mar 08

Switch-off: Sinal analógico de TV é totalmente desligado em município goiano

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O sinal analógico em Rio Verde será desligado nesta terça-feira, 1º

Apesar de não ter sido atingida a meta de casas que já recebem o sinal digital de televisão em Rio Verde, Goiás, o sinal analógico será totalmente desligado na cidade a partir desta terça-feira (1º). Há duas semanas, o sinal analógico de três emissoras foi desligado, mas o prazo foi ampliado para as outras emissoras da cidade.

O objetivo do Grupo de Implantação da TV Digital (Gired) era desligar o sinal analógico em Rio Verde quando pelo menos 93% das casas já estivessem recebendo o digital, mas o percentual ficou em 85%, segundo pesquisas realizadas no município. Mas a expectativa é que nos próximos dias, com o desligamento total, os moradores de Rio Verde procurem fazer os procedimentos para receber o sinal digital. “Temos uma expectativa de que, desligando [o sinal analógico], rapidamente o percentual chegue próximo dos 100% em poucos dias”, disse o presidente do Gired, Rodrigo Zerbone, à Agência Brasil.

O sinal analógico em Rio Verde será desligado em solenidade com a participação do ministro das Comunicações, André Figueiredo, integrantes do Gired e autoridades locais. Serão desligados os sinais analógicos da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, da TV Sucesso (Record), da TV Bandeirantes, do SBT e da TV Cultura. Mais três estações que operam no município (Canção Nova, Record News e Rede Vida) já fizeram o desligamento no dia 15 de fevereiro.

Segundo Zerbone, a população da cidade já sabe do desligamento, mas muitos ainda não fizeram os procedimentos para receber o sinal digital, que são a instalação de antenas e conversores, quando necessário. “Apesar de o percentual ter ficado abaixo do que se previa, houve uma consideração de que o processo já estava maduro, já tinha entrado em um período de saturação, de que qualquer medida adicional resultaria em um esforço desproporcional em relação ao que se conseguiria subir no percentual de digitalização.”

Rio Verde foi escolhida para iniciar a digitalização do sinal de televisão no país por causa do porte do município, que tem 160 mil habitantes, da proximidade da capital federal e pelo fato de o sinal não influenciar outras cidades, o que permite aos técnicos medir os impactos da mudança no restante do país.

Em outubro, Brasília e cidades do entorno do Distrito Federal vão fazer a transição do sinal analógico para o digital. A distribuição dos kits já começou em nove cidades do entorno: Cristalina, Luziânia, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso, Cidade Ocidental, Novo Gama, Formosa, Águas Lindas de Goiás e Planaltina. Nesses locais, já foram entregues cerca de 20 mil aparelhos para receber o sinal digital de TV. Segundo Zerbone, o objetivo do Gired é que pelo menos 90 dias antes do desligamento do sinal digital a maioria dos conversores e antenas para beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único já tenha sido concluída.

Os kits com o conversor e a antena para receber o sinal digital estão sendo distribuídos de graça para beneficiários do Bolsa Família e do Cadastro Único de Programas do Governo Social. Quem não tem direito a receber os equipamentos deve comprá-los para receber o sinal digital.

Nos aparelhos de televisão mais modernos, não é preciso conversor, apenas uma antena. A maioria dos televisores fabricados a partir de 2010 já são capazes de receber o sinal digital, mas é preciso consultar o manual do aparelho ou entrar em contato com o fabricante. O sinal da TV Digital é geralmente transmitido em UHF, mas existem canais digitais também em VHF nas regiões metropolitanas de algumas grandes cidades

O processo de implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital deverá se estender a todo o Brasil até o fim de 2018. Depois do desligamento, a programação das emissoras deixa de ser exibida na cidade pelo sistema analógico. Em seu lugar, as geradoras de TV vão continuar transmitindo, por 30 dias, uma cartela fixa informando ao telespectador como proceder para ter acesso ao sinal digital.

Fonte: FNDC

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mar 08

Switch-off: O QUE ACONTECE COM QUEM NÃO MUDOU O APARELHO DE TV EM RIO VERDE?

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No lugar das novelas, programas religiosos, filmes e telejornalismo irá aparecer a imagem de uma cartela fixa informando que não há mais o sinal e que o telespectador dever ligar para o número 147 para tirar as dúvidas sobre como poderá assistir à sua TV preferida. Essa cartela ficará no ar em cada canal analógico por mais um mês.

MIRIAM AQUINO — 29 DE FEVEREIRO DE 2016
O desligamento dos sinais da TV analógica na cidade goiana de Rio Verde, que ocorrerá oficialmente amanhã, dia 1 de março, com a presença do ministro das Comunicações André Figueiredo, está confirmado mesmo com o resultado da última pesquisa de opinião, que indicou apenas 85% dos lares da cidade estarem aptos a captar o sinal da TV digital. Pelas regras estabelecidas pelo governo, o desligamento só poderia ocorrer se os sinais digitais fossem captados por 93% das residências, ou em qualquer outro número, caso fosse aprovado por unanimidade pelo Gired (grupo responsável pela transição da TV analógica), o que ocorreu na reunião de hoje,.

Segundo o conselheiro Rodrigo Zerbone, que preside o Gired, todas as emissoras de TV da cidade passarão a transmitir a sua programação a partir de amanhã, 1 de março, em outra frequência e em sinais digitais. E os telespectadores que ainda têm aparelhos de TV que só recebem os sinais analógicos, não conseguirão mais assistir aos seus programas preferidos.

No lugar das novelas, programas religiosos, filmes e telejornalismo irá aparecer a imagem de uma cartela fixa informando que não há mais o sinal e que o telespectador dever ligar para o número 147 para tirar as dúvidas sobre como poderá assistir à sua TV preferida. Essa cartela ficará no ar em cada canal analógico por mais um mês.

Este é o número do call center montado pela EAD (empresa criada pelas operadoras de celular) responsável por distribuir os conversores para a população de baixa renda, cadastrada nos programas sociais do governo. Ao ligar, o atendente estará treinado para, pelo número do CPF, dizer se a pessoa tem direito a receber o conversor gratuitamente e o local de entrega da caixinha, que vai junto com a antena.

Ou ainda fornecer as informações técnicas necessárias para que o telespectador compre os equipamentos ou saiba identificar o seu aparelho de TV, se ele precisa ou não ser mudado.

O Gired indica que, se a televisão é antiga, daquelas grandes, de tubo, será preciso trocá-la por uma nova ou adquirir um conversor de TV Digital e, possivelmente, uma antena apropriada, preferencialmente externa.

Se a TV é nova e contiver um conversor de TV Digital integrado, poderá ser preciso providenciar a antena adequada para a recepção neste formato, caso o domicílio ainda não tenha. A grande maioria dos modelos mais novos de TV, ditos de tela fina (plasma, LCD, LED etc.), já possui um conversor de TV digital integrado, mas é recomendável consultar o manual do produto para ter certeza.

Conversor

A distribuição dos conversores para os inscritos no Cadastro Único do Bolsa Família foi bem menor do que o esperado e atingiu apenas metade do público-alvo, enquanto para os beneficiários foram encontradas 80% das famílias que tinham direito.

Para ampliar essa entrega, a EAD pretende procurar as fontes originais dos cadastros (como os integrantes do Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos, etc.).

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mar 08

Switch-off: Para TVs, Rio Verde não pode ser precedente para desligamento em Brasília

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Por unanimidade, governo, Anatel, tevês e teles aprovaram o desligamento dos sinais analógicos de televisão na cidade goiana de Rio Verde, considerada ‘piloto’ do cronograma de transição para a TV Digital. Estava, naturalmente, tudo combinado – o governo já anunciara a decisão e a visita do ministro das Comunicações à cidade nesta terça, 1º de março. Mas as emissoras aproveitaram para frisar que se trata de uma exceção que não deve ser repetida.

“Ficou abaixo do que a gente previa, mas houve um reconhecimento generalizado de que Rio Verde já tinha atingido uma saturação e que o esforço a partir daqui seria desproporcional ao aumento de preparação”, explicou o coordenador do Gired, o grupo de implantação da digitalização, Rodrigo Zerbone, da Anatel. Também pesou o “decréscimo de credibilidade” do processo, notadamente depois que o desligamento não se deu na data original, em 29/11.

Na hora de votar, as emissoras de TV fizeram um manifesto, no sentido de separar a ‘cidade-piloto’ das próximas da fila. Em Rio Verde, a pesquisa mais recente mediu 85% de domicílios aptos a receber os sinais digitais. Bem abaixo da meta de 93%, estipulada em Portaria do Ministério das Comunicações. Ainda assim, houve concordância com o desligamento. “A Radiodifusão ponderou que não vale como precedente para as demais”, resumiu Zerbone.

A partir do desligamento, neste 1º de março, pelo menos a Globo (TV Anhanguera), única geradora local, vai substituir a programação por um aviso sobre a transição digital com indicações de onde os telespectadores devem buscar mais informações (pelo telefone 147 ou pelo site vocenatvdigital.com.br). Daí a expectativa de que haverá um aumento nas demandas. Segundo Zerbone, a EAD triplicou a capacidade de atendimento e distribuição de equipamentos.

O resultado será medido em mais uma pesquisa, a ser realizada no início de abril – o Gired decidiu esperar 30 dias para começar a avaliar os efeitos do desligamento analógico em Rio Verde. O grupo, que reúne governo, teles e emissoras de TV, espera que esse aprendizado sirva para uma performance melhor em Brasília, daqui oito meses, em 26/10. O desligamento vai também afetar nove cidades de Goiás que ficam no entorno da capital – Águas Lindas, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso.

Fonte: Convergência Digital

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mar 08

Ginga: TV Digital, retrocesso à vista?

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Inovação tecnológica brasileira, que pode permitir acesso importante a serviços através da TV, está sendo sabotada por lobby de empresas de telecomunicação. Governo parece capitular

Desconhecida por grande parte da população, o projeto da TV Digital no Brasil, que pode garantir o acesso a serviços básicos a um grande número de pessoas, está sendo jogado para escanteio. Ela permite que os receptores de TV sejam capazes de apresentar conteúdo audiovisual de alta definição e executar aplicações variadas, transmitidas pela emissora. Regulamentado no governo Lula, em 2003, sob os princípios de garantir “a promoção da inclusão social” e “a democratização da informação”, o inovador Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) corre riscos devido ao lobby de grandes empresas de telecomunicação.

Na última reunião do GIRED, entidade criada pelo governo para planejar a transição do sistema de TV analógico para o sistema digital (também conhecido como switch-off), apresentaram-se mudanças drásticas no planejamento. Ela atrasa não apenas o cronograma de digitalização da TV no Brasil, como também afeta a distribuição de receptores digitais para os beneficiários do Bolsa Família, previamente planejados pelo governo.

Essa nova resolução revoga diversas outras portarias, estabelecidas anteriormente (Portaria MC nº 477, Portaria MC nº 481, Portaria MC nº 2.765, Portaria MC nº 3.205, Portaria MC nº 1.502). Nas antigas, estipulava-se o prazo da mudança para o sinal digital para até 2018, no Brasil inteiro.Também estava planejada a distribuição de 14 milhões de receptores com interatividade plena (chamada de Ginga C) para beneficiários do Bolsa Família. Segundo o novo cronograma, entretanto, a grande maioria das cidades não fará a transição completa no prazo. Em 2016, apenas as cidades de Rio Verde e Brasília terão o sinal analógico desligado. Já em 2017 e 2018, as capitais e regiões ricas do país farão o switch-off. As demais cidades terão, com sorte, o sinal analógico desligado no prazo até 2023. Além disso, com a nova portaria, somente 5,8 milhões de receptores com interatividade plena serão distribuídos para os beneficiários do bolsa família até 2018 — um corte de quase dois terços.

Com essas mudanças, é possível observar uma nova posição do Governo. Ao favorecer os grandes centros urbanos desta maneira, deixa claro que está visando garantir os interesses das empresas de telecomunicações. Nas grandes cidades, estas megaempresas (que tem assento cativo no GIRED) têm forte interesse na digitalização da TV por conta da consequente liberação do espectro na faixa dos 700MHz — necessária para a expansão comercial de serviços 4G. Para as cidades menores, nas quais os serviços de 4G não são comercialmente interessantes, decidiu-se que não é necessário ter pressa.

Mas é exatamente nas regiões desfavorecidas que a tecnologia seria de mais importância. O Ginga C, criado na PUC do Rio de Janeiro, é a única inovação de SBTVD feita no Brasil, com base no modelo japonês. Ele permite o acesso a importantes serviços de inclusão digital, como, por exemplo, o acesso a informações de emprego, cursos de capacitação, saúde, dentre outros. Outro serviço útil é fornecido pelo Ministério do Desenvolvimento Social, com aplicação do Bolsa Família, que permite o acesso de informações aos seus beneficiários, como data de pagamento do benefício. Há ainda um do Ministério da Cultura, chamado Quero ver cultura, que oferece o acesso diferentes filmes nacionais utilizando a transmissão digital. Alguns desses serviços foram desenvolvidos pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação) no internacionalmente premiado projeto Brasil 4D. Já nas emissoras privadas, a interação é mais superficial: o Ginga é atualmente utilizado como veículo de informações complementares ao audiovisual, por exemplo, o quadro de medalhas durante as olimpíadas e informações de últimos capítulos de uma novela.

Além da portaria já aprovada, existe também uma discussão que prevê a distribuição de mais 12,4 milhões de conversores para pessoas inscritas no Cadastro Único (iniciativa do Governo Federal que identifica famílias de baixa renda), também apenas nas cidades grandes. O problema, neste caso, é que, diferente dos entregues às pessoas que recebem Bolsa Família, esses novos receptores não terão interatividade alguma, o que não permitiria nenhum serviço de inclusão social para os integrantes do Cadastro Único.

A EBC, lutando contra tal absurdo, durante a reunião do GIRED, se opôs à diferença de receptores para famílias do Cadastro Único. Em nova proposta, estabeleceu que todos os receptores distribuídos incluiriam o Ginga C, porém com configurações mais enxutas, para caber no orçamento da entidade. Esperamos que pelo menos no que se refere à interatividade — diferente da posição ante o atraso no cronograma — o Governo possa ter um discurso consistente com o do presidente Lula, à época que decretou a criação do SBTVD, e com o compromisso firmado pelo Ministro das Comunicações anterior, Ricardo Berzoini, em 2015, que afirmou que a distribuição de receptores com interatividade era uma ação importante na promoção de inclusão social.

Fonte: FNDC

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mar 08

TV Digital: Dólar alto aumenta pressão por conversor mais barato

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Com o argumento de que a alta do dólar teve impacto direto nos custos da digitalização, governo, teles e emissoras de televisão já discutem configurações alternativas para o conversor a ser distribuído aos brasileiros mais pobres. Algumas propostas discutidas nesta quarta, 17/2, sugerem que o objetivo é cortar o preço do equipamento em um terço.

Por aqui, a configuração aprovada ainda no ano passado está na casa dos R$ 160 por unidade. Existe uma razoável pressão dentro do grupo de implementação da digitalização, o Gired, por um aparelho mais parecido com um mero seletor de canais, ou zapper, no jargão – que custa a metade da configuração ‘oficial’.

Formalmente, no entanto, a busca é por um equipamento que fique no meio termo entre esse dois modelos. Algo não muito acima dos R$ 100. Para tanto, os envolvidos tentam reconstruir a configuração, na prática retirando componentes (e consequentemente funções) do que já foi aprovado pelo Gired. Mas não houve decisão e uma nova reunião do grupo focado no conversor já está prevista.

A EAD, empresa que funciona como braço operacional da digitalização, comprou até aqui cerca de 530 mil conversores – de um universo, em tese, de 14 milhões a serem distribuídos aos beneficiários do Bolsa Família. Além de Rio Verde-GO e Brasília, dá para atender parte de São Paulo, que tem desligamento previsto para 29/3/17.

Vale lembrar que já foi turbulenta a definição da configuração mínima do conversor que deve ser distribuído ao Bolsa Família (e que pode ou não ser estendido a todo o Cadastro Único de Programas Sociais). Houve (e há) resistência aos recursos de interatividade e o equipamento sequer conta com canal de retorno. E com a alta do dólar o uso do Ginga, por exemplo, fica ainda mais na berlinda.

Fonte: Convergência Digital

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