jun 24

TV Digital: Prazo para TV digital opõe teles e transmissoras

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Faltando quatro anos para o término do prazo no qual as emissoras de TV terão de migrar todas as suas transmissões para o formato digital, o governo admitiu pela primeira vez a possibilidade de adiar o chamado “apagão analógico” para depois de 2016. Embora a data esteja mantida, essa alternativa agrada os canais de televisão, mas preocupa as companhias de telecomunicações, que esperam poder ocupar esse espectro com serviços de banda larga.

No 26.º Congresso Brasileiro de Radiodifusão – realizado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) esta semana em Brasília -, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reconheceu que a migração das transmissões de TV para o modelo digital tem sido mais lenta que o esperado e sinalizou que o governo poderá tolerar as transmissões analógicas por mais tempo, até que a maioria da população possa adquirir os conversores de sinal.

O problema é que a faixa de 700 mega-hertz (Mhz), utilizada no modelo analógico de TV, é disputada pelos próprios radiodifusores e pelas empresas de telecomunicações, que querem aproveitar a frequência para aumentar suas redes de internet banda larga e telefonia. Os dois lados pressionam o governo por uma definição sobre o chamado “dividendo digital”, mas a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já avisou que essa decisão não sairá em 2012.

Enquanto isso, um extenso relatório preparado pela GSMA – uma espécie de consultoria global do setor de telecomunicações – destaca que o Brasil estaria perdendo espaço na quarta geração de telefonia (4G) para outros países latinos, como México, Uruguai, Argentina e Colômbia, que já destinaram os 700 MHz às teles.

Ideal. De Xangai, o diretor da GSMA para a América Latina, Sebastian Cabello, disse ontem ao Estado que a frequência da TV analógica é fundamental para complementar as faixas de 4G de 2,5 giga-hertz (GHz) arrematadas pelas operadoras no leilão realizado pela Anatel na semana passada. “Por ser uma frequência mais baixa, o 700 MHz precisa de muito menos antenas e seria ideal para ampliar a cobertura de quarta geração em um país extenso como o Brasil”, disse.

Para Cabello, as emissoras de TV querem manter a faixa sob seu controle porque têm medo da disputa com as transmissões de vídeo proporcionadas pelos celulares 4G. “Com a popularização dessa tecnologia, as receitas de publicidade acabarão sendo divididas. Mesmo assim, haverá espaço para os dois serviços. O que não pode acontecer é a prorrogação dessa barreira à banda larga”, completou.

Fontes do governo avaliam que um dos maiores desafios até 2016 no setor é viabilizar a migração para o padrão digital de mais de 10 mil retransmissoras espalhadas pelo País. Para evitar atrasos no fim das transmissões analógicas, o Ministério das Comunicações já discute com o BNDES a criação de uma linha de financiamento especial para esse grupo.

O setor de radiodifusão vê com bons olhos a hipótese de adiar o apagão analógico. Daniel Pimentel Slaviero, conselheiro da Abert, avalia que o cronograma de desligamento pode seguir o mesmo modelo adotado no processo de implantação da TV digital, que se iniciou em São Paulo e depois ocorreu no Rio, Brasília e outras capitais. “É natural que o processo possa ocorrer na mesma proporção, ou seja, desligando os grandes centros e deixando as cidades menores e o interior, onde foi implantado depois, para mais tarde”, afirmou.

Fonte: FNDC

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jun 24

TV Digital: Especialistas discutem os rumos da TV digital e da comunicação pública no Brasil

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Na noite desta quarta-feira (20), a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Cosette Castro e o assessor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Diogo Moisés protagonizaram debate sobre os avanços do campo público na TV digital. O evento aconteceu em São Paulo, como parte do Ciclo de Debates Panorama da Comunicação e Telecomunicações, promovido pelo Ipea, Socicom e Barão de Itararé. A mediação foi de Fernanda Carneiro, jornalista do Ipea.

Cosette Castro apresentou um amplo panorama da TV digital no Brasil, abrangendo aspectos mercadológicos, políticos e acadêmicos. Segundo a pesquisadora, o projeto de TV digital no Brasil é isolado e desconexo em relação a outras áreas, o que fragiliza a proposta. A campanha em torno da TV digital, segundo ela, também é ineficiente. “O Fórum Brasileiro de TV Digital e o governo parecem empurrar um para o outro a missão de construir uma campanha sólida”, afirma.

De acordo com ela, a campanha brasileira é veiculada em horários ruins, geralmente depois das 22h, com pouca frequência e em poucos veículos. Como exemplo, Castro cita o caso da Argentina: “Há uma ampla e atraente campanha, chamada Televisión Digital Abierta, com histórias animadas e musicadas, compreensíveis e informativas”. Ela chama a atenção para o fato de que a ideia de TV digital no Brasil não releva seu caráter de serviço público, limitando a inovação apenas à questões técnicas, como melhorias de imagem e som.

A pesquisadora definiu conteúdos e aplicativos digitais como “programas de software para computadores, celulares, videojogos, revistas digitais, televisão e convergência tecnológica em geral”. Ela ressaltou que os conteúdos podem ser desenvolvidos tanto em código aberto – como o Ginga –, como em código fechado. Os aplicativos têm capacidade de melhorar a qualidade de vida, afirma. “Uma pessoa que depende do INSS pode marcar consulta sem sair de casa, por exemplo”.

Segundo Castro, os projetos de desenvolvimento de conteúdos, serviços e aplicativos digitais não passam de protótipos e a indústria de conteúdos digitais ainda não saiu do plano teórico, sendo que o país foi responsável pela criação do Ginga. “Desde 2003, o país investiu 150 milhões na área de tecnologia digital, mas apenas 0,1% foram, de fato, empregados. O investimento em conteúdos digitais gera PIB, favorece o mercado de trabalho, aumenta a oferta e procura de conteúdos, além de estimular a cultura nacional”, afirma.

Dentre outros fatores apontados por ela em sua pesquisa, receberam destaque o atraso da legislação em comunicação, especialmente a eletrônica; a necessidade de revitalização da TV pública e a constante descontinuidade dos projetos relacionados à TV digital e ao setor. “A falta de continuidade nos projetos impede o desenvolvimento de políticas públicas sólidas na área, o que afeta, também, os investimentos no setor”.

Os desafios da TV pública

Diogo Moisés explicou as dificuldades da comunicação pública no Brasil a partir do exemplo da EBC, criada em 2007. “O sistema público de comunicação no país ainda é uma intenção. Até o momento, tivemos apenas pílulas dele”, afirma. Em sua avaliação, a EBC ainda está na “primeira infância”, tendo enfrentado muitas dificuldades desde seu nascimento, já que assumiu passivos da Radiobrás.

Segundo Moisés, a defasagem nos campos da comunicação pública e da TV digital está intimamente relacionada. “É um processo político complexo, que passa pela arquitetura regulatória, recursos financeiros e formação”, opina. Em sua visão, o governo precisa organizar o setor e planejar investimentos, construindo políticas públicas de longo prazo. “A grande lição até agora é que os investimentos e projetos não podem ser descontinuados”.

Ainda em relação à EBC, Moisés ressaltou que a instituição está sendo construída em pleno período de transformação da comunicação. Mesmo com o disparate entre os recursos financeiros de uma TV pública e de veículos comerciais, ele acredita que os produtos têm de ser pensados de forma “transmidiática”. “Teremos um portal para agregar produção colaborativa, multimídia e multiplataforma”, afirma, acrescentando que “multiplataforma não é apenas pegar um produto de TV e colocar em um hotsite, mas pensar novas dinâmicas de interatividade e participação”, afirma.

Formação e capacitação

Tanto Moisés quanto Castro avaliam que o campo do ensino é fundamental para o desenvolvimento das áreas de TV digital e TV pública. Segundo os debatedores, há uma carência aguda em recursos humanos e formação na área. “Faltam iniciativas e recursos para capacitação e atualização profissional e acadêmica na área”, afirma Castro. Os dois defenderam o projeto da Escola Nacional de Comunicação Pública, que ofereceria uma formação distinta do ensino mercadológico predominante nas instituições de ensino do país.

Fonte: FNDC

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jun 24

TV Digital: Para radiodifusores, atraso é da indústria de TVs

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Os radiodifusores acreditam que a maior parte das emissoras – e mesmo das retransmissoras – estará pronta para a migração marcada para 2016 e o consequente desligamento das transmissões analógicas. A dúvida, porém, é a mesma já ecoada pelo ministro das Comunicacões, Paulo Bernardo: os brasileiros não terão aparelhos digitais em casa.

“Do ponto de vista de emissoras como Globo, SBT, Band, Record, Canção Nova, Mix, o prazo será cumprido. Tem até emissora que pretende ter todas as geradoras fechadas na Copa [de 2014] e 30% das retransmissoras, o que é muito. Mas não adianta ter geradora e retransmissora digital se o aparelho na casa das pessoas não estiver funcionando”, afirma o diretor geral da Abert, Luis Roberto Antonik.

Antonik lembra que nos Estados Unidos a migração digital atrasou exatamente pela falta de aparelhos com capacidade de recepção digital. “Lá foi adiado duas vezes porque, quando chegou no primeiro corte, por exemplo, 30% dos americanos tinham receptor só analógico”, diz ele. “Os ministérios do Desenvolvimento, da Ciência e Tecnologia vão ter que pensar no equipamentos”, completa.

Não é que todas as dificuldades dos radiodifusores estejam superadas. Mas nesse caso há duas situações – as autorizações emitidas pelo Ministério das Comunicações para a operação digital e a carência de recursos, não só financeiros, mas mesmo de engenharia, de pequenas emissoras. “Quem pode ter problemas são as pequenas emissoras independentes e as educativas”, diz Antonik.

No caso das autorizações, uma força-tarefa iniciada no fim do ano passado vem acelerando os processos. “Até janeiro deste ano não tínhamos nenhuma retransmissora autorizada, agora temos mil. Eram apenas 103 geradoras, hoje já são 204”, calcula o diretor geral da Abert. O Brasil conta com cerca de 1,6 mil geradoras e 11 mil retransmissoras. Já as dificuldades das pequenas emissoras exigirão apoio do governo ou de associações como a própria Abert, ainda que não se tratem de empresas filiadas à entidade.

Para o diretor geral da Abert, o principal nó é mesmo a disponibilidade de televisores digitais nos lares brasileiros. “Só a partir de 2012 os fabricantes estão obrigados a fabricar televisores com conversor embutido. Mas temos 150 milhões de aparelhos de televisão no país e nosso mercado produz 14 milhões de TVs por ano, sendo que parte é reposição e a esmagadora maioria não tem Ginga, o que indica que a interatividade vai demorar”, avalia.

Em difícil negociação com os fabricantes, o governo também adiou a implantação de metas para o sistema operacional Ginga, desenvolvido no Brasil, e responsável pela interatividade na TV Digital. Pelo acerto, 75% dos aparelhos fabricados no país terão que trazer o Ginga a partir do próximo ano, percentual que sobe para 90% a partir de 2014.

Fonte: Convergência Digital

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jun 24

TV Digital: Ritmo lento de migração acende sinal amarelo no Governo

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O governo parece preocupado com o ritmo de implantação da TV Digital no país – especialmente com a aproximação do prazo previsto para o fim das transmissões digitais, em 2016. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, há algumas dificuldades com as retransmissoras mas o ponto principal seria a troca dos televisores analógicos por digitais pela população – o que pode exigir incentivos para a compra dos novos aparelhos.

Ao abrir o 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, organizado pela Abert ,em Brasília ,nesta quarta-feira, 20/6, o ministro – preocupado – defendeu a elaboração de “um plano para garantir que a transição da TV Digital ocorra dentro do prazo previsto e sem sobressaltos”.

Questionado, Bernardo afirmou que o objetivo seria “antecipar” a transição. Mas revelou preocupação com a troca dos televisores analógicos por digitais. “Precisamos ver se as pessoas estão comprando os televisores. Talvez metade ou mais da população ainda tenha equipamentos analógicos. Temos que pensar em incentivos”, destacou.

Segundo ele, o governo ainda trabalha com o prazo de 2016 para o desligamento das transmissões analógicas, mas a data dependerá, principalmente, da disseminação dos aparelhos receptores. “Se chegarmos a 2016 com, digamos, 10 milhões de pessoas sem TVs digitais, não seria de bom senso desligar as transmissões”, completou.

Fonte: Convergência Digital

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jun 07

TV Digital: Brasil dá continuidade ao planejamento para o desligamento da TV analógica

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Dando continuidade às ações de planejamento para o desligamento da TV analógica no Brasil, o Ministérios das Comunicações discutiu resultados de um estudo conduzido pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA).

De acordo com o assessor da Secretaria de Telecomunicações do MiniCom, Flávio Lenz, o estudo teve o objetivo de identificar áreas onde o Japão possa cooperar com o Brasil para o sucesso do apagão analógico.

“Essa assistência está sendo muito importante porque estamos aprendendo com quem já passou por uma experiência parecida com êxito”, destacou.

As áreas onde deverá haver cooperação entre os dois países são o planejamento do espectro, o monitoramento da cobertura digital e as ações de divulgação do desligamento analógico voltadas à população brasileira.

Segundo Lenz, o MiniCom deverá enviar, até o final de junho, uma proposta de atuação para a Agência Brasileira de Cooperação, que enviará o documento ao governo do Japão.

Você acredita que o Brasil esteja preparado para este apagão? Leia aqui uma matéria sobre o assunto. Conversamos com pequenas emissoras do interior do norte e nordeste e descobrimos que muitas delas ainda estão despreparadas para o digital.

Fonte: Olhar Digital

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jun 05

TV Digital: Brasil apoia instalação de laboratórios no Uruguai

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O Brasil está apoiando a instalação de três laboratórios voltados à produção de conteúdos de TV Digital e aplicações interativas com o middleware Ginga no Uruguai. Segundo o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, a iniciativa faz parte do acordo assinado entre os dois países há exatamente um ano, que previa uma cooperação nas áreas de televisão digital e banda larga.

“Esta parceria em atividades tecnológicas, científicas, acadêmicas e econômicas tem o objetivo de fortalecer os vínculos entre os dois países, o que é, inclusive, uma orientação da presidenta Dilma”, destacou o secretário.

Nos últimos dias 29, 30 e 31 de maio, Alvarez viajou ao país vizinho, onde encontrou o vice-ministro da Indústria do Uruguai, Edgardo Ortuño, bem como com outras lideranças do setor das telecomunicações do país. Além de reforçar a parceria e traçar planos de atuação conjunta, a discussão enfocou questões práticas sobre a instalação dos laboratórios.

“Mais do que a infraestrutura, existe todo um processo de qualificação de técnicos que precisa ser feito. Nós também estamos trabalhando numa articulação estratégica com outros países que também adotaram o sistema nipo-brasileiro de TV Digital”, explicou Alvarez.

A criação de um centro binacional de pesquisas em diversas áreas do setor das telecomunicações, como TV Digital e Banda Larga, também está sendo discutida. Além disso, segundo o secretário, os governos dos dois países estudam estratégias para incentivar indústrias brasileiras e uruguaias a estabelecerem cooperações.

Alvarez participou, ainda, de um evento sobre TV digital promovido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) e pela Unidade Reguladora de Serviços de Comunicações do Uruguai. No evento, o secretário fez uma apresentação sobre a experiência brasileira no processo de migração para o sistema digital de televisão.

Fonte: Ministério das Comunicações

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maio 31

TV digital móvel: a experiência de países como a África do Sul

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Com o país acelerando seus preparativos para hospedar a Copa da FIFA em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, parece que este é o momento para o Brasil também incentivar a adoção da TV Digital, principalmente a TV Digital Móvel (MDTV). O Brasil tem um grande potencial para muito sucesso na adoção de TV Digital Móvel, pois já possui uma das maiores bases instaladas de telefones celulares e uma das maiores audiências de TV do mundo. Já é considerado um líder neste setor entre os outros países da América Latina, com um número projetado de aproximadamente 50 milhões de dispositivos móveis com capacidade para recepção de TV Digital em 2015. Todos esses fatores são concretos e extremamente positivos, porém talvez mais ainda possa ser feito.

A África do Sul em alguns aspectos talvez ofereça um exemplo de como o Brasil pode potencializar ainda mais o sucesso da implantação da MDTV. Os dois países possuem uma parte significativa da população morando distante de grandes centros urbanos, onde o acesso à banda larga é muitas vezes limitado, mas não tanto como o acesso a TV. Além disso, mesmo com o aumento do poder de compra e consumo em geral das famílias desta população, ainda há limitações significativas para compras tidas como extravagantes a exemplo de dispositivos como tablets e smartphones. Porém, como no caso da África do Sul, à medida que os preços caem para dispositivos móveis e serviços de acesso móvel à Internet, essas barreiras diminuem, potencializando ainda mais o crescimento desse mercado.

No passado, a África do Sul tinha poucos usuários de Internet devido aos preços altos para os dispositivos e serviços de acesso. Hoje o volume de dados em acesso por dispositivos móveis continua a crescer e as projeções são para uma aceleração ainda maior resultando em uma taxa de crescimento anual de 118%. Parte desse crescimento levou a uma revolução no número de dispositivos conectados à Internet: 39% da população urbana e 27% da população rural agora usa a Internet através de dispositivos móveis como os smartphones. Todo esse crescimento tem impulsionado as variadas categorias de dispositivos móveis no setor. Fabricantes agora têm lançado todos os tipos de aparelhos, incluindo smartphones, TVs portáteis e acessórios para PCs e iOS (Apple) com o objetivo de atrair um grande segmento de usuários com as aplicações e formas de acesso que sejam mais convenientes para cada grupo da população.

Ao mesmo tempo, devido ao crescente uso desses meios, os usuários de dispositivos móveis na África do Sul se tornaram mais seletivos e agora demandam informação cada vez mais rápida e eficiente, inclusive em outros formatos, como a TV móvel aberta ou paga, que especialistas esperam que alcance 71% de todo o tráfego de dados móveis até 2016.

Desde o lançamento da TV Móvel ocorrido algum tempo antes da Copa de 2010, a África do Sul tem tido um aumento constante nas receitas de publicidade e conteúdo pago, especificamente em eventos esportivos nacionais e internacionais. Os usuários ficaram mais exigentes e seletivos depois da Copa do Mundo de 2010 e esta parece ser uma tendência em países que hospedaram estes grandes eventos. Com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 se aproximando e o constante interesse por esportes no Brasil, o desenvolvimento do mercado de TV digital móvel é essencial para maximizar os ganhos financeiros desses grandes eventos. As autoridades no Brasil já estão tomando medidas nessa direção com seus planos em andamento de cobertura do sinal digital em grande escala antes de 2014. Agora resta avaliar se a multiprogramação também poderia ser usada como complemento à programação terrestre da TV Digital, hoje não permitida por regulamentação. Esta foi uma medida de grande sucesso para o avanço desse mercado na África do Sul e poderia ser avaliada também para o Brasil.

A Siano tem testado diversos equipamentos no Brasil, estudando e entendendo as características técnicas que são específicas de cada localidade, como, por exemplo, os desafios de alto nível de interferências no sinal de TV digital em áreas centrais de grandes metrópoles como São Paulo ou baixa potência de sinal na periferia destas mesmas cidades, a fim de desenvolver as melhores soluções.

À medida que as expectativas e experiências dos consumidores continuam a crescer, o Brasil se encontra na fronteira de uma revolução no mercado de MDTV que acabará se tornando essencial para competir em um mercado global. Com lições aprendidas de outros países e mercados como a África do Sul, aliado a fatores positivos já existentes no país, como o interesse pelos dispositivos móveis de TV digital estudado e compreendido por empresas como a Siano, este mercado pode operar em larga escala através da colaboração mútua entre iniciativas governamentais, emissoras de TVs e fabricantes de equipamentos móveis para promover toda a potencialidade da disseminação de informação e entretenimento através da TV digital móvel.

Fonte: Mobile Time

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maio 29

Torre TV Digital: Imagem e som em alta definição são os principais atrativos do sinal digital

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Inaugurada em abril deste ano, a Torre de TV Digital em Sobradinho ainda não funciona como transmissora de sinal digital para o Distrito Federal. Apenas em dezembro, quando receber a antena, ela estará em total condição de fazer esse serviço. Apesar disso, os brasilienses ainda vão poder assistir aos jogos em alta definição, pois a maioria das emissoras usam um sistema provisório instalado na Torre de TV da Esplanada dos Ministérios.

As vantagens dos sinais HD são muitas. Uma delas, claro, é a imagem em alta definição que é muito mais nítida, podendo ver detalhes que antes passavam despercebidos ao telespectador. “Se você chegar bem perto, é possível ainda enxergar as linhas que diferenciam os sistemas dos televisores”, explica Ricardo Queiroz, professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB). Na tevê analógica há cerca de 480 linhas; em HD, 720; e em Full HD, 1.080 linhas.

Fonte: Correio Braziliense

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maio 29

TV Digital: Padrão norte-americano permitirá transmissão de conteúdo para push video-on-demand

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O padrão norte-americano de TV digital, o ATSC, permitirá que os radiodifusores transmitam conteúdo não ao vivo para os receptores de TV digital terrestre. Foi anunciada nesta terça, 29, a aprovação da norma ATSC NRT (Non-Real-Time) Content Delivery, designada A/103. A norma permitirá a distribuição de conteúdo baseado em arquivos, incluindo programas e clipes, além de alertas de emergência, tanto para receptores fixos, quanto para receptores móveis portáteis. A funcionalidade permite o desenvolvimento, por exemplo, de conteúdos sob-demanda baseados em gravadores digitais, como hoje fazem as operadoras de TV por assinatura.

O conteúdo é pré-carregado no receptor do telespectador, podendo ser acessado por ele a qualquer momento. Dessa forma, será possível, por exemplo, enviar um conteúdo durante a noite para que o telespectador assista se e quando desejar. Segundo nota do Advanced Television Systems Committee, a aplicação é especialmente interessante para o consumo de TV em dispositivos móveis, que tende a ser usado em momentos de espera.

Além do conteúdo televisivo, a norma permite enviar informação para outros tipos de dispositivos equipados com um receptor ATSC, como PCs ou media players portáteis. As aplicações previstas usando a nova versão do padrão são push video-on-demand (conteúdo pré-carregado no receptor para ser visto quando o telespectador quiser); notícias, informações e serviços referentes a clima; canais de TV personalizados; distribuição de música; informação de referência relacionada à programação de TV.

Fonte: Tela Viva

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maio 22

TV digital: É hora de o Brasil acelerar transição da TV analógica, adverte UE

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O Brasil precisa fixar um cronograma rígido e adotar medidas eficazes para garantir a transição da TV analógica para digital. É o que considera Paulo Lopes, conselheiro de mídia e TIC da União Europeia tomando por base a experiência europeia que faz o apagão da TV analógica no início de 2013. Lopes apresentou nesta terça-feira, 22/05, na 12ª edição do Rio Wireless a palestra “Dividendo Digital na Europa”.

“O que recomendo é que o país estabeleça um cronograma concreto e tente seguí-lo o máximo possível. Trata-se de uma decisão das autoridades brasileiras, mas se houver formas de acelerar este processo seria importante pois todos temos o objetivo de desenvolver a banda larga nas nossas regiões”, diz Lopes.

Ele observa que o espectro do dividendo digital da TV analógica poderia ser utilizado para novos serviços até da radiodifusão e se não houver formas de acelerar isso a transição fica bloqueada.

“A não ser que existam formas de compartilhamento, usando uma parte do espectro que já está disponível. E entendo que a Anatel está fazendo um estudo sobre isso até o final do ano. Mas é preciso acelerar este processo porque a União Europeia já vai ter este espectro disponível em 2013. Por sua vez, os EUA também já migraram e seria importante para o Brasil desenvolver a banda larga nesta faixa”, alerta.

Também durante a Rio Wireless, Fabio Leite, deputy-director do comitê de radiocomunicação da União Internacional de Telecomunicações (UIT), alertou que o Brasil deve decidir logo que destino dar a faixa de 700MHz que hoje ainda é de uso secundário. Lopes reitera que este é um espectro valiosos inclusive para aplicações de cunho social em área rurais e isolada.

“Com menores investimentos é possível cobrir uma maior área. É uma oportunidade e o governo e as autoridades terão que pesar todos os prós e contras e ver o que é efetivamente factível e tentar avançar da forma mais eficiente que leve em conta todos os interesses e as condicionantes que existem no país”, aconselha.

Fonte: Convergência Digital

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