jul 18

TV digital: GingaBr.Labs começa a sair do papel

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O Ministério das Comunicações divulgou nesta terça-feira, 16/7, o resultado preliminar da seleção de emissoras públicas que receberão laboratórios de testes de conteúdos e aplicações interativas de TV Digital, utilizando o middleware brasileiro Ginga.

Parte das ações do programa Ginga Brasil, o Ginga Br.Labs pretende capacitar mão de obra especializada no fomento do Ginga. Para isso, foram escolhidas até aqui 11 emissoras públicas com base no edital aberto em maio deste ano. As emissoras escolhidas são:

1) Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – IRDEB (BA)

2) Fundação Televisão Rádio e Cultura do Amazonas – Funtec (AM)

3) Fundação Universidade do Tocantins – Unitins (TO)

4) Fundação Cultural Piratini – Rádio e Televisão (RS)

5) Fundação Rádio e Televisão Educativa de Uberlândia – RTU (MG)

6) Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural – Fundação RTVE (GO)

7) TV Assembleia (MG)

8) Fundação Padre Anchieta (SP)

9) Televisão Universitária Unesp (SP)

10) Fundação Educativa de Rádio e Televisão Ouro Preto (MG)

11) Fundação Cândido Garcia (PR)

Ainda de acordo com o resultado publicado no Diário Oficial da União, a Universidade Federal de Minas Gerais foi desclassificada com base no item do edital que exigia outorga, na modalidade educativa, pedido ao Minicom de consignação para a prestação do serviço de radiodifusão digital.

O resultado divulgado nesta terça também prevê prazo até 22/7 para envio de recursos relativos à avaliação das propostas.

Fonte: Convergência Digital

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jul 09

Faixa 700 MHz: Anatel tem pressa, TVs pedem calma

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No caminho do remanejamento da faixa de 700 MHz, que será repassada às operadoras móveis, a negociação agora é sobre o ritmo dessa mudança. O próprio governo e a Anatel não escondem que a intenção é licitar essa fatia do espectro o quanto antes, de preferência ainda na primeira metade de 2014. As emissoras de televisão alegam que o prazo é muito curto.  A questão é eminentemente financeira: quanto vai custar e quem vai pagar.
Nesta terça-feira, 9/7, diante de senadores da comissão de Ciência e Tecnologia, as teles fizeram a defesa de praxe da importância da banda larga móvel e do desejo das empresas no Brasil se aproximarem do modelo norte-americano, efetivamente o país que utiliza os 700 MHz para a oferta do 4G.
As emissoras de TV, porém, insistem nos problemas de interferência já verificados em testes, como os realizados na Europa e, principalmente, no Japão. “A situação é grave e ainda não tem solução, que precisa ser técnica. Por isso é fundamental que não se tome providências sobre os 700 MHz antes dos estudos”, sustentou o diretor de planejamento e uso do espectro da Abert, Paulo Balduino.
E é aí que parece residir a principal diferença atual. Existe uma aparente prerrogativa de que as teles móveis, ao adquirirem pedaços da faixa, custeiem a “limpeza” do espectro e, ainda, as medidas necessárias para mitigar os problemas de interferência. Mas as operadoras já demonstraram clara resistência a essa ideia. As TVs querem que isso fique claro já no edital.
E com detalhes. Para que não haja margem à discussões depois do leilão, o pleito é de que o edital dos 700 MHz já descreva quais as soluções a serem adotadas para enfrentar as interferências, quanto elas vão custar, como será o procedimento de pagamento pelas teles e o prazo para a implementação das medidas. “Senão, depois será alegado que não estava na conta”, resume Balduino.
As emissoras de TV têm na memória a audiência pública que a Anatel realizou há três meses para discutir a destinação da faixa de 700 MHz. “Não é adequado considerar que os custos de transição sejam financiados direta ou indiretamente pelas operadoras”, sustentou, então, o gerente de processos normativos da Oi, Luiz Catarcione. Praticamente as mesmas palavras foram repetidas pelas demais.
A agência garante que o custeio da migração é ponto pacífico. “Já foi decidido que os novos entrantes, quem vencer o leilão, vão custear a migração dos que hoje ocupam os canais 52 a 69. Questões de interferência e filtro terão que ser calculadas também para serem financiadas por quem está entrando na faixa”, afirmou o presidente da Anatel, João Rezende.
Diferentemente do que defendem os radiodifusores, no entanto, Rezende acredita que uma citação genérica sobre essa questão no edital será suficiente para atender o objetivo. “O edital vai dizer que a operação da radiodifusão deve ser preservada e os problemas de interferência solucionados”, explicou o presidente da Anatel.
Outra diferença é que as TVs não acreditam ser possível concluir estudos aprofundados sobre a interferência do 4G na radiodifusão no cronograma aventado pelo Minicom e pela agência: a Anatel espera ter o edital pronto até o fim deste ano. Também diante dos senadores, João Rezende defendeu uma destinação rápida às teles móveis.
“As metas da banda larga rural são de 30% dos municípios até meados de 2014, 60% em dezembro e todas até junho de 2015. Mas a cobertura rural pode ser antecipada se tivermos os 700 MHz, assim como as obrigações de cobertura 3G em todo o Brasil, por enquanto previstas para irem até 2018”, afirmou.

Fonte: Convergência Digital

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jul 04

TV Digital: Você já digitalizou a SUA televisão?

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A proposta da coluna #DigitalTV aqui no blog #SerMídia é pontuar um espaço importante para o meu principal objeto de estudo: a TV Digital Brasileira. Assunto que venho me dedicando deste 2008, quando ingressei no mestrado em televisão digital da UNESP, em Bauru, São Paulo. Não vou me deter aqui a experiência do mestrado, quem sabe num outro post =], mas quero chamar a sua atenção leitor para um tema que está sendo pouquíssimo discutido na mídia, e que aos poucos vem alterando um dos nossos veículos de comunicação de massa mais observados, consumidos, utilizados: a TV.

Muitas pessoas por aí afirmam que a televisão digital no Brasil não vingou, não está dando certo, não está acontecendo, enfim…! Entretanto, afirmo seguramente que quem tem essas opiniões, infelizmente, vive na ignorância e desconhece a profusão de acontecimentos que vem norteando a digitalização da televisão brasileira já desde a década de 90 no Brasil.

Para você ter uma noção, listo abaixo alguns aspectos que foram gerados pelo longo processo de digitalização da televisão brasileira:

· Questões políticas, econômicas e sociais que levaram a escolha do padrão japonês ISDB-T para transmissão digital no Brasil;

· Pesquisas científicas realizadas para a criação de um sistema próprio de transmissão do sinal digital, o SBTVD-T – Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre.

· Decreto 5820 / 2006 – assinado pelo então Presidente Lula – dispositivo que instituiu o SBTVD-T; TODAS as emissoras e retransmissoras de TV do Brasil passaram a ser obrigadas a realizar a mudança de modelos de transmissão e por um período transmitir simultaneamente os sinais analógicos de TV (esse que vc já está acostumado através da antena VHF) e realizar as adequações necessárias para a transmissão do sinal digital, com base no sistema brasileiro;

· Inclusão do conversor digital nos aparelhos de tv, assim como a inclusão do middleware Ginga para interatividade, o que vem dando muito trabalho à indústria de aparelhos eletrônicos;

· Desenvolvimento de conteúdos interativos em nível acadêmico para testes de conteúdos e recepção, assim como trabalhos de pesquisa e desenvolvimento por parte das emissoras de TV, no sentido de observar as novas tecnologias e pensar em modelos de negócios que possam agregar esses serviços comercialmente à televisão;

· Estudos teóricos e práticas de atividades relacionadas ao planejamento, roteirização, captação e edição com foco nas potencialidades geradas pela tecnologia digital de transmissão de tv;

· Etc , etc , etc… é bem looongaaa esta lista!

A TV digital brasileira está em processo de implantação desde dezembro de 2007, quando foi lançada oficialmente no país, a partir de São Paulo. Atualmente, mais de 500 cidades brasileiras possuem emissoras que investiram em equipamentos adequados à digitalização e estão disponibilizando simultaneamente aos telespectadores os sinais analógicos e digitais. O prazo inicial para a mudança determinado pelo Ministério das Comunicações era 2016, quando os antigos canais seriam devolvidos ao órgão. Porém este ano, o governo anunciou que irá iniciar o processo de ‘desligamento’ do sinal analógico já em 2015, tudo será gradativo, outro dia publiquei post sobre essa notícia aqui.

Para VOCÊ, na prática, essa devolução do sinal analógico significa o seguinte: se você mora numa cidade em que as emissoras já estão transmitindo TV digital (verifique!), você terá que se adequar, ou seja, ter um aparelho de TV com o conversor digital e instalar uma antena UHF para receber o sinal digital no seu receptor. Caso contrário, já que o sinal antigo será devolvido, você ficará sem acesso à televisão aberta, isso mesmo, você vai ligar a sua TV e a telinha permanecerá escura, sem qualquer visualização das programações transmitidas pelas emissoras!!!
Num país com mais de 190 milhões de pessoas, em que a televisão está presente em 95% dos domicílios, segundo o censo 2010 do IBGE, fica evidente que pensar a digitalização da TV é também uma questão política e econômica, que vai render ainda muitos embates! Resta saber até quando as discussões acerca da televisão brasileira, sua transmissão digital, assim como sua qualidade (ou falta de) ficarão restritas aos fóruns fechados em entidades políticas ou nos meios virtuais? A partir de quando a imprensa especializada em comunicação e tecnologia digital vai voltar seu foco para este assunto que certamente deverá pegar muita gente de surpresa? Veremos!

Fonte: Nominuto

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jun 14

TV Digital: Ministério calcula que 8 milhões de domicílios devem ser alvo de subsídio

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Diante da antecipação do cronograma de desligamento do sinal analógico, o Ministério das Comunicações procura estimar a quantidade de lares que não estariam preparados para captar o sinal de TV digital.

De acordo com o secretário de Comunicação Eletrônica do Minicom, Genildo Lins, a indústria informa que já foram vendidos entre 30 milhões e 40 milhões de TVs digitais – o número de conversores é ínfimo, segundo ele. Considerando casos de dois televisores ou mais em cada domicílio, para o Minicom aproximadamente 20 milhões de residências ainda não têm o equipamento.

Segundo Genildo, a indústria estima que vai vender 12 milhões de TVs digitais até a Copa do Mundo, por isso “teríamos que nos preocupar com 8 milhões de domicílios, no máximo”. Essa conta, vale dizer, considera o País todo, mas o desligamento não será mais efetuado de uma vez só em 2016. O Minicom já acertou com a presidenta Dilma Rousseff a flexibilização do calendário para começar o switch-off em 2015 e terminar em 2018.

O cronograma em si será publicado em portaria do Minicom, assim que sair o decreto que altera o Decreto 5820/2006 que instituiu o Sistema Brasileiro de TV Digital e estabeleceu o fim do sistema analógico para dez anos depois. Conforme antecipado por este noticiário, o desligamento será iniciado por Brasília em março de 2015, depois São Paulo em abril e Rio de Janeiro em maio. O desligamento de todas as capitais será feito em 2015, informa o secretário.

Financiamento

O governo estuda formas de financiamento dos aparelhos para a população de baixa renda. Um dos caminhos é incluir a TV digital entre os produtos que podem ser adquiridos no Financiamento “Caixa Móveis” para os beneficiários do Bolsa Família. Um produto que custa R$ 800, segundo Genildo Lins, teria uma prestação entre R$ 24 e R$ 26 em 48 meses.

Fonte: Tela Viva

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jun 07

TV Digital: Radiodifusores pedirão ao governo que inclua recepção de TV e FM na política de smartphones

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As empresas de radiodifusão devem se reunir na próxima semana com o ministro Paulo Bernardo para pedir formalmente para que o governo reveja a política de desoneração de smartphones e estímulo à produção de celulares no Brasil de modo a incluir medidas que garantam a recepção dos serviços de radiodifusão, tanto TV digital quanto a recepção de rádio AM e FM. Segundo fontes do mercado de radiodifusão ouvidas por este noticiário, o governo falha em não fomentar a recepção aberta e gratuita do padrão de TV digital brasileiro, o SBTVD, que prevê a mobilidade. Uma vez que uma das características previstas em decreto do SBTVD é a mobilidade, o governo deveria trabalhar junto aos fabricantes de telefones móveis para assegurar esse serviço à população.

Em relação à recepção dos sinais das emissoras de rádio, os radiodifusores enxergam um caminho até mais curto: entendem que boa parte dos dispositivos (não só smartphones) vendidos no Brasil já teriam essa capacidade, mas as empresas fabricantes de handsets simplesmente não ativam a função. A solicitação dos radiodifusores irá também nesse sentido.

Vale lembrar que a Portaria Interministerial MCT/MDIC 245 de 2011 já prevê a inclusão da capacidade de recepção da TV digital em 5% dos telefones produzidos no Brasil dentro do Processo Produtivo Básico a partir de 2013. Mas os radiodifusores entendem que os fabricantes estão, por meio de brechas nessa portaria, contornando a obrigação. Também avaliam que é muito pequeno o percentual, considerando-se que é interesse do governo fomentar a adoção da TV digital, até para que o espectro de 700 MHz possa ser liberado.

Fonte: Tela Viva

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maio 28

Ginga: Futuro do Ginga depende das emissoras, dizem especialistas

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A partirdo ano que vem, 90% dos televisores produzidos na Zona Franca de Manaus deverão incluir o Ginga, plataforma de interatividade do sistema brasileiro de TV digital. Mas essa obrigatoriedade, por si só, não garante o sucesso do sistema, dizem especialistas ouvidos pela Folha. Para boa parte deles, o Ginga tem sido subutilizado, e seu futuro está na mão das emissoras de TV.

“As emissoras estão utilizando o Ginga e produzindo para ele”, afirma Valdecir Becker, professor da Faap e da Anhembi Morumbi com experiência em pesquisa para TV digital. Mas o conteúdo atual é simples demais em relação ao que a tecnologia oferece, limitando-se basicamente a “informações complementares à programação, como tabelas, fotos, sinopses e enquetes, nada muito complexo”.

“Se você perguntar às emissoras, elas vão dizer que são Ginga desde criancinha”, diz um dos criadores da plataforma, Luiz Fernando Gomes Soares, da PUC-Rio. “Mas o que vemos é pouco investimento no desenvolvimento de aplicativos.” O futuro do Ginga, afirma, “dependerá muito da postura dos radiodifusores”.

Segundo o consultor Aguinaldo Boquimpani, que participou da normatização do sistema, os canais de TV “não têm ideia, por exemplo, de que poderia haver aplicações Ginga similares ao Netflix, ao Now da Net ou ao Muu da Globosat”. “O principal obstáculo para o sucesso da plataforma é o não engajamento das emissoras”, diz ele, e uma divulgação maior poderia incentivar “empresas de marketing, publicidade e serviços a buscar o potencial do sistema e desenvolver soluções criativas”.

“Essa divulgação tem que vir do próprio radiodifusor”, diz Flávio Lenz, assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações. Ele acredita que o mercado em torno do Ginga evoluirá, levando ao surgimento de “killer apps” (“aplicativos matadores”, termo usado para se referir a apps de grande apelo e sucesso). “É natural que o começo seja um pouco tímido.”

SEGUNDA TELA

Becker não é tão otimista. Ele acredita que o uso do Ginga pelas emissoras crescerá, mas de uma maneira limitada. “Há outras tecnologias muito melhores para a interatividade, mais acessíveis e fáceis de usar. [O Ginga] era uma ferramenta de ponta em 2007. (…) Hoje continua muito similar, com poucas novidades incorporadas à norma. Isso o torna um pouco obsoleto frente aos smartphones, aos tablets e aos computadores.” Para Becker, “a interatividade está acontecendo de fato via segunda tela”, ou seja, por meio de dispositivos móveis.

“O Ginga tem [suporte a] segunda tela desde 2007”, defende Soares. “A segunda tela que está aí não é sincronizada, é a pior possível. Com o Ginga você consegue fazer muito mais.”

É nisso que aposta a Totvs, que tem investido em soluções compatíveis com a plataforma. David Britto, diretor de TV digital da empresa, acredita que é com a segunda tela que “o Ginga vai ganhar popularidade”.

Boquimpani vê a plataforma como “uma das soluções possíveis” para a integração da TV com a segunda tela, mas reforça o papel dos radiodifusores: “A materialização desse potencial (…) depende do engajamento das emissoras de TV”.

Becker acha que o investimento não vale a pena. “O que se pensou para a segunda tela com o Ginga ficou muito defasado comparado com os aplicativos desenvolvidos recentemente.”

“Eu apoiaria uma revisão para modernizar o sistema”, diz Eduardo Brandini, vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, que tem investido separadamente no Ginga e em aplicações para a segunda tela. “Hoje o telespectador que quer interação [com a TV] já está com outra tela na mão, e a experiência dele é melhor com essa segunda tela.” A TV Cultura acredita no Ginga, afirma o executivo, mas o sistema precisa evoluir.

Mais contido, o diretor-geral de engenharia da TV Globo, Fernando Bittencourt, diz que a emissora “está atenta às novas possibilidades de interatividade com o Ginga e com a segunda tela” e que incentiva a TV digital como plataforma de interação.

Fonte: Folha

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maio 16

Faixa 700 MHz: Minicom cancela editais de TV para evitar congestionamento na faixa de 700 MHz

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O Ministério das Comunicações publicará nesta quinta, 16, o cancelamento de três editais de radiodifusão. A medida, para além de um procedimento trivial, é uma clara sinalização de um esforço para viabilizar o espectro na faixa de 700 MHz para a banda larga móvel. Segundo o secretário de radiodifusão do ministério, Genildo Lins, serão canceladas as licitações nas cidades de Arapiraca/AL, Irará/BA e São Mateus/ES, de 2009. As cidades estavam previstas pela Portaria 186, de 22 de abril de 2009, assinada pelo ex-ministro Hélio Costa, que contemplava licitações de TV em nove cidades, mas apenas estas estão sendo canceladas porque os resultados ainda não foram homologados.

São cidades importantes nos seus respectivos Estados e, segundo Lins, estavam enquadradas no conjunto de cidades consideradas mais críticas em termos de disponibilidade de espectro pelo Minicom e onde havia condições jurídicas de cancelamento para cumprir a nova política do governo. São os editais 061/2009 (Arapiraca), 062 (Irará) e 064 (São Mateus).

Segundo a avaliação do ministério, liberar novas outorgas de radiodifusão significaria complicar ainda mais a liberação da faixa de 700 MHz. “Estamos comprometidos em assegurar que a limpeza da faixa prevista na política do ministério das Comunicações possa ser feita sem maiores complicações”, diz Lins. Ele explica que já foi pedida pelo ministro Paulo Bernardo uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para detalhar o decreto que estabelecerá o cronograma de desligamento da TV analógica, antecipando algumas praças e alongando o prazo para além de 2016 em outras. O ministério também aguarda a conclusão dos estudos técnicos da Anatel sobre a ocupação do espectro em cada cidade, mas está se antecipando e revertendo ocupações já planejadas da faixa onde pode haver problemas, como é o caso das três cidades objeto dos editais.

Mas o cancelamento de editais será, politicamente, um movimento ousado do governo, porque na maior parte dos casos a licitação estava em fase avançada, aguardando apenas os vencedores. Segundo fontes do mercado de radiodifusão, em Arapiraca, Alagoas, o grande interesse no canal seria da família Collor.

A decisão do Minicom de suspender uma licitação de TV em curso é emblemática, pois foi a primeira vez que, precisando optar entre priorizar a expansão do mercado de radiodifusão e garantir o espaço para a banda larga móvel, ficou com a segunda alternativa.

Fonte: Tela Viva

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maio 16

Faixa 700MHz: 4G em 700MHz só depois que não houver interferência na TV

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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira, 14/5, que não haverá liberação do 4G em 700 MHz enquanto existirem problemas de interferências nas transmissões e recepções da radiodifusão. O problema, maior do que o inicialmente previsto, foi demonstrado em um estudo japonês realizado para a União Internacional das Telecomunicações. 

Nesse estudo, que as emissoras de TV levaram à Anatel na semana passada, o Japão calcula que serão necessários R$ 6 bilhões para mitigar as interferências naquele país. Por aqui, três estudos – da Anatel, das tevês e das teles – deverão indicar o tamanho do problema no Brasil.
Questionado sobre o estudo, o ministro tranquilizou as emissoras. “Nosso compromisso é implantar o 4G sem qualquer interferência. Se precisar, vamos aumentar as bandas de guarda ou adotar outras medidas necessárias”, afirmou Bernardo.

Ao lembrar do custo previsto pelos japoneses, no entanto, o ministro sustentou que é preciso aguardar os mencionados estudos brasileiros. “O nosso sistema não é igual ao do Japão. Ele foi modificado”, alegou, sustentando que o ISDB – o padrão japonês de TV digital adotado no Brasil – foi alterado antes de ser implementado. De acordo com dados do mercado brasileiro, as cidades onde há a questão da interferência em maior grau são Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.

Fonte: FNDC

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maio 13

Faixa 700 MHz: 4G poderá atrapalhar transmissão de TV

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Testes com o modelo de TV Digital japonês indicam alta interferência se o 4G for adotado na frequência de 700 MHz.

Por ter adotado um modelo de TV Digital semelhante ao japonês, o Brasil pode ter de pagar mais caro para adotar a tecnologia de telefonia e banda larga móvel de quarta geração (4G) na faixa de 700 mega-hertz (MHz) a partir do próximo ano. Testes realizados no Japão – país que só adotará o 4G nessa frequência em 2015 – mostram uma alta interferência da tecnologia nas transmissões de TV.

Um extenso relatório com os resultados dos testes foi apresentado ontem pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) ao presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende. O órgão regulador pretende leiloar até abril de 2014 parte da frequência de 700 MHz no Brasil para empresas de telefonia, e por isso antecipou em algumas regiões a migração dos canais de TV que ocupam a frequência. Por outro lado, a agência adiou a transferência em localidades onde a digitalização deve demorar mais.

Embora interferências também tenham sido registradas em outros modelos de TV Digital, o relatório japonês conclui que a convivência entre as duas tecnologias é inviável sem a realização de diversas – e custosas – adaptações.

“O governo japonês estima um custo de US$ 3 bilhões para resolver os obstáculos de interferência nas transmissões. Essa notícia caiu como um meteoro no ambiente de radiodifusão”, disse o diretor de uso e planejamento de espectro da Abert, Paulo Ricardo Balduíno.

Como a tecnologia “pura” do 4G é incompatível com as transmissões japonesas de TV Digital, os japoneses precisaram instalar filtros não apenas em antenas e equipamentos de transmissão de telefonia como também nos televisores. “Todos os aparelhos nas casas das pessoas e as novas TVs precisarão ser adaptados. Isso certamente terá um preço”, disse Balduíno.

Testes. Diante do alarme, tanto empresas radiodifusoras quanto as de telecomunicações e a própria Anatel iniciaram testes com o modelo brasileiro para descobrir o tamanho das adaptações necessárias para o uso do 4G em 700 MHz no País.

A quarta geração na faixa de 2,5 giga-hertz (GHz) começou a ser comercializada em cidades brasileiras e não oferece risco às transmissões de TV. Na avaliação da Abert, essa seria a melhor opção para uso em locais densamente povoados, a exemplo do que ocorre no Japão.

Fonte: Estadão

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mar 01

TV analógica: Falta de licença atrasa migração de emissoras, diz fabricante

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A maioria dos governos superestimou a velocidade de migração da TV analógica para a TV digital”, diz Harris Morris, presidente Harris Broadcast Communications, explicando que não estranha que o Brasil já trabalhe com a hipótese de não conseguir fazer o switch off da TV analógica em todo o território dentro do prazo estipulado. No entanto, o executivo diz que alguns clientes radiodifusores apontam a dificuldade em transmitir digitalmente por falta de licença para isso. “Alguns radiodifusores já estão com a estação montada, mas não podem começar a transmissão digital comercial por falta de licença”, complementa Felipe Luna, diretor regional da Harris Broadcast no Brasil.

Fonte: Tela Viva

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