O governo de Angola voltou a sinalizar apreço pelo padrão nipo-brasileiro de TV Digital (ISDB-T) em reunião nesta sexta-feira, 23/3, entre o ministro das Comunicações Paulo Bernardo e o vice-ministro de Telecomunicações angolano, Aristides Safeca.
Apesar da torcida por essa “cabeça de ponte” no continente africano, não existe uma decisão tomada. E a posição do padrão europeu, DVB-T, é mais forte entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês).
Existe uma expectativa de que o Conselho de Ministros de Angola se posicione, ainda este ano, sobre o relatório técnico que indica a preferência pelo padrão nipo-brasileiro – e mesmo negociações preliminares para um eventual acordo de TV Digital entre os dois países. Mas a decisão final, lembra Safeca, é política.
“Fizemos um estudo dos dois sistemas, durante quase três anos, que resultou na recomendação técnica para que Angola escolha o ISDB-T. Mas a decisão técnica depende de uma decisão política que também leva em conta orçamento, estratégia e planos de negócios”, admitiu.
Como participou da assinatura do memorando de entendimento entre Telebras e Angola Cables para a construção de um cabo submarino entre os dois países, o vice-ministro destacou que essa conexão pode ajudar na escolha, devido ao potencial de geração de outros negócios.
“Esse memorando e a implantação da fibra [óptica] cria um grande potencial para Angola. A TV Digital requer produção audiovisual, no que Angola tem limitações, mas que pode criar facilidades uma vez que nossos países falam a mesma língua”, completou Safeca.
Fonte: Convergência Digital