maio 21

Minicom conclui primeira versão do plano de transição para a TV digital

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O Ministério das Comunicações conclui, nesta semana, uma primeira versão do plano de transição da TV analógica para a digital. O pré-projeto elaborado pela Secretaria de Servições de Comunicação Eletrônica será finalizado ainda nesta sexta-feira, 18, e depois, encaminhado para discussões mais amplas com a Secretaria de Telecomunicações e também com a Anatel. O ministério tem até o fim deste ano para apresentar a versão final do plano de transição. De acordo com nota do ministério, o desligamento completo do sistema analógico no Brasil está marcado para 2016 e não será adiado.

Buscando subsidiar a elaboração do plano, representantes do Minicom estiveram nos Estados Unidos, em abril, para ver de perto como foi a transição para o sistema digital naquele país. A viagem incluiu conversas com todos os setores envolvidos no processo, como radiodifusores, fabricantes de equipamentos, órgãos governamentais e a Câmara de Comércio Americana.

Entre os pontos que mais chamaram atenção na experiência americana está o fato de uma cidade ter sido escolhida para testar a transição antes do restante do país. A eleita foi Wilmington, na Carolina do Norte. “Eles desligaram lá com antecedência, para verificar quais foram os impactos, o que iam precisar mudar. Fizeram a transição no microcosmo para aplicar todas as medidas corretivas antes de aplicar no macrocosmo”, diz em nota Genildo Lins, secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Minicom.

A escolha de uma cidade-piloto para antecipar os testes deve ser incluída no plano brasileiro de transição. O local ainda não foi definido, mas precisa reunir algumas características específicas, como o fato de todos os canais disponíveis para a população serem da própria cidade e não haver muita interferência do sinal. Outro aspecto importante para os testes é uma quantidade significativa de lares com receptor digital.

Fonte: Tela Viva

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maio 21

CPqD conclui entrega de aplicações para TV digital interativa

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Desenvolvidos com o apoio do Funttel, do Ministério das Comunicações, programas podem ser baixados gratuitamente

A terceira leva de aplicações e componentes de software para TV digital interativa baseada na plataforma Ginga, desenvolvidos pelo CPqD, já está disponível para download pelos interessados. Os programas, que podem ser baixados gratuitamente, são resultado do projeto Serviços Multiplataforma de TV Interativa (SMTVI) do CPqD, que conta com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), do Ministério das Comunicações.

O objetivo desse projeto é contribuir para o fortalecimento da TV digital no país, por meio da oferta  de novos serviços eletrônicos e aplicações interativas à população – e, ao mesmo tempo, estimular o uso desses serviços por pessoas não familiarizadas com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Para isso, o CPqD está colocando à disposição dos interessados não só as aplicações já desenvolvidas para o Ginga – com base nos padrões do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre – como também os códigos dos programas, a documentação, manuais de instalação, ferramenta de autoria e, ainda, uma biblioteca de componentes de software destinada a facilitar o desenvolvimento de outras aplicações para TV interativa, utilizando conceitos de orientação a objetos.

Nesta terceira – e última – fase de entrega, estão disponíveis para download as seguintes aplicações:

    • Inclua Saúde – permite marcar consultas em postos de saúde, para o usuário e seus dependentes, utilizando o controle remoto do aparelho de TV digital interativa.
    • Chat (bate papo) na TV – por meio dessa aplicação, dois usuários podem trocar mensagens instantâneas utilizando a TV interativa. Permite que o usuário crie um perfil com apelido e foto, gerencie sua lista de amigos e envie convites para um amigo fazer parte de sua lista.
    • Comércio na TV – aplicação destinada ao anúncio, busca (por categoria ou palavra-chave) e compra de produtos pela TV interativa. Permite também fazer perguntas ao vendedor e gerenciar créditos para compra de produtos.
    • Jogos – são cinco jogos populares – Damas, Cobrinha, Campo Minado, Fantasmas e Memória -, com regras fáceis e adequados ao uso em TV, pelo controle remoto.

Além desses programas, o CPqD também está colocando à disposição dos interessados uma série de recomendações de usabilidade e de segurança para o desenvolvimento de aplicações  para TV digital interativa baseada em Ginga – sistema que, a partir do ano que vem, deverá equipar boa parte dos novos aparelhos de televisão comercializados no Brasil. Todos podem ser baixados pelos sites do CPqD (www.cpqd.com.br) ou do Ministério das Comunicações (www.mc.gov.br), onde também estão disponíveis as outras aplicações desenvolvidas dentro do projeto SMTVI (Previdência Fácil, Procura Emprego, Notícias, Clima), bem como a biblioteca de componentes de software e a ferramenta de autoria para o desenvolvimento de novos aplicativos em Ginga. Juntos, eles tiveram 1.020 downloads, no período de dois meses.

Sobre o CPqD

O CPqD é uma instituição independente, com foco na inovação em tecnologias da informação e comunicação (TICs). No Brasil, as soluções do CPqD são utilizadas por grandes empresas e instituições dos setores de telecomunicações, energia elétrica, financeiro, industrial, corporativo e administração pública. Atuando há 35 anos, conta com mais de 1.300 profissionais altamente capacitados, reconhecidos por sua criatividade e comprometimento com elevados níveis de qualidade. O Centro hoje possui o maior programa de P&D da América Latina na sua área de atuação e tem como objetivo contribuir para a competitividade do País e a inclusão digital da sociedade levando ao mercado tecnologias de produto, sistemas de missão crítica, serviços tecnológicos e consultorias.

Para baixar os arquivos acesse https://www.cpqd.com.br/component/content/category/346-aplicacoes.html

Siga o CPqD no Twitter: https://twitter.com/cpqd

Fonte: CPqD

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abr 26

Governo e fabricante pressionam Oracle por definições no Ginga-J

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Já está passando da hora desse problema ser resolvido!!!! A Argentina já esta exportando conversor com Ginga e o Brasil ainda está definindo linguagem de programação que nem brasileira é!!!

Por mais que o java seja bom ou tenha o maior número de desenvolvedores do mundo, acredito que já passou da hora de se definir o que já deveria estar definido, um Ginga com NCL e LUA!!!!!

O governo já trabalha com a hipótese de tornar o módulo Ginga-J opcional para os dispositivos DTVi. Trata-se do módulo Java do middleware adotado no ISDB-Tb. Uma fonte diz que que a informação foi passada em tom de ameaça a representantes da Oracle (Java) no evento da NAB, que acontece esta semana em Las Vegas. No Brasil, a indústria, já apoiada por parte da radiodifusão, vem cobrando da Oracle uma fixação dos preços (ou pelo menos de um teto) dos royalties que serão cobrados por equipamento fabricado. “Eles dizem que não vão cobrar, mas não dão nenhum documento comprovando isso. E se, depois de termos vendido 100 mil receptores, eles resolverm cobrar US$ 3 por equipamento?”, questiona um fabricante ouvido por este noticiário. Este fabricante diz, no entanto, que acredita que com toda a pressão a Oracle deve dar uma resposta em até dois meses. “Se não, vamos parar de corrar atrás deles e deixar que eles corram atrás de nós”, diz.

Fonte: Tela Viva

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abr 26

Até o final de 2013, metade dos lares brasileiros devem ter receptores

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Até o final de 2013, metade dos lares brasileiros devem ter receptores

Até o final de 2013, metade dos lares brasileiros terá um televisor capaz de receber os sinais de TV digital. A previsão é de Flávio Lenz, assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicação, que participou de encontro realizado na sala da SET, sociedade de engenharia de televisão, sobre o padrão ISDB-T no dia 17/04 em Las Vegas. Para ele, a partir deste momento o radiodifusor que não estiver transmitindo digitalmente estará perdendo audiência. “Temos uma situação ‘do ovo e a galinha’ na transição”, disse Lenz, em referência à adoção de receptores digitais e o início das transmissões. Segundo Lenz, a partir deste momento, o que deve dirigir e acelerar o processo de transição para a TV digital é a penetração dos televisores digitais, e não o contrário.

Fonte: Tela Viva

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abr 17

Para Globo, transição da TV digital não será concluída em 2016

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Para o diretor-geral de engenharia da TV Globo, a transição entre a TV analógica e a TV digital dificilmente estará concluída em 2016, como prevê o cronograma oficial. Em entrevista exclusiva à revista TELA VIVA de abril (editada pela Converge) que circula a partir da próxima semana, o executivo, responsável pelo planejamento tecnológico da emissora, explica que hoje o sinal digital da TV Globo (que é de longe o de maior penetração no país) cobre 50% dos domicílios com TV, entre emissoras próprias e afiliadas. Até a Copa do Mundo de 2014, diz ele, serão 70%.

“É o nosso Projeto 50K, que levará o sinal digital a todas as cidades com 50 mil habitantes ou mais”, explica. Após isso, a Globo ainda estuda o que fazer com os 30% dos domicílios com TV que ficam em localidades com menos de 50 mil habitantes. “É um desafio muito grande, pois envolve milhares de retransmissoras. Os desafios são diversos, como o volume de investimentos, a capacidade de realizar em função do volume de instalações etc. Queremos em um prazo que julgamos adequado completar estes 30%”.

Para ele, no prazo estipulado pelo governo “não será possível”. Segundo Bittencourt, “em dois anos não dá para digitalizar algumas milhares de transmissoras. Nem nós e nem os nossos concorrentes conseguirão cobrir o Brasil em tão pouco tempo. Pelo menos não com transmissão terrestre”.

Ele explica que o satélite não é a melhor alternativa para cobrir esse restante integralmente, mas apenas para onde a TV aberta não chega com o sinal analógico. “Não descartamos cobrir algumas cidades menores através do satélite, mas o plano não é esse. Temos um modelo de TV terrestre vitorioso, que permite programação e publicidade local. Não queremos reduzir o nosso modelo”. Ele explica que será necessário expandir o número de emissoras. “Queremos segmentar mais ainda. Será possível, com mais canais, colocar geradoras em cidades onde hoje não há”, diz o engenheiro, ressaltando que esse estudo também acompanha o crescimento do país.

Segundo ele, o setor de radiodifusão também tem demanda por espectro, seja para a expansão territorial da TV digital, seja para futuros serviços como transmissão em 3D e em ultra alta definição (4K). Além disso, explica, “mudar uma emissora do canal 47 para o 30 é algo brutal. Demanda investimentos em torre, antena, transmissão, e ainda mexe com o hábito de consumo”, diz, fazendo referência ao modelo que está sendo praticado nos EUA de leilões incentivados, em que radiodifusores interessados em vender o espectro estão negociando a limpeza das faixas com as teles interessadas no espectro de 700 MHz. “A TV aberta é tudo de bom que acontece no Brasil. O movimento mundial é mau exemplo para nós, que temos uma boa TV aberta e que queremos que se mantenha forte. É algo bom para o País. O único país parecido conosco é o Japão, onde a TV aberta também é muito forte, mesmo sendo um país muito conectado. Isso prova que há sempre espaço para a TV aberta”. Segundo ele, os radiodifusores começaram a falar com o governo sobre as possíveis aplicações dos canais disponíveis.

Novas oportunidades

Na entrevista, Bittencourt também antecipa a estratégia da Globo para o ambiente das TVs conectadas. Segundo ele, espera-se que a Globo On Demand aconteça primeiramente na Internet, como já acontece com a Globo.com. ‘No futuro, eu vejo que estaremos também na TV conectada. As TVs com banda larga abrem uma janela para a TV, que até então só exibia conteúdos lineares. A TV poderá oferecer conteúdo sob demanda. É algo muito revolucionário”, diz.

A dificuldade, diz ele, é que para isso acontecer a rede de banda larga precisa evoluir, assim como as TVs. “Temos que harmonizar as interfaces dos fabricantes. Enquanto cada um tiver a sua tecnologia, não vai massificar. Ninguém vai fazer conteúdo para cada fabricante. Os produtores precisam poder criar um portal de conteúdo que atenda todas as plataformas.” Hoje, a Globo está integrando a produção de conteúdos para todas as mídias e o mesmo conteúdo da TV aberta estará instantaneamente disponível para todas as plataformas.

Fonte: Tela Viva

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abr 16

CPqD amplia leque de aplicativos com Ginga

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Impulsionar o mercado de aplicativo, com uso do Ginga, o middleware de interatividade para TV digital, é o objetivo do CPqD, ao disponibilizar três novas aplicações, com os respectivos códigos e manuais, para desenvolvedores.

“O mercado de desenvolvimento para TV digital está, de fato, muito confuso. E queremos acelerar o processo com essas soluções”, revela José Orfeu, responsável pelo projeto de TV digital no CPqD, em entrevista ao Convergência Digital.

Há um mês, houve a disponibilização da primeira parte do projeto nacional. O CpQD disponibilizou o serviço PrevidênciaFácil (com informações sobre aposentadoria), a biblioteca de componentes de software em Ginga e a ferramenta de autoria.

Juntos, eles tiveram mais de 400 downloads, no período de menos de um mês. “Esse resultado foi bem bom para nós porque sabemos que quem baixou foi porque está interessado em estudar, em aprender a mexer com o Ginga”, destaca Orfeu. A partir desta segunda-feira, 13/04, três novas aplicações foram adicionadas, todas com os respectivos códigos e manuais. São eles:

ProcuraEmprego – Facilita a busca de vagas de emprego no país. Por meio de um mapa, o usuário pode navegar pelas várias regiões e estados brasileiros até chegar a uma lista de profissões com vagas disponíveis.
Notícias – Serviço que permite exibir na tela da TV digital interativa as últimas notícias, divididas por assuntos como economia, mundo, música, política, tecnologia, etc.
Clima – Permite oferecer informações sobre o tempo e as temperaturas (máxima e mínima) de uma cidade previamente selecionada.

Além delas, também já está disponível a parte servidor (backoffice) do sistema que gerencia as aplicações interativas. Desenvolvido com base em arquitetura cliente-servidor orientada a serviços, esse sistema permite que uma aplicação seja executada em diferentes plataformas de TV – e, ainda, em diferentes terminais de acesso.

Para baixar as aplicações, os interessados podem entrar nos sites do CPqD (www.cpqd.com.br) ou do Ministério das Comunicações (www.mc.gov.br). Na terceira fase do seu cronograma, programada para 15 de maio, o CPqD tornará disponíveis para download as demais aplicações e serviços para plataforma Ginga desenvolvidos no âmbito do projeto SMTVI.

O mercado brasileiro é o grande alvo – especialmente, a TV pública, como ferramenta de disseminação dos aplicativos interativos da TV digital, mas o mercado latino-americano está na mira. “Precisamos cuidar da harmonização do uso do Ginga. Aqui no Brasil, temos que usar Ginga NcL e Ginga J (java). E queremos levar isso para todos os países que adotaram o ISDB-T como padrão para TV digital”, afirma José Orfeu.

Para Baixar o BackOffice https://www.cpqd.com.br/component/content/article/346-resultados-disponiveis/6148-backoffice.html

Fonte: Convergência Digital

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abr 02

Argentina consolida parque fabril de conversores

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Decidida a se transformar no pólo sulamericano de produção de conversores para TV digital e TV paga, a Argentina já soma nove fabricantes com planos industriais. Somente a DirectTV atraiu três fabricantes – Technicolor, Pace e Videola. NEC também fará conversores no país. Argentina planeja distribuir 1,2 milhão de conversores para agilizar a TV digital.

O acordo firmado com a Venezuela – os fabricantes instalados na Argentina serão responsáveis pela entrega dos conversores para o país presidido por Hugo Chavéz -também responde pelo incremento das plantas fabris, instaladas na Terra do Fogo, área com isenções fiscais semelhantes às concedidas na Zona Franca de Manaus.

São fabricantes de conversores e equipamentos para o projeto estatal de Cristina Kirchner, Coradir, UTE e Cometrans, que já entregaram 1 milhão dos 1,2 milhão de conversores previstos para a primeira etapa do projeto governamental de disseminar a TV digital. Também fabricam no país – Technicolor e Pace, em associação com BGH e Newsan, respectivamente, para atender a demanda da DirectTV – que, este ano, prevê a produção de 1,7 milhão de conversores para suprir mercado interno e exportação.

Quem recém-entrou nessa lista foi a Videola, empresa que produzirá 156 mil conversores por ano. E no final do ano passado, a NEC também anunciou o projeto de fabricar conversores para TV paga e TV digital ainda em 2012 no país. Enquanto a Argentina firma seu pólo fabril, o Brasil adota a política de privilegiar TVs com conversores embutidos – apostando na renovação da base de aparelhos instalados.

Fonte: Convergência Digital

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mar 27

Especialistas defendem operador de rede para a TV digital pública

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Durante o Seminário Internacional de Regulação da Comunicação Pública, que se encerrou na última sexta (23), o pesquisador do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e integrante do Conselho Curador da EBC, Takashi Tome, defendeu a contratação da Telebrás como gestou do operador de rede dos canais digitais públicos “Já apresentamos ao governo uma objeção à terceirização do operador a uma empresa estrangeira”, informou.

Como explicou o pesquisador, o operador de rede representa a separação entre a produção de conteúdo e a transmissão da programação, algo que já é feito em uma série de países europeus. O processo vai facilitar a transição da TV analógica para a digital e poderá ser utilizado pelos canais da EBC, além das emissoras do poder legislativo, judiciário e executivo.

De acordo com dados apresentados pelo conselheiro da EBC, 60% das retransmissoras do sinal televisivo nos municípios são controladas por prefeituras, o que fortaleceria o projeto de uma infraestrutura pública. “Na época, as emissoras privadas ainda não tinham interesse em retransmitir no interior. Como as prefeituras não eram vinculadas a nenhuma emissora específica, elas montaram uma estrutura para retransmitir vários canais e podem ser boas parceiras para a instalação do operador de rede.”

O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Salvadori Martinhão, aproveitou o debate para reforçar a necessidade de mais agilidade no processo de transição para a TV digital. “Minha grande preocupação é acelerar o processo de implantação do operador de rede, lembrando que nosso cerne é a multiprogramação para canais públicos. Isso tem um efeito de arrasto, porque dessa forma todos os setores – inclusive privados – vão querer acompanhar as mudanças.”

Inclusão social
A TV digital também pode ser um importante meio de inclusão social, defendeu Luiz Fernando Gomes Soares, professor da PUC-RJ. De acordo com ele, 98% da população brasileira têm televisão em casa, enquanto apenas 27% possuem computador com acesso à internet. O dado que mais chamou a atenção, no entanto, foi o fato de que 52% da população brasileira nunca terem utilizado a internet. Nas classes D e E, a realidade se agrava: só 3% têm acesso à internet em casa e 81% nunca acessaram a rede.

De acordo com o professor, com a chegada da TV digital é necessário pensar políticas que garantam não apenas o acesso à informação, mas também o conhecimento para produção de conteúdo e o direito de transmissão. Ele deu o exemplo do Projeto Ginga.br, que realizou treinamento com centenas de produtores de TVs comunitárias sobre a nova tecnologia. “Trabalhamos com a produção de aplicações interativas para TV Digital voltados para a Copa de Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, com programas sobre nossa cultura, turismo, esporte”, explicou.

“As TVs do campo público são o espaço natural para que todos esses mecanismos sejam testados e desenvolvidos”, reforçou o diretor-geral da TV USP e do Canal Universitário de São Paulo, Pedro Ortiz.

A diretora da Secretaria de Comunicação da Câmara, Sueli Navarro Garcia, apresentou também algumas iniciativas realizadas na Casa para aumentar a acessibilidade e a interatividade com o público. Hoje, a programação dos veículos locais já contam com uma média de 16 horas de legenda oculta (closed caption) e 15h de sistema de LIBRAS nas sessões ao vivo do plenário e comissões.

“Estamos desenvolvendo aplicativo de interatividade para o plenário da Câmara, a ideia é que o espectador possa obter mais informações a partir de um clique. É um exemplo bem simples enquanto não temos um canal de retorno”, explicou Sueli. Na proposta, o espectador poderia navegar pela tela da TV e descobrir mais sobre a pauta do dia e informações sobre deputadas e deputados.

Fonte: FNDC

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mar 27

Brasil investe pouco na produção de conteúdo digital

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Publicação recém lançada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom), traçando uma ampla radiografia da indústria criativa e conteúdos digitais, revela que, apesar do surgimento de muitas profissões relacionadas com as mídias digitais, ela ainda merece pouca atenção por parte do setor acadêmico no país.

O que pode ser um erro estratégico. Segundo os pesquisadores do Ipea, a indústria de conteúdos digitais é uma indústria em desenvolvimento que, nos EUA, por exemplo, representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) somente na indústria do entretenimento, sem incluir aí as possibilidades de negócios na área de educação a distância, cultura, saúde, cidadania ou serviços públicos digitais interativos.

Levantamento realizado pela equipe de pesquisa junto ao CNPq, usando as palavras-chaves internet, TV digital, TV digital interativos, dispositivos móveis, multiplataformas, EaD, videojogos, jogos digitais, convergência de mídias, mídias convergentes e governo eletrônico mostrou que – até novembro de 2011 – existiam no país 667 pesquisas em diferentes áreas do conhecimento. A saber:

Jornais Digitais – Essa plataforma tem apenas três (03) grupos de pesquisas no Brasil registrados no CNPq, sendo dois (02) na área de comunicação e um (01) na área de sociologia.

Revistas Digitais – A exemplo dos grupos de pesquisas sobre jornais digitais, o número de grupos de pesquisas sobre revistas digitais é muito baixo. Há apenas três grupos de pesquisa nessa temática no CNPq, sendo dois (02) na área de comunicação e um (01) de ciências politicas.

Videojogos – Plataforma tecnológica que está inserida na sociedade desde os anos 50 do século XX, os videojogos/videogames são parte da indústria do entretenimento e jogados em todo o país, mas os estudos dedicados a essa temática ainda são poucos no CNPq. Há apenas seis (06) projetos nessa área, sendo dois (02) em comunicação, dois (02) em educação, um (01) em desenho industrial e um (01) em educação física.

Celulares – A plataforma telefone móvel, popularmente conhecido como celular, tem um numero considerável de grupos de pesquisa: quase a mesma quantidade que estudam a internet mediada por computadores, ocupando o segundo lugar das plataformas tecnológicas mais pesquisadas. Há 247 grupos de pesquisa no Brasil, mas nenhum desses grupos é da área de comunicação. A maioria dos grupos se concentra na área de ciências biológicas e, como os outros grupos de pesquisa, está principalmente no eixo Rio São-Paulo.

TV Digital – A plataforma TV digital possui 89 grupos de pesquisa. A maioria – 41 grupos – na área da computação, ou seja, são estudos focados na estrutura técnica da televisão digital e apenas 18 grupos são da área da comunicação. Outro aspecto importante da analise é que a maioria dos grupos está concentrada nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, onde foram contabilizados 34 grupos.

Cinema Digital – Existem apenas 18 grupos de pesquisa registrados no CNPq preocupados com essa plataforma tecnológica. Mais da metade dos grupos são da área de comunicação e os restantes estão divididos entre educação, ciências da computação, letras e artes.

Internet (computadores mediados por internet) – Entre as temáticas pesquisadas é a que possui mais grupos de estudos financiados pelo CNPq, somando 301 grupos de pesquisas. Destes apenas 38 grupos são da área de comunicação. A maioria dos projetos se concentra na área das ciências exatas (computação, física, química). Mais uma vez percebe-se a concentração das pesquisas no Rio de Janeiro e São Paulo, com 120 grupos de pesquisa.

Em busca realizada na Capes através do seu banco de teses e dissertações, foram encontrados 42.152 trabalhos sobre as temáticas celulares, internet, TV digital, jornal digital, em um videojogos, cinema digital e revista digital em difeServiços, Aplicativos e Conteúdos Digitais Multiplataformas… 151 rentes áreas do conhecimento. Desses, o maior número de teses e dissertações concentra-se na temática celulares, com 34.592 trabalhos, internet, com 6.599 e, em um terceiro lugar muito distante, as teses e dissertações sobre televisão digital, com 582 estudos. Essas teses e dissertações referem-se a todas as teses e dissertações disponibilizadas pela Capes, correspondentes ao período compreendido entre 1987 e 2010.

E não foi por falta de recursos financeiros.

Um dos melhores exemplos de estímulo à pesquisa, produção e inovação em tecnologias digitais ocorreu no primeiro mandato do governo Lula, durante a definição do padrão brasileiro de TV digital. Naquele momento (2003-2006) as universidades e instituições (públicas e privadas) de pesquisa de todo país e cerca de 1.200 pesquisadores da graduação ao pós-doutorado foram estimulados a trabalhar coletivamente produzindo e compartilhando conhecimento. O próprio estudo do Ipea reconhece que, apesar das falhas no repasse de verbas – que acabaram por atrasar e inviabilizar alguns projetos –, o resultado foi a criação de novos polos de pesquisa tecnológica e produção de conhecimentos em capitais, no interior de estados (como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e em regiões que não possuíam tradição em pesquisa (Nordeste, como Pernambuco e Paraíba).

Mas hoje, mesmo quando se olha só para o segmento de TV Digital, segundo a pesquisadora Cosette Castro, que assina o capítulo 2, do quarto volume do estudo do Ipea, a falta de capacitação para as diferentes áreas de produção de conteúdos, serviços e aplicativos digitais para TV digital (com ou sem recursos interativos) é crítica. “Vai além do uso do middlware Ginga e suas possibilidades interativas. Engloba a sensibilização para a mudança do mundo analógico para o digital, para o fim das narrativas lineares e envolve todos os setores das emissoras”, diz.

O único projeto de capacitação para produção de conteúdos digitais interativos é voltado para pontos de cultura, TVs comunitárias, e ativistas sociais, e vem sendo desenvolvido pelo Laboratório Telemídia (PUC-Rio) em convênio com outras universidades do país. Os recursos e apoio são oriundos do Cmitê Gestor da Internet (CGI) para desenvolver IPTV e TV digital.

Na opinião de Cosette “é necessário que haja ampliação do número de projetos de capacitação com caráter transdisciplinar envolvendo especialistas em desenvolvimento de software, em educação, comunicação e narrativas audiovisuais, design e engenharia. Esses cursos deveriam capacitar e atualizar profissionais do mercado e a comunidade”. Concordam?

No mesmo volume (o quarto), no capítulo 3, Maria Cristina Gobbi traça um panorama do enisno da comunicação no Brasil. Vale ler. Explica, em parte, porque as áreas que mais pesquisam televisão digital no país são: ciências da computação (17%) e engenharia (16%) –os campos do conhecimento que vêm recebendo recursos sistemáticos do governo federal desde 2002, quando começaram as pesquisas tecnológicas para definir o padrão de TVD a ser escolhido no país.

Confira os quatro volumes do Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil 2011/2012

Caso não consiga baixar pelo site do IPEA baixe pelo nosso site:

Fonte: IDGNOW

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mar 27

A indústria trabalha para tornar o Ginga-J opcional

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Um mês depois do governo brasileiro ter defnido o incentivo à interatividade no PPB para televisores digitais, a indústria de receptores, com a conivência dos radiodifusores, que pouco têm feito em relação ao desenvolvimento de aplicações interativas, já trabalha no âmbito do Fórum SBTVD para tornar o módulo Ginga-J do middleware Ginga opcional, também no Brasil para os dispositivos DTVi.

A próxima reunião do Fórum SBTVD promete grandes emoções. Principalmente depois da posição da Argentina definir o uso da implementação Ginga.ar, da LIFIA, como padrão em uma licitação para aquisição de milhares de conversores a serem distribuídos pelo governo para a população de baixa renda do pais.

Algumas empresas brasileiras manifestaram preocupação de a licitação estar, de fato, criando uma reserva de mercado na Argentina para o middleware criado no pais, a partir da implementação de referência do módulo Ginga-NCL da PUC-Rio. Há quem diga que o Ginga-ar sequer segue o padrão definido pelo Brasil para o módulo Ginga-NCL.

A polêmica em torno do Ginga.ar teve dois desdobramentos. Uma carta aberta assinada pelos responsáveis pelo desenvolvimento do middleware na PUC-Rio e no LIFIA (imagem no fim deste texto) e a discussão a respeito da harmonização das normas de TV Digital na última reunião do Fórum Internacional ISDB-T, que realizada semana passada em Quito, no Equador.

A ausência da delegação Argentina no encontro chamou a atenção. A proposta brasileira é a de que todas as implementações do middleware sejam compatíveis entre si, de forma a gerar escala para a indústria de conversores e para o desenvolvimento e troca de conteúdo e aplicações. Sem a presença de delegação argentina, os países membros do Fórum optaram por adiar a decisão. O problema, é que a próxima reunião do Fórum Internacional está marcada para Marco de 2013. Até lá, a indústria brasileira tem tempo de sobra para trabalhar pelo adiamento da obrigatoriedade do Ginga no PPB e para tornar o módulo Ginga-J opcional.

É bom que trabalhe também por harmonizar o módulo Ginga-NCL em todas as implementações já disponíveis no mercado brasileiro e na implementação argentina, que já começa a exportar conversores para a Venezuela. O Governo Chávez vai comprar 300 mil conversores digitais e 13 estações DTT da Argentina. O acordo é avaliado em US$ 51 milhões.

O argumento dos que se preocupam com o crescimento de mercado do Ginga.ar a universidade argentina beneficiou-se do financiamento brasileiro para a pesquisa em NCL e, sem gastar quase nada, apropriou-se da tecnologia, criando um “fork” NCL-BR e NCL-AR. É preciso que ele esteja 100% em conformidade com as normas definidas pela ABNT e pela ITU para que os esforços de harmonização não se percam.

O Ginga-NCL é uma especificação. Ela deve ser “única”, mas dela podem sair várias implementações. Exemplos: ASTROTV (da TOTVS), Middleware MOPA (da MOPA), Ginga.ar (do LIFIA-Argentina), além de outras sem nome específico, como a implementação da NOKIA e da EITV.

Absolutamente “todas” as implementações acima originaram da implementação de referência da PUC-Rio. Algumas delas optaram também por ser de código aberto, como a implementação da Nokia e o Ginga.ar.

Para quem defende o Ginga.ar, ao abrir um edital para compra de conversores como o middleware o governo argentino agiu como uma empresa qualquer. Por exemplo, a Sony escolheu o ASTROTV, a Toshiba o middleware da Mopa, o governo da argentina, após uma análise de várias empresas, e em um segundo edital, escolheu o Ginga.ar. No primeiro, ainda na época da Copa do Mundo da África, o middleware escolhido foi um brasileiro.

Segundo a carta assinada pelo professor Luiz Fernando Soares, da PUC-Rio, o Ginga.ar é uma implementação Ginga-NCL seguindo as Normas ISDB. Mas muitos dizem que o middleware não está conforme. O temor é o de que a solução Argentina, que optou somente pelo Ginga-NCL, seja também a solução em outros países. Para muitos fabricantes, e também para a academia _ e isso é público e notório, _ sem o modulo Ginga-J a implementação do Ginga fica “muito mais” democrática.

O problema não é o Java em si, mas o fato de não haver concorrência hoje na implementação Ginga-J., a da Totvs. E o fato de, por conta dos direitos da Oracle (que comprou a SUN, detentora da propriedade intelectual sobre a máquina virtual Java – Orcale JVM) , cedidos para o Fórum Brasileiro, o modulo Ginga-J não poder ter uma implementação em código aberto que não possa ser distribuída, como acontece com o Ginga-NCL., embora nem todos na indústria nutram simpatia pela ideia de uso de código aberto. Do ponto de vista do desenvolvedor de conteúdos os defensores do módulo NCL dizem que, sem dúvida, é muito mais fácil de usar por não especialistas, e isso torna o desenvolvimento de aplicações mais democrático.

Nesse ponto, a comunidade Java argumenta que ele democratiza o desenvolvimento de aplicações, por conta da grande comunidade de desenvolvedores, comparada à comunidade Lua.
Mas até esse argumento é refutado pelos defensores de Ginga-NCL. Segundo ele, a grande comunidade de desenvolvedores Java é para computação genérica. Muito poucos sabem sobre as bibliotecas específicas para TV.

Por conta disso, a Oracle deve promover um Workshop em São Paulo para apontar as vantagens da adoção do Ginga-J e esclarecer dúvidas em relação à cobrança de royalties.

A Oracle tem uma parceria com a TQTVD para disponibilizar para os desenvolvedores a ferramenta de desenvolvimento AstroBox, totalmente baseada no padrão de TV Digital brasileiro para facilitar seu trabalho. Essa ferramenta é oferecida associada à máquina virtual Oracle – Oracle JVM – e, segundo a empresa, abre infinitas possibilidades de criação de aplicativos para relacionamento com o público.

Até aqui, apenas da TV Globo optou pelo uso do Java no desenvolvimento de suas aplicações interativas. Mas até ela, como emissora, não tem investido muito esforço na ampliação da quantidade de aplicações hoje no ar.

Declaração assinada entre Brasil e Argentina

Fonte: IDGNOW

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