out 05

TV Digital:Rio Verde não estará pronta para o desligamento da TV analógica

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Em menos de dois meses, se tudo der certo, a goiana Rio Verde será a primeira cidade brasileira a concluir a migração para o sistema digital de televisão, desligando as transmissões analógicas. Mas há sérias pistas de que não dará. E essa realização elevou muito a ansiedade do grupo de emissoras de tevê, teles e governo que pilota o processo de transição. Ninguém sabe o que fazer.

O braço operacional do desligamento analógico, a EAD, empresa formada pelas teles que ficarão com a radiofrequência desocupada, sugeriu repetir-se aqui medidas adotadas na Europa, como fazer a tarja sobre a imagem que avisa a mudança ocupar a maior parte da tela. E diante daquelas pistas preocupantes, foi além: quer que toda a programação seja em preto e branco e sem som. Ou mesmo desligada durante o horário nobre e aos domingos.

A reação das emissoras de tevê foi a esperada. “Uma semana depois de receber a proposta, ainda estou em choque”, respondeu um dos representantes da radiodifusão no Gired, o grupo de TVs, teles e governo. A contraproposta foi aumentar a frequência da campanha informativa que já vai ao ar em Rio Verde (e em Brasília, com desligamento em abril de 2016). Mas a campanha não parece ser suficiente para motivar os telespectadores.

As medidas desesperadas se escoram em dados desanimadores colhidos entre os rio-verdenses. De cada 100 lares, 10 afirmam que só vão atrás de um novo televisor ou solução digital depois do desligamento. Já derruba a meta mínima de 93% dos domicílios preparados. Mas piora. Outros 15 disseram não ter a menor ideia de quando vão tomar uma providência. E ainda outros 15 garantem não ter nenhuma intenção de fazê-lo. Nem antes, nem depois.

ABC e RTV

Não surpreende, assim, que a EAD defenda a terapia de choque. Mas a proposta envolve uma segunda preocupação das emissoras, pois sustenta que as intervenções durante a programação também atinjam as retransmissoras. E aqui cabe um parênteses sobre a escolha de Rio Verde: a cidade foi escolhida como projeto-piloto da transição digital, mas conta com apenas uma geradora local, da Globo. As demais são apenas retransmissoras.

Para começar, isso significa que apenas os espectadores da Globo na cidade são ocasionalmente bombardeados pelas propagandas que avisam do desligamento analógico, definido pelo cronograma para 29 de novembro próximo. Por outro lado, ao levar campanha, tarjas e demais intervenções sobre a transmissão para as retransmissoras, estaria criado um precedente para futuras exigências das RTVs. E isso as emissoras de televisão querem evitar.

Nesse contexto, as teles, que pagaram R$ 9 bilhões pelas outorgas e pela ‘limpeza’ da faixa de 700 MHz, temem virar um novo ‘extintor ABC’, que teve sua obrigatoriedade adiada até ser simplesmente cancelada. Para os radiodifusores, o calendário já está inviabilizado. E os representantes do governo e da Anatel no Gired querem passar o abacaxi para o andar de cima, deixando para o ministro das Comunicações (seja ele quem for), a decisão sobre o que fazer.

Fonte: FNDC

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out 05

Switch-off: TVs querem desatrelar desligamento analógico da devolução da faixa de 700 MHz

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As emissoras de televisão começaram a testar, informalmente, uma ideia que virará de cabeça para baixo o modelo de desligamento da TV analógica (switch-off) e liberação do espectro de 700 MHz para a banda larga móvel. Para complicar ainda mais o cenário, esta ideia provavelmente será a primeira decisão relevante a ser tomada pelo futuro ministro das Comunicações, que ninguém sabe ao certo quem será nem como pensa. A proposta discutida em reuniões com o GIRED esta semana, mas ainda sem uma formalização por escrito, prevê que sejam desatrelados os processos de devolução do espectro do desligamento efetivo do sinal analógico nas cidades em que há canais disponíveis. Com isso, em apenas cerca de 500 cidades, onde o espectro efetivamente está congestionado, seria necessário desligar o sinal analógico para entregar às teles a faixa de 700 MHz. Nas demais cidades os sinais analógicos de TV poderiam ser mantidos indefinidamente, sendo apenas remanejados da faixa de 700 MHz.

Além disso, a ideia dos radiodifusores é considerar Brasília como a cidade-piloto, adiando o seu desligamento para o final de 2016 e as demais cidades no cronograma, consequentemente, também seriam postergadas. Sabe-se que o presidente do GIRED, Rodrigo Zerbone, optou por levar esta decisão para uma discussão política com o Ministério das Comunicações. Mas nenhuma decisão será tomada por Ricardo Berzoini, que prefere deixar o problema para seu sucessor no cargo. Em princípio, o substituto seria deputado federal André Figueiredo, do PDT cearense, mas o nome pode ser substituído por algum outro do mesmo partido, para evitar atritos com o PMDB do senador Eunício Oliveira, também cearense. De qualquer maneira, o novo ministro terá esse problema para resolver logo que chegar.

A possibilidade de mudança nas regras está deixando as operadoras de telecomunicações muito apreensivas. Acreditam que, ao ceder agora, o GIRED corre sério risco de abrir um precedente para que o espectro de 700 MHz não seja liberado no futuro conforme previsto no edital. Temem que o cronograma, que prevê a liberação total da faixa de 700 MHz no final de 2018, tenha que ser atrasado, o que prejudicaria o planejamento de expansão das redes de banda larga móvel (a faixa de 700 MHz é considerada essencial para suportar o tráfego de dados móveis que existirá em 2020).

Além disso, TIM, Claro e Vivo fizeram, cada uma, investimentos de quase R$ 3 bilhões na compra do espectro e custeio da limpeza da faixa, com garantias de que ela estaria disponível no final de 2018. Nesta data, aliás, as operadoras de telecomunicações entendem que o sinal de TV analógico poderá ser desligado qualquer que seja a circunstância, sob o risco de pedirem ressarcimento dos recursos pagos ao governo. Descumprir esse cronograma significa ao governo, dizem interlocutores que acompanham a discussão, passar uma mensagem de quebra de contrato, ambiente hostil ao investimento e alguns mais exaltados falam até em estelionato.

As teles alegam ainda que todos os desafios apontados pelos radiodifusores na transição da cidade-piloto de Rio Verde/GO, cujo switch-off deveria acontecer até o final de novembro, estão sendo solucionados. Foram acertados os critérios metodológicos da pesquisa, desenvolvido um plano de comunicação com engajamento social, selecionados os fornecedores a tempo e adquiridos os equipamentos. Até mesmo uma solução para que o aviso do desligamento fosse levado pelas retransmissoras locais foi apresentado, já que Rio Verde tem apenas uma geradora, afiliada da Globo. Mas as teles e a EAD acreditam que agora, para garantir o cronograma, só com uma forte pressão e intervenção direta do governo no processo.

Problemas

Já as emissoras de TV apontam, informalmente, vários obstáculos para que o cronograma do desligamento seja mantido. Dizem que a situação econômica do País mudou, e que a crise certamente dificultará que as pessoas adquiram televisores com capacidade de recepção de sinais digitais. No ano que vem, quando seriam desligados os sinais em grandes centros metropolitanos como Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, há os Jogos Olímpicos e as eleições municipais, e o desligamento dos sinais analógicos prejudicaria a audiência destes eventos.

Outro aspecto apontado pelas emissoras de TV, decorrente do que já está sendo observado em Rio Verde, é que nos casos das cidades com retransmissoras é muito mais difícil informar o telespectador sobre o fim das transmissões analógicas, pois não é possível mexer, pontualmente, no sinal dessas retransmissoras (que por lei não podem ter nenhum tipo de sinal local, nem mesmo um texto escrito).

Para as emissoras de TV, a melhor maneira de garantir a transição seria focar os esforços nos grandes centros, ou seja, nas cerca de 500 cidades em que sem o desligamento analógico seria de fato impossível liberar a faixa de 700 MHz.

Mas algumas questões ainda ficam sem resposta: nestas cidades em que não houver o desligamento analógico previsto, a EAD teria que manter o investimento na digitalização? Haveria aumento do risco de interferência da TV no LTE, e vice-versa, se os sinais analógicos de TV forem mantidos? A mudança de modelo compromete a possibilidade de leilão das sobras da faixa de 700 MHz que acabaram não sendo adquiridas quando a Oi ficou fora do leilão? Que garantias pode-se ter de que haverá a transição efetiva nas 500 maiores cidades, onde de fato o desligamento analógico é condição indispensável para a liberação da faixa de 700 MHz? E se não for possível entregar a faixa para as teles ou os telespectadores ainda não estiverem aptos a receber o sinal exclusivamente digital, o que acontece? São respostas que, pelo visto, ficam para serem respondidas pelo PDT.

Fonte: Tela Viva

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out 05

Switch-off: A 60 dias do switch-off, Gired adia decisão sobre reforço da campanha de desligamento

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Começou nesta quarta-feira, 30, a contagem regressiva de 60 dias para o encerramento das transmissões analógicas da TV aberta (switch-off) em Rio Verde, município de Goiás que inaugura o calendário de desligamento das transmissões analógicas, no dia 29 de novembro. Na reunião do Gired (Grupo de implantação da digitalização da TV) realizada hoje, entretanto, não foi aprovada a proposta de reforço da campanha de comunicação aos telespectadores na cidade, inclusive com medidas que serão adotas após o switch-off.

Pela proposta apresentada pela EAD (Entidade Administradora da Digitalização), a campanha deverá ser reforçada 30 dias antes do desligamento e, entre outras providências, previa a inserção de cartela informativa, com as mesmas informações da tarja veiculada atualmente, ocupando no mínimo 60% da tela, por pelo menos um minuto, com frequência mínima de três inserções por hora no período das 7h às 23h. Nos 15 dias anteriores ao switch-off, a cartela informativa (lettering) seria veiculada no mínimo cinco vezes por hora no período das 7h às 23h por pelo menos dois minutos em cada inserção.

Para depois do desligamento, a previsão é de que as emissoras passem, obrigatoriamente, a transmitir no canal analógico exclusivamente cartela informativa, ocupando toda a tela, comunicando o encerramento da transmissão analógica na localidade de Rio Verde; o canal no qual a programação da entidade está disponível com qualidade digital; e o endereço do site na Internet e o código da Central de Atendimento Telefônico gratuita da EAD. Os radiodifusores pediram mais tempo para analisar a proposta, alegando custos maiores com energia, que não estavam previstos.

Já qualquer decisão sobre adiamento do switch-off em Rio Verde, dependerá dos números sobre alcance da transmissão no município, que deverão ser apresentados na próxima semana. A EAD está refazendo a pesquisa anterior, em função dos resultados inconsistentes. No novo levantamento, serão usadas fotos para mostrar se o domicílio está apto ou não para receber a transmissão digital. Para o switch-off é necessária a comprovação de que pelo menos 93% das casas podem receber o sinal em alta definição.

Fonte: Tela Viva

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out 05

CONVERSOR: CONVERSOR PARA A TV DIGITAL VAI SER DISTRIBUÍDO DIA 7 PARA FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA EM RIO VERDE

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O Gired decidiu adiar a decisão sobre a campanha de comunicação para desligamento do sinal analógico, a pedido dos radiodifusores.

O conversor de TV analógica para a TV digital para as sete mil famílias do Bolsa Famílias que moram em Rio Verde, a cidade escolhida para passar pelo primeiro teste do completo desligamento dos sinais de TV analógica, marcado para o próximo dia 29 de novembro, começará a ser distribuído no próximo dia 7 de outubro na cidade. Esta decisão foi tomada no ultimo dia 30 de setembro pelo Gired – o grupo executivo, formado por dirigentes da Anatel, das operadoras de celular e emissoras de TV.

Mas o grupo resolveu adiar para a próxima semana a decisão sobre a campanha de comunicação, que prevê, conforme a proposta que está na mesa, o bloqueio de até 60% da tela de TV analógica, para alertar o telespectador sobre a necessidade de mudança do aparelho de recepção e da antena. Os radiodifusores pediram o adiamento da decisão.

Fonte: Tele Síntese

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