O Gired – grupo de implementação da digitalização da TV – deve decidir até o final de novembro sobre a antecipação da entrega da faixa de 700 MHz para as teles nos quase cinco mil municípios onde há espaço para acomodar as emissoras entre os canais 14 e 51 rapidamente, sem a necessidade de desligar as transmissões analógicas. A proposta dos radiodifusores está sendo analisada separadamente pelos dois setores interessados, mas precisa de uma definição antes que comecem as campanhas do desligamento em Brasília e São Paulo, previstas para dezembro.
Isto porque a proposta dos radiodifusores pressupõe a postergação do cronograma de desligamento nos grandes centros, como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde há necessidade do switch-off para acomodar todas as emissoras, como informou o presidente do Gired, Rodrigo Zerbone, nesta quinta-feira, 5. Ele acredita que a proposta é viável, mas depende de muitas providências que precisam ser tomadas logo, além da alteração do cronograma.
Uma delas é o remanejamento de canais analógicos de muitas dessas cinco mil cidades, que deverá resultar em custos extras para as teles. “Talvez haja a necessidade de ressarcir outros radiodifusores, não previstos no edital de licitação”, ponderou Zerbone.
Por outro lado, o presidente do Gired acredita que grandes capitais, como o Rio de Janeiro, possam ser digitalizadas e a faixa entregue às teles antes do prazo previsto no cronograma. “É possível fazer o switch-off numa região metropolitana como um cluster, sem interferir nas demais cidades”, explica.
Na reunião da próxima semana, o Gired, entretanto, tratará apenas as questões referentes ao desligamento do sinal analógico no município goiano de Rio Verde, marcado para o dia 29 deste mês. Somente no dia 27 serão conhecidos os números da última pesquisa para aferição da capacidade de captação do sinal digital nos lares do município. Pelo norma estabelecida, 93% dos domicílios precisam estar aptos a receber o sinal para realizar o switch-off.
Fonte: Tela Viva