ou um terço dos domicílios do país – assistem tevê com o uso das parabólicas. Mas só 10 milhões tem as antenas como único recurso. “Cidades médias, com ótimo nível de vida e riqueza no Sul do Brasil, com população entre 50 e 100 mil habitantes, inclusive com boas retransmissoras de televisão aberta, estão repletas de antenas parabólicas”, diz o levantamento da Abert sobre o setor de radiodifusão feito em 2013.

Coordenador do grupo de implementação da digitalização que inclui emissoras e operadoras móveis, o conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone afirma que pesquisas indicarão o verdadeiro universo para a meta de cobrir 93% dos domicílios com sinal digital de TV. “Quando apagar sinal, quem tem TV por assinatura não será afetado, nem quem recebe por parabólica. Mas vamos fazer uma pesquisa para identificar a situação real das pessoas. Uma pesquisa inicial já começou para avaliar como está para fins de atingimento dos 93%, mas principalmente para ter um foco melhor na estratégia de comunicação e ter um quadro mais realista”, diz Zerbone.

Pelo menos parte dessa estratégia de comunicação preocupa as TVs públicas. “Infelizmente não há nada sobre multiprogramação ou interatividade”, diz a coordenadora da Rede Legislativa de TV e Rádio, Evelin Maciel, da TV Câmara. Um telefone para esclarecimentos – 147 – também já está funcionando. Mas entre as orientações está a compra de antenas UHF externas ou internas. O uso de UHF vai, na prática, excluir canais remanejados para o chamado VHF alto (canais 7 a 13). Além disso, mesmo os testes da Anatel indicam risco maior de interferência com o 4G quando usadas antenas internas.

Fonte: Convergência Digital

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abr 09

TV Digital: Anatel coordena TV Digital aberta para os mais pobres e os mais ricos

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Ficou com a Agência Nacional de Telecomunicações a coordenação do processo de implantação da TV Digital no Brasil. A agência vai definir quão boa será a interatividade na televisão, particularmente aos brasileiros mais pobres. Mas será também responsável pelo ritmo em que as emissoras abertas locais estarão na grade de programação dos mais abastados, que assinam TV paga.

Curiosamente, é uma atuação com impacto nos dois extremos da pirâmide social. De um lado, a Anatel pilota a implementação da TV Digital e vai definir este mês a configuração de 14 milhões de conversores de sinais digitais para televisores analógicos que serão distribuídos aos beneficiários do Bolsa Família. A depender da configuração, os mais pobres terão ou não a prometida interatividade – além da possibilidade de que a TV seja ferramenta de inclusão digital.

No lado de cima da pirâmide, também virá da Anatel uma decisão com impacto sobre cerca de 12 milhões de acessos de TV por assinatura via satélite, ou DTH no jargão do setor. Nesse caso, também haverá a distribuição – ou substituição – de milhões de set top boxes. Mas aqui, ao contrário da implantação da TV Digital, os interesses das emissoras de televisão e das teles são bem distintos.

A legislação da TV paga (Lei 12.485/11, ou Lei do Seac) tem regras para o carregamento obrigatório de canais abertos, mas criou uma exceção quando o serviço é por tecnologia DTH. Com menor capacidade que o cabo, o serviço por satélite pode optar por não transmitir os canais. Mas a regulamentação determina que caso a escolha seja por incluir alguma das redes nacionais na grade de programação, todas as demais devem igualmente ser incluídas.

Com pelo menos três satélites em operação e capacidade de sobra, a Oi conseguiu incluir no line up nada menos do que 43 operações locais da Globo –mais do que o dobro da Sky e praticamente o triplo do que consegue a Claro TV. Isso é interessante para os assinantes, que acessam conteúdos locais, e para a emissora, visto que preserva na TV paga a publicidade regionalizada.

É tão importante que as outras emissoras abertas resolveram exigir o mesmo, respaldadas pela legislação e pela regulamentação que obriga o carregamento das outras redes nacionais (um conceito criado especialmente para a TV por assinaturas e que inclui 14 grandes radiodifusores). A solução técnica – visto que nem todas as empresas possuem capacidade de sobra – é a adoção de um receptor híbrido, um set top box que capta os canais pagos e abertos.

Mas se a solução técnica já existe, a discussão esbarra no ritmo de substituição dos atuais receptores pelas ‘caixinhas híbridas’. As emissoras de televisão aberta querem a troca em até dois anos nas maiores cidades – e até três anos para as demais. As operadoras de TV por assinatura resistem a se comprometer com prazos menores do que cinco anos.

Com estimativas de custo que variam de R$ 500 mil a R$ 6 bilhões, as operadoras de TV por assinatura preferem uma troca gradual dos equipamentos, à medida em que precisarem ser trocados por conta de defeitos ou melhorias – como a substituição por caixinhas que permitem recepção de canais em alta definição. Nesse processo “natural”, cerca de 8% dos 12 milhões de assinantes via DTH já contam com os receptores híbridos.

O prazo é o principal, mas não o único dilema. A TV por assinatura reclama de uma nova regulamentação do carregamento obrigatório e, especialmente, do risco de terem sua avaliação (pelo regulador) prejudicada com base em transmissão e recepção de sinais fora de sua governança. A caixa híbrida faz tudo parecer o mesmo para os usuários, mas na prática é um receptor de TV paga onde vem acoplada uma antena para captar os sinais da TV aberta terrestre.

Por enquanto, a Anatel vem alimentando uma solução negociada entre as emissoras abertas e as operadoras de TV paga. Não por menos, uma definição não deve vir em menos de um mês – até para dar tempo para que TVs e teles consigam resolver a definição dos conversores para o andar de baixo – o que deve se dar em uma reunião prevista para 29 deste mês.

Fonte: Convergência Digital

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abr 09

TV Digital: Por meta, Anatel exclui lares com parabólicas e TV paga

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A contagem regressiva para a TV Digital no Brasil começa nesta quarta, 8/4, com os primeiros avisos de que os sinais analógicos serão desligados daqui um ano em Brasília – e um pouco antes disso, ainda em novembro, na goiana Rio Verde. E para garantir que o desligamento na data prevista, a Anatel descobriu um atalho para chegar aos 93% de domicílios que precisam ter recepção digital garantida: excluiu um pouco mais da metade dos lares brasileiros da base de cálculo.

“Não é 93% do todo. O foco são cerca de 30 milhões de domicílios. Quem assiste TV por assinatura não vai ser afetado, então sai da base de cálculo. E quem hoje recebe por parabólicas, na Banda C, também, pois não são domicílios com televisão aberta terrestre”, explicou o coordenador do grupo de implementação da digitalização, o conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone.

Até aqui, o maior desafio da transição é o percentual previsto na Portaria 481/14 do Ministério das Comunicações, que estabelece o cronograma da transição e certas premissas. “É condição para o desligamento da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão (…) que, pelo menos, noventa e três por cento dos domicílios do município que acessem o serviço livre, aberto e gratuito por transmissão terrestre, estejam aptos à recepção da televisão digital terrestre”.

Alcançar o patamar foi uma ação complicada em todos os países onde já houve a transição digital. Mesmo nações prósperas, onde a compra de televisores ou conversores não era um problema, como no Japão ou na Alemanha, o calendário de desligamento foi sendo adiado. Não por menos, o governo vem repetindo – e o fez novamente nesta terça-feira – que o mesmo pode acontecer no Brasil.

“A preocupação central é que possamos fazer essa migração até o desligamento total do sinal analógico de maneira segura para que possamos garantir o percentual máximo possível, como objetivo de governo, de pessoas que tenham acesso ao sinal digital e com equipamento para receber o sinal digital. Não podemos fazer um processo de exclusão, tem que ser de inclusão. Deve ser feito de maneira muito criteriosa, inclusive ajustando o cronograma quando necessário”, disse o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.

Dito isso, o trabalho do grupo que reúne teles, emissoras de televisão, governo e Anatel é no sentido de garantir as datas previstas. Afinal, as operadoras de celular pagaram quase R$ 10 bilhões entre outorgas e o custo da migração para usar a faixa de 700 MHz. Mas só terão o espectro de fato depois do desligamento analógico da televisão – em geral, um ano depois do switch off em cada cidade.

Daí, portanto, a fórmula apresentada nesta terça pela Anatel. O país tem cerca de 66 milhões de domicílios. Desses, serão descontados os brasileiros que assistem televisão por assinatura – uns 20 milhões de acessos. Também saem da conta os lares que assistem televisão com antenas parabólicas – cerca de 22 milhões nas contas das próprias emissoras de TV. Dos 24 milhões que restam, 14 milhões, os mais pobres, vão receber conversores e antenas. Os 9,3 milhões de lares (93% dos 10 milhões restantes) serão o alvo das campanhas para que, caso ainda não o tenham feito, que troquem de televisão por uma capaz de receber sinal digital

Fonte: Convergência Digital

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abr 07

Desligamento da TV Analógica: Central de Atendimento e Portal funcionarão para orientar usuários

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A Entidade Administradora da Digitalização – EAD divulgou que a partir do dia 3 de abril, a central de atendimento e o portal na internet estarão funcionando para orientar os usuários em relação as desligamento da TV analógica para a inserção da TV Digital. A central funcionará pelo número 147 e o site será www.vocenatvdigital.com.br.

A EAD é a entidade responsável por cuidar da parte operacional da digitalização e trabalha com as premissas estabelecidas pelo GIRED – Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização dos Canais de TV e RTV. O Grupo tem trabalhado semanalmente para garantir que o processo de desligamento ocorra de forma inteligente e eficaz.

Na reunião realizada nesta quarta-feira, 25, o GIRED entendeu que a melhor maneira de informar em qual canal estará disponível a versão digital, em geradora que transmite mais de um canal, é colocando uma tarja na parte inferior da tela. O Engenheiro da Abratel e membro do GIRED, André Felipe Trindade, reafirma que esta é a melhor opção. “Nós concordamos que a divulgação dos canais digitais (virtuais) em tarja evitará uma poluição na tela, e permitirá que a emissora flexibilize a divulgação de acordo com a quantidade de canais utilizados, em casos que a mesma geradora retransmita para vários canais. Seria inviável, por exemplo, colocar informações de 5 canais diferentes abaixo do logo analógico”, disse.

O Grupo planeja uma coletiva de imprensa para o começo de abril, em Brasília, para esclarecer mais informações sobre esse processo. A confirmação da data será divulgada pela Anatel.

Fonte: Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão

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abr 06

TV Digital: Anatel coordena TV Digital aberta para os mais pobres e os mais ricos

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Ficou com a Agência Nacional de Telecomunicações a coordenação do processo de implantação da TV Digital no Brasil. A agência vai definir quão boa será a interatividade na televisão, particularmente aos brasileiros mais pobres. Mas será também responsável pelo ritmo em que as emissoras abertas locais estarão na grade de programação dos mais abastados, que assinam TV paga.

Curiosamente, é uma atuação com impacto nos dois extremos da pirâmide social. De um lado, a Anatel pilota a implementação da TV Digital e vai definir este mês a configuração de 14 milhões de conversores de sinais digitais para televisores analógicos que serão distribuídos aos beneficiários do Bolsa Família.A depender da configuração, os mais pobres terão ou não a prometida interatividade – além da possibilidade de que a TV seja ferramenta de inclusão digital.

No lado de cima da pirâmide, também virá da Anatel uma decisão com impacto sobre cerca de 12 milhões de acessos de TV por assinatura via satélite, ou DTH no jargão do setor. Nesse caso, também haverá a distribuição – ou substituição – de milhões de set top boxes. Mas aqui, ao contrário da implantação da TV Digital, os interesses das emissoras de televisão e das teles são bem distintos.

A legislação da TV paga (Lei 12.485/11, ou Lei do Seac) tem regras para o carregamento obrigatório de canais abertos, mas criou uma exceção quando o serviço é por tecnologia DTH. Com menor capacidade que o cabo, o serviço por satélite pode optar por não transmitir os canais. Mas a regulamentação determina que caso a escolha seja por incluir alguma das redes nacionais na grade de programação, todas as demais devem igualmente ser incluídas.

Com pelo menos três satélites em operação e capacidade de sobra, a Oi conseguiu incluir no line up nada menos do que 43 operações locais da Globo –mais do que o dobro da Sky e praticamente o triplo do que consegue a Claro TV. Isso é interessante para os assinantes, que acessam conteúdos locais, e para a emissora, visto que preserva na TV paga a publicidade regionalizada.

É tão importante que as outras emissoras abertas resolveram exigir o mesmo, respaldadas pela legislação e pela regulamentação que obriga o carregamento das outras redes nacionais (um conceito criado especialmente para a TV por assinaturas e que inclui 14 grandes radiodifusores). A solução técnica – visto que nem todas as empresas possuem capacidade de sobra – é a adoção de um receptor híbrido, um set top box que capta os canais pagos e abertos.

Mas se a solução técnica já existe, a discussão esbarra no ritmo de substituição dos atuais receptores pelas ‘caixinhas híbridas’. As emissoras de televisão aberta querem a troca em até dois anos nas maiores cidades – e até três anos para as demais. As operadoras de TV por assinatura resistem a se comprometer com prazos menores do que cinco anos.

Com estimativas de custo que variam de R$ 500 mil a R$ 6 bilhões, as operadoras de TV por assinatura preferem uma troca gradual dos equipamentos, à medida em que precisarem ser trocados por conta de defeitos ou melhorias – como a substituição por caixinhas que permitem recepção de canais em alta definição.  Nesse processo “natural”, cerca de 8% dos 12 milhões de assinantes via DTH já contam com os receptores híbridos.

O prazo é o principal, mas não o único dilema. A TV por assinatura reclama de uma nova regulamentação do carregamento obrigatório e, especialmente, do risco de terem sua avaliação (pelo regulador) prejudicada com base em transmissão e recepção de sinais fora de sua governança. A caixa híbrida faz tudo parecer o mesmo para os usuários, mas na prática é um receptor de TV paga onde vem acoplada uma antena para captar os sinais da TV aberta terrestre.

Por enquanto, a Anatel vem alimentando uma solução negociada entre as emissoras abertas e as operadoras de TV paga. Não por menos, uma definição não deve vir em menos de um mês – até para dar tempo para que TVs e teles consigam resolver a definição dos conversores para o andar de baixo – o que deve se dar em uma reunião prevista para 29 deste mês.

Fonte: Convergência Digital

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mar 27

TV Digital: Teles e TVs comerciais pressionam por conversor mais barato

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Na disputa pelo modelo de televisão digital, oito modelos de conversores serão cotados junto a fornecedores ao longo do próximo mês. Um deles será escolhido por teles, emissoras de TV e governo para ser distribuído a 14 milhões de famílias – e vai indicar na prática o quanto os brasileiros mais pobres conhecerão de interatividade no novo sistema de televisão aberta.

“Partimos da especificação mais básica, que minimamente respeita a Portaria [481/14, do Minicom] e possibilita que o consumidor utilize sem precisar comprar mais nada e vamos até o modelo mais completo de Ginga, passando por vários intermediários”, explica o conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone, que presidente o grupo de implementação da digitalização, o Gired.

Por básico, entenda-se um set top box que faz pouco mais que traduzir a transmissão digital de TV mesmo para televisores analógicos. No jargão dos engenheiros de televisão, é a especificação “B” do Fórum Brasileiro de TV Digital. O próprio Zerbone reconhece que ele só garante “uma interatividade limitada”. E de tão básico o modelo a ser cotado não terá canal de retorno.

Podia ser ainda menos. As operadoras móveis trouxeram para a reunião do Gired nesta quarta-feira, 25/03, a tentativa de que fossem cotados mesmo modelos que não atendem nem as especificações mínimas. A ideia era ter o preço mais barato possível, ainda que o conversor não tivesse entrada USB ou mesmo botão de liga/desliga – nem mesmo pilhas no controle remoto.

Na prática, o que se viu no Gired foi uma união de interesses das operadoras móveis e os radiodifusores comerciais. As teles querem que os custos mais baixos, pois são elas que pagam a conta e têm como principal (único até) interesse o desligamento dos sinais analógicos de TV para poderem usar a faixa de 700 MHz para vender 4G.

Já as tevês comerciais, que pouco apostaram na interatividade, também querem um conversor simples. O preço é importante, pois não pode haver risco de faltar dinheiro para os anúncios sobre a migração (que até aqui estão estimados em algo perto de R$ 130 milhões). Mais importante ainda é evitar que a televisão abra uma oportunidade de mercado para as teles, via canal de retorno.

Não por menos a defesa de que os conversores precisam ser mais completos é praticamente limitada à televisão pública,  tanto via TV Brasil, do Executivo, como pelas emissoras do Legislativo, TVs Câmara e Senado. A ideia é que com uso de melhores recursos – leia-se, um Ginga mais robusto – serviços públicos, financeiros, informações, aplicativos em geral, poderão ser acessados pela TV.

Pouco apareceu de custos até aqui. A radiodifusão comercial acredita que o conversor “B” ficará por volta de R$ 70 a unidade. Essa conta, no entanto, parece muito ligada ao interesse de que os conversores não ultrapassem R$ 1 bilhão – dos R$ 3,6 bilhões destinados para a migração. Tampouco há indicações claras de quanto custaria a distribuição aos 14 milhões de beneficiários do Bolsa Família.

Tudo indica que ao contrário dessa escassez de dados, a próxima reunião do Gired – prevista para 29 de abril – seja mais complicada exatamente pela diversidade de cotações e de interesses. “Será a reunião mais difícil, tanto que já pedi para que reservem na agenda um dia a mais para os representantes ficarem em Brasília”, confessa Rodrigo Zerbone.

Fonte: Convergência Digital

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mar 19

Receptor: Governo solta na próxima semana especificação dos receptores; serviços de e-Gov podem ser incluídos

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ReceptorO Gired (Grupo de Implementação da TV Digital) deve fechar, na próxima semana, as especificações de referência da caixa de recepção dos sinais de TV que será distribuída aos beneficiários do Bolsa Família no processo de digitalização da TV analógica, que começa no final deste ano e vai até 2018. As especificações serão passadas à EAD (Entidade Administradora da Digitalização, uma empresa administrada pelas teles), para que então seja aberta a chamada de propostas (RFP) junto ao mercado de fabricantes de equipamentos. Na verdade, o grupo técnico que cuida da dessa especificação não pedirá apenas uma RFP, mas sim quatro. Uma com as especificações recomendadas pelos radiodifusores comerciais, outra com as especificações recomendadas pelas empresas de telecomunicações e duas com as especificações das emissoras do campo público e do próprio governo. A essas propostas serão ainda incluídas variações que envolvem o canal de retorno das caixas.

Segundo apurou este noticiário junto ao Gired, não existe nenhuma definição, ainda, sobre qual delas será a caixa escolhida. Segundo um participante do grupo, depois de recebidas as propostas, especialmente a proposta de preço, será feita a análise dos custos e dos benefícios de cada uma e a decisão será tomada. Isso inclui, por exemplo, a questão da capacidade de interatividade das caixas, já que modelos mais simples (e mais baratos) poderiam inviabilizar aplicações interativas mais complexas (baseadas no Ginga C, por exemplo) e mesmo interatividade com canal de retorno, o que requer um modem.

A ideia é que as propostas comerciais possam ser analisadas até o final de abril, quando então será tomada a decisão sobre que caixa e quais recursos serão adotados em função do orçamento disponível, do prazo a ser cumprido e das políticas governamentais que forem definidas no nível ministerial (essa função não cabe ao Gired). A EAD escolherá, então, os fornecedores.

Parceria com o MDS

Sabe-se que as empresas de telecomunicações estão optando, em suas recomendações, por modelos mais simples, assim como os radiodifusores comerciais, para não adicionar complexidade ao processo, correr o risco de atrasar o cronograma e estourar os custos.

Conforme apurou este noticiário, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), responsável pela administração do Bolsa Família, e o Ministério das Comunicações estão negociando a introdução de alguns conteúdos de governo eletrônico para os 14 milhões de beneficiários que receberão as caixas. Entre os serviços estariam comunicação sobre os benefícios, serviços de utilidade pública, ofertas de emprego etc. Seriam recursos simples, para evitar adicionar complexidade à caixa.

Mas, a depender das variações de custo, não está descartada nem mesmo a possibilidade de que o MDS entre com recursos financeiros, ampliando o orçamento da compra da EAD, para que as caixas passem a ter maior capacidade de processamento e interatividade e tenham mais conteúdo de interesse do governo. Pesam contra essa estratégia, contudo, o prazo apertado (a digitalização precisa começar já no ano que vem), a variação do dólar e a limitação orçamentária do governo para esse ano, agravada pelo ajuste fiscal. Para “turbinar” as 14 milhões de caixas estima-se que seriam necessários mais R$ 1 bilhão, pelo menos. Hoje, a estimativa preliminar é que as caixas custariam, no modelo mais simples, perto de R$ 1,7 bilhão FOB. O orçamento total da EAD, o que inclui todas as suas atividades e a logística de instalação das caixas, atendimento e divulgação, é de R$ 3,6 bilhões.

Fonte: Tela Viva

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mar 18

TV Digital: TV Digital terrestre, mudando para ficar – Com Andre Barbosa

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A “caixinha” a ser distribuída para a população do Bolsa Família precisa vir com o Ginga C, pois “caixinha” não é só para TV, é uma integradora, convergente, para que esse público enorme, que ainda não tem a possibilidade de receber fibra óptica ou internet fixa, possa usar o canal de retorno por 3G ou 4G para ter acesso à web. Ao mesmo tempo, apresenta um novo modelo de negócio, uma nova fonte de renda para a radiodifusão.

Andre Barbosa Filho

A Televisão Digital Terrestre nunca foi utilizada no mundo em sua potencialidade, razão pela qual suas facilidades foram apresentadas ao público apenas parcialmente, ou mesmo “engavetadas” pela indústria de equipamentos eletroeletrônicos de recepção.

A razão da portabilidade, multiprogramação, interatividade com canal de retorno no ambiente da TVD não ter sido explorada a contento pode ser explicada por vários fatores, mas um se destaca por ser, ao certo, a raiz da questão: a avassaladora penetração da Rede Mundial (www) e todas as suas incríveis ofertas de acesso à informação.

Apesar do fato concreto apresentar um cenário transformador, neste inicio do século 21, onde a disseminação da Internet de alta velocidade passa a ocupar o protagonismo entre as redes de distribuição de conteúdos, dois fatores fundamentais explicam porque este reinado não está, de modo algum, implantado e consolidado em todas as diferentes sociedades.

O primeiro, claro, diz respeito à infraestrutura, que permite a oferta e o acesso a Internet Banda Larga em todo planeta, mostrando-se escalável apenas onde há renda per capita e garantia de retorno do investimento. Nas regiões onde existem grandes bolsões de pobreza, o progresso chega devagar e para poucos, numa perversa construção que leva à formação de contingentes de bilhões de excluídos do cenário Web.

Em seguida, o próprio modelo econômico de entrega de conteúdos audiovisuais bidirecionais proposto pela tecnologia em IP (Internet Protocol), que privilegia a retribuição econômica pelo cidadão ao acesso da informação, com a expectativa de monetizar e remunerar cada segmento da cadeia de produção destes conteúdos, desde os produtores aos empacotadores e distribuidores.

Assim, o que era uma oferta gratuita de acesso (ou uma gratuidade indireta, pois o preço desta oferta estaria embutido no produto vendido ao consumidor) passa a ser diretamente pago pelo cidadão.

Nos Estados Unidos, um fenômeno de comportamento que atendam necessidades atemporais de uso dos dispositivos vem sendo objeto de atenção do setor de informação e comunicação: o “cord-cutting”. Este fenômeno designa a migração expressiva de assinaturas das modalidades de TV paga com grade fixa para os novos serviços dos portais “on demand”, ou seja, sem que os espectadores sejam obrigados a atender a horários fixos de transmissão da programação, criando assim, a cultura por demanda.

Esta dinâmica, que vem sendo utilizada por um número cada vez maior de pessoas em todo mundo, gera um cisão no interesse de uso entre grades fixas de programação -modelo usual da TV aberta e gratuita -, como também da TV a Cabo ou por Satélite. Surgem os formatos OTT ( Over the Top ) e VOD ( Video on demand ), onde os conteúdos audiovisuais são transmitidos pelas redes de telecomunicações e ofertados em portais multi-tela, e se pode escolher assistir, a qualquer tempo, o filme, série ou programa favorito. Os números atuais têm mostrado que os modelos OTT e VOD têm sido preferidos, em detrimento dos serviços de cabo ou satélite.

OTT - Over The Top

O mesmo não se da com a TV Terrestre, aberta e gratuita. Dados recentes de agências de pesquisa como Nielsen e Gallup mostram que, em 2014, a audiência deste modelo gratuito cresceu de 9% para 17%, com crescimento real de 90%. Por que? Por que se utiliza da plataforma gratuita da radiodifusão para transmissão de programações AO VIVO.

Podemos dizer que os que têm a banda larga na porta de casa vêm escolhendo, dentre as inúmeras ofertas disponíveis, as mais econômicas e que lhes satisfaçam. Quem não tem banda larga ( cerca de 4,6 bilhões de pessoas em todo o mundo ), têm na comunicação por radiodifusão, rádio e TV abertas, o único modo de conhecer o que se passa, instruir-se e divertir-se.

A este cenário se poderia somar outro, o da disruptura. Um fator que coloca conceitos como economia de escala e processos de cauda longa em xeque, pressionados pelas formas e características da economia por nichos, posição mandatória do consumidor e oferta de dispositivos customizados.

Gráfico Artigo
A TV Terrestre Digital vem chegando lentamente, vencendo preconceitos e lutando com suas próprias vísceras por tornar-se o que, potencialmente, já o é: uma plataforma moderna, com facilidades que devem se ombrear a outras congêneres digitais, desde que vista pelo Poder Público e pela Sociedade uma estrutura de informação que chega gratuitamente aos lares, e que a torna competitiva.

E a convergência de mídias, rapidamente, o que é?

A convergência das mídias surge simultaneamente com a revolução digital, que nasceu com a cultura do computador como um “mediador da comunicação”. Desde o “Videotexto”, uma espécie de “Idade da Pedra da internet”, quando a linguagem verbal saltou do papel para a tela eletrônica, o computador passa a absorver outros sistemas de linguagem , traduz numericamente e  devolve para nossos olhos na tela na sua forma original.

Isso é chamado de convergência das mídias, ou seja, é quando tudo converge para o computador, somada à capacidade que a máquina tem de nos devolver essas linguagens como elas são originalmente.

Jenkins (2006) afirma que esta convergência de linguagens, por sua vez, chega munida de poderes que poderão revolucionar as ideias, o pensamento, o comportamento e a criatividade artística, tanto por parte do produtor quanto do receptor, que nesse momento também se hibridiza em sua relação com a obra, pois passa a ser ao mesmo tempo construtor, executor, emissor e receptor do projeto artístico. Lembrem-se disto: a convergência refere-se a um processo, não a um ponto final.

E pensando na convergência como processo:

A TV Digital para a inclusão sociodigital

A publicação da Portaria nº 481, 9 de julho de 2014[1], que determinou a distribuição de conversores e antenas digitais a todos os beneficiários do Bolsa Família do país, deu contorno às especificações mínimas para o conversor digital. Deixou,porém, indeterminados temas como a instalação dos equipamentos nos domicílios do Bolsa Família e a porta HDMI, cuja importância para atender as TVs analógicas ou digitais sem conversor embutido – manufaturadas de 2008 a 2011 – é reconhecida pela própria indústria de recepção. Além do mais, não existem hoje conversores a disposição do mercado que não contenham este input HDMI presente mesmo nos zappers, sem middleware, só com processadores de áudio e vídeo. Com o HDMI, a TV aberta garante qualidade superior de resolução de imagem e vídeo; melhor, inclusive, do que o oferecido pelo DVB-S na TV a cabo.

O conversor com Ginga C que será distribuído para inscritos no Bolsa Família poderá criar, até mesmo, a possibilidade de levar a banda larga para pessoas carentes usando a transmissão pela TV, com controle total pela radiodifusão. E todos poderão ganhar com isso. Basta estabelecer modelos de negócios compatíveis com a renda dessas famílias. A “caixinha” não é só para TV, é uma integradora, convergente, para que esse público enorme, que ainda não tem a possibilidade de receber fibra óptica ou internet fixa, possa usar o canal de retorno por 3G ou 4G para ter acesso à web. Ao mesmo tempo, apresenta um novo modelo de negócio, uma nova fonte de renda para a radiodifusão.

A base de tudo isso está no desenvolvimento do Ginga completo, o Ginga Full, pois o que foi proposto inicialmente quando de sua inclusão nas normas UIT-R não foi discutido como possibilidade real, passível de normalização pela ABNT. A indústria de recepção fatiou estes protocolos e colocou como regra opcional o Ginga 1.0. Assim se privilegiou a TV conectada, ao contrário dos princípios do SBTVD no sentido de trabalhar para trazer, e assegurar, dentre outros, os benefícios da interatividade.

Agora, o advento do apagão, somado à oportunidade de acesso aos recursos advindos do Edital de venda do espectro de 698 a 806 MHz, sugere a oportunidade de uso do chamado de Ginga C ou 3.0, privilegiando os serviços públicos. O Ginga C tem alguns protocolos que permitem a interatividade, vídeos dinâmicos e uma série de leituras de mídias previstas para utilizarem a linguagem IP convergida com a BTS (Broadcast Transport Streaming), linguagem específica para transporte audiovisual pela Televisão.

Notícias recém chegadas do grande mercado tecnológico do mundo, os EUA, dão conta que o broadcasting está sendo visto atualmente de outra forma, não só como a televisão linear do modelo em vigor, mas usado para convergir com outras formas de plataformas digitais.

Para o panorama brasileiro faltava desenvolver um teste de conceito e a empresa pública de comunicação pública, EBC, o fez através do projeto “Brasil 4D”. Inicialmente, em 2013, em João Pessoa, na Paraíba, onde instalou-se conversores e antenas externas de recepção em 100 residências de beneficiários do programa “Bolsa Família” para o acesso a aplicativos audiovisuais ( HTML + BTS) sobre saúde, emprego, educação, aconselhamento financeiro, etc., com apoio de doze empresas privadas, três universidades, emissoras públicas, entidades do governo federal, municipal e do Banco Mundial.

O projeto foi objeto de pesquisa do Banco Mundial[1] que comprovou a eficácia da TVDi para a inclusão sociodigital, quando, após apenas 1 mês de uso:

• 72% dos entrevistados aprenderam a usar a TVDi;

• 64% perceberam redução de gastos com transporte e economia de tempo;

2% tiveram aumento real de renda;

E, segundo estudo da UNICAMP, a projeção de economia doméstica para um público potencial de 14 milhões de famílias beneficiadas, ao longo de 10 anos, é da ordem de R$ 7 milhões. Desde 2014 esta se testando esses conversores junto a beneficiários do Bolsa Família de Samambaia, periferia do Distrito Federal,  com inovação na linguagem e entrada de conteúdos de serviços criptografados, como o acesso a conta bancária.

O perfil técnico da “caixinha” a ser adotada para os beneficiários do Bolsa Família prevê um hardware com porta USB externa para fazer conexão 3G (chip não incluído), com cachê de memória suficiente para reduzir a latência, possibilidade de colocar memória flash de 256 K e cartão de memória de até 16 Giga (não incluído), na perspectiva de se colocar um número maior de aplicativos, com a atualização remota, pelo ar, dos dados e vídeos. Ou seja, você carrega os vídeos de madrugada e os vídeos anteriores ou desaparecem ou irão para um repositório em nuvem (na tela existira um aplicativo para abrir essa nuvem e ter acesso à lista de aplicativos fora do carroussel de dados. Os novos ficarão embarcados no carroussel e disponíveis no memory card.) O conversor passa a ter uma configuração similar a dos smartphones, PCs e outros equipamentos de informática.

Para produção do hardware há várias empresas interessadas. Recentemente, a Anatel reuniu cerca de sete empresas, nacionais e estrangeiras, para conversar. O Fórum SBTVD fez o mesmo: 28 empresas participaram. Por outro lado, a antena interna apresenta um grande risco de interferências, especialmente com o sinal 4G/LTE. A antena externa, em escala, vai ficar muito barata e, conforme se verificou nos testes do programa Brasil 4D, mostrou-se eficaz para a migração analógico-digital.

Esse cenário coloca a TV aberta no mundo digital, com modelo de negócio convergente. Isso não tinha sido feito isso até agora no mundo, porque todos optaram por fazer o procedimento interativo por meio de IP. Foi o Brasil, junto com esse grupo todo, EBC, Harris, D-Link, Totvs, MecTronica, Spinner, Ebcom, Intacto, Oi e Ei-TV!, universidades e tantos outros que participaram desse projeto, que iniciaram esse movimento.

Paralelamente, a Anatel ficou de conversar sobre conexão com as operadoras, para que o chip de dados, que já existe no mercado, possa ter um preço acessível, a ser pago pelo próprio consumidor, seja por meio de uma política de contrapartida ou de política pública. O beneficiário do Bolsa Família teria um pacote de dados franqueado mas, se ultrapassasse essa franquia, teria condições de arcar com um valor reduzido. Isso é uma coisa que precisa ser estudada, para garantir que esse conversor possa ser mais um canal de inclusão digital.

A questão é saber sobre a implantação do protocolo 3.0 do Ginga e saber se essa implantação será pública, aberta. A TV digital sempre foi software livre, código aberto e não pode ser diferente agora quando estamos falando de inclusão da população de baixa renda na TV digital, conforme determina o Decreto 4.920 que estabeleceu as diretrizes da TV digital brasileira.

Hoje a cobertura hegemônica da TV chega a 98% da TV analógica, e poderemos chegar, como pretende o MiniCom, a 93% dos lares com cobertura digital em 2018. Isso significa a possibilidade de receber as informações de dados digitais, transmitidas por broadcasting, gratuitamente. Tal cobertura será alcançada no nível nacional pela banda larga em curto espaço de tempo? Não cremos, infelizmente.

Podemos criar um atalho para a oferta de banda larga. E as operadoras não vão deixar de ganhar dinheiro. Ao contrário, com o modelo novo de canal de retorno, pode se ampliar para outras ofertas de pacotes. Precisamos da cooperação da iniciativa privada para isso. Seria uma grande oportunidade para a radiodifusão fazer ensaios com as agências de publicidade com conteúdos interativos. Esta convergência já e uma realidade nos EUA. Pouco a pouco o OTT vem se tornando o modelo preferido de acesso ao audiovisual.

Vamos deixar bem claro. Baixar aplicativos audiovisuais pela TV significa manter a primazia e o controle da transmissão pelo radiodifusor. Afinal, é através do seu play-out que os dados chegarão às residências:

1. SIMULTANEAMENTE – característica única da radiodifusão; a Internet não conta com esta prerrogativa de um para todos, pelo limite de banda

2. COM SEGURANÇA – transmissões radiodifundidas não estão sujeitas a hackers

3. COM MAIOR USO DE BANDA – dentro do espectro de 6Mhz o uso de apenas 0.5Mb já seria um espectro muito superior ao oferecido nas taxas de tráfego de dados negociados em nosso país

4. COM A NEGOCIAÇÃO DESTES SERVIÇOS TENDO SEU PROTAGONISMO PELA RADIODIFUSÃO – Claro que haveria que mudar a lei de radiodifusão neste ponto, permitindo que o radiodifusor possa vender seu transporte broadcasting para dados e não apenas para conteúdos audiovisuais. Assim criar-se-iam espaços de negociação para serviços interativos com canal de retorno e de overflow para OTT com as empresas telefônicas ainda com posição de força.

Para garantir o acesso da população de baixa renda à interatividade, a caixinha conversora deve ser manter como esta configurada no Brasil 4D, ou seja, com implementação Ginga C (Java + NCL /Lua) em sua configuração básica, que permite ter conexão com a banda larga 4G ou 3G e a serviços públicos (não inclusos na caixinha). Essa configuração não impõe modelos. Ela deixa a porta aberta para soluções futuras, para deixar um irremediável LEGADO. Mas para isso devera ter o Ginga C , porta HDMI e as configurações básicas de processamento com as entradas estabelecidas, SEM INCLUSÃO NO CUSTO DA CAIXINHA DE CONEXÃO E ARMAZENAMENTO. ELA NÃO TERÁ CONEXÃO DIRETA NO GINGA QUE PERMITA BAIXAR APLICATIVOS DA WEB (apesar de possível, se quisermos no futuro). Essa conexão poderá ser gratuita ou paga. São várias possibilidades que a Entidade Administradora da Migração – EAD vai decidir.

TV Interativa Artigo

 


[1]Requisitos mínimos para recepção :do sinal digital, Anexo 1, Portaria 481/2014, do Ministério das Comunicações: I-Atender às normas ABNT NBR 15604/2007, receptores e suas atualizações, dispondo obrigatoriamente de controle remoto, interface USB, saídas de audio e video via RF e saída de video composto; II- Incorporar obrigatoriamente, capacidade de executar aplicações interativas, de acordo com as Normas ABNT NBR 15606-1, 15606-2, 15606-3, 15606-4 e 15606-6; III-Permitir a utilização dos recursos de acessibilidade previstos na Norma Complementar MC 01/2006, aprovada pela Portaria nº 310, de 27/7/2006..

[1]“Brasil 4D – Estudo de impacto socioeconomicos sobre a TV digital pública interativa”, 2013. Disponível em:https://www.ebc.com.br/sites/default/files/brasil_4d.pdf

Andre Barbosa Filho, PhD

Fonte: Tele Sintese

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fev 10

TV Analógica: Emissoras abrem contagem regressiva em 3 de abril

TV analógica, TV digital Comentários desativados em TV Analógica: Emissoras abrem contagem regressiva em 3 de abril

Em menos de dois meses, no dia 3 de abril, telespectadores em Brasília e Rio Verde abrem a contagem regressiva para o desligamento da televisão analógica. Em um ano, se der certo, será preciso ter um televisor apropriado ou um conversor de sinais para assistir TV na capital. Antes disso, em novembro ainda de 2015, o mesmo acontecerá para os 200 mil moradores da cidade goiana.

Contra o relógio, Anatel, teles e TVs acertaram um calendário em que as grandes decisões sobre o processo de transição da TV Digital serão tomadas nos próximos 60 dias: notadamente a configuração dos receptores a serem distribuídos a 14 milhões de famílias e como verificar que 93% dos lares de cada cidade brasileira consegue assistir televisão sem o sinal analógico.

Decisões mais simples já foram tomadas. Assim, a partir de abril será usado um logotipo único (que pode ser visto logo abaixo) avisando quantos dias faltam para o desligamento analógico. No começo, essa contagem será vista três vezes por dia – número gradativamente elevado para 15 inserções ao se aproximar a data de cada cidade.

Na próxima semana, o grupo de implementação da digitalização, o Gired, liderado pela agência e com representantes de teles e tevês, se debruça sobre outras questões práticas: como será o call center e o site informativo da transição digital. Ambos serão geridos pela Empresa Administradora da Digitalização, ou EAD.

A EAD será provavelmente uma sociedade anônima formada pelas operadoras que venceram o leilão dos 700 MHz – Claro, Vivo, Tim e Algar (CTBC). Em 31 de janeiro, as teles contrataram a consultoria Mckinsey e o CPqD para sugerirem o formato legal e operacional dessa empresa, que vai administrar os R$ 3,6 bilhões em dinheiro das operadoras. A EAD deve estar constituída até 20 de março. O call center e o site precisam funcionar junto com a contagem regressiva, em abril.

“O espírito de resolver está ótimo, melhor do que o esperado, mas é verdade que até aqui tratamos de temas mais fáceis, ou menos conflituosos. As principais decisões virão em março e abril, quando vamos definir o receptor e a pesquisa que vai medir a preparação dos domicílios”, reconhece o coordenador do Gired, o conselheiro da Anatel, Rodrigo Zerbone.

Fonte: Convergência Digital

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jan 27

TV Analógica: GIRED aprova logo que identificará canais analógicos

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O GIRED (Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV) tomou nessa sexta, 23, sua primeira decisão importante em relação ao processo de desligamento da TV analógica, que deverá começar a acontecer experimentalmente a partir deste ano em Rio Verde/GO e que deveria, pelo cronograma divulgado, acontecer a partir do ano que vem em cidades como São Paulo e Brasília. A deliberação foi em relação à logomarca de identificação que deverá ser sobreposta às transmissões analógicas para avisar aos telespectadores que aquele sinal está disponível em um determinado canal digital.

A transição da TV analógica para a TV digital será um dos temas debatidos no Seminário Políticas de (Tele) Comunicações, que acontece dia 10 de fevereiro, em Brasília. O evento é organizado pela Converge e pelo Centro de Estudos de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (CCOM/UnB). Para falar sobre os trabalhos do GIRED e da Entidade Administradora da Digitalização (EAD) está confirmada a presença do conselheiro da Anatel Rodrigo Zerbone, presidente do GIRED.

Confira como será a sinalização nas TVs analógicas:

Logo Sinal Analógico

Fonte: Tela Viva

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