O GINGA NÃO MORREU. ESTÁ MAIS VIVO DO QUE NUNCA
Estamos avançando. Pouco a pouco, Mas estamos seguindo em direção a disseminação do Ginga C como padrão para os receptores da TV Digital voltados para os públicos de baixa renda.
Com a subida expressiva do dólar, os custos de toda a operação da migração da TV Digital subiram na mesma proporção. Assim, valores que estavam previstos na relação de 1 dolar para 2.3 reais em 2014, chegaram, agora a patamares superiores a 4 dolares
Novamente, durante a virada do ano, vimos renascer a perspectiva de se substituir a caixa conversora do Bolsa Familia por outra básica, sem valor agregado algum, sem aplicativos embarcados, portanto, sem serviços públicos oferecidos gratuitamente ao público, Um conversor conhecido como Zapper.
E o discurso é: – “vamos aumentar a cobertura da TV Digital no País com a oferta de 17 milhões da caixinhas e não mais de 14 milhões como projetado pelo edital do MiniCom de 2014”.
Mais aí há uma questão a ser esclarecida.
Na verdade, a composição destes 17 milhões sugeridos agora inclui caixinhas para o Bolsa Familia com Ginga C para 5.800 milhoes de familias. Éste é o número de familias inscritas no programa dentre a população das cidades previstas no cronograma divulgado de migração da TV Digital até 2018. E soma-se a estas, 12 milhões de Zappers, sem Ginga, com a inclusão dos beneficiários do Cadastro Único , que reúne dos todas famílas inscritas em programas públicos do Governo Federal.
Ou seja, não está se falando mais do Bolsa Familia somente. Até porque, o grande contingente populacional do Bolsa familia está fora deste cronograma de 2018, nas , aproximadamente, 4.400 cidades com menos de 50 mil habitantes que reunem cerca de 9.500 milhões de familias.
Os recursos gestados pela EAD, empresa responsável pela compra destes dispositivos de recepção de TV Digital, passaram a ser voltados apenas para as cidades com mais de 100 mil habitangtes até 2018.
Deste modo, não há planos para a digitalização das 4.400 cidades do interior brasileiro, claro, o publico mais carente em todos os sentidos e que desperta menos interesse econômico.
Vendo esta situação de instalação de uma proposta que submete a população sem Internet domicilar ( cerca de 48% das familias ) a estar privada igualmente de uma caixinha conversora de TV Digital que oferta do uso serviços públicos (como marcar consultas no SUS, realizar matricular escolares, fazer pagamentos e movimentações bancárias, pagar impostos, ver extratos no INSS e FGTS, acessar bolsa de empregos em tempo real e muito mais) , em casa , pela tela TV e de modo gratuito, a EBC resolveu reagir.
Trouxemos em janeiro de 2016 da CES,feira estadunidense de tecnologia, a proposta de empresas que, mantendo as facilidades inseridas na caixinha conversora com Ginga C, apresentassem preço mais baixo. E paralisamos, por assim dizer, a decisão que estava desenhada e descrita acima com conversores Zapper .
Estamos agora viabilizansdo um teste em Brasilia este mes, com esta caixinhas intermediárias, mais baratas para verificar se estas rodam os aplicativos nela embarcados e se fazem as atualizações previstas. Com isso, manteremos, com certeza, a oferta dos aplicativos pela TV Digital aberta e gratuita e seu consequente programa de inclusão digital pela TV Digital, com custos que cabem dentro do orçamento da EAD..
Mas não é só isso. Temos que lutar, apresentando projetos viáveis e soluções concretas, a inclusão das 4.400 cidades do interior dentro do programa de migração digital até 2023. Vamos conseguir.
E assim, vamos deixar bem claro, O Ginga não morreu e nunca morrerá!
CUMPRIRÁ O PAPEL PREVISTO PELO SAUDOSO E QUERIDO PROF. LUIZ FERNANDO SOARES DA PUC-RIO, FALECIDO EM 2015, CRIADOR DO GINGA. DE SER O MAIS PODEROSO INSTRUMENTO TECNOLÓGICO DE INCLUSÃO DIGITAL SEJA PELA INTERNET BANDA LARGA, SEJA PELA TV DIGITAL ABERTA E GRATUITA.
Fonte: ABFDigital