ago 26

Duas entidades internacionais ficarão responsáveis pela harmonização, normatização, evolução e regulamentação do padrão ISDB-T. Uma será o Fórum Internacional do ISDB-T, formado por agentes da iniciativa privada de cada um dos países onde a norma de TV digital foi adotada. A entidade, responsável pelas normas técnicas, será presidida primeiramente pelo representante brasileiro, o presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, Frederico Nogueira.

A segunda entidade é o Congresso Permanente da TV Digital Aberta, formado por representantes dos governos dos países onde o padrão ISDB-T foi adotado. A entidade, onde devem haver discussões e resoluções relacionadas a governo eletrônico, entre outras questões, será presidida primeiramente pela Argentina.

Os comandos das duas entidades devem ser trocados anualmente, sendo que os próximos presidentes serão escolhidos em março de 2011, no Chile. A decisão pela formação de duas entidades foi tomada em encontro durante o Congresso da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão), que acontece esta semana, em São Paulo.

Norma única
O encontros das entidades internacionais de TV digital já começam com duas disputas envolvendo Brasil e Argentina. Uma se refere à interatividade. O governo argentino vem apontando que deve adotar o middleware Ginga NCL-Lua, sem a camada Java adotada no Brasil. Os argentinos estariam relutantes em pagar royalties a uma empresa norte-americana. Vale lembrar que pelas negociações feitas entre Brasil e a Sun, antiga detentora do Java, será cobrado apenas o valor referente ao Java Engine, incapaz de influenciar nos preços dos equipamentos receptores de TV.

O governo brasileiro teme que com isso se feche o potencial mercado internacional de software criado com a massificação do middleware desenvolvido no Brasil em parceria com a Sun.

Outra questão é em relação ao modelo de adoção do padrão digital por parte da população. A Argentina optou por distribuir caixas receptoras a uma parcela significativa da população desde o início da implementação do padrão. Já os fabricantes brasileiros estão se esforçando para criar um mercado de receptores e televisores com recepção embutida e vê na inciativa argentina uma ameaça a este mercado e à pluralidade de modelos de equipamentos, com diferentes características. O governo, por outro lado, trabalha para desenvolver um set-top popular e que permita aplicações interativas.

Fonte: Tela Viva

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ago 24

Governo e fabricantes avançam no projeto do set-top popular

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Representantes do governo e empresas fornecedoras de equipamentos de consumo reuniram-se nesta segunda, 23, para discutir o projeto do set-top popular para TV digital. O projeto pretende levar ao consumidor ao custo de R$ 200 um set-top convergente, com capacidade para aplicações interativas e bidirecionais, além da recepção de sinais de TV digital em alta definição.

Mais do que um set-top, o governo trabalha com a perspectiva de que o aparelho funcione como um “media center” popular, com possibilidade de acesso a serviços interativos das emissoras de TV e aplicações de governo eletrônico, além de servir como um modem de acesso à Internet para o Plano Nacional de Banda Larga. Participaram desta primeira reunião representantes do BNDES, Ministério do Desenvolvimento, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério das Comunicações, Casa Civil e ainda Caixa Econômica e Banco do Brasil. A demanda colocada pelo governo foi para um receptor full HD, com 128 Mb de memória flash e 256 Mb de RAM, browser nativo, modem de banda larga (inicialmente ADSL) e middleware Ginga completo instalado. As primeiras empresas interessadas em oferecer o produto apresentaram uma planilha de custos iniciais, com valores próximos do que quer o governo (R$ 240). A segunda etapa do projeto envolve agora negociações com o BNDES para financiamento e com a Fazenda para reduções tributária e concessão de incentivos de produção até que se chegue ao preço alvo ao consumidor, de R$ 200.

O set-top popular terá aplicativos residentes dos radiodifusores e aplicativos desenvolvidos por diferentes órgãos do governo, trabalho que será coordenado com a Casa Civil junto aos diferentes ministérios que possam ter serviços a oferecer ao cidadão (Cultura, Educação, Saúde etc). Também está aberta a possibilidade de que aplicativos de terceiros possam rodar no set-top.

Essas reuniões acontecerão até 8 de outubro, quando está agendada uma segunda rodada de conversas interministeriais para fechar o projeto do set-top popular. Segundo André Barbosa, assessor especial da Casa Civil e um dos responsáveis pelo projeto, a ideia, por enquanto, é manter o set-top restrito a aplicações de banda larga e TV digital aberta, mas nada impede que no futuro os próprios fabricantes busquem alternativas para preparar as caixas para serviços pagos que poderiam ser incorporados ao set-top, caso o consumidor deseje.

A proposta do governo é que o set-top esteja no mercado até abril de 2011 e fique disponível até junho de 2013 pelo menos, que é o prazo final para que a TV digital tenha cobertura de 100%. Com isso, prevê André Barbosa, ajuda-se a expandir a base de pessoas com acesso à TV digital até a Copa de 2014 e haverá uma inversão no processo, com a interatividade e os serviços bidirecionais chegando antes ao mercado e ajudando a TV em alta definição a se massificar. Do contrário, seria necessário aguardar anos até que o parque de televisores seja renovado e que as aplicações interativas estejam embarcadas nas TVs. “Os set-tops são equipamentos mais baratos, que podem ser facilmente trocados por versões mais modernas a cada dois anos, como as pessoas fazem com o celular”.

Até agora, os grupos que mostraram mais interesse em fabricar o set-top popular são a Positivo, Visiontech, STB, Totvs e outras menores, mas todos os fornecedores serão chamados para conversar. As empresas querem tentar com o governo desoneração de PIS, Cofins e impostos de importação dos insumos de produção. É isso que será tratado nas próximas reuniões com o Ministério da Fazenda.

Fonte: Tela Viva

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ago 20

Canal de retorno da TV Digital ainda depende da indústria

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Para o Coordenador da Secretaria-Executiva do Comitê Gestor de Inclusão Digital, Nelson Fujimoto, a discussão do canal de retorno da TV Digital no âmbito do PNBL será assunto que não deverá se resolver antes de 2016.

Isso porque, segundo ele, o governo ainda espera sensibilizar os fabricantes para a questão dos conversores digitais, além da interatividade e de outros equipamentos para a transmissão.

Acompanhe esse trecho do debate sobre o PNBL no III Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi 2010) na CDTV do portal Convergência Digital.

Fonte: Convergência Digital

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ago 16

O Comitê Gestor da ICP-Brasil solicitou que a Comissão Técnica da ICP-Brasil (COTEC) estude a criação de alternativas para o uso de certificados digitais na TV Digital. O encaminhamento foi feito em resposta ao Fórum Brasileiro de Televisão Digital (SBTV) que aposta na assinatura digital dos códigos dos aplicativos de interatividade desenvolvidos por diversas empresas como forma de garantir a autoria e a responsabilidade civil.

Uma das propostas a ser avaliada pela COTEC será a criação de uma cadeia de certificação específica para a TV Digital, pois as existentes demandam banda maior do que a disponível para as transações. Na reunião do Comitê Gestor, realizada no último dia 10, foi deliberado também que a COTEC crie um grupo de trabalho para estudar a gestão e os certificados de atributos. O prazo dado fica até o início de novembro para que a COTEC apresente os resultados destes trabalhos para o CG-ICP.

Também foi aprovada a proposta para alteração do DOC – ICP -03, que trata dos critérios e procedimentos de entidades integrantes da ICP-Brasil, modificando os critérios de avaliação financeira e econômica utilizados para autorizar, ou não, a continuidade das atividades ou o credenciamento de novas empresas na ICP-Brasil. O patrimônio líquido das empresas também foi aumentado para R$ 2,5 milhões para Autoridades Certificadoras de primeiro nível, R$ 1 milhão para as ACs de segundo nível e permaneceu em R$ 100 mil para as Autoridades de Registro. As alterações serão publicadas no Diário Oficial da União.

Fonte: Convergência Digital

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ago 16

TV digital e internet serão convergentes e complementares no Brasil

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O assessor especial da Presidência da República para a área de políticas públicas em Comunicação, André Barbosa, disse que a TV digital não concorrerá com a internet no Brasil, ao contrário do que está ocorrendo na Europa e nos Estados Unidos.

Segundo ele, no Brasil essas tecnologias serão convergentes e complementares.

“O Brasil adotou uma posição diferente da que vem sendo praticada em países europeus e nos Estados Unidos, que é a de dar fim à comunicação aberta e de estimular as TVs pagas”, disse Barbosa à Agência Brasil.

“Eles vêm, ainda que aos poucos, caminhando no sentido de pôr fim à comunicação aberta e gratuita. E acreditam que, no futuro, internet e televisão se fundirão até se tornarem a mesma coisa. Nós não pensamos assim,” prosseguiu.

Convergentes e complementares

“Broadcasting [TV] e banda larga [internet] não são a mesma coisa. Uma coisa é você fazer uma conexão que parte de um ponto específico e vai para todos os demais pontos. Outra coisa é você conectar um ponto a outro. Essas tecnologias podem até assimilar recursos uma da outra, mas não têm como se tornarem a mesma coisa, até porque a internet não vai substituir a produção audiovisual das TVs, que tem por base o cinema,” prevê Barbosa.

Ele disse ainda que a tecnologia nova não vai substituir a antiga porque elas podem ser convergentes e complementares. “Ao ser integrada à banda larga [na forma como o padrão adotado pelo Brasil], as TVs digitais passarão a ser também uma ferramenta de inclusão digital bastante eficiente por já estarem presentes em diversos lares”.

Fonte: Inovação Tecnologica

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Fonte: Olhar Digital

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ago 10

Apesar de apostar em novos modelos de serviços – está desenvolvendo aplicativos para unir a TV tradicional aos novos dispositivos móveis – a operadora não prevê, num curto prazo, a incorporação do ginga, o middleware da TV digital, no seu conversor. Uma das justificativas é a falta de padronização.

“Estamos conversando com o Fórum SBTVD e temos que levar para o nosso assinante todas as facilidades da TV aberta, e o ginga será uma delas mais à frente, com a interatividade, mas é preciso trabalhar mais para termos uma interface de software mais amigável, além de outras questões voltadas à incorporação dele ao nosso conversor”, detalhou Márcio Carvalho, diretor de Serviços da Net, durante a ABTA 2010, evento que acontece na capital paulista.

O executivo informou ainda que participa de reuniões com o Forum SBTVD para tentar alinhavar uma estratégia comum para fomentar o uso do Ginga nos conversores da Net. Indagado se a ida da operadora para o desenvolvimento de novos aplicativos, entre eles, a possibilidade de o assinante levar a programação da TV para diferentes dispositivos, como o iPad, o iPhone e outros smartphones, não seria já uma frente para evitar a perda de assinantes para a TV aberta, com o SBTVD, o padrão nipo-brasileiro de TV, Carvalho disse que a competição é salutar e chegará, principalmente, nas classes de menor poder aquisitivo.

“O HD foi e é um diferencial, como já o foi ter uma imagem de ótima qualidade. Serviço será sempre o melhor caminho e o nosso projeto prevê, inclusive, a oferta de produtos por meio da computação em nuvem. O grande desafio, agora, além de reunir a tecnologia é o de estabelecer um modelo de negócio que o viabilize e tenha um preço que atraia o consumidor”, pondera.

Sobre os aplicativos integrando a TV com dispositivos móveis, Carvalho não quis estimar um tempo para a realização de pilotos. “É preciso cautela com esses serviços. Acredito que se tudo correr dentro do previsto, em um ano possamos começar a deixar o caráter experimental e passar para testes práticos, com consumidores”, completa Márcio Carvalho.

Fonte: Convergência Digital

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ago 03

Argentina subsidia desenvolvimento de aplicativo

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Disposta a ter influência no mercado de soluções para o  SBTVD, o padrão nipo-brasileiro para TV Digital, o governo da Argentina investe no fomento da área de software, com atenção especial para as pequenas e médias empresas desenvolvedoras de soluções. O aporte liberado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia foi de US$ 77 milhões.

De acordo com as informações oficiais, as propostas das empresas interessadas em obter o financiamento podem ser encaminhadas ao governo até o dia 20 de outubro. O subsídio cobrirá até 50% do custo com o desenvolvimento de aplicações. O edital, batizado de Fonsoft TVD 2010, é patrocinado pela Agência Nacional de Promoção Científica e Tecnológica.

Um diferencial da iniciativa é a possibilidade de empresas interessadas se associarem para elevar o montante a ser recebido, desde que esse valor não ultrapasse a marca de US$ 153 milhões. Também poderão ser apresentados mais de um projeto. Vale lembrar que a Argentina está fomentando o desenvolvimento do Ginga NCL.

No final desse mês, inclusive, durante o SET 2010, na capital paulista, há a intenção do Brasil de liderar uma harmonização do desenvolvimento do Ginga, o middleware de interatividade para a TV Digital no SBTVD. Desde que optou pelo padrão nipo-brasileiro, a Argentina desencadeou uma série de políticas para obter um lugar de destaque no cenário de fornecimento de tecnologia. O país, por exemplo, subsidia a produção de conversores de sinais.

Fonte: Convergência Digital e NexTV Latam

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jul 11

O Módulo Técnico do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital já está debruçado sobre mais uma tarefa primordial para a implantação de TV Digital interativa no país: a especificação da suíte de testes para certificação de receptores interativos, de modo a garantir compatibilidade e interoperabilidade.

“Nossa meta é ter o primeiro esboço da suíte de testes pronto para ser submetido ao Conselho Deliberativo do Fórum em três a quatro meses, a contar de hoje. Uma vez aprovado o esboço, começa o trâmite normal para aprovação e publicação da especificação padrão pela ABNT”, afirma Ana Eliza Faria e Silva, coordenadora do Módulo Técnico, lembrando que essa meta atende a um cronograma agressivo, diante da complexidade do trabalho. Segundo ela, só a documentação da suíte de teste do módulo NCL já tem mais de mil páginas. Comparada à norma, que tem cerca de 300 páginas, dá para ter uma noção de como é um trabalho muito mais detalhado.

Desde o ano passado, o Módulo Técnico vem trabalhando no desenvolvimento dessa especificação. Há um grupo de trabalho constituído, com presença de representantes dos segmentos de recepção, radiodifusão e software em sua estrutura, uma metodologia e tarefas definidas.

E, embora a redação da especificação exija algum esforço, não é nada se comparada às discussões que já começam a acontecer sobre o que fazer com ela. Vai virar código base? Um produto do próprio Fórum SBTVD, que não comporta hoje, em sua constituição, um investimento financeiro dessa magnitude? Um produto entregue pelo Fórum SBTVD a uma instituição certificadora independente, para emissão de um selo de conformidade? Ou a um consórcio, como acontece hoje com a certificação MHP no âmbito do Consórcio DVB?

Há quem defenda a tese de que cada fabricante seja responsável pelo desenvolvimento de sua própria implementação da suíte de testes, a partir da especificação criada pelo Fórum. Há interesse de algumas empresas de software em transformar essa suíte em mais um produto. Mas há que, dentro do próprio Fórum, veja aí um conflito de interesse, principalmente entre as empresas que já vendem hoje implementações do próprio middleware.

“Do ponto de vista técnico, o ideal é que o desenvolvedor da suíte de teste não tenha qualquer relação com o desenvolvedor do middleware”, argumenta Ana Eliza, quando provoco. “Mas isso é uma outra discussão, que cabe ao Conselho Deliberativo”, completa, lembrando que nas últimas deliberações do Conselho ficou claro a necessidade de se ter a especificação da suíte de testes o mais rápido possível. Apenas isso.

“Há níveis de testes e de certificação que dependem dela. E caberá ao Fórum o encaminhamento ao mercado”, diz Ana Eliza, lembrando que o tema deverá ser um dos temas em discussão no próximo congresso da SET, marcado para o fim de Agosto, em São Paulo.

Fonte: IDG NOW

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jul 03

China produz conversor da TV digital brasileira por R$ 63, mas loja vende a R$ 250

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A Zinwell do Brasil, empresa que fornece equipamentos e soluções chinesas para os mercados de satélite, TV a cabo e TV terrestre, está importando da China septop boxes da TV digital por US$ 35, o modelo mais simples, sem o ginga. A notícia parece boa, já que o mercado brasileiro sofre com a falta de oferta desse equipamento a preço baixo, mas não é.

Essa é a opinião de industriais brasileiros e de formuladores de políticas públicas para o setor. Eles avaliam que o equipamento produzido a este preço não terá concorrentes no Brasil, o que dificultará, por exemplo, medidas de incentivos para que o conversor seja fabricado no país em larga escala, como pretende o governo.

Também não serve de alento para o consumidor, adianta o empresário, porque o produto está sendo vendido a mais de R$ 250 em uma grande rede varejista do país. “A comercialização prevê lucros estratosféricos, já que cada unidade sai a R$ 63”, disse o industrial.

Além do conversor próprio para o padrão nipo-brasileiro, de 6MHz, a empresa chinesa também vende o septop box de 8 MHz, que poderia ser usado na África, caso países daquele continente queiram aderir ao sistema.

Fonte: FNDC

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jun 22

Governo quer 15 milhões de conversores produzidos em três anos

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Embora o setor de eletroeletrônicos ainda se mostre reticente, o governo aposta em uma política para a produção de conversores para a TV Digital. A meta é a elaboração de um programa que incentive a fabricação de 15 milhões desses equipamentos entre 2011 e 2013. Na mesa, discussões sobre subsídios ou desonerações fiscais, inclusive sobre outros produtos, como forma de “sensibilizar” os fabricantes.

“Estamos plantando uma ideia para o futuro, não para o curto prazo, mas de médio prazo. É o começo de uma conversa com o objetivo de termos tipos diferentes de set top boxes no mercado, um deles com menor capacidade de processamento, mas que fique por algo como R$ 200”, conta o assessor especial da Casa Civil, André Barbosa.

Nesta segunda-feira, 21/6, Barbosa participou de reunião com empresários ligados à Eletros – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos – onde voltou a insistir na necessidade de conversores para que a TV Digital possa ser aproveitada pelos brasileiros mais pobres: ou seja, tentou convencer a indústria a não apostar somente na venda de televisores com os conversores embutidos.

“Queremos ter um programa para a produção de 15 milhões de set top boxes em três anos, a partir de 2011, voltados para os lares brasileiros das classes D e E. Vou conversar sobre isso no governo, na própria Casa Civil, nos ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia, além da Fazenda. O governo poderia dar subsídios, embora isso seja o menos provável, ou algum tipo de renúncia fiscal, mesmo que sob a forma de contrapartida em outros produtos”, explica o assessor da Casa Civil.

A compensação tributária em outros produtos foi uma ideia dos próprios empresários apresentada durante a reunião. Acontece que os fabricantes resistem à produção de conversores também porque acham que mesmo com os possíveis incentivos – da parte do governo federal os mais prováveis são desonerações de PIS e Cofins – o preço dos equipamentos não cairia abaixo dos R$ 200. Ainda que se chegue nesse valor, o governo teria que incentivar o varejo a vender os conversores em suaves prestações.

Barbosa deixou o encontro otimista, mas reconhece que os fabricantes ainda se dividem entre os que topam negociar – como teriam sinalizado Sony e Samsung – e aqueles que preferem manter a estratégia atual – caso de LG e Semp Toshiba. Mesmo assim, a indústria argumenta que falta demanda pelo produto, especialmente porque os radiodifusores ainda estão tímidos na programação digital, e mais ainda naquela com iteratividade.

A lógica por trás desse argumento é simples. Como os set top boxes têm margem de lucratividade menor, os fabricantes alegam que precisam de uma demanda forte para compensar os investimentos. E entendem que essa demanda não existe, ao menos por enquanto, porque a televisão ainda não tem muito o que oferecer em conteúdos para a TV Digital.

“Sabemos que para a coisa deslanchar é preciso três coisas: infraestrutura, o que virá em parte com a licitação da TV Pública, mas também esperamos ofertas pelas tevês privadas; cobertura, para que as pessoas recebam o sinal digital em suas casas; e conteúdo digital. Vamos investir nisso durante esse próximo ano e em meados de 2011 podemos ter um cenário diferente”, calcula André Barbosa.

Fonte: Convergência Digital

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