O desligamento dos sinais analógicos de televisão será adiado em Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza, segundo aprovou nesta quarta, 18/4, o grupo de implementação da digitalização, ou Gired, que reúne Anatel, teles móveis e emissoras de televisão.
Ou pelo menos essa será a recomendação ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Gilberto Kassab. É que faltam equipamentos conversores e antenas a serem distribuídos às famílias pobres, beneficiadas por programas sociais do governo federal.
Pelo aprovado na reunião desta quarta, o ‘apagão’ analógico em Salvador e Fortaleza será em setembro, enquanto em Belo Horizonte ele será empurrado para outubro. Em princípio, o desligamento seria em 26 de julho, data que continua mantida para Recife, como já previsto no cronograma.
A mudança é fruto de um apelo da Seja Digital, empresa que funciona como braço operacional da transição, responsável pela entrega de kits de conversor e antena para famílias pobres inscritas nos programas sociais do governo federal. Como avisa desde o início do ano, houve atraso dos fornecedores chineses desses equipamentos, o que afeta a distribuição dos kits.
Havia resistência da Anatel em topar o adiamento, mas acabou-se chegando a um acordo que prevê antecipar a liberação do 4G em São Paulo e em Belo Horizonte. É que pelas regras do leilão da faixa de 700 MHz, o uso dessa frequência para o 4G só seria liberado 12 meses após o desligamento dos sinais de televisão, que ocupam a mesma frequência. Em São Paulo, os 12 meses só começariam a contar a partir do ‘apagão’ em todo o estado, o que só vai acontecer em setembro próximo.
A ideia é permitir que a faixa de 700 MHz seja usada pela telefonia móvel já em maio de 2018 em Belo Horizonte – ou apenas sete meses após o ‘apagão’ analógico da TV. Na região metropolitana de São Paulo, onde o desligamento se deu em 29 de março último, a previsão é de que o 4G em 700 MHz seja liberado em junho do ano que vem.
Fonte: FNDC