abr 13

Padrão chinês DMB é o que cobre o maior número de pessoas

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O padrão chinês de TV digital, o DMB, é o que conta com o maior número de usuários. Uma estimativa mostrada em encontro dos países que adotaram o padrão ISDB-T aponta que o padrão chinês conta com 1,3 bilhão de usuários potenciais. Em segundo lugar, está o padrão europeu, o DVB, que atinge 709 milhões de usuários, seguido do ISDB-T, que cobre 543 milhões de usuários. Por último está o padrão americano, o ATSC, com 512 milhões de usuários. O padrão nipo-brasileiro, no entanto, pode ampliar sua cobertura caso seja adotado em países africanos.

Roberto Franco, Presidente do Fórum SBTVD e do Fórum Internacional ISDBT, destacou que no caso do padrão nipo-brasileiro, há maior interoperabilidade entre as diferentes implementações. Segundo ele, a mesma compatibilidade não é encontrada entre os países que adotaram o DVB, europeu.

Fonte: Tela Viva

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abr 11

Brasil finaliza fase de testes de TV digital em Angola

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A primeira fase de testes demonstrativos do sistema ISDB-T em Angola foi finalizada. Com o objetivo de avaliar as características do sistema nipo-brasileiro de TV digital e suas qualidades técnicas e comerciais, um transmissor de 5 Kw da Televisão Pública de Angola (TPA), operando em largura de faixa de 8 MHz, foi testado entre os meses de dezembro de 2010 e fevereiro último na cidade de Luanda.

A primeira etapa de testes, findada no ano passado, tinha por objetivo planejar os ajustes necessários nos equipamentos de transmissão. Em testes preliminares, um exc itador ISDB-T da fabricante Linear, modulado em 6MHz, foi integrado ao transmissor da TPA para que técnicos pudessem avaliar o comportamento do equipamento de broadcasting e a área de abrangência do sinal.

Na segunda etapa, concluída em fevereiro, um excitador ISDB-T já ajustado para 8MHz foi integrado ao transmissor analógico da emissora pública. Testes de desempenho utilizando equipamentos de medida para avaliar parâmetros de modulação e fluxo de bits foram realizados para assegurar o funcionamento do sistema nas condições adequadas.

Ao final da segunda etapa, receptores de TV digital foram instalados em pontos de Luanda para que integrantes do governo daquele país, equipes técnicas e população de um modo geral pudessem conhecer e avaliar a tecnologia.

Em ambas as etapas a equipe brasileira, liderada por técnicos da Linear, ministrou treinamentos e workshops a técnicos da TPA e membros do Ministério das Telecomunicações e Tecnologia da Informação (MTTI).

 

Conclusões

O término da primeira fase de testes permitiu concluir que o padrão nipo-brasileiro de TV digital pode ser facilmente implementado em Angola. A conclusão, entretanto, não se restringe apenas à realidade daquele país. O resultado positivo abre um novo mercado para o padrão ISDB-T, uma vez que os canais de televisão no continente africano, a exemplo da Europa, ocupam 8MHz. Em toda a América Latina e no Japão, a banda de cada canal de TV é de 6MHz.

Além disso, em comunicado oficial do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), o Brasil assegurou estar “disposto a promover a transferência de conhecimento e tecnologia através da realização de testes demonstrativos do padrão ISDB-T”, acrescentando que a ação conjunta dos países será de grande importância no processo de definição do sistema adotado.

Participaram desta primeira fase de testes, além de Inatel e Linear, radiodifusores e membros do governo angolano.

Fonte: FNDC

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abr 04

Cercada de ceticismo, a interatividade avança

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Criticadas por vários setores do ecossistema de TV Digital por não estarem investindo em interatividades _ semana passada foi a vez do VP de telecom da Samsung, Silvio Stagni, debitar na conta delas o atraso da chegada ao mercado de terminais 1-seg e full-seg da fabricante já com o Ginga embarcado _ as emissoras de TV brasileiras demonstram claramente não estarem paradas.

Hoje a Rede Globo estreia a interatividade de mais uma novela, “Morde & Assopra” (*), enquanto a Band passa a transmitir a primeira aplicação interativa da TV brasileira da área de jornalismo, durante os horários de seus telejornais.

Até o fim de Abril, a Globo também se prepara para pôr no ar aplicações interativas dos programas “Caldeirão do Huck” e “Domingão do Faustão”. Na sequência, volta a transmitir sua aplicação interativa para o Brasileirão, nas versões full-seg e 1-seg, este ano com um conjunto adicional de informações, incluindo dados estatísticos sobre cada jogador.

“Temos a consciência tranquila de que estamos ampliando a grade de interatividade no ar. Já temos mais de 30 horas de transmissão de interatividade para terminais full-seg e, até o fim do Big Brother, eram 8 horas de interatividade para terminais 1-seg”, afirma o diretor de engenharia da TV Globo São Paulo, Raymundo Barros. “Fazemos um esforço permanente para ampliar a grade interativa”, completa o executivo.

Raymundo Barros garante que as estratégias para interatividade e mobilidade da Rede Globo estão rigorosamente dentro do planejado. “Sabemos que são dois aspectos novos da TV Digital que levam muito tempo para serem massificados. Foi assim também no Japão”, comenta.

Com relação à mobilidade, a Rede Globo foca não só no desenvolvimento das aplicações interativas 1-seg, como também no desenvolvimento de aplicativos móveis para os sistemas iOS e, agora, Android. “O que amplia muito o nosso alcance”, diz Raymundo.

Semana passada, durante a cerimônia de apresentação da nova grade de programação da emissora para a imprensa especializada e as agências de publicidade, a Rede Globo distribuiu algumas unidades do tablet Galaxy Tab com conteúdo próprio embarcado (fotos, clips, wallpapers, uma versão do Google Maps com detalhes do Projac e  aplicativos Android)  e até a implementação Ginga da Samsung para terminais 1-seg, para possibilitar o uso da interatividade transmitida hoje. No caso, com o fim do Big Brother, apenas a voltada para futebol, durante as partidas do campeonato paulista.

“A intenção foi mostrar para a imprensa e o mercado publicitário todas as possibilidades das ações que estamos fazendo rumo ao modelo estratégico de uma media station, com vários canais de distribuição. Já não somos apenas uma TV station”, explica Raymundo. “Esse é um processo de longo prazo, em implantação”, diz.

Interatividade tem massa crítica

Segundo o executivo, a Globo tem feito várias pesquisas sobre a receptividade de seus conteúdos interativos casados com a programação. “Percebemos que já temos massa crítica, principalmente quando olhamos o resultado das enquetes que colamos no ar”, diz.

Hoje, as enquetes são um componente padrão das aplicações interativas da emissora, tanto em terminais 1-seg quanto em full-seg. Nos terminais 1-seg as aplicações usam dois tipos de canal de retorno: via SMS e via plano de dados 3G. Nos full-seg, o retorno é via conexão internet das TVs conectadas.

A cobertura da transmissão interativa também foi ampliada. Segundo Raymundo, as aplicações transmitidas a partir do Rio de Janeiro e de São Paulo já chegam a todas as praças, retransmitidas por todas as afilidas, no caso dos programas em rede nacional, como as novelas, e caso a caso, em aplicações como futebol. “No Brasileirão, transmitimos três partidas simultaneamente: 40% veem a mesma partida transmitida para São Paulo, outros 40% a do Rio e 20% a de um terceiro estado”, diz.

“Não vamos deixar de investir em interatividade porque só pouco mais de 20% dos domicílios brasileiros têm um receptor de TV digital”, afirma Raymundo Barros. “Esse já é um número significativo”, completa. Nas contas da Globo, hoje, cerca de metade dos domicílios brasileiros já é coberta pelo sinal digital de alguma emissora de TV.  E, a medida que a indústria de recepção continuar fazendo a sua parte, investindo no padrão nipo-brasileiro, esse número só crescerá.

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BAND – A interatividade do Jornal da Band será demonstrada no NAB Show 2011, que acontece entre 9 e 14 de abril no Las Vegas Convention Center, em Las Vegas, Estados Unidos, pela EiTV. O desenvolvimento do aplicativo foi da HXD, que também desenvolveu a interatividade da TV Brasil.

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O NAB 2011 terá um pavilhão brasileiro (Pavilhão Brasil – SU 4625), onde o Fórum SBTVD e seus associados – EiTV, Inatel, Linear, Screen Service, TQTVD, Tecsys e STB – farão demonstrações do padrão nipo-brasileiro de TV digital com transmissões simultâneas em televisores e em dispositivos móveis. O Ginga, middleware de interatividade desenvolvido no Brasil, será demonstrado durante todo o evento em um televisor com o middleware embarcado cedido pela Panasonic, rodando aplicações da TOTVS.

EXPANSÃO INTERNACIONAL – O Brasil acaba de assumir de forma efetiva a presidência do Fórum ISDB Internacional. Desde dezembro passado, o presidente do Fórum SBTVD, Roberto Franco, estava interinamente à frente da entidade e agora permanecerá no cargo para um mandato de dois anos. Ana Eliza Farias também foi eleita, por aclamação, coordenadora do grupo de harmonização de Normas ISDB internacional.

BROADBAND TV – Ao contrário do SBT, que considera broadband tv e a interatividade da tv digital aberta, via Ginga, complementares, a Rede Globo vê as duas tecnologias como negócios muito diferentes. Segundo Raymundo Barros, broadband tv constitui uma estratégia de catch up importante, associada à Globo Marcas. “Faz todo sentido ter uma loja da Globo Marcas nas broadband tvs”, diz o executivo.

O que incomoda muito à Rede Globo é a falta de padrão para a tecnologia. “Não dá para ter cinco enfoques diferentes para o mesmo produto”, afirma o executivo. Segundo ele, a Globo segue discutindo estratégia de parcerias e de conteúdo para broadband tv. E deve lançar algo ainda este ano.

Fonte: IDGNow

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mar 30

Sistema nipo-brasileiro de TV digital é tema de encontro no Equador

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O plano prevê o apoio financeiro da Agência Brasileira de Cooperação e deve ser coordenado pelo Ministério das Comunicações, com envolvimento de outros órgãos como o Ministério das Relações Exteriores, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre.

Nos primeiros dois dias do encontro, os representantes brasileiros foram convidados a ministrar palestras num seminário técnico sobre TV digital, aberto pelo ministro das Telecomunicações do Equador, Jaime Guerreiro. O MiniCom foi representado pelo assessor da Secretaria de Telecomunicações, Flávio Lenz. Também participaram do seminário representantes dos radiodifusores, da indústria e da academia.

No terceiro dia, os participantes visitaram empresas de radiodifusão e também universidades equatorianas que já começaram a desenvolver pesquisas na área de TV digital, principalmente com o middleware de interatividade brasileiro, o Ginga.

O encontro contou, ainda, com um minicurso em que os engenheiros do governo, das universidades e emissoras de televisão puderam conhecer detalhes técnicos da transmissão e infraestrutura no sistema ISDB-T, que é como é chamado o padrão nipo-brasileiro de TV digital.

Consolidação internacional

Na próxima semana, o Ministério das Comunicações vai participar do IV Fórum Internacional ISDB-T, em Santiago, no Chile. O evento reunirá representantes dos 12 países que já aderiram ao padrão nipo-brasileiro de TV digital: Brasil, Japão, Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Filipinas, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai. Segundo o secretário de Telecomunicações Nelson Fujimoto, que representará o ministério no fórum, a participação do governo brasileiro é importante para consolidar o papel de destaque do Brasil no processo de expansão do ISDB-T, principalmente na América Latina. Fujimoto aponta que o fórum dará aos representantes dos governos a oportunidade de trocar experiências quanto à implantação da TV digital em cada país.

Fonte: Tela Viva

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mar 29

Governo quer TV digital implantada em todo país até 2016, diz Bernardo

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O governo quer o sistema de TV digital implantado em todo país até 2016, período no qual ocorrerão, no Brasil, os eventos esportivos da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas. Para que a meta seja cumprida, de acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, será preciso acelerar a implantação do sistema.“Vocês sabem a importância que tem isso, inclusive para o setor industrial”, disse.

Bernardo informou que, no ano passado, foram comercializados 15 milhões de aparelhos de televisão, a grande maioria com dispositivos para conversão digital. “Com a proximidade da Copa e o advento das Olimpíadas, com certeza, até 2016, nós vamos ter uma mudança quase definitiva nessa área”. É preciso, ressaltou, resolver os problemas de infraestrutura ligados a esses eventos.

Uma vez resolvido o problema da implantação da TV digital até 2016, o ministro afirmou que haverá um excedente do espectro, que precisa ser resolvido. Esse espaço poderá ser utilizado pela radiodifusão, desde que o governo seja pago por isso, afirmou.

Ao participar de palestra na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o ministro disse que no próximo dia 18 de abril, ocorrerá uma reunião com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), onde o governo brasileiro vai receber as exigências para as obras dos estádios. Estarão presentes no encontro os representantes de todos os ministérios envolvidos. “A partir daí, vamos formatar as nossas ações para dar conta desses desafios”.

Fonte: Tela Viva

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mar 22

Guia de operações do middleware brasileiro deve ser publicado até o final de março

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O guia de operações do middleware brasileiro está em fase final de revisão. A informação é do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, que divulgou nesta segunda, 21, que o texto aprovado pelo órgão deve ser publicado até o final de março, com a proposta de referenciar todo o ambiente NCL do sistema. O documento foi submetido à consulta nacional da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) por um período de 60 dias.

A documentação, elaborada pelo módulo técnico do Fórum SBTVD, dará suporte à implementação do middleware brasileiro em dispositivos full-seg e one-seg e criará um ambiente comum para desenvolvedores de aplicações interativas.

A parte declarativa do middleware brasileiro está baseada na linguagem NCL para autoria de documentos hipermídia. A segunda parte do sistema, desenvolvida em Java, permite implementar algoritmos, de forma procedural ou orientada a objetos.

Segundo o Fórum SBTVD, o módulo técnico iniciou os trabalhos de preparação de um guia de operações também para a parte Java do middleware, com o objetivo de disponibilizá-lo para consulta pública nos próximos meses.

Fonte: Tela Viva

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fev 14

Quase 4 anos depois do início das transmissões de sinal de TV Digital aberta no Brasil, a discussão sobre a interatividade ainda permanece em pauta como um assunto incômodo a ser resolvido.

O Decreto 5.820, que a Presidência da República publicou em junho de 2006 criando o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T), estabelecia em seu artigo 6º que o mesmo deveria possibilitar: I – transmissão digital em alta definição (HDTV) e em definição padrão (SDTV); II – transmissão digital simultânea para recepção fixa, móvel e portátil; e III – interatividade.

Está muito claro no decreto que a adoção do SBTVD-T (ou ISDB-T) compreendia essas 3 características e que pensar a implantação da TV Digital apenas com alta definição ou mobilidade tornaria esse processo incompleto.

Como já se sabe a TV Digital, salvo pela iniciativa de alguns experimentos como o que foi feito pela Caixa Econômica em São Paulo, começou sem interatividade. Lembro que nessa época cheguei a ler algumas declarações de natureza futurológica sobre essa questão. Para alguns especialistas, tratava-se de uma funcionalidade tecnológica que só seria incorporada ao longo de 10 anos. Existiam também os mais pessimistas que previam que sequer a interatividade chegaria a ser utilizada (talvez por ter deduzido que o brasileiro era um povo pouco interativo e que não gosta de novidades tecnológicas). No outro extremo havia também os excessivamente otimistas, que acreditavam que em 2 anos as coisas estariam resolvidas e que os brasileiros seriam beneficiados com uma série de serviços interativos de cidadania e entretenimento oferecidos pela televisão.

Avanços

Seria injusto não reconhecer que alguns avanços significativos foram conquistados nos últimos anos. No âmbito do Fórum SBTVD-T conseguiu-se resolver questões de patentes, chegar-se a um entendimento para as definições dos perfis do middleware e fazer-se o fechamento da norma técnica para a publicação na ABNT.

Graças a uma bem sucedida ação conjunta entre órgãos do Governo Federal e o Fórum, o padrão nipo-brasileiro expandiu-se para 11 países e ganhou reconhecimento internacional pelas suas inovações. No ano passado a ITU (International Telecommunication Union) reconheceu o Ginga como padrão de middleware para IPTV e assistimos ao surgimento dos primeiros televisores digitais com o selo DTVi (que é utilizado por empresas que são associadas ao Fórum para indicar a aderência ao Ginga) feito pela LG e, em seguida, pela Sony, Philips e Panasonic.

Se o fato de não existirem receptores de sinal de TV Digital com middleware no mercado foi apontado por algum tempo como um dos principais impedimentos para que a interatividade não deslanchasse, hoje não se pode mais usar esse argumento.

Embora não tenhamos números formais por parte da indústria sobre o número de televisores e outros dispositivos DTVIs vendidos desde o ano passado, o fato é que já existe um parque de usuários que podem experimentar essa funcionalidade.

Mas afinal, o uso da interatividade na TV Digital aberta no Brasil é uma questão técnica, política ou de jogo de mercado?

Restrições em todos os campos

É muito fácil para qualquer pessoa que tenha um mínimo de bom senso perceber que se o Ginga ainda não decolou por aqui é devido a um conjunto de fatores impeditivos que não são apenas de ordem técnica, política e de mercado. É a soma de todos esses fatores juntos.

Atribuir somente a indústria de recepção, ou a falta de uma obrigatoriedade para se embarcar o Ginga nos televisores, a culpa pelo pouco que tem sido feito até o momento, é ver as coisas de uma forma fragmentada e simplista.

Se por um lado a academia brasileira deu importantes contribuições para o aprimoramento do ISDB-T, principalmente no que se refere a interatividade, por outro demorou na definição das regras para a transferência das inovações do Ginga para as empresas. Isso inevitavelmente gerou atrasos.

A indústria de software não se preparou e nem se articulou setorialmente de forma adequada para trabalhar com esse tema. As poucas empresas que enxergaram no software para TV Digital uma oportunidade de crescimento, não souberam criar uma sinergia para enfrentar os desafios que viriam pela frente e acabaram se dividindo, entrando em um clima de competição predatória. Faltou união de forças e visão estratégica logo de saída. Isso gerou mais atrasos.

Enquanto o setor de software não se encontrava nesse jogo, problemas como a criação de modelos de negócios atrativos – que justifiquem uma adoção abrangente da interatividade pela indústria e pelas emissoras – e como a garantia da interoperabilidade entre as diversas implementações de middleware, foram crescendo em importância e hoje podem ameaçar – com mais atrasos ainda – o já castigado ecossistema da interatividade.

Apesar de ser favorável à obrigatoriedade de inclusão do Ginga, o que é coerente com o decreto de criação do SBTVD-T, reconheço que se essa iniciativa não fizer parte de estratégias políticas e comerciais consistentes e sustentáveis, o simples fato de uma TV ou um celular ter o recurso de interatividade não justificará o seu uso.

Uma das dificuldades encontradas é que esse é um tema que é tratado hoje quase que exclusivamente pelas áreas técnicas das emissoras ou das empresas de software. Como resultado a maior parte dos aplicativos interativos que estão sendo transmitidos são chatos e repetitivos. Falta o envolvimento de profissionais de outras áreas, como comunicação e publicidade, capazes de criarem conteúdos cada vez mais atrativos para essas novas plataformas.

Hora de agir

Já é mais do que hora de atores importantes como a radiodifusão, o mercado publicitário e o Governo Federal – que apesar de ter investido aproximadamente US$ 27 milhões desde 2005 para desenvolver projetos de TV Interativa, ainda não internalizou o seu uso – decidirem se de fato vão usar as inovações tecnológicas do Ginga e o ambiente de convergência que ela traz. E a melhor forma de fazer isso é experimentando. Colocando em prática.

Mas se no Brasil ainda insistirmos em colocarmos em pauta discussões que tínhamos ainda em 2007, vai restar aos argentinos nos salvar, demonstrando o que pode ser feito com a interatividade. Por lá a TV Digital e o Ginga foram inseridos no contexto do programa de inclusão digital, as universidades estão produzindo diversas pesquisas nessa área e venho acompanhando com entusiasmo o crescimento da produção de conteúdos audiovisuais que já nascem roteirizados para permitir o uso da interatividade.

Mantendo-se esse ritmo, em breve poderemos assistir a palestras dos nossos irmãos argentinos, nos ensinado a como utilizar a tecnologia que criamos.

Inovação

É fácil perceber que o ISDB-T no Brasil precisa andar lado a lado com o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), que está se configurando para ser uma das grandes conquistas do Governo Dilma. Televisão e banda larga são ingredientes que devidamente combinados (conteúdos) podem trazer um salto qualitativo na forma de se fazer e assistir TV no país, e tornar o uso da interatividade uma experiência mais rica e completa.

Discordo do ponto de vista dos que acham que a inovação tecnológica pode ser comparada a um vinho, que precisa esperar um longo processo de maturação para ser apreciado. A verdade é que toda inovação tem uma janela de tempo, que é cada vez menor nesse mundo globalizado e competitivo em que vivemos.

Independente de termos o Ginga, a convergência na TV é uma tendência que está crescendo com muita força em todo o mundo e as Connected TVs vão ocupar um espaço de destaque nos lançamentos que a indústria irá fazer ao longo desse ano (no Brasil a fabricação de TVs conectadas poderá responder por até 70% da produção de alguns fabricantes em 2011).

Uma coisa que minha geração aprendeu sobre o tempo é que ele “não para”, como cantava o poeta Cazuza. Também gosto de pensar no tempo como define o filósofo Santo Agostinho.

Para ele o tempo existia tão somente dentro de nossas mentes e em nenhum outro lugar mais. O tempo existe por causa de nossas consciências e só temos a capacidade de perceber e medir o tempo no momento em que decorre
Empurrar para o futuro as definições sobre o Ginga pode ser entendido como uma maneira de sinalizar para a sociedade de que esse tema não é tratado com seriedade e clareza.

É o que fizermos a partir de agora que vai determinar se a interatividade baseada no Ginga veio para ficar em nosso país, ou se vai entrar para uma cômica lista de “fiascos tecnológicos”, servindo de exemplo de incompetência e insucesso para as futuras gerações.

Fonte: IDGNow

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fev 11

Forum SBTVD questiona subsídio oficial para massificar TV Digital

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O Forum SBTVD questiona a necessidade de subsídio oficial para massificar a TV Digital no Brasil. O presidente da entidade, Roberto Franco, lembra que a TV analógica, hoje, com 97% de penetração, cresceu sem qualquer tipo de subsídio formal. “Há países adotando esse modelo, mas aqui não sei se é necessário efetivamente”, salienta. Executivo reconhece, no entanto, que o conversor será um elemento crucial para a transição analógica/digital.

O presidente do Fórum, Roberto Franco, se encontrou nesta quarta-feira, 09/02, com o ministro das comunicações, Paulo Bernardo. Após o encontro, Franco disse, em entrevista à imprensa, que a questão do Ginga não foi posta à mesa – apesar de nota oficial do ministro dizer que o governo espera uma proposta oficial da indústria para o uso do middleware de interatividade nos conversores embutidos nas TVs (leia matéria).

Franco observou ainda com relação ao Ginga que há muita impaciência e ansiedade para massificar o seu uso. “Fizemos um trabalho sem igual. O Ginga é o único software reconhecido mundialmente. Temos um produto que funciona. Há soluções no mercado. Mas tudo tem o seu tempo”, frisou. Assista abaixo a entrevista de Roberto Franco, na CDTV, do Portal Convergência Digital.

Fonte: FNDC

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fev 09

Deve levar alguns meses até que a suíte de testes do middleware Ginga do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital esteja pronta. Na reunião de fevereiro do Fórum SBTVD, que aconteceu dia 7, foi adiado o acordo para a definição da suíte, o que deve acontecer na reunião de março ou de abril.

A suíte é necessária para que os desenvolvedores possam testar seus aplicativos e garantir que sejam compatíveis com as diversas implementações do middleware da TV digital disponíveis no mercado. Por enquanto, como não há uma suíte de testes única, não há garantias de que um aplicativo que tenha passado no teste da suíte de uma determinada implementação seja compatível com as outras implementações.

O Fórum SBTVD vem trabalhando com a ideia de harmonizar as suítes das empresas interessadas em contribuir com a suíte oficial da entidade. A harmonização seria uma alternativa à criação de uma suíte desde o início, o que chegou a ser aventado, mas descartado pelo alto custo e pela burocracia envolvida, sobretudo se fossem usados recursos públicos, exigindo a realização de um edital.

Uma fonte próxima às negociações aposta que haverá uma suíte pronta até o segundo semestre de 2011.

Enquanto isso, empresas de software criadas para se dedicar ao desenvolvimento de aplicações Ginga diversificam suas áreas de atuação, temendo que a adoção de fato da interatividade na TV digital brasileira ainda demore para deslanchar.

Fonte: Tela Viva

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fev 04

epois de um ano de negociações, o Banco do Brasil e a fabricante de software Totvs fecharam um contrato de 6,7 milhões de reais, para uma nova maneira de movimentar a conta corrente.

Trata-se de um aplicativo que permitirá aos correntistas se conectar à internet pela televisão utilizando os conversores digitais.

A subsidiária TQTVD desenvolverá e dará suporte de aplicativos para TV Digital Aberta e Fechada interativa, que serão disponibilizados no portal Sticker Center da empresa.

O plano de execução de desenvolvimento compreende o período de dois anos, mas chegará ao consumidor mais cedo. “Até o fim do semestre esperamos que o aplicativo esteja funcionando”, disse a EXAME.com José Rogério Luiz, vice-presidente executivo e financeiro da Totvs.

A operação pela TV será similar às existentes no internet banking, mas contará com outras funcionalidades conforme novos aplicativos forem disponibilizados.

A parceria só tem a beneficiar as empresas. De acordo com a lei, a partir de julho de 2013 somente serão outorgados canais para a transmissão em tecnologia digital. Hoje, segundo o Ministério das Comunicações, a TV Digital está presente em 425 cidades, cobrindo 89,5 milhões de pessoas. Assim, o Banco do Brasil poderá ver saltar o número de correntistas que hoje gira em torno de 33 milhões.

Fonte: Info Exame

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