mar 31

Switch-off: Sinal de TV analógico em Brasília será desligado em outubro

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TV fora do arA partir do dia 26 de outubro, os telespectadores de Brasília e de nove cidades do entorno do Distrito Federal receberão apenas o sinal de televisão digital, com o desligamento do sinal analógico. Os conversores e demais equipamentos necessários para a migração para o sinal digital serão entregues gratuitamente para beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Os aparelhos permitem o acesso ao sinal digital mesmo nos televisores mais antigos.

No total, 370 mil conversores serão entregues para os beneficiários dos dois programas na região. Até agora, 50 mil famílias do Bolsa Família já receberam o equipamento, segundo a Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (EAD), responsável pela gestão do processo de migração do sinal de TV no Brasil.

Além de Brasília, o desligamento será feito nas cidades de Cristalina, Luziânia, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental, Novo Gama, Formosa, Águas Lindas de Goiás e Planaltina.

“Temos a preocupação de não deixar a população desassistida, principalmente aquela que não pode comprar uma TV nova”, disse hoje (30) o ministro das Comunicações, André Figueiredo. O ministro destacou que em Brasília há um grande número de residências com serviço de TV por assinatura, e que, portanto, não precisam fazer a conversão para o sinal digital.

O sinal só será completamente desligado na região quando pelo menos 93% dos domicílios estiverem aptos a receber o sinal digital, ou seja, já estejam com os conversores ou televisores funcionando.

O sinal analógico já foi desligado totalmente no início do mês em Rio Verde (GO), cidade escolhida como piloto para o processo de digitalização. O cronograma prevê que todas as cidades do país recebam apenas o sinal digital até dezembro de 2018. A próxima cidade a receber apenas o sinal digital será São Paulo, em março de 2017.

Equipamentos
Assim como aconteceu em Rio Verde, os beneficiários do Cadastro Único em Brasília vão receber conversores mais simples e sem a opção da interatividade, diferentes daqueles entregues aos integrantes do Bolsa Família. Segundo o ministro, não houve tempo suficiente para produzir conversores intermediários para os dois públicos.

“Pela exiguidade de tempo não temos como prever isso para Brasília, por isso vamos atingir os dois públicos com conversores diferentes. Esse conversor intermediário não existe ainda em fabricação no mercado, então a indústria pediu um tempo, que não vai ser possível entregar para Brasília, talvez para São Paulo seja possível”, explicou Figueredo. O Grupo de Implantação da TV Digital ainda não decidiu se a mesma medida será adotada para as outras cidades onde haverá o desligamento.

As inscrições para receber os kits de graça podem ser feitas pelo telefone 147 ou pelo site www.vocenatvdigital.com.br. Quem não está incluído em um dos programas do governo e recebe o sinal de TV aberta deverá comprar os equipamentos para passar a receber o sinal digital. Nos aparelhos de televisão mais modernos não é preciso conversor, apenas uma antena.

Segundo a EAD, em Brasília os conversores custam entre R$120 e R$180 e há disponibilidade de aparelhos no mercado. O sinal da TV Digital é geralmente transmitido em UHF, mas nas regiões metropolitanas de algumas grandes cidades existem canais digitais também em VHF.

Com o desligamento do sinal analógico, a faixa de frequência utilizada atualmente pelas emissoras de televisão será liberada para as empresas de telefonia celular para a oferta do serviço de internet móvel de quarta geração (4G).

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mar 31

SEM GINGA: Governo banca conversor sem Ginga para TV digital

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TV sem ginga nãoO governo, pressionado pelas operadoras móveis e emissoras de televisão, decidiu recuar na política de inclusão digital atrelado à migração da televisão analógica para o padrão digital. Depois da dificuldade em se definir a configuração de equipamentos interativos e as restrições à conectividade, a nova decisão é de que para o desligamento dos sinais em Brasília, os equipamentos distribuídos aos mais pobres serão, em sua maioria, meros seletores de canais, ou ´zappers´, no jargão televisivo.

Para o Ministério das Comunicações, a decisão, por enquanto restrita a Brasília e arredores, é na verdade uma forma de ampliar a garantia de acesso aos sinais digitais de TV, uma vez que tem o objetivo de cobrir não só os beneficiários do Bolsa Família, como era o plano original, mas também os inscritos em outros benefícios do Cadastro Único dos programas sociais. “A obrigação de entregar interatividade é apenas aos beneficiários do Bolsa Família”, sustenta o secretário de comunicações eletrônicas do Minicom, Roberto Pinto Martins.

De acordo com Rodrigo Zerbone, coordenador do grupo de implementação da TV Digital (Gired), que reúne Anatel, Minicom, teles e tevês, não há mais tempo hábil para as encomendas do conversor com interatividade (leia-se, com o middleware Ginga). Daí a necessidade de que, pelo menos em Brasília e nas nove cidades de seu Entorno, seja comprado o equipamento simples, de prateleira.

O problema, no fundo, é financeiro (mesmo na questão das encomendas, parte da dificuldade de prazo é na contratação do frete por navio e não aéreo). Mais do que isso, porém, trata-se do esforço em manter o orçamento da migração digital dentro dos R$ 3,2 bilhões atrelados ao leilão do 4G, no qual as operadoras móveis adquiriram a faixa de 700 MHz, a ser desocupada com a digitalização da TV aberta.

Segundo o Gired, a conta para distribuir os conversores e antenas já supera esse montante – a conta é de que cada kit, instalado, está perto de R$ 250. Vezes 14 milhões (número total de beneficiários do Bolsa Família), isso significa algo perto de R$, 3,4 bilhões (em uma conta que usa o dólar a R$ 4). Daí que parte do plano seja substituir uma quantia (ainda incerta) de equipamentos pelos ´zappers´, que custam a metade.

A medida leva em conta a proposta de teles e tevês para que o cronograma do desligamento analógico seja reformulado – no lugar de todo o país, ele seria restrito aos 1,4 mil municípios onde a faixa de 700 MHz está efetivamente ocupada pela televisão (e, portanto, onde precisa ser desocupada para ser usada para a oferta de 4G). Com isso, no lugar de todo o universo do Bolsa Família, os conversores só chegariam a cerca de 5 milhões deles.

A ideia, assim, é incluir os demais inscritos no Cadastro Único nesses 1,4 mil municípios. Dessa forma, a conta total de equipamentos chegaria perto de 12,7 milhões. Mas nesse caso, com os´zappers´. “Levar isso para além de Brasília ainda não está definido. Na verdade, sequer contamos por enquanto com os instrumentos legais para isso”, afirmou Rodrigo Zerbone. É que, por enquanto, o Decreto sobre o desligamento não prevê a mudança proposta no cronograma (ou seja, por enquanto, todo o país tem que ser ´desligado´ até 2018).

Fonte: Convergência Digital

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