ago 25

Mackenzie testa multiprogramação no one-seg

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O Laboratório de TV Digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie realiza testes para a transmissão de dois vídeos em baixa definição dentro do one-seg. Os testes realizados até o momento em dispositivos móveis mostraram que a transmissão é possível tecnicamente.

As emissoras comerciais ainda não poderiam utilizar o benefício para transmitir programação, mas poderiam usar o segundo canal para interatividade, segundo o coordenador do laboratório, Gunnar Bedicks Jr. “No momento, as TVs públicas, que transmitem multiprogramação, poderiam utilizar esses dois vídeos do one-seg para transmitir os canais”, compara.

Fonte: Tela Viva

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ago 25

A adoção da TV digital no Chile acontece em alta velocidade. Desde a introdução do ISDB-Tb, padrão nipo-brasileiro de TV digital, no país, mais de 821 mil unidades de televisores com conversor integrado foram vendidas.

Roberto Plass Gertsmann, consultor de TV digital da Subsecretaria de Telecomunicações do Chile, que participou de um painel no Congresso da SET nesta terça-feira, 23, contou que das mais de 1,111 milhão de unidades de TV comercializadas em 2010, 47% contavam com sintonizadores ISDB-Tb. “A transição no Chile acontece muito rápido”, enfatizou.

Entre os motivos para a rápida adoção, estão os preços dos televisores. Uma TV de LCD de 32 polegadas, por exemplo, tem preço médio de US$ 480.

Apesar disso, ele conta que a TV aberta enfrenta uma crise no Chile, com queda no share de publicidade e na audiência. A TV paga teve crescimento de 71% de audiência nos últimos dois anos, e a penetração atualmente é de 43% dos lares (mais de dois milhões de assinantes).

No Brasil, onde as transmissões de TV digital aberta tiveram início em dezembro de 2007, há 103 emissoras no ar, em 523 cidades. Segundo o assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações do Brasil, Flávio Lenz César, esses números representam 46% da população, ou 87,7 milhões de habitantes.

Diferenças regionais

As ações implantadas nos países para incentivar a adoção do sistema é diferente entre os países. Enquanto no Brasil, descarta-se a distribuição de set-top boxes à população, no Equador, por exemplo, onde o sistema ISDB-Tb foi adotado em março de 2010, existe uma proposta em andamento para a distribuição de 20 mil set-top boxes, sendo 12 mil apenas em bairros populares de Quito, segundo Vladmir Vacas, engenheiro do Ministério das Telecomunicações e da Sociedade de Informação do Equador.

Expansão

O sistema ISDB-Tb foi adotado até o momento por 12 países, e o presidente do Conselho Deliberativo do Fórum de TV Digital, Roberto Franco, conta que há mais de 13 países analisando a adoção do sistema nipo-brasileiro de TV digital. Entre eles, estão Cuba e Angola, onde os testes ficaram prontos, e há expectativa de que a adoção aconteça já em setembro.

A Colômbia, onde a opção foi pelo padrão europeu de TV digital, o DVB, ainda não saiu dos planos brasileiros. “É provável que a Colômbia fique isolada com esse sistema. Eles têm falado em adotar o DVB-T2, que não é compatível com o DVB”, diz André Barbosa. “Mas ainda não desistimos da Colômbia”.

Fonte: Tela Viva

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ago 25

Bancos estatais investirão em interatividade

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O governo, através dos bancos estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, prepara investimentos para acelerar a adoção da interatividade na TV digital brasileira. A idéia é investir recursos, principalmente na radiodifusão pública, para levar aplicativos interativos dos bancos à população. André Barbosa, assessor especial da Casa Civil, não descarta a destinação de parte destes recursos à radiodifusão comercial, para ajudar as emissoras a criar um modelo de negócios que envolva a interatividade.

O governo vem negociando com fabricantes para que incluam o middleware da interatividade DTVi (Ginga) nos televisores. O mais provável, por enquanto, é que a interatividade se torne obrigatória, mas deve haver um cronograma de implementação que permita que a tecnologia seja disponibilizada sem grande impacto nos preços.

Fonte: Tela Viva

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ago 25

Para Fórum SBTVD, Smart TVs não excluem Ginga

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Segundo Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD, as Smart TVs não competem e nem excluem o Ginga. “O provedor de conteúdo precisa desenvolver aplicações diferentes para cada fabricante. Na TV digital, é padronizado, é uma plataforma universal”, observa. Para ele, as TVs conectadas e o Ginga têm finalidades diferentes e a TV digital oferece uma possibilidade de entrega mais rica para o radiodifusor.

Franco participou de uma coletiva de imprensa organizada pelo Fórum SBTVD no Congresso SET 2011. Foram apresentados dados sobre a venda de conversores. Os números abrangem dispositivos fixos e portáteis. Até o final de 2009 foram dois milhões de unidades vendidas. O acumulado de 2010 chegou a 6,6 milhões de unidades e a expectativa para 2011 é de 17 milhões de unidades. A produção de televisores com conversor integrado também cresce: em 2010 foram produzidos 6 milhões. A expectativa é fechar 2011 com 16 milhões e chegar 28 milhões em 2012.

O presidente da entidade destacou os números sobre a TV digital no País, cuja cobertura já chega a 46% da população brasileira, e a adesão de doze países ao sistema nipo-brasileiro de televisão digital. “Os países têm alta disposição para adotar o sistema que comprovou-se de fácil implementação”, ressaltou.

O Fórum SBTVD apresentou ainda a terceira campanha publicitária para esclarecer a população sobre a TV digital. Assinada pela Light Comunicação e produzida pela SPTelefilm Produções, a nova campanha é composta por três filmes de TV e um spot de rádio, com duração de 30 segundos cada, que serão veiculadas entre agosto e dezembro deste ano nas emissoras de TV aberta associadas ao Forum. A campanha tem como tema principal a facilidade de captação do sinal digital da TV aberta e sua disponibilidade livre e gratuita.

Fonte: Tela Viva

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ago 25

Governo não define e testes continuam em 2012 para rádio digital

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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira, 23/08, que o governo brasileiro ainda não tem posição definida sobre o modelo de rádio digital a ser adotado no país. “O governo não tem definição de modelo. Não podemos dizer que voltamos à estaca zero porque estamos trabalhando”, disse Bernardo em audiência pública, na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro, estão sendo avaliados sistemas de rádio digital adotados em outros países, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Ele enfatizou que, mesmo tendo o modelo já implantado, esses países ainda registram problemas na qualidade da transmissão, interferência em canais próprios, alto custo, receptores que não permitem o uso de serviços agregados e baixa adesão da população.

De acordo com Paulo Bernardo, o governo brasileiro está inclinado a adotar o modelo americano. “Se fosse hoje [a decisão], os técnicos no ministério mostram tendência pelo modelo americano.” Ele, no entanto, destacou que, antes de qualquer decisão, os testes devem continuar em 2012.

A ideia é que, independentemente do modelo escolhido, os equipamentos sejam fabricados no Brasil. “Qualquer que seja o modelo, temos que ter modelo cujos transmissores e receptores possam ser produzidos no país”, disse. O ministro também lembrou que o sistema deve ser aprovado em parceria com o Legislativo. “O governo federal está plenamente disposto a fazer em conjunto com o Congresso [a adoção do sistema de radiodifusão digital].”

Fonte: Convergência Digital

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ago 25

Fórum SBTVD faz campanha para mostrar que TV digital aberta é gratuita

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A partir do dia 1º de setembro, as emissoras de TV aberta – Globo, SBT e outras – participantes do Fórum SBTVD (Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre) vão veicular uma campanha para tirar a principal dúvida dos consumidores: Mostrar que a TV digital aberta é gratuita e não se confunde em nenhum momento com a TV paga. Com relação à massificação do sistema, o Fórum SBTVD assume uma postura: Definição de política pública é missão do governo.

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 23/08, no Broadcast &Cable e Congresso SET, que acontece no Centro de Exposições Imigrantes, na capital paulista, os integrantes do Forum SBTVD, entre eles, o seu presidente, Roberto Franco, deixaram claro que houve, sim, o uso indevido da marca TV digital pela TV paga, nos últimos dois anos.

“Há uma confusão dos consumidores e sentimos isso claramente no nosso dia-a-dia. A TV digital aberta, com qualidade e nitidez de imagem é identificada, mas não há a percepção que esse serviço é gratuito. Basta ter um aparelho com o selo DTV( do Fórum) e uma antena UHF para a recepção do sinal digital”, diz Liliana Nakanechnyj, coordenadora do módulo de Promoção do Forum SBTVD.

“Não queríamos usar a palavra aberta, mas sentimos essa necessidade porque há muita dúvida”, acrescenta Roberto Franco. Na campanha publicitária de 2011, o slogan do ano passado – “Sinal da TV digital: É pra você,é de graça, é bom de ver” – está mantido. O maior trabalho da campanha desse ano, admitem os integrantes do Fórum, é marcar junto ao consumidor que para ter acesso à programação da TV aberta – com qualidade de imagem – não é preciso contratar serviços populares da TV paga. “Isso precisa ficar muito transparente e ainda não está”, admite Liliana Nakanechnyj.

Dados divulgados pelo Fórum SBTVD revelam que as TVs com conversores digitais integrados são, de fato, a grande estratégia dos fabricantes. Para 2011, a expectativa é que 16 milhões de TVs com conversores sejam fabricadas localmente. No ano passado foram 6 milhões. Para 2012, a previsão é que essa marca chegue a 28 milhões.

“Posso assegurar que 85% da produção de TVs nacional virá com conversor de TV digital já esse ano. O mercado está construindo seu ecossistema”, frisa o presidente do Forum SBTVD, Roberto Franco. Ao ser indagado se a política de massificação para a TV digital estava em construção, o executivo foi firme.

“Definição de política pública é com o governo. Houve até um hiato na transição de comando do governo Lula para o governo Dilma. Mas agora já houve uma retomada das discussões. Não cabe ao Forum definir políticas. Ele serve para harmonizar os interesses de todos os envolvidos na cadeia. Quem traça política pública é o governo e se ele optar pelo subsídio, saberá montar a sua estratégia”, completou Franco.

Fonte: Convergência Digital

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ago 25

Governo perdeu as rédeas do processo – Entrevista Prof. Luiz Fernando

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Hoje é dia de ouvir luiz fernando gomes soares, o principal pesquisador por trás da especificação do padrão de interação do SBTVD, o sistema brasileiro de TV digital. a ideia da conversa surgiu a partir deste link, onde se diz que o SBTVD, lançado em 2007 [dezembro] tem até agora apenas 14 aplicações interativas comerciais. eu nunca vi promoção ou propaganda de nenhuma delas, não sei vocês. a isso, LF [como nosso entrevistado é conhecido no meio acadêmico] acrescenta que não existe nenhuma “narrativa interativa”, comercial, ou seja, o uso da capacidade de interação do SBTVD para construção de histórias interativas, uma das possibilidades mais interessantes –inclusive do ponto de vista educacional- do novo ambiente.

esta entrevista é um marco. LF fala pouco mas, desta vez, diz muito. conta a história do que rolou até agora nos bastidores da interação no SBTVD. seja lá qual for o futuro do padrão brasileiro de TV digital e de seus mecanismos de interação, LF dá um testemunho marcante, daqueles que entram para a história.

esta conversa rolou por emeio e, salvo os negritos e itálicos nas respostas, que são aqui mesmo do blog, as respostas de LF estão publicadas na íntegra. boa leitura.

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0. uma curta biografia: quem é você, em um parágrafo, quais são os principais links pra seu trabalho, onde você pode ser achado?…

Sou Professor Titular do Departamento de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Fui presidente da área de computação na CAPES, membro do Conselho de Assessores de Ciência da Computação (CA-CC) do CNPq, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e atual membro de seu Conselho, e vice-presidente do Laboratório Nacional de Redes de Computadores (LARC). Fui representante da comunidade científica no Comitê Gestor da Internet no Brasil e membro do seu Conselho Administrativo. Fui o responsável pelo desenvolvimento do ambiente Ginga-NCL do Sistema Brasileiro de TV Digital e Recomendação ITU-T para serviços IPTV. Sou o atual representante da academia no Módulo Técnico da Câmara Executiva do Fórum de TV Digital Brasileiro e de seu Conselho Deliberativo. Sou coeditor da Recomendação H.761 no ITU-T e Coordenador do GT de Middleware do Fórum SBTVD. Meu laboratório está neste link.

1. qual a história da interatividade no SBTVD até agora? quais foram os percalços da partida, da definição do padrão?

A história da linguagem NCL, e do middleware Ginga, começa em 1991, quando seu modelo de dados, chamado NCM (Nested Context Model), resolveu um problema em aberto na área de Sistemas Hipermídia. No ano de 1992, a solução encontrada foi incorporada ao padrão MHEG da ISO, que veio a se tornar o primeiro middleware para TV digital, sendo até hoje o middleware adotado no Reino Unido. Em 2005 submetemos a máquina de apresentação de aplicações NCL (o Ginga-NCL) como proposta para o SBTVD. Na época, o nome Ginga ainda não existia; na proposta se chamava MAESTRO. O Nome Ginga surgiu quando a proposta foi aceita como a única inovação, de fato, do SBTVD.

O início da definição do padrão, no entanto, não foi fácil. Muitos duvidavam que o Brasil pudesse ter feito uma tecnologia melhor da que a existente nos países ditos desenvolvidos. Cheguei a ouvir (em palestra na Câmara dos Deputados em Brasília) que o Brasil devia se preocupar com a exportação de frango e de laranja, e não com o desenvolvimento de tecnologia.

Tendo sido comprovada como a melhor tecnologia, tivemos, felizmente, apoio do Governo Federal na época, quando fui convidado a fazer o discurso de lançamento do SBTVD, cerimônia na qual o Presidente Lula e o ministro das Telecomunicações citaram o Ginga (passou a ser chamado assim poucos dias antes do lançamento oficial) como a grande conquista brasileira.

No entanto, ainda havia resistências no setor de radiodifusão e na indústria de recepção. Apenas quando pesquisadores europeus, japoneses e americanos começaram a elogiar a NCL como a melhor solução existente, salientando que finalmente se tinha uma solução tecnológica adequada para a TV digital, foi que a aceitação veio de fato. Ou seja, foi preciso sermos primeiro reconhecidos lá fora. Para se ter uma ideia, quem propôs a discussão de NCL e Ginga-NCL como Recomendação ITU-T não foi o Brasil, e sim o Japão.

2. quais foram os principais problemas do caminho, do lançamento do padrão em 2007 até agora?

O primeiro problema foi que diziam, em 2007, que não havia implementação comercial do Ginga-NCL e que o GEM (a parte imperativa escolhida, pela compatibilidade com o padrão Europeu) tinha problemas de royalties. Quanto a esse último ponto, ninguém atacava o Ginga-NCL, que incomodava justamente pelo contrário, por ser software livre e sem qualquer royalty. Ou seja, disponível para absolutamente todos.

Por não necessitar pagamento de royalties e por sua simplicidade, várias empresas de software foram criadas oferecendo a solução Ginga-NCL, ficando o primeiro problema resolvido. Foi então que alguns fabricantes perceberam que o Ginga-NCL fazia tudo o que o GEM fazia e melhor, de onde surgiu a proposta que se lançasse receptores só com o Ginga-NCL; o que chamaram de Ginga 1.0 na época. A ideia foi contestada pelos radiodifusores, que diziam que a presença do GEM era importante pela interoperabilidade com os outros padrões.

Em 2008, como já mencionei, a NCL e o Ginga-NCL foram propostos como Recomendação ITU-T para serviços IPTV. Aprovada em abril de 2009, pela primeira vez na história das TICs o Brasil contribuiu com um padrão mundial, na íntegra. Um marco que a imprensa ignorou. Como fato curioso, um jornalista, muito renomado, que evito dizer o nome, até por vergonha, de um dos veículos mais lidos do Rio de Janeiro, ao ser apresentado ao fato, disse para seu repórter trazer uma notícia do Adriano (que acabava de ser contratado pelo Flamengo) em alguma balada, pois era isso que trazia leitores.

Vale ressaltar que até hoje o ambiente Ginga-NCL é o único ambiente de middleware padrão para todas as plataformas IPTV, TV a cabo, TV broadband (TV conectada) e TV terrestre (TV aberta). Mesmo dentro do SBTVD, é o único padrão para todas as plataformas (receptores fixos, móveis e portáteis).

Ainda em 2009, iniciou-se um movimento para substituição do GEM por uma nova solução da Sun, que seria incorporada como Ginga-J, a princípio, livre de royalties. O movimento cresceu e em uma reunião do Conselho Deliberativo do Fórum foi dada a decisão final. Na época, o Ginga-NCL já pertencia à comunidade de software livre, tendo recebido contribuições de mais de uma dezena de universidades e outras instituições; várias empresas foram também criadas sobre essa solução.

A academia, por quase unanimidade (com exceção apenas do LSITec da USP, entre as 17 instituições ligadas ao Fórum do SBTVD), votou por não adotar a nova solução, proposta pela Sun e apadrinhada pelos radiodifusores, uma vez que a NCL, com sua linguagem de script Lua, fazia absolutamente tudo o que fazia a nova solução e com vantagens. A perda da interoperabilidade (tão propalada) vinda pela não adoção do GEM, não justificava mais a presença do Java nas estações clientes.

Na época, a indústria de recepção concordava com a academia, mas, devido a um acordo feito nos bastidores, a academia ficou isolada e perdeu a votação por 12 a 1 (só os radiodifusores mais a indústria de recepção somam 8 votos no Fórum do SBTVD).

Com o imbróglio do Ginga-J resolvido, começaram as reclamações que não podia haver nenhum produto sem antes ter uma suíte de testes para o Ginga. Deve ser ressaltado, no entanto, que a suíte de testes para o Ginga-NCL existe e também já é hoje um projeto ITU-T. Mais ainda, pela primeira vez, uma Questão ITU-T endossou oficialmente um trabalho colaborativo por meio de serviços web para a concepção dessa suíte.

Nesse meio tempo, o padrão brasileiro foi adotado em mais 10 países latino-americanos e começa a ser adotado em alguns países da África, e tudo tendo a interatividade do Ginga como carro chefe. Mais ainda, alguns desses países, como é o caso da Argentina, resolveram começar só com o Ginga-NCL, o que deveria ter sido feito no Brasil, na opinião derrotada da academia.

É bom ressaltar, para melhor entendimento, que, para ser Ginga, obrigatoriamente deve-se ter o Ginga-NCL. Outras partes opcionais podem ser agregadas, como o Ginga-J (obrigatório apenas no caso do SBTVD para receptores fixos), ou outros serviços, como aqueles oferecidos pelas TVs conectadas.

3. na sua avaliação, qual é o atual estado de coisas? quais são as perspectivas de uso prático, em escala comercial, de interatividade no SBTVD? você acha que as emissoras “deixaram interatividade pra lá“, depois de ter conseguido vários de seus objetivos na transição do analógico para o digital, inclusive evitando a fragmentação do espectro para entrada de mais estações de TV?

Pois é, eu ainda não quero acreditar que as emissoras tinham apenas como objetivo impedir a entrada de mais estações de TV. Ainda sonho que haja algum compromisso público por parte daqueles que ganharam concessões públicas. Talvez seja apenas um sonho…. Mas não pensem que a academia foi ingênua.

O ideal da inclusão digital, da democratização não só do acesso à informação, mas também do processo de produção de conteúdo, nos levou ao projeto da NCL e sua linguagem de script Lua. Sabíamos da dificuldade da transmissão, a terceira perna do processo de democratização, mas contávamos com o sucesso da TV pública e, principalmente, com a entrada futura dos serviços de IPTV.

Não acho que as emissoras tenham deixado a interatividade para lá. Creio apenas que, por incompetência ou lentidão, não encontraram um modelo de negócio para a interatividade. O que as emissoras fazem hoje de interatividade é muito pobre. Não explora nem 10% do que o Ginga-NCL possibilita. A produção ainda está nas mãos de engenheiros, que são bons engenheiros, mas produtores de conteúdo sem qualquer criatividade. Ainda não deixaram a interatividade chegar às mãos de quem realmente poderia criar as aplicações “campeãs”.

Ainda se pensa na interatividade como widgets acoplados a programas da TV convencional. Nesse sentido, o Ginga acrescenta pouco a mais do que os serviços das TVs conectadas, em termos de desempenho e expressividade. Só ganha por ser padrão e de código aberto. Entretanto, isso é muito importante. O grande problema das TVs conectadas atuais é que cada fabricante adotou sua solução proprietária, desde a linguagem de desenvolvimento dos widgets até a distribuição por meio de sua própria loja. Mesmo que se queira padronizar uma dessas formas proprietárias, basta fazer uma ponte com a NCL. Mais uma vez, NCL é uma linguagem cola, que não substitui, mas agrega facilidades. Com NCL, os fabricantes de receptores ainda poderiam controlar a distribuição de widgets, ainda controlariam totalmente o negócio, mas com a vantagem adicional de permitir a quem cria o conteúdo escrever um único código para todas as plataformas. Hoje, como está, o código tem que ser portado de um fabricante para outro.

A interatividade, no entanto, é muito mais do que widgets. São narrativas interativas, aplicações de interatividade geradas ao vivo, exploração de múltiplos dispositivos de exibição, personalização de conteúdo, etc., tudo o que a NCL pode oferecer a mais para complementar o que existe nas TVs conectadas.

É bom repetir que NCL é uma linguagem de cola. Ela não substitui, mas complementa o que pode ser oferecido nas TVs conectadas. O Ginga-NCL pode conviver em completa harmonia com os serviços da TV conectada, agregando outros serviços, como os de IPTV e TV terrestre (VoD, Vídeos interativos ao vivo, narrativas interativas, etc.). Ginga-NCL é o ambiente escolhido pelo ITU-T para possibilitar essa interoperabilidade e convergência total, quando então pararemos de ficar classificando as TVs digitais pelos seus modelos de negócio (TVs broadband, TVs broadcast, WebTV, IPTV), mas a consideraremos apenas como TV digital, com todos os seus serviços oferecidos agregados.

É muito preocupante a situação de hoje. Quem vai desenvolver conteúdo interativo tem que usar N padrões diferentes nas N redes de distribuição disponíveis? NET, TVA, Telefônica, ViaEmbratel, Oi, Sky, SBTVD, Samsung, LG, Sony, Philips, TOTVS… Quem vai pagar pelo trabalho de portar o conteúdo interativo para as múltiplas plataformas?

A solução para isso é o que se persegue hoje nos órgãos de padronização e é nesse ponto que o Brasil está muito à frente e é invejado em todo o mundo, por ser o único local onde esse modelo pode começar já.

Infelizmente, a falta de conhecimento dos dirigentes de nossas “filiais” das indústrias de recepção e dos nossos radiodifusores os impedem de ver um futuro diferenciado para o país e para seus negócios.

4. o governo e os órgãos reguladores brasileiros poderiam ter feito mais por interatividade no SBTVD? mais do que? se tivessem feito, e o que deveriam ter feito, qual poderia ter sido o impacto?

O governo começou muito bem quando viu na TV digital não apenas um negócio para a indústria de recepção, que no país ainda não passa de montadoras, e para o setor de radiodifusão.

A inclusão social pelo acesso e geração de conteúdo, o fortalecimento das TVs Públicas, a criação de empresas, de software e outras, a geração de empregos de qualidade, tanto na área tecnológica quanto nas artes e cultura, foram o carro chefe inicial do SBTVD.

Foi com esse enfoque que a NCL foi projetada: uma linguagem simples e fácil de ser usada por não especialistas. Uma linguagem simples, a ponto de permitir receptores de baixo custo sem, no entanto, perder sua expressividade, sem limitar em nada a criatividade. Uma linguagem simples, mas muito mais expressiva do que todas as outras linguagens declarativas usadas em qualquer middleware para TV digital existente até os dias de hoje. Também com essa concepção, foram criadas as bibliotecas NCLua. Lua é hoje a linguagem mais usada no mundo na área de jogos e entretenimento, mas parte de nossa indústria de conteúdos parece ainda ignorar isso.

Ginga-NCL foi desenvolvido como software livre, e desse software mais de uma dezena de pequenas empresas foram criadas, empresas de médio a grande porte, e centenas ou talvez milhares de empregos de alto nível tecnológico.

Mas o governo parou nesse primeiro momento, perdendo as rédeas do processo, que passou para os radiodifusores e mais recentemente para a indústria de recepção.

Ao não incentivar set-top boxes com o Ginga-NCL (e no primeiro momento era só o que poderia ser feito, pois a discussão do Java permanecia) e deixar o aparecimento de “zappers” (set-top boxes sem interatividade Ginga); ao permitir que a indústria de recepção se concentrasse apenas nas classes A e B com suas TVs de alta definição com conversores embutidos, impediu o acesso das classes menos privilegiadas a essa nova tecnologia.

A TV Pública ainda está patinando, e o incentivo ao desenvolvimento de aplicações (narrativas) interativas esbarrou na falta de capacidade dessas emissoras (na verdade, as emissoras privadas também não têm tal conhecimento).

De fato, faltou uma política para geração e distribuição de conteúdo.

A academia vem fazendo sua parte, o Programa Ginga Brasil é mais um exemplo, formando produtores de conteúdo, apoiando e incentivando a criação de empregos e empresas (inclusive de grande porte), apoiando órgãos do governo, como DATAPREV e PRODERJ no desenvolvimento de conteúdos de inclusão social.

Entretanto, produzir para ser transmitido por quem? Sem essa perna de inclusão, as duas outras (acesso e produção de informação) não operam. Temos que operacionalizar a TV pública.

O Plano Nacional de Banda Larga traz nova esperança. É mais uma chance que temos de levar tudo adiante. Temos de ver o plano também como propiciador de serviços. E a TV digital é um dos mais importantes, principalmente no que tange à inclusão social. Temos de tratar a IPTV, Web TV, broadband e broadcast TV não como soluções antagônicas (porque não são nem no modelo de negócios), mas complementares. O Brasil lidera esse processo mundialmente, reconhecidamente, no ITU-T. Todos esperam e vigiam nossos movimentos. O Ginga-NCL é visto como a ferramenta de integração (e aí vai um recado para a indústria de recepção mal informada: ferramenta de integração e não de substituição de suas aplicações residentes, como as que conferem acesso a suas lojas de widgets).

Tomara que o governo retome as rédeas do processo.

Mas a sociedade civil não está parada. Através das TVs Comunitárias, TVs Universitárias, Pontos de Cultura e outros coletivos audiovisuais, ela não vai deixar a peteca cair. Quem viver verá. Não subestimem esse movimento.

5. você acha que a TV digital interativa aberta está perdendo espaço para interatividade via IP e padrões globais propostos por forças há tempos dominantes no mercado mundial, como mostrado neste link? pensando bem… era possível prever isso há uma ou meia década, nos estágios de discussão e desenho e, depois, de lançamento do SBTVD?

Tudo era previsível desde o início. A academia presente no processo nunca foi ingênua. O Brasil se destaca na pesquisa na área há mais de 20 anos. O que acontece é que tudo está sendo visto de forma errada. Felizmente, lá fora isso está mudando, basta ver os esforços do ITU-T nos vários eventos de interoperabilidade e também os esforços do W3C. Aliás, o último evento de interoperabilidade foi conjunto e no Brasil (…e a imprensa nem noticiou, não é?).

Mas vamos lá. Os radiodifusores europeus se basearam em uma tecnologia ruim, o MHP, que nunca pegou e nunca foi padrão. A Europa era uma bagunça com várias implementações não compatíveis. Com isso, e por falta de escalabilidade, fizeram pouca coisa de interessante (tirando o Reino Unido, que usava outro padrão, o já mencionado MHEG). Por falta de escala, não conseguiram definir um modelo de negócios. O Brasil, ou melhor, a América Latina, é vista como a grande chance de se ter um padrão de fato. Na PUC-Rio, somos constantemente assediados por consórcios europeus querendo fazer testes no Brasil, pois não se vê chance de executá-los em uma Europa fragmentada.

Enquanto isso, a indústria de recepção conseguiu encontrar seu “negócio de interatividade” através de lojas, proprietárias, de widgets. Nesse momento a TV broadband (ou TV Conectada) passou a chamar atenção.

Já os serviços de IPTV eram oferecidos sempre como proprietários, e corriam, e ainda correm, por fora dessa briga.

Acontece que tudo vai se unir, quer queiram quer não. É só uma questão de tempo. Forças retrógradas podem atrasar o processo, mas não vão pará-lo. Quanto mais cedo perceberem que as coisas são complementares, todos vão ganhar, os negócios e a inclusão social, que foi o motor do SBTVD.

A TV híbrida (como gostam de chamar os europeus) vai chegar. Aliás, mencionando os europeus, o principal fabricante do principal padrão híbrido lá proposto incorpora o Ginga-NCL interoperando com sua solução. Mais um exemplo…, soluções interoperando o Ginga-NCL e LIME (padrão japonês) já estão prontas nos fabricantes de set-top boxes híbridos. Note que sempre com o Ginga-NCL. Por que só nós brasileiros é que não vemos nosso potencial?

6. considerando uma penetração cada vez maior de conectividade móvel, por um lado, e TV a cabo, por outro, qual é, na sua opinião, o futuro do SBTVD? vê o futuro da interatividade, na TV digital, dentro do SBTVD, como uma opção economicamente viável? em que termos?…

Bem a resposta a essa pergunta resume todas as outras.

No SBTVD, o Ginga-NCL é o único ambiente obrigatório tanto para dispositivos fixos, quanto para os móveis e portáteis da TV terrestre. No ITU-T é o ambiente padronizado para serviços IPTV. O ITU-T também trata de widgets e, embora ainda não definitivamente aprovado, o Ginga-NCL é visto como a solução para interoperar com as várias soluções proprietárias existentes.

Partindo do pressuposto que todos os serviços são complementares, o middleware brasileiro (adotado hoje já em 13 países), ou pelo menos o Ginga-NCL, tem um enorme potencial de suporte global, e isso pode muito bem ser explorado.

O setor de radiodifusão deve procurar seu nicho. As emissoras precisam começar a fazer aplicações reais de TV interativa terrestre, e não só de widgets incorporados a seus programas. Isso eles podem até fazer também, e vender nas diversas lojas de fabricantes de receptores. Mas será que aí está seu negócio?

Que tal explorar as narrativas interativas, os programas ao vivo, como eventos esportivos com a interatividade (a aplicação) gerada ao vivo? Propagandas personalizadas com narrativas interativas (vejam que começam a aparecer várias muito interessantes no YouTube) são sensacionais…

A TV Pública também tem de ocupar o seu lugar. O conteúdo gerado pelos vários coletivos de audiovisual só vão encontrar nelas os seus transmissores (e hoje posso garantir que tais coletivos já têm uma interatividade muito, mas muito mais interessante do que a produzida nas grandes emissoras). Os serviços de IPTV (e WebTV) devem ser vistos como complementares, bem como os da TV conectadas. Assim teremos, de fato, uma solução invejável, e o SBTVD poderá ser visto como um todo (e a Argentina já está fazendo isso).

Temos dois problemas: será que o pessoal do setor de radiodifusão e da “nossa” indústria (montadora) de recepção vai conseguir enxergar tão longe e pensar um pouco também na sua missão para o país? Será que o governo vai reassumir as rédeas do processo e propor uma política para o setor e para o país, como é seu papel, ou vai deixar as coisas acontecerem ao acaso?

neste último parágrafo, LF deixa no ar a grande pergunta sobre o SBTVD: será que vamos ter uma política, de novo [como o brasil queria ter no começo…] para TV digital?

TV, desta vez, não era simplesmente definir como a imagem era montada e transmitida, e como deveriam ser os sistemas de codificação, transmissão, recepção, decodificação e apresentação. depois que tudo isso foi decidido, o país resolveu [?] inovar e incluiu um padrão para interação.

depois, como bem diz LF, o brasil “perdeu as rédeas do processo”. a dúvida, agora, é se há coesão e energia para dar direção e sentido a um esforço que vem, por mais que seus principais atores tentem, se arrastando há quase quatro anos e mostrando, como quase sempre, como é que se inova no brasil. ou, a bem dizer, como é que não se inova no brasil.

Fonte: Terra Magazine

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ago 11

Minicom pode determinar obrigatoriedade do Ginga por portaria

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Insatisfeito com a baixa adoção do Ginga, o middleware brasileiro da TV digital, o ministro Paulo Bernardo revelou que o Minicom poderá obrigar os fabricantes de TV a adotarem o sistema através de uma portaria. A decisão ainda não está tomada, visto que o Minicom ainda receberá as contribuições do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação sobre o assunto. Segundo Bernardo, ainda não se sabe se haverá a criação de um Processo Produtivo Básico (PPB) para o Ginga.

Desde que o Ginga foi criado sua adoção tanto pelos fabricantes de equipamentos quanto pelas emissoras de ainda não aconteceu de forma massiva. Pelas contas da indústria, haveria pouco mais de 1 milhão de aparelhos com o middleware embarcado.

Há quem acredite que o Brasil perdeu a janela de oportunidade para incluir interatividade na TV digital. Isso porque, enquanto a adoção do Ginga patina, cresce a passos largos a penetração das TVs conectadas. Esses dispositivos têm acesso à internet e sistemas operacionais próprios, que permitem ao usuário acessar as principais aplicações da web (redes sociais, You Tube e outras) pela tela da TV.

Fonte: Tela Viva

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ago 11

Camex reduz imposto para equipamentos de radiofrequência e TV Digital

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A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu para 2%, na condição de “ex-tarifários” , as alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre Bens de Informática e Telecomunicação.

A medida terá validade até 31 de dezembro de 2012. Os bens são os seguintes:

8471.50.10 Ex 001 – Unidades de processamento de dados destinados à manipulação exclusiva de imagens médicas radiográficas e mamográficas possuindo no mesmo corpo características de “hardware” incluindo console, monitor colorido LCD, “touch screen” ou
não e “software” com a finalidade de identificação de pacientes;

8517.62.49 Ex 007 – Roteadores digitais para sistema CMTS (“cable modem termination system”- sistema de terminação de modem a cabo), interface entre rede IP e rede coaxial,
com recursos de roteamento para suporte completo de serviços IP avançados, compostos
de: 1 chassi de alta densidade; 2 fontes de alimentação com 2 cabos ca; 1 módulo DOCSIS; 2 conjuntos de cabos para conexão dos módulos; 1 placa roteadora; 1 placa módulo DOCSIS de alta densidade; 1 placa de geração dos sinais de sincronismo de tempo; 1 placa cco 1 porta gigabit ethernet; 1 módulo (placa) de controle central, responsável por todo gerenciamento do conjunto CMTS (monitora o funcionamento dos demais módulos que integram o CMTS);

8517.70.10 Ex 001 – Placas de circuito impresso com componentes de áudio e/ou vídeo e/ou
sensoreamento, cartão funcional para uso exclusivamente em aparelho móvel de telefonia celular, montado a partir de tecnologia SMT (“surface mount technology”) utilizando placa plástica flexível resistente à temperatura de refusão da pasta de solda, suportada por molde metálico obtido por processo de usinagem de alta precisão e recortada por processo de prensagem com matriz de corte em formato específico;

8531.20.00 Ex 001 – Equipamentos de sinalização visual (tela de LCD ou LED), denominados
“controlador de produção informatizado”, compostos de: 12 interfaces para exibição de informações; 1 painel de controle ANDON com tela sensível ao toque (“touch screen”); 6 “hubs” de distribuição de sinais; 1 cartão de entradas/saídas remotas; 2 painéis de distribuição de energia; 1 servidor com software para armazenamento de informações;

8537.10.20 Ex 008 – Unidades de controle e gerenciamento do processo de injeção em máquinas de baixa pressão com sistema de refrigeração híbrido (água/ar/óleo) para fabricação
de rodas automotivas de alumínio, com painel de controle duplo e 2 controles lógicos
programáveis (CLP)

8543.70.19 Ex 001 – Amplificadores processadores de sinais de medição de nível de aço no
molde, por meio do princípio de medição “Eddy Current” de aço líquido, com sinal de saída de medição compreendida entre 4 e 20mA cc, linearidade de +/-1% e reprodutibilidade de 0,5%
8544.70.90 Ex 001 – Cabos híbridos contendo um ou mais pares de fibra ótica e um ou mais
pares de cobre conectorizados ou não, que atendam as especificações do padrão SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers) 311M para câmeras HDTV

9030.40.90 Ex 001 – Aparelhos testadores e medidores de radiofreqüência em equipamentos de radiocomunicação celular, com microprocessador incorporado, para testes de calibração
de módulos de comunicação GSM/GPRS/EDGE/UMTS/HSDPA nas frequências 850/900/1.800/1.900 MHz

9030.89.90 Ex 020 – Equipamentos para verificação de funcionamento do sistema de áudio automotivo

Fonte: Convergência Digital

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ago 11

Medidas para banda larga, semicondutores e TV Digital serão anunciadas até o fim de agosto

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Além das medidas anunciadas nesta terça-feira, 2/8, o governo vai apresentar nos próximos dias outras propostas de complementação da nova política industria. Em especial serão regimes especiais para a banda larga, semicondutores e TV Digital.

No caso da banda larga tratam-se das desonerações sobre equipamentos e a implantação de redes de telecomunicações – o que deve incluir as obras civis envolvidas – a serem beneficiados com reduções, ou, em alguns casos, isenções, de IPI, PIS e Cofins.

Já nos semicondutores a ideia é ampliar o PADIS para incentivar, especialmente, a integração dos chips nos displays – em geral, atualmente os monitores já chegam ao país “chipados” e a proposta busca agregar valor à produção nacional. Além disso, deve ser ampliado o escopo do programa de incentivos para equipamentos da TV Digital.

Essas medidas deverão fazer parte de uma medida provisória a ser apresentada ainda em agosto, conforme a expectativa do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Nesse mesmo período o governo deverá editar a regulamentação da lei que dá preferência a equipamentos nacionais nas compras governamentais.

Segundo o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, mesmo que algumas licitações já sejam feitas com base na lei, há necessidade de regulamentação para ampliar o uso na administração pública. Mas mais relevante que isso será a fixação de margens diferenciadas de preço para diferentes setores, assim como o percentual de nacionalização.

Por isso, a regulamentação está sendo trabalhada em conjunto por diversos ministérios – como o próprio MDIC, Fazenda, Ciência e Tecnologia, Saúde, Defesa e Planejamento. Como a lei prevê preferência a produtos nacionais, que podem ser até 25% mais caros que importados, um dos focos é definir um percentual distinto para cada setor.

Fonte: Convergência Digital

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