A reunião desta quarta,30, do Gired – grupo que decide sobre a transição da transmissão dos sinais de TV analógica para a digital – terá que tomar uma difícil e importante decisão e cuja proposta que está na mesa poderá trazer fortes impactos aos telespectadores de baixa renda, que ainda não têm os seus aparelhos de TV digitais. Pela proposta, várias vezes por dia, a partir de outubro, a tela da TV analógica ficará 60% bloqueada entre um a dois minutos com o alerta de que é necessário trocar o aparelho. A preocupação dos radiodifusores é o impacto dessa medida sobre os telespectadores de baixa renda.
Conforme a proposta lançada na reunião de ontem da comunicação, a ser debatida amanhã na reunião do Gired – que reúne a Anatel, os operadores de celular e as emissoras de radiodifusão – 30 dias antes da data prevista para o desligamento completo dos sinais analógicos em Rio Verde (29 de novembro), seria ampliada a tarja informativa ao pé da tela, além de mantido o símbolo da TV analógica no canto superior da tela, ampliando-se as inserções de 18 para 80 vezes ao dia. Também haveria uma cartela informativa, com as mesmas informações da tarja, ocupando 60% da tela, por 1 minuto, por pelo menos três vezes ao dia, no período de 7 às 23 horas.
A partir de 15 dias do desligamento, a cartela ocupando 60% da tela deverá ser inserida pelo menos 5 vezes por hora e terá a duração de 2 minutos, no mínimo.
Ainda conforme a proposta a ser decidida amanhã, com a efetivação do desligamento dos sinais, no canal onde havia a transmissão dos sinais analógicos deverá ser mantida a cartela informativa bloqueando 100% da tela, e informando o novo canal onde está sendo transmitida a programação digital.
SEM O DESLIGAMENTO
Mas o grupo já trabalha com a hipótese de não haver o desligamento da TV em Rio Verde. Decisão que só poderá ser tomada pelo Ministério das Comunicações. Uma das condições para que a TV analógica seja desligada é que 93% dos lares que recebem os sinais de TV aberta estejam prontos para captar os sinais de TV digital.
O problema é apurar e chegar nesse percentual. Não há ainda informação precisa sobre qual é o percentual de casas já contemplado com a TV digital na cidade, mas alguns interlocutores comentam que ele não chegou a 70%. Então, o grupo tem mesmo que se preparar para uma decisão de adiamento do cronograma. (Seus impactos políticos e econômicos serão analisados depois).
E, conforme a proposta na mesa, se houver o adiantamento, não deve haver descontinuidade das ações, ao contrário, elas deveriam até mesmo ser aceleradas. Mas alguns interlocutores estranham essa tomada de posição, entendem que caberia ao Ministério das Comunicações decidir sobre o não desligamento do sinal e o que fazer depois de tal decisão.
Pela proposta apresentada ontem na reunião da Anatel, se não houver o desligamento pleno dos sinais conforme o cronograma do governo, os canais analógicos continuariam a ter tarja informativa ocupando 60% da tela, três minutos por inserção, pelo menos cinco vezes ao dia – nos horários entre 7 e 23 horas, por tempo indeterminado. Ou seja, a programação dos canais não voltaria a ser exibida normalmente, até que se retomasse o processo de digitalização dos sinais.
abnt, notícia, videosComentários desativados em Ginga-C: ABNT abre consulta pública sobre o Ginga C
Middleware que vai fazer parte de conversor da TV digital terá mais interatividade
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) abriu consulta pública nesta semana sobre as especificações técnicas do Ginga C, middleware nacional que permite a interatividade na TV digital. As contribuições poderão ser feitas no prazo de 30 dias pelo site da ABNT.
A nova versão do Ginga vai ser incorporada ao conversor de TV que será distribuído aos beneficiários do Programa Bolsa Família, durante a transição do sistema de TV analógico para o digital no Brasil. Em relação às versões anteriores, o Ginga C vai ter suporte para reprodução de vídeos e ainda vai possibilitar o acesso à internet via porta USB.
Assistindo futebol em uma smart tv com ginga-c
“No Ginga C, existe a possibilidade do usuário armazenar mídias que podem ser rodadas a partir da memória. O Ginga A não permitia vídeos, o Ginga B permitia vídeos no formato MPEG1 e o Ginga C permite que vídeos possam ser armazenados e tocados em alta definição”, explica o gestor do Projeto de Implantação da TV Digital no Brasil, William Zambelli.
A intenção do governo é ampliar a interatividade e permitir que as famílias de baixa renda acessem aplicativos e também serviços de governo eletrônico pelo middleware.
Para implementar as novas especificações técnicas do Ginga, a consulta pública da ABNT propõe emendas às Normas ABNT 15606-1, ABNT 15606-2, ABNT 15606-3 e ABNT 15606-4. O objetivo dessas propostas é prever os requisitos do perfil C de receptor, fornecer às empresas de software referências normativas para a produção do Ginga C e de conversores com perfil avançado e garantir a interoperabilidade dos dispositivos de recepção.
As mudanças no middleware foram aprovadas pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), entidade que congrega radiodifusores, comunidade acadêmica e indústria.
O desligamento do sinal analógico de TV vai ocorrer em todo o país de forma progressiva entre 2016 e 2018. A mudança também depende de que em cada cidade pelo menos 93% dos domicílios estejam aptos a receber o sinal digital. Neste ano, haverá um teste-piloto na cidade goiana de Rio Verde para testar a transição do sistema analógico para o digital.
Só quem desenvolve sabe a emoção de se ver sua criação funcionando seja na internet ou na televisão, mas para começar são encontradas várias barreiras pelo caminho e a primeira delas é conseguir montar o ambiente de desenvolvimento para iniciar a criação de um APP. No primeiro contato com o desenvolvimento para TV digital geralmente o iniciante acaba deparando-se com muitas informações sobre normas, plataformas, ambiente de testes, APIs, usabilidade etc. Esse tanto de informação pode ser assustador para quem está iniciando, por esse motivo atualizei esse tutorial que já utilizávamos neste blog para acompanhar a evolução dos plugins e ferramentas utilizadas no desenvolvimento NCL/ LUA.
Quando falamos em ambiente de desenvolvimento estamos nos referindo ao conjunto de ferramentas que tem por finalidade auxiliar tanto na codificação como na execução e visualização de nossas aplicações interativas.
Para codificarmos nossas aplicações iremos utilizar uma IDE muito popular conhecida como Eclipse. O uso de uma IDE é bastante recomendado, pois, como veremos no decorrer deste tutorial, ela oferece uma série de funcionalidades, como um sistema avançado de plugins, para facilitar a codificação de nossas aplicações.
Para simularmos uma TV com interatividade iremos utilizar uma imagem VMware de uma máquina virtual com o middleware Ginga-NCL instalado. Esta imagem é chamada de Ginga-NCL Virtual STB e é disponibilizada pelo laboratório Telemídia da PUC-Rio.
Download e instalação do Ginga-NCL Virtual STB
Para executarmos o Ginga-NCL Virtual STB é necessário ter instalado um player para a máquina virtual VMware. Existe uma opção gratuita: VMware Workstation Player.
Pela facilidade de instalação e entendimento, prosseguiremos com a instalação do VMware Workstation Player. Acesse a página de download e escolha a melhor opção de acordo com o seu sistema operacional.
Após a conclusão do download (tanto no Windows como no GNU/Linux) basta executar o arquivo baixado para iniciar uma instalação em modo guiado. As opções apresentadas são fáceis de escolher e a para a maioria delas é necessário apenas clicar em/ou escolher Next. Ao término da instalação pode ser solicitado a reinicialização do sistema.
Após a instalação abra o VMware Player e será pedido um e-mail para começar a utilizar a versão gratuita.
Cadastrando email wmware player
A figura abaixo mostra a tela inicial do VMware Workstation Player onde é possível ver o botão Open a Virtual Machine.
Tela inicial do VMware Player
Após a instalação do VMware Workstation Player seguiremos com o download da imagem do Ginga-NCL Virtual STB v. 0.12.4. Para isso acesse a página de ferramentas do site oficial ou clique diretamente aqui. A imagem é disponibilizada num arquivo compactado (.zip) e para extraí-lo será necessário ter um descompactador como unzip ou winzip ou qualquer outro de sua preferencia instalado em seu computador. Quando o download terminar, descompacte o arquivo onde desejar.
Para executar o Ginga-NCL Virtual STB basta abrir o VMware Player, clicar no botão Open an existing Virtual Machine, navegar até a pasta onde descompactou a imagem e clicar no arquivo ubuntu-server10.10-ginga-i386.vmx. A figura abaixo ilustra essa operação.
Abrindo imagem do STB Virtual
Feito isso, agora é só iniciar a máquina virtual, é preciso ficar atento na inicialização e já clicar com o mouse dentro da janela da VMWare para que você possa selecionar uma das resoluções oferecidas, caso não selecione nenhuma das resoluções você pode cair em uma tela preta onde será pedido usuário e senha e dessa forma você dificilmente conseguirá avançar, então clique na tela, selecione uma das resoluções utilizando as setas para cima ou para baixo e aperte o enter.
Selecionando a resolução STB Virtual
Após o carregamento da imagem teremos nosso Ginga-NCL Virtual STB pronto para os testes.
Tela inicial do STB Vitual
Se na sua tela inicial não aparecer o endereço de ip (marcado em vermelho) para sua máquina virtual você deverá mudar as configurações da sua máquina virtual. Para fazer isso basta dar um Stop ou Shut Down Guest em sua VM para parar o serviço e voltar para a tela inicial, na tela inicial clique em Edit virtual machine settings -> Network Adapter -> Network connection -> selecione NAT. Se precisar de internet em seu APP interativo selecione NAT, senão deixe em HOST-ONLY. Agora é só iniciar sua máquina novamente para começar a usar seu STB Virtual.
Configuração da máquina virtual
Agora já é possível acessar o Ginga-NCL Virtual STB através de uma conexão SSH. No Windows para abrirmos tal conexão com a máquina virtual podemos fazer uso dos programas Putty ou SSH Secure Shell Client; a maioria das distribuições GNU/Linux já oferece o cliente SSH instalado. Contudo, não iremos trabalhar com o Ginga-NCL Virtual STB desta forma, apresentaremos uma maneira mais fácil para trabalharmos com a máquina virtual.
Instalação do Eclipse
Neste tutorial utilizaremos o Eclipse 4.5 (MARS) Eclipse IDE for Java EE Developers que pode ser obtido, gratuitamente, em sua página de download. O Eclipse é desenvolvido em Java e não é necessário efetuar instalação, basta descompactar e executar o arquivo binário para iniciar sua utilização. Contudo, é necessário ter a máquina virtual Java instalada, se você tentar executar o executável do eclipse e der um erro você provavelmente não tem a máquina virtual ou JDK instalada, para isso basta acessar esse link e baixar o JDK (neste exemplo utilizamos Java Platform (JDK) 8u60). Na figura abaixo pode ser visto uma tela do Eclipse informando a versão que utilizamos.
Versão do Eclipse
Instalação do plugin NCL Eclipse
O NCL Eclipse é um plugin que auxilia e agiliza bastante o desenvolvimento de aplicações em NCL. A versão 1.7 está disponível para instalação.
Para efetuar a instalação do NCL Eclipse inicie o Eclipse e acesse Help -> Install New Software como pode ser visualizado na figura abaixo.
Instalação de novo plugin
Na tela de instalação (figura abaixo) clique em Add.
Adicionando site
Após clicar em Add será exibida uma caixa de diálogo para a informação do nome e localização do site onde o Eclipse irá buscar a atualização. Entre com as informações:
Clique em OK e o Eclipse irá procurar por atualizações no endereço informado. Para visualizar o NCL Eclipse desmarque a opção “Group items by category”. Escolha o NCL Eclipse, clique em Next e depois em Finish.
Escolhendo o NCL Eclipse
Após a instalação será solicitado a reinicialização do Eclipse, basta aceitar e aguardar a inicialização automática. Quando iniciar novamente o Eclipse já estará com o plugin NCL Eclipse instalado.
Para criar um novo documento NCL clique em File -> New -> Other ou utilize o atalho Ctrl+N. Na janela New escolha NCL -> NCL Document e clique em Next.
Novo documento – parte 1
Com o último passo iremos configurar o nome de nosso documento e clicar em Finish para criarmos o documento.
Com Lua Development Tools (LDT) é possível editar scripts Lua com syntax highlight, code completion, verificação de erros de compilação, agrupamento de código e comentários, execução de scripts utilizando um interpretador pré-configurado, etc (confira mais informações no Site Oficial LDT).
A instalação segue o padrão do Eclipse e por isso é bem semelhante com o que vimos para o NCL Eclipse. Apenas substitua as informações do site por:
Para criar um novo projeto Lua clique em File -> New -> Other -> Lua -> Lua Project ou utilize o atalho Ctrl+N e escolha Lua -> Lua Project e clique em Next.
Novo projeto
Para incluir um novo arquivo em seu projeto selecione o projeto desejado, clique com o botão direito e selecione File -> New -> Other -> Lua -> Lua File ou utilize o atalho Ctrl+N e escolha Lua -> Lua File e clique em Next.
Novo arquivo
Neste momento já podemos começar a codificar.
Para executar seu script clique com o botão direito nele e escolha Run As -> Lua Application.
Executando script
Instalação do Remote System Explorer (RSE)
O RSE é um plugin para o Eclipse que oferece um conjunto de ferramentas para a conexão e trabalho com diferentes sistemas remotos, incluindo SSH e FTP. Para maiores detalhes sobre o plugin visite o site oficial RSE.
Mas o que um plugin para trabalho com sistemas remotos está fazendo aqui? Bem, podemos considerar o nosso Ginga-NCL Virtual STB um sistema remoto, apesar de muitas vezes ele residir no mesmo computador, e usufruir todas as facilidades oferecidas pelo RSE evitando o enfadonho processo de edição, cópia para a máquina virtual e acesso à máquina virtual para executar a aplicação. Quem passou por isso sabe o quanto isso pode ser desestimulante.
Como utilizamos a versão Eclipse 4.5 (MARS) Eclipse IDE for Java EE Developers não vamos precisar instalar esse plugin porque ele já vem instalado por padrão nessa versão que vamos utilizar.
Vamos modificar o nosso workspace para a perspectiva oferecida pelo RSE, para isso acesse Window -> Open Perspective -> Other e escolha Remote System Explorer como na figura.
Mudança de perspectiva
Com a nova perspectiva o workspace ficará parecido com este:
Perspectiva do RSE
Agora iremos criar uma conexão com o Ginga-NCL Virtual STB (assegure-se que ele está rodando). Clique com o botão direito na aba Remote Systems e escolha New -> Connection. A figura abaixo ilustra essa operação.
Nova conexão – parte 1
Em seguida será necessário escolher o tipo de conexão com o sistema remoto, escolha SSH Only.
Nova conexão – parte 2
Após escolher o tipo de conexão é necessário configurar o Host name e atribuir um nome para a conexão, como pode ser visto na figura abaixo.
Nova conexão – parte 3
Na configuração do Host name coloque o endereço IP do seu Ginga-NCL Virtual STB.
Logo em seguida clique em Finish para criar sua conexão.
Para nos conectarmos ao Ginga-NCL Virtual STB clique com o botão direito sobre a conexão que acabou de criar e escolha a opção Connect.
Abrindo conexão – parte 1
Em seguida será exibida a tela para o preenchimento do login e senha para a conexão. Seguindo as instruções presentes na tela de abertura do Ginga-NCL Virtual STB preencha com o login root e senhatelemidia.
Abrindo conexão – parte 2
Para otimizar novas conexões marque a caixa Save password e Save user ID.
Com a conexão estabelecida é possível ter acesso aos arquivos do Ginga-NCL Virtual STB como exibido na figura abaixo.
Visualização dos arquivos remotos
É possível executar ações, inclusive edição, sobre os arquivos remotos como se fossem arquivos locais; o RSE abstrai isso para o desenvolvedor. Experimente dar um duplo clique em um dos arquivos e você verá que ele abrirá para edição como qualquer outro arquivo e todas as modificações que você realizar são efetuadas diretamente no arquivo remoto. Também é possível criar diretórios e transferir arquivos, tudo da forma que você já faz no Eclipse.
Agora abriremos um terminal para execução de comandos diretamente no Ginga-NCL Virtual STB. Clique com o botão direito sobre SSH Shell e escolha Launch Shell.
Abrindo shell
Com a utilização do shell é possível executarmos nossa aplicação sem sair do Eclipse. Para rodar o exemplo que vem na máquina virtual é só executar essa linha de comando (/misc/launcher.sh /misc/ncl30/sample03/sample03.ncl) e visualizar em sua VMware player
Na figura abaixo é possível observar uma tela do Eclipse com o ambiente integrado. O arquivo aberto, no centro da tela, é de uma aplicação de demonstração e está sendo editada remotamente. Do lado direito temos um terminal com o comando para a execução da aplicação que será exibida na tela do Ginga-NCL Virtual STB.
Ambiente de trabalho
O RSE é um plugin muito abrangente e apresenta mais funcionalidades do que as apresentadas aqui. Se você utiliza alguma funcionalidade que não foi apresentada, contribua com comentários.
Conclusão
Como tenho ministrado cursos e vejo que não existe nenhum tutorial atualizado montado para estruturação do ambiente para desenvolvimento de aplicações interativas para TV Digital utilizando o middleware Ginga-NCL, decidi fazer a atualização de um tutorial que já vinha utilizando aqui no nosso blog. Tentei reunir todas as informações necessárias e disponibilizar os principais pontos que as pessoas que fizeram os cursos comigo tiveram problemas.
Agora é só baixar o MATERIAL II SEMINÁRIO E DESENVOLVIMENTO GINGA-DF que possui vários exemplos em NCL e LUA, livros e apostilas que vão dar suporte ao início do desenvolvimento de suas aplicações, também vamos disponibilizar o eclipse 4.5 mars configurado com o NCL Eclipse e o Lua Development Tools (LDT).
Espero que as informações aqui apresentadas tenham utilidade e contribuam para a comunidade. Os comentários estão abertos para opiniões e acréscimo de conhecimento.
notícia, TV digitalComentários desativados em Ibope: 88% dos internautas assistem TV e navegam na internet ao mesmo tempo, diz Ibope
O recorde batido no Twitter durante a transmissão da final da segunda edição do MasterChef Brasil pela Band, com mais de 1,7 milhão de menções para a hashtag #MasterChefBR, mostra como o brasileiro está se tornando cada vez mais multitela.
Uma pesquisa do Conecta, plataforma web do Ibope Inteligência, sobre o comportamento do internauta brasileiro, revela que 88% assistem TV e navegam na internet ao mesmo tempo. Nesse momento, o smartphone é o dispositivo mais usado (65%), seguido pelo computador (28%) e pelo tablet (8%).
Ao navegarem na internet enquanto assistem TV, 72% acessam as redes sociais, 55% recorrem à internet para passar o tempo durante os comerciais, 48% resolvem outras coisas e 18% dizem que a TV não é interessante o suficiente para ter toda a sua atenção. Há também 17% que assistem TV e navegam na internet simultaneamente para interagir com o que está acontecendo na transmissão, mesmo percentual dos que discutem com amigos sobre o programa que estão assistindo e 10% que buscam mais informações sobre um comercial que assistiram.
O estudo aponta ainda que televisão e internet podem ser complementares: 96% dos internautas brasileiros já buscaram na internet algo que viram na TV.
notícia, TV digitalComentários desativados em TV digital: Agendamento do Bolsa Família em Rio Verde (GO) para receber caixinha da TV digital vai até dia 30
Os moradores do município goiano de Rio Verde (GO) inscritos no programa Bolsa Família têm até o dia 30 deste mês para marcar data, hora e local para a retirada do kit conversor, que adaptará televisões antigas para o novo sinal digital da TV aberta. A distribuição das caixinhas está sendo coordenada pela EAD, entidade responsável pelo processo de digitalização da TV no Brasil, e vai beneficiar cerca de sete mil famílias do programa federal no município.
O agendamento pode ser feito online, por meio do site vocenatvdigital.com.br, ou pela central telefônica 147. A retirada do kit conversor acontecerá durante o mês de outubro nos locais e datas informados no agendamento. Para ter direito, o beneficiário precisa estar ativo no programa federal.
O kit, que é composto por uma antena e um conversor, será distribuído gratuitamente aos cadastrados do Bolsa Família. No momento da entrega dos equipamentos, os beneficiários serão orientados em como fazer a instalação.
Rio Verde será a primeira cidade que terá o sinal analógico de TV desligado. A data prevista é 29 de novembro, desde que 93% dos domicílios estejam aptos para receber o sinal digital.
notícia, TV digitalComentários desativados em TV digital: Governo corre e testes de campo vão medir recepção em Rio Verde
Faltam 80 dias para o começo do desligamento dos sinais analógicos de televisão no Brasil e o grupo de implementação da digitalização, formado por governo, Anatel, teles e emissoras de TV, resolveu mandar técnicos fazerem medições em campo em Rio Verde na tentativa de verificar a quantas anda a preparação dos cerca de 200 mil moradores da cidade goiana, a primeira do cronograma.
“Vamos fazer essas medições para calibrar a pesquisa”, admitiu o conselheiro Rodrigo Zerbone, da Anatel, que lidera o grupo, o Gired. A ideia é ajustar a margem de erro no levantamento feito pelo Ibope no município, cujos resultados foram inconclusivos. Segundo o instituto, entre 24% e 53% dos cerca de 55 mil lares da cidade estão prontos para o desligamento.
Ou seja, pode ser que três quartos da população não esteja pronta para o dia 29 de novembro, quando, pelo planejado, os sinais analógicos de televisão serão desligados. Quem não tiver um televisor capaz de receber os sinais digitais, ou ao menos um conversor digital instalado, vai ficar sem recepção a partir da data prevista no cronograma.
Ao menos se for mantido o plano. Vale lembrar que para que o desligamento analógico seja autorizado, é exigido que 93% dos domicílios estejam aptos a receber os sinais digitais. Existe um certo grau de manobra – quem tem TV por assinatura ou antena parabólica não entra na conta – mas mesmo no cenário mais otimista do Ibope (53% prontos), a distância é grande e o prazo curto.
A pesquisa não é simples. Como não se entra nas residências, a preparação é medida com perguntas, mas o grau de desconhecimento é grande sobre qual a tecnologia que efetivamente traz o sinal de televisão em cada casa. Daí os testes técnicos de cobertura para tentar verificar até qual o grau de respostas corretas e incorretas no levantamento com perguntas.
notíciaComentários desativados em Nota Falecimento: Morre o professor Luiz Fernando Soares, criador do Ginga-NCL e cientista emérito
Faleceu ontem, no Rio de Janeiro, o professor Luiz Fernando Gomes Soares, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A notícia pegou todos de surpresa e ainda hoje, pela manhã, era intenso o movimento de amigos e colegas de trabalho no sentido de buscar informações sobre o ocorrido.
Segundo Alex Carvalho Alves, do Departamento de Informática da PUC-RJ, Luiz Fernando estava caminhando na praia, na Barra da Tijuca, no final da tarde, quando sentiu-se mal. Acompanhado da esposa, Iza Haro Martins, ele concordou em ir para o hospital Lourenço Jorge, nas imediações, mas recusou a sugestão de Iza para chamar uma ambulância, preferindo ir no carro da mulher. No caminho, o mal-estar piorou e Iza decidiu pedir a ajuda de uma viatura da polícia para liberar o tráfego, que era intenso. Mesmo com a ajuda da viatura policial, o percurso demorou mais do que o esperado e Luiz Fernando chegou ao hospital já sem sentidos. No Lourenço Jorge, os médicos tentaram reanimá-lo durante 40 minutos, sem sucesso. Luiz Fernando faleceu às 19h40, vítima de infarto fulminante.
Nome de destaque na comunidade científica brasileira, Luiz Fernando era professor titular do Departamento de Informática da PUC-RJ e considerado a maior autoridade sobre TV digital no país – assunto sobre o qual publicou vários livros e artigos no Brasil e no exterior. Com mais de 30 anos de trabalho dedicados à pesquisa, Luiz Fernando era um profissional incansável e extremamente dedicado. Foi o responsável pelo desenvolvimento do middleware Ginga-NCL do Sistema Brasileiro de TV Digital e dedicou-se, também, ao estudo dos sistemas multimídia, hipermídia e de redes de computadores.
Formado em Engenharia Elétrica-Eletrônica (1976) pela PUC-RJ, Luiz Fernando obteve o mestrado (1979) em Engenharia Elétrica pela mesma universidade, assim como o doutorado (1983) em Informática. No exterior, fez pós-doutorado (1985) em Ciência da Computação pela École Nationale Superieure des Télécommunications, de Paris, na França.
Luiz Fernando participou ativamente da criação do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (Fórum SBTVD), em novembro de 2006, e foi membro do Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD de 2007 a 2012. Atualmente era integrante do Módulo Técnico e coordenador do Grupo de Trabalho Middleware. Era também membro titular da Academia Nacional de Engenharia.
Membro da elite acadêmica do país, com o título de pesquisador 1-A do CNPq, Luiz Fernando publicou aproximadamente 200 artigos acadêmicos e orientou cerca de 90 alunos de Mestrado e Doutorado. Além de atuar no Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, Luiz Fernando Gomes Soares fazia parte do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Também fazia parte do Núcleo de Coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e era Conselheiro da Sociedade Brasileira de Computação, onde chegou a ocupar os cargos de presidente e vice-presidente de 1999 a 2003.
O corpo do professor Luiz Fernando será velado hoje, 9 de setembro, às 16h30, no Memorial do Carmo, no Caju (Rio de Janeiro), e cremado amanhã, 10, às 18h, no mesmo local. Luiz Fernando Gomes Soares tinha 63 anos e deixa esposa, mãe e dois irmãos.
Repercussões: Olímpio José Franco, Presidente da SET: “O Ginga não seria possível sem a participação do Luiz Fernando. Com seu falecimento, as comunidades acadêmicas brasileira e mundial perdem uma figura que contribuiu com avanços notáveis no campo da TV digital.”
José Munhoz, Diretor Executivo da SET: “É uma perda irreparável para a ciência brasileira. Ele teve uma importância substancial na estruturação do padrão brasileiro de TV digital, liderando a comunidade acadêmica nas discussões e no processo de decisão sobre este padrão. O resultado foi inovador e colocou o Brasil na vanguarda tecnológica em TV digital, com um sistema admirado no mundo todo”.
Roberto Franco, presidente do Fórum SBTVD: “Uma figura doce, ativo e sempre disponível, que se tornava combativo quando se tratava de defender a academia e o conhecimento brasileiro. Luiz Fernando além de um dos autores do Ginga, foi um dos seus principais disseminadores, levando uma criação brasileira a se tornar um padrão mundial. Tudo isso em código aberto, uma das suas grandes bandeiras. Sem dúvida será uma perda insubstituível ao Fórum Brasileiro de Televisão Digital e a Academia Brasileira, pois Luiz Fernando era de fato o que pode se chamar de mestre”.
Guido Lemos, professor da UFPB e membro do Conselho Deliberativo (Fórum SBTVD): “O Luiz Fernando era como um pai para mim, foi meu orientador, uma pessoa que viveu para trabalhar para os outros…”
Ana Eliza Faria e Silva, vice-coordenadora do Módulo de Mercado (Fórum SBTVD): “Fico triste com esse falecimento repentino. O Luiz Fernando era uma pessoa muito capaz, muito inteligente e estava supercomprometido com todo o processo de interatividade da TV digital. Era um profissional que se entregava ao trabalho, se comprometia e prestou uma enorme contribuição. ”
André Barbosa, membro do Conselho Deliberativo (Fórum SBTVD): “O Luiz Fernando era considerado um dos maiores nomes no estudo da TV digital no mundo, especialidade dele na questão do middleware. Era o principal nome na PUC do Rio no desenvolvimento de linguagens de computação no mundo. Principalmente na questão de inovação. Tinha um trabalho de oferecer a sociedade na luta contra a exploração. Trabalhou em vários projetos, todos de software livre. Criou várias comunidades Ginga. É uma perda irreparável para o Brasil, para a ciência da computação. É muito grande a falta que ele vai fazer. Algumas pessoas são insubstituíveis e o Luiz Fernando era uma delas. ”
Paulo Henrique Castro, coordenador do Módulo Técnico (Fórum SBTVD): “Uma perda irreparável para o Brasil e para a comunidade científica e acadêmica. O Luiz Fernando foi meu professor e incentivador, devo muito a ele. Foi autor de livros importantes na nossa área. Todos nós sentimos muito a sua perda. ”
notícia, TV analógica, TV digitalComentários desativados em TV digital: começa campanha de desligamento do sinal analógico em Goiânia
Desde esta quinta-feira, 03/09, os telespectadores de Goiânia e de mais 34 cidades próximas começarão a ser avisados do desligamento das transmissões analógicas da TV aberta terrestre, previsto para ocorrer em 28 de agosto de 2016. De acordo com a Portaria 3.205/2014 do Ministério das Comunicações, a campanha obrigatória deve começar 360 dias antes por meio da inserção, na tela, da logomarca da TV analógica e de uma tarja informativa.
Serão alertados os moradores de Abadia de Goiás, Abadiânia, Alexânia, Americano do Brasil, Anápolis, Anicuns, Aparecida de Goiânia, Araçu, Aragoiânia, Avelinópolis, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Campestre de Goiás, Campo Limpo de Goiás, Caturaí, Cezarina, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Itauçu, Leopoldo de Bulhões, Nazário, Neropólis, Nova Veneza, Ouro Verde de Goiás, Santa Bárbara de Goiás, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.
Com o desligamento do sinal analógico no ano que vem, a programação da TV aberta estará disponível aos telespectadores da região de Goiás tão somente em formato digital, que oferece maior qualidade de som e imagem. A digitalização da TV aberta traz ainda outras vantagens, como suporte à recepção móvel, multiprogramação e interatividade.
Dois meses antes da data prevista para o desligamento, haverá também uma indicação fixa com a contagem regressiva para o desligamento no alto da tela. Se a televisão é antiga, daquelas grandes, de tubo, será preciso trocá-la por uma nova ou adquirir um conversor de TV Digital e, possivelmente, uma antena apropriada, preferencialmente externa, até a data de desligamento do sinal analógico para garantir a recepção da TV Digital.
Se a televisão é nova e contiver um conversor de TV Digital integrado, poderá ser preciso providenciar a antena adequada para a recepção neste formato, caso o domicílio ainda não tenha. A grande maioria dos modelos mais novos de TV, ditos de tela fina (plasma, LCD, LED etc.), já possui um conversor de TV digital integrado, mas é recomendável consultar o manual do produto para ter certeza.
Há um cronograma de desligamento do sinal analógico da TV aberta que vai até 2018, de modo que todo o País passará por este processo. O projeto-piloto de desligamento ocorrerá em Rio Verde, em novembro de 2015. Em 2016, o cronograma inclui Distrito Federal e cidades próximas (abril) e as regiões metropolitanas de São Paulo (maio), Belo Horizonte (junho), Goiânia (agosto) e Rio de Janeiro (novembro). Em Rio Verde e nas regiões do Distrito Federal, São Paulo e Belo Horizonte, a campanha obrigatória está em andamento.
TV digitalComentários desativados em TV DIgital: Mais de 200 grandes cidades terão canais públicos na TV Digital aberta até 2019
Acordo prevê transmissão de emissoras do Executivo já existentes e outras já criadas na TV aberta
Um acordo de cooperação assinado nesta terça-feira (1) prevê a implantação de todos os canais do Poder Executivo na TV digital aberta. A previsão é de que isso ocorra até 2019 nas cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.
“O Brasil ainda deve um conjunto de TVs públicas para a população se enxergar e que isso signifique um acréscimo de valor cultural, educacional e de democratização da informação”, afirmou o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, na assinatura do acordo. O projeto envolve os Ministérios das Comunicações, da Educação e da Saúde, além da Secretaria de Comunicação Social, Fiocruz e EBC.
O acordo de cooperação reúne canais já existentes, como TV Escola e Canal Saúde, além daqueles já criados pelo decreto nº 5.820/06 e ainda inativos (demais faixas do Canal da Educação e Canal da Cultura). A EBC, com recursos originários dos órgãos que programam os canais, será a responsável pela aquisição de equipamentos, transmissão dos canais e manutenção da infraestrutura.
Na primeira fase do projeto, com previsão de duração até 2019, serão contemplados todos os 279 municípios com população acima de 100 mil habitantes, totalizando uma cobertura de mais de 120 milhões de pessoas. Inicialmente serão contemplados, ainda em 2015, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. A partir de 2016 serão atendidos municípios onde já existe viabilidade técnica, considerando a disponibilidade de frequências, sendo sucedidos por aqueles onde for realizado o desligamento da TV analógica.
“O ideal é chegar a todas as cidades. Mas esse passo inicial já permite uma estrutura que vai nos assegurar a capacidade técnica de levar essas informações a uma grande parte da população brasileira”, reforçou Berzoini. O valor total previsto para a aquisição de equipamentos, transmissão dos canais e manutenção da infraestrutura gira em torno de R$759 milhões até o fim da implantação dos canais.
Democratização
O objetivo do acordo de cooperação é garantir o estabelecido no artigo 223 da Constituição, que prevê a complementaridade dos sistemas privado, público e estatal de radiodifusão. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, ressaltou que o projeto representa a oportunidade de democratizar a produção de conteúdo no Brasil. “Estamos diante de um momento que é um marco, onde iremos sinalizar para a sociedade um novo modelo de comunicação, com produção de conteúdo de qualidade e alcançando os objetivos da comunicação pública.”
Para o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o projeto busca cumprir o papel da comunicação, que é o de orientar, educar e informar a população. “A partir dos canais, que vão estar com uma qualidade melhor de transmissão, a cargo dos diferentes ministérios, nós vamos ter condições de avançar muito no aprimoramento das condições de vida do nosso povo. É isso o que importa.”
TV digital
A transição do sistema de TV analógico para o digital no Brasil começa em 2016 e deve se estender até 2018, de forma escalonada. Antes de dar início ao chamado switch off, termo em inglês que designa o desligamento do sistema analógico, será realizado um teste na cidade de Rio Verde, em Goiás, programado para novembro deste ano.
O sistema de TV digital proporciona maior qualidade da imagem e do som, possibilita a interatividade com o telespectador e acesso por dispositivos móveis, como celulares, tablets e aparelhos GPS. No fim deste processo, os canais utilizados para transmissão analógica serão devolvidos à União e utilizados na expansão do serviço te telefonia 4G.
notíciaComentários desativados em TV Digital: pouca informação ameaça cronograma de desligamento
Se os números da primeira pesquisa de preparação para a TV Digital já são preocupantes – o Ibope não soube dizer se metade ou dois terços da população de Rio Verde-GO está preparada para o desligamento analógico – mais ainda é a conclusão de que os brasileiros estão muito pouco informados sobre a transição tecnológica que já está em andamento.
“As surpresas são preocupantes. O brasileiro desconhece, não tem informação.Tem que criar a consciência na população de que o processo está acontecendo e, mais importante, vai ter que conseguir convencer as pessoas”, destacou o diretor de planejamento e uso do espectro da Abert, Paulo Ricardo Balduíno, ao debater a transição para a TV Digital durante o Painel Telebrasil 2015, em Brasília.
“E ainda estamos em um dos piores momentos para isso, em meio a uma crise econômica. Ainda assim, tem que se convencer que é bom para ele comprar e instalar uma antena antes do desligamento. Essa é uma grande preocupação nossa”, emendou Balduíno, ao sustentar a necessidade de uma presença mais clara do governo nas campanhas de informação.
“A campanha de transição tem que ter um pai ou mãe, um patrocínio para dar credibilidade”, insistiu o diretor da Abert. Há uma tentativa nesse sentido, mas em estágio relativamente inicial. O Gired, grupo que reúne operadoras móveis, emissoras de TV, Anatel e Ministério das Comunicações, abriu conversas com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Enquanto isso, a EAD, responsável por operacionalizar a transição digital, iniciou uma campanha publicitária que vai ao ar desde a semana passada na goiana Rio Verde, a primeira cidade a ter os sinais analógicos de televisão desligados, o que é previsto para o dia 29 de novembro próximo. Haverá banners, outdoors e até propaganda em sacos de pão . Mas o apelo ainda é pequeno.
“Temos uma notícia difícil para passar para a população e com incentivos de difícil percepção. A qualidade pode não ser muito bem percebida em telas menores. A programação ainda é restrita e a interatividade não existe. O último incentivo é a perda do serviço, que é o que vai fazer as pessoas se moverem dentro do prazo”, acredita o presidente da EAD, Antônio Martelleto.
Plano B
O Ibope apresentou ao Gired a primeira pesquisa feita em Rio Verde. Faltando menos de 90 dias para o desligamento, o instituto não consegue medir com alguma precisão o estágio de preparação da cidade de 200 mil habitantes. Segundo a pesquisa, algo entre 24% e 53% dos domicílios estão aptos a receber os sinais digitais. Não por menos, a própria metodologia está sendo revista.
“Estamos tentando desenvolver aprendizado. Diferente de outros países, a metodologia também é diferente. Optamos por um modelo do PNAD, de pesquisa domiciliar”, justificou o presidente da EAD, por meio de quem é feita a contratação da pesquisa. Sem entrar nas residências, a pesquisa faz várias perguntas na tentativa de cruzar informações e descobrir se há recursos de recepção disponíveis (como ter TV por assinatura, por exemplo).
Até aqui não há ‘plano B’ para o caso de não ser atingido o percentual definido de 93% de domicílios aptos a receberem os sinais digitais antes do desligamento. “Essa é uma possibilidade remota. Neste momento o quantitativo não é grande de pessoas aptas, mas vai ganhar força chegando mais próximo do desligamento”, disse o gerente de espectro da Anatel, Agostinho Linhares.
“Se não chegar nos 93% vai ter que ter um plano B”, admitiu Linhares – embora não haja ainda uma definição nem de quantos dias antes da data limite deva ser feito o aviso de que o desligamento não ocorrerá. A ideia de adiar é rejeitada por ferir a confiança no cronograma. “O mais importante para o processo é desenvolver credibilidade e isso começa em Rio Verde. Se postergar lá, a credibilidade fica comprometida”, disse Martelleto.