O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira, 14/5, que não haverá liberação do 4G em 700 MHz enquanto existirem problemas de interferências nas transmissões e recepções da radiodifusão. O problema, maior do que o inicialmente previsto, foi demonstrado em um estudo japonês realizado para a União Internacional das Telecomunicações.
Nesse estudo, que as emissoras de TV levaram à Anatel na semana passada, o Japão calcula que serão necessários R$ 6 bilhões para mitigar as interferências naquele país. Por aqui, três estudos – da Anatel, das tevês e das teles – deverão indicar o tamanho do problema no Brasil.
Questionado sobre o estudo, o ministro tranquilizou as emissoras. “Nosso compromisso é implantar o 4G sem qualquer interferência. Se precisar, vamos aumentar as bandas de guarda ou adotar outras medidas necessárias”, afirmou Bernardo.
Ao lembrar do custo previsto pelos japoneses, no entanto, o ministro sustentou que é preciso aguardar os mencionados estudos brasileiros. “O nosso sistema não é igual ao do Japão. Ele foi modificado”, alegou, sustentando que o ISDB – o padrão japonês de TV digital adotado no Brasil – foi alterado antes de ser implementado. De acordo com dados do mercado brasileiro, as cidades onde há a questão da interferência em maior grau são Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
Fonte: FNDC