As três associações que representam os radiodifusores (Abert, Abra e Abratel), mais a Sociedade de Engenharia de Televisão (SET), divulgaram nesta segunda, 5, uma nota em que afirmam que as conclusões dos testes não garantem a convivência harmônica entre o serviços de radiodifusão e o LTE, que passarão a conviver lado a lado no espectro radioelétrico de 700 MHz.
As associações argumentam que não foram testadas as estações LTE operando com emissões indesejáveis próximas aos limites da Resolução 625/2013, que estabeleceu as condições de uso da faixa. Para as associações, é preciso relativizar as técnicas de mitigação apresentadas, tendo em vista que as medidas de emissões indesejáveis foram até mil vezes inferiores às permitidas pela resolução.
A nota informa ainda que não fez parte do escopo dos trabalhos o uso de estação móvel veicular ou estação terminal, que pelas características de suas antenas, têm potência irradiada dez vezes maior do que os terminais de usuário convencionais e são utilizados tanto em redes comerciais LTE quanto em aplicações de segurança pública, defesa nacional e infraestrutura.
Além disso, os testes não mediram o comportamento da interferência causada por emissões do bloco 1 – aquele que será destinado à segurança pública.
As associações argumentam ainda que os resultados obtidos para a recepção através de antenas internas, especialmente no caso de antenas ativas, mostram a presença de interferência não mitigável com a introdução de filtros, requerendo sua troca por antena externa. Porém, essa troca requer técnicos especializados, adequação da distribuição de sinal e, dependendo do tipo de residência, enfrentará conhecidos problemas de encontrar espaço livre para sua instalação em negociação com o condomínio, o que gera demora e ocasiona custos.
Fonte: Tela Viva